Valéria D' Ogum Xoroquê 
Manuscritos de São Cipriano & a "santa inquisição"
Manuscritos de São Cipriano & a "santa inquisição"

  

A lenda de São Cipriano - O Feiticeiro - confunde-se com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano. Apesar do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular. É comum encontrarmos fatos e características pessoais atribuídas equivocadamente. Além dos mesmos nomes, os mártires coexistiram, mas em regiões distintas.

Cipriano – O Feiticeiro – é celebrado no dia 2 de Outubro. Foi um homem que dedicou boa parte de sua vida ao estudo das ciências ocultas. Após deparar-se com a jovem (Santa) Justina, converteu-se ao catolicismo. Martirizado e canonizado, sua popularidade excedeu a fé cristã devido ao famoso Livro de São Cipriano, um compilado de rituais de magia.

A fantástica trajetória do Feiticeiro e Santo da Antioquia, representa o elo entre Deus e o Diabo, entre o puro e o pecaminoso, entre a soberba e a humildade. São Cipriano é mais que um personagem da Igreja Católica ou um livro de magia; é um símbolo da dualidade da fé humana.

 

 

O Feiticeiro

 

Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.

Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.

 

 

A Conversão Cristã

 

Vivia em Antioquia a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.

Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.

Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.

A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.

 

 

Os Fantasmas

 

Em um capítulo de seu livro, Cipriano narra um episódio ocorrido após sua conversão:

“Numa noite de sexta-feira, caminhava por uma rua deserta quando se deparou com quatorze fantasmas. Essas aparições eram bruxas que imploravam ajuda. Cipriano respondeu-lhes que havia se arrependido de sua vida de feiticeiro, e que havia se tornado temente a Jesus Cristo. Logo depois caiu em sono profundo, e sonhou que a oração do Anjo Custódio o livraria daqueles fantasmas. Ao despertar teve uma breve visão do Anjo. Assim, auxiliado pela oração de São Gregório e do Anjo Custódio, esconjurou e livrou a alma atormentada das bruxas.”

 

 

A Morte

 

As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro. Não cederam.

Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiroAthanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.

Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.

 

 

O Livro

 

O famoso Livro de São Cipriano foi redigido antes de sua conversão, mas o mistério que envolve a vida do Santo interfere também em seu livro. Uma parte dos manuscritos foi queimada por ele mesmo. A questão é que não se sabe quando, e por quem os registros foram reunidos e traduzidos do hebraico para o latim, e posteriormente levados para diversas partes do mundo.

No decorrer dos anos, o conteúdo sofreu alterações significativas. Houve uma adaptação de acordo com as necessidades e possibilidades contemporâneas; além da adequação necessária na tradução para os vários idiomas. Esses fatores colocam em dúvida a fidelidade das versões recentes, se comparadas às mais antigas.

Atualmente, não é possível falar do Livro, mas sim dos Livros de São Cipriano. As edições capa preta e capa de aço; ou aquelas intituladas como o autênticoo verdadeiro, ou o único, enfatizam um mesmo acervo mágico central, e ainda exaltam o cristianismo e a vitória do bem sobre o mal. Porém, existem grandes diferenças no conteúdo. Enquanto alguns exemplares apresentam histórias e rituais inofensivos, outros apelam para campos negativistas e destrutivos da magia.

 

 

Num aspecto geral, encontra-se instruções aos religiosos para tratar de uma moléstia, além de cartomancia, esconjurações e exorcismos. A Oração da Cabra PretaOração do Anjo Custódio e outras da crença popular também são inclusas (Magnificat, Cruz de São Bento, Oração para Assistir aos Enfermos na Hora da Morte, etc.). Além dos rituais de como obter um pacto com o demônio, como desmanchar um casamento e da caveira iluminada com velas de sebo.

No Brasil, o Livro de São Cipriano é usado largamente nas religiões afro-brasileiras, e se tornou um “almanaque ocultista” de fácil acesso que se dilui na crendice popular. Há ainda os mitos que o cercam: muitos consideram ser pecado possuí-lo ou simplesmente tocá-lo. De qualquer forma, o tema São Cipriano e tudo que o cerca, é um campo de estudo e pesquisa muito interessante para os ocultistas, religiosos e aventureiros.

 

 

São Cipriano

O Mago dos Magos, o santo de Deus

Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia.

Antioquia era uma cidade antiga erguida na margem esquerda do rio Orontes, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa,  Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também aqui que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.

Historicamente, há quem defenda que São Cipriano Bispo de Cartago, ( Cartago, o coração do grande império fenício que existiu no Norte de Africa e que rivalizou com o império romano pelo controlo do mediterrâneo) e são Cipriano de Antioquia,( de cognome «o feiticeiro», ou «o mago dos magos»), nascido na cidade que existiu na zona entre Turquia e Síria, e que era chama «a mais bela cidade do oriente», são figuras históricas totalmente distintas. Ao contrario, muitas outras fontes afirmam que São Cipriano o Bispo de Cartago, e São Cipriano «o Feiticeiro», se tratam da mesma figura histórica, sendo que por motivos de ocultação da vida pecaminosa de São Cipriano antes da sua conversão, se procurou criar a ideia que o São Cipriano santificado era uma figura totalmente distinta do São Cipriano o bruxo, assim retirando de São Cipriano o Bispo e o Santo, a pesada macula de todos os seus anteriores pecados. São teses históricas, umas mais defensáveis que outras, mas que de qualquer das formas são unânimes em confirmar a existência de São Cipriano. Cremos pessoalmente, que tal como afirmam as mais ilustres obras que versam sobre São Cipriano, que Cipriano o Bispo de Cartago, e Cipriano o Bruxo, são a mesma pessoa.

 

Quanto a São Cipriano de Antioquia, o bruxo e santo:

Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por “Antioquia, a bela”, ou a “rainha do Oriente”, ( tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante), a população era maioritariamente romano -helénica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem era famosas nesta cidade.

Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu, havendo sido admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos.

Filho de Edeso, ( pai), e Cledónia , ( mae), Cipriano nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos. Assim, Cipriano dedicou a sua vida ao estudo das ciências ocultas, sendo que ficou conhecido pelo epíteto de o «feiticeiro». Cipriano alcançou grande fama e o seu nome foi reconhecido enquanto um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.

Cipriano nasceu em 250 d.C. Era descendente de uma prospera família e  filho de pais abastados e crentes das divindades pagas , que cedo o entregaram ao sacerdócio de Deuses.

Cipriano entrou assim em contacto com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação, etc.

Cipriano não se limita aos seus estudos no sacerdócio em  Antióquia, e desejando aprofundar os seus estudos ocultos,viaja pelo Egipto e pela Grécia, angariando conhecimento com vários mestres e sacerdotes místicos; ele estuda desde as mais ancestrais técnicas astrológicas, á numerologia hebraica, e demais artes misticas.

 

 

Por volta dos seus 30 anos, Cipriano encontra-se estabelecido na Babilónia, onde encontra a bruxa Èvora.

Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus.

Após o falecimento da Bruxa Évora, Cipriano herda os manuscritos esotéricos da Bruxa Évora, dos quais extrai muita da sua sabedoria oculta.

Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra, contactando demónios.

Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.

(Sobre como um bruxo ou bruxa se tornam servos do demónio, consultar Bruxas e Demónios, assim como o Malleus Maleficarum e Sabbath),

Com os poderes infernais que lhe advinham que dialogar directamente com os demónio e pedir-lhes a concretização de favores, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama,  produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprecedível reputação de grande feiticeiro ou mago.

Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis.  São Cipriano viveu assim uma vida de bruxarias e riquezas, sendo que dizem certas lendas que São Cipriano foi dono de um fabuloso tesouro, onde se encontravam tanto os seus manuscritos secretos sobre assuntos místicos e bruxaria, como uma fortuna financeira incalculável, adquirida através do exercício das suas artes esotéricas.

 

Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos, e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido, quando foi contactado por um rapaz de nome «Aglaide», ( ou Adelaide).

O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela Cristã de nome Justina.

Aglaide tinha encontrado o consentimento dos pais de Justina quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza, oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo, Justina recusou-se casar.

Desgostoso mas com forte determinação em possuir Justine, Adelaide encomendou os serviços de Cipriano, o «mago dos magos», grande estudioso e sabedor dos conhecimentos do oculto.

Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, levando-a a abrir-se  e oferecer-se a Aglaide, ao passo que renunciando á sua fé Cristã.

Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, e contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito.

Para espanto de Cipriano, todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações

 

Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim a leva-las a entrar pelos caminhos da luxúria, conquistando-as para si mesmo, ( a favor do diabo, a quem com a perversão lhes vendia as almas ), ou para as abrir a quem lhe encomendava os serviços de feitiçaria, Cipriano não consegue entender o que se estava a passar.

Ele encontrou muitas dificuldades, sendo que pediu ao demónio que perseguisse a jovem e bela Justina, ora lançando-lhe forte tentação e inflamando-a se desejo carnal, ora atormentando-a com visões e aparições, ora tentando-a vergar com todo um ardil diabólico, que ia de doenças, a todo o tipo de enfermidade. Noite após noite, a pedido de Cipriano, o demónio  visitava a jovem Justina com a sua infernal quantidade de seduções e castigos. Nada resultou.

Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que ate então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora se verem derrotadas por uma mera donzela com fé em Deus e em Cristo.

 

 

Aconselhado por Eusébio, ( um amigo seu), e observando o poder da fé de Justine, Cipriano concerteu-se ao Cristianismo.

 

Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu grande parte das suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como  ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.

 

Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente atormentado por espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas o pretendiam reconduzir aos caminhos da feitiçaria.

 

Cipriano viveu uma vida de castidade e virtude, vindo a ser ordenado sacerdote, e mais tarde alcançado a posição de Bispo de Cartagena.

 

A fama de Cipriano era contudo grande e as notícias da sua conversão ao cristianismo chegaram á corte do Imperador Diocleciano que á data tinha fixado residência na Nicomédia.

 

Cipriano e Justina foram perseguidos, aprisionados e lavados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar a sua fé. Naquele tempo, muitas das perseguições contra os cristãos visavam fazer os fiéis abjurar, ou seja, renunciar á fé em Cristo. A esses cristãos, cuja a vida era poupada, chamavam-se: lapsi 

 

Consta que Justina e Cipriano, foram por isso violentamente torturados, na tentativa de os levar á «abjuração».

 

Justina foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de pentes de ferro.

Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não renegou a sua fé, e Justina manteve-se sofredoramente fiel a Deus.

Conta a lenda, que outros grandes tormentos foram infligidos a Cipriano e Justina, sendo que ambos saíram ilesos, por obra de um milagre de Deus.

Perante a recusa de Cupriano e Justina em renunciar á sua fé, e enraivecido perante o milagre que teimava em salvar Cipriano e Justina das torturas, o imperador ordenou a sua condenação á morte.

Cipriano e Justina foram decapitados a 26 de Setembro de 304 d.C, juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade.

Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Um grupo de cristãos comovidos pela barbaridade, recolheu-os.

Mais tarde, o imperador Cristão Constantino, (272 – 337 d.C. ), ouviu falar de São Cipriano.

O imperador Constatino foi o primeiro imperador Romano a confirmar o cristianismo como religião oficial. Diz a lenda que na noite antes de uma batalha decisiva ás portas de Roma, o imperador sonhou com uma cruz e ouviu uma voz que lhe disse:«sob este símbolo vencerás».

Constantino interpretou o sonho como uma mensagem de Deus, e de facto venceu a batalha e conquistou o mais alto cargo de poder do império romano. Governou o império ate morrer.

Foi Constantino que convocou o concilio de Niceia, onde se fixou a data da Páscoa crista, assim como se decidiu sobre a natureza divina de Jesus. Foi também Constantino que através do Èdito de Constantino, fixou o domingo como dia de descanso cristão, o correspondente ao Sabbath judaico.

Constantino ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada na praça com o mesmo nome em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa. A basílica de São João de Latrão, (Archibasilica Sanctissimi Salvatoris), é a «mãe» de todas as igrejas, aquela na qual o Santo Padre exerce o seu mais alto oficio divino.

A Basílica de São João de Latrão encontra-se localizada na praça de mesmo nome em Roma e é a Catedral do Bispo de Roma: o Papa. O seu nome oficial é «Arquibasílica do Santíssimo Salvador»,  e é considerada a “mãe” de todas as igrejas do mundo.

Foi na «Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput», ( mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo), que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.

Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino á vida no esplendor da sua existência:

do Diabo a Deus, dos anjos aos demónios, da feitiçaria é fé crista, da magia negra á magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu.

Do pecado á virtude, da luxúria á santidade, da riqueza á pobreza, do poder á martirização, se alguém é digno de um percurso existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.

Controverso e polémico, em São Cipriano a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais, ( do mais profano excesso,  á mais sacrificada ascese), encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.

Outras figuras houveram como ele ao longo da história:

Maria Madalena amava profundamente a luxúria e era prostituta, uma mulher totalmente entregue ao prazer da carne, da vaidade e da luxúria, e que mais tarde viria a ser Santa; Paulo perseguia a matava homens e mulheres inocentes apenas por serem cristãos. Era um sanguinário predador de homens, um assassino que assistiu á morte de São Estêvão, (o primeiro mártir), e que perseguiu e matou cristãos na estrada que conduzia a Damasco, e que depois ascendeu a Santo; Maria Egípcia, viveu na Alexandria, ( Egipto), onde se tornou prostituta. Não vendia o corpo pensando em dinheiro, mas apenas pelo vício do prazer. A quem lhe queria pagar, ela recusava o dinheiro e dizia que se prostituía apenas para ter quantos homens fosse possível, fazendo de graça o que lhe dava prazer. Também ela se tornou Santa Maria do Egipto, a ermitã.

A história está repleta de santos que foram pecadores, e de grandes pecadores que se tornaram santos.

São Cipriano é também um desses exemplos da natureza humana em toda a sua complexa extensão:

- de pecador dedicado á feitiçaria, considerado o «mago dos magos», apelidado como o «discípulo preferido do Diabo», conquistando pela bruxaria belas mulheres para as entregar ás mãos do Diabo e da luxúria, e construindo fortuna com fundamento na pratica do ocultismo, chegou a santo na mais devota e redentora assunção do termo.

Muito mais que apenas um feiticeiro, ou apenas um santo: é um símbolo da mais íntima natureza humana, na sua ampla dualidade. São Cipriano, foi bruxo de grande poder, bispo de grande sabedoria e santo de grande nobreza. Por tudo isso, ( e tal como Maria Madalena, que foi pecadora e encontrou a luz em Cristo), São Cipriano foi um exemplo que redenção e salvação. Os seus saberes contudo, abrem as portas á magia negra mais poderosa, ou á magia branca mais celestial.  Cabe a cada um de nós, usar os saberes de São Cipriano em consciência, e de acordo com as nossas escolhas.

 

São Cipriano ficou famoso tanto pela sua vida de escândalos e luxúria, como pela pratica da mais poderosa bruxaria, ( que aprendeu tanto nos templos das Deusas da fertilidade, como com a famosa Bruxa Évora), como pelos muitos milagres que fez depois de se converter ao cristianismo, ( o que o levou a ser um dos mais bem sucedidos evangelizadores do seu tempo), e por ultimo pela sua morte como mártir em nome da Fé.

 

Contam as lendas que São Cipriano, através dos conhecimentos obtidos com a bruxa Évora,  terá feito um pacto com um demónio. Por causa desse pacto,  São Cipriano ter-se-ia entregue a uma vida de luxúria e pecado, por forma a satisfazer o demónio, entregando belas mulheres á perdição e perversão das seduções carnais. Desse pacto demoníaco celebrado por São Cipriano, conta-se que lhe advieram os extensos poderes mágicos com os quais o bruxo realizou incontáveis trabalhos místicos, que lhe renderam uma fama sem precedentes.

 

Dizem algumas fontes, que os manuscritos de São Cipriano ainda existentes, (que podem ser usados tanto para o bem, como para o mal), encontram-se conservados na Biblioteca do Vaticano, e que os livros que presentemente existem no mercado são excertos retirados dessas obras originais.

 

Nos saberes de São Cipriano, é claro de embora Cipriano haja renunciado á prática das artes da feitiçaria, ele por vezes podia ensina-la a quem se encontrava em perigo ou tormentos, a fim de auxiliar essa pessoa, se assim fazendo-o então o santo conquistasse mais uma alma para a salvação da cristandade, o que apenas atesta que magia usada para operar em Deus e a bem da salvação de uma alma cristã, é uma coisa boa e virtuosa.

 

Seja como for, São Cipriano é um Santo e Bruxo milagreiro, cujas as graças já favoreceram milhares de sofredores por todo o mundo, em todo o tipo de situações mais desesperadas. O dia de São Cipriano é celebrado a 2 de Outubro, sendo que na última noite desse mesmo mês, a 31 Outubro( para 1 Novembro, a noite mais longa do ano),  é celebrado o dia dos mortos, ou o dia das bruxas. O mês 9 de todos os anos, é um mês de profunda tradição na bruxaria.

 

E sobre são Cipriano, eis que muitos por isso perguntam:

 

Deve-se venerar a são Cipriano «antes» ou «depois» da sua conversão?

 

Responde-se:

 

Deve-se olhar a são Cipriano no seu «todo», ou seja, deve-se olhar para «todo» o homem e para «toda» a vida do santo, pois que da mesma forma que não é possível  partir um homem ao meio, então também não é possível conhecer ao santo dividindo-o em dois.

 

E por isso:

 

Como se poderá alguma vez compreender a mensagem e o ensinamento do santo, se não se olhar a «toda» a sua vida, e a «toda» a sua vivencia?

Acaso será possível ter vinho negando as uvas? Ou acaso será possível fazer o pão desprezando ao grão da farinha? Como podereis edificar uma grande casa sem o pequeno tijolo?, pois acaso não é necessário um para construir ao outro?

 

E então: como podereis entender á vida de um santo se não olhardes a «toda» a sua vida?, e como podereis compreender á mensagem de um santo se não observardes «toda» a sua vivencia?, da mesma forma que como podereis entender um livro se apenas lerdes metade dele, e deitardes fora a outra metade do livro?

 

E na verdade: como poderia são Cipriano verdadeiramente ter compreendido que no mundo do espírito não há Senhor acima de Deus, se o santo não se aprofundasse nas mais obscuras e ocultas vivencias místicas?, de forma a em certo momento entender que até o Diabo, ( ele assim o confessou a são Cipriano), é um anjo submetido ao poder de Deus?, e que nem o poder do maior anjo ou do maior demónio conseguem vencer ao poder de Deus?, e que todas as coisas estão submissas e submetidas a Deus?, e que nada sucederá neste mundo se Deus não o permitir?, pois que o poder de Deus suplanta e supera todos os demais poderes?

 

E por isso: toda a vida do santo deve ser olhada, pois que o santo nem negou ás coisas do espírito, nem negou ás coisas da santidade; E o santo não negou nem ás coisas místicas, nem negou ás coisas de Deus; E antes porem, o santo tudo isso viveu, e tudo isso vivenciou, para deixar ao mundo um legado e uma mensagem de fé, e essa mensagem foi tal conforme já nas escrituras é anunciado, onde assim está escrito:

o SENHOR DOS ESPIRITOS (…) se manifestou

2 Macabeus 3,24

 

Pois então:

 

Deus é «Senhor dos espíritos», e «Deus» é «Senhor» de «todos os espíritos», e «Deus» é «Senhor» de «todas» as coisas do «mundo do espírito», e por isso no «mundo do espírito» nada dará fruto se Deus não quiser, e com Deus tudo dará fruto.

 

E no fundo, era esta uma das mensagens de são Cipriano, pois que ele que tantos prodígios conseguiu alcançar com as suas magias, porem acabou concluindo que as suas mais poderosas magias apenas davam fruto quando Deus permitia, e porem quando Deus não permitia então não havia fruto possível.

E por isso, eis que assim são Cipriano acabou observando na sua obra:

 

«(…) Disse o demónio -  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

 

Pois então:

 

Se não fosse «toda» a vida do santo, tanto antes como após a sua conversão, então jamais tamanha «chave» lhe teria sido dada, para que se lhe permitisse verdadeiramente vislumbrar as leis do mundo do espírito, e assim deixar um legado de sabedoria inigualável.

 

E por isso, assim se pode entender da mensagem de são Cipriano:

 

«Deus» é espírito, e «Deus» é o «Senhor» dos espíritos, e por isso todas as «coisas do espírito» são de «Deus», e todas as coisas do «mundo do espírito» são as coisas do «reino de Deus»; E por isso, todas as coisas do espírito são boas se vividas em Deus, e todas as coisas do espírito dão fruto se vividas com Deus, e porem sem Deus não há prodígios possíveis, e fora de Deus não há maravilhas.

 

E por isso, são Cipriano falando das suas artes mágicas e místicas, assim disse na sua obra:

 

«(…) havemos de notar que tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

Ou seja: assumiu são Cipriano que tudo quanto foi feito na sua obra, ( seja magia branca, ou magia negra, ou encantamento, ou feitiço, ou conjuração, ou invocação), tudo é feito em Deus, e com Deus; assume por isso são Cipriano, que a «magia» é coisa do «espírito», e que por isso toda a coisa da «magia» sendo coisa do «espírito» é coisa do «mundo do espírito», e o «mundo do espírito» é o «reino de Deus», e por isso não há «magia» que possa dar fruto fora de «Deus», e com «Deus» toda a «magia» é invencível.

 

Ou seja, sobre as artes do espírito, e sobre a magia, e sobre os misticismos, eis que são Cipriano acabou ensinando tal conforme assim está escrito:

 

tudo o que Deus criou é bom, e nada é desprezível se tomado com acção de graças, porque é santificado pela Palavra de Deus e pela oração

1 Timóteo 4,1;4

 

Pois então: todas as coisas do mundo do espírito são boas e nenhuma é desprezível, se elas foram vividas em Deus, e se praticadas com Deus.

 

E por isso, a todos aqueles que acusando o santo por causa das suas sabedorias místicas e do espírito, então julgam poder dividi-lo em «antes» e «depois» da sua conversão, então a esses as próprias escrituras lhes respondem como assim está revelado:

 

todas as coisas Te servem a Ti

Salmo 119,91

 

Pois então:

 

Deus é Senhor de todas as coisas, e por isso todas as coisas servem a Deus, e por isso todas as artes do espírito serão desaconselhadas se praticadas fora de Deus, e porem todas as artes do espírito, ( sejam elas de magias «negras», ou magias «brancas», ou qual for a sua «cor»), eis que todas as artes do espírito são boas e virtuosas se praticadas com Deus, e em Deus.

 

E assim sendo:

 

São Cipriano jamais renegou ás magias e aos portentosos prodígios que delas podem nascer; porem são Cipriano também não negou a Deus, e converteu-se, e morreu mártir pela fé em Cristo. E por isso, a lição do santo foi: as magias existem, e são coisas do espírito, e elas darão bom fruto se forem operadas na fé em Deus, por Deus, e jamais fora de Deus, pois que fora de Deus não há maravilhas do espírito.

 

São Cipriano veio assim servir um novo e diverso pão de esperança, e o santo veio oferecer um novo e amplo vinho de espiritualidade, e todo esse novo fruto reside no ensinamento de são Cipriano, e o ensinamento deve ser olhado no «todo» e não apenas na «parte».

 

Nalgumas doutrinas, são Cipriano é apontado enquanto o santo Padroeiro de magos, magas, bruxos, bruxas, necromantes, feiticeiras, espíritas, e de todos aqueles homens de fé que operam nas artes do espírito e do oculto.

 

Sendo o santo protector desta classe de homens de fé e ocultistas, são Cipriano assume-se como o santo protector dessas artes e de seus artificies, sendo que a são Cipriano se pede protecção e intercedência em todos os empreendimentos místicos e obras do espírito, procurando sempre que através da intercedência do santo, todos os processos espirituais sejam bem sucedidos, e porem sempre norteados pela luz de Deus, pois que como são Cipriano descobriu: com Deus tudo é possível edificar no espírito, e sem Deus nenhum fruto florescerá no espírito.

 

 

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Seis breves apontamentos sobre saberes gerais dos ensinamentos ocultos de S. Cipriano

 

I

 

Sobre a natureza da magia, assim dizem os saberes de S. Cipriano:

 

«A magia é a arte de submeter as potências da natureza á vontade humana. Entre essas potências, há as entidades invisíveis, espíritos, génios, demónios, evocados mediante fórmulas, orações, encantamentos, talismãs, Pentáculos, filtros, e outros agentes naturais»

 

Obra de S. Cipriano, pag 222, Capitulo «A Magia»

 

II

 

São 5 os tipos de orações que São Cipriano ensinou, e servem elas para:

 

«Para rogar a Deus pelas almas boas; Para esconjurar os espíritos maus; Para curar moléstias; Para conjurar encantos (…); Para se fechar uma morada ou um corpo (…)»

 

Obra de S. Cipriano, Pag. 37, capitulo «Instruções a todos os religiosos»

 

III

 

Sobre a oração, assim dizem os saberes de S. Cipriano:

 

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

 

Obra de S. Cipriano Pag 391

 

IV

Segundo os saberes de S. Cipriano, existem conjuros de Magia Negra, para fins de «mandar os espíritos tentar qualquer pessoa de quem desejamos qualquer coisa». Devem-se ao celebrar tais conjuros, respeitar cinco regras, e elas são:

 

«Não pode ir o conjurador com mais de duas pessoas; não se pode fazer (..) conjuração senão de noite das onze horas ás duas horas, e em lugares solitários. (…) o conjurador deverá ir vestido de preto e nenhuns dos cicunstantesdeverá levar sinais sagrados»

 

Obra de S. Cipriano Pag 332, Capitulo «Grande Conjuração de Magia Negra»

 

V

 

Sobre a bruxaria, sua natureza, seus poderes e os seus limites, assim dizem os ensinamentos de S. Cipriano:

 

*

 

«Os bruxedos, (…) na sua forma mais pura, é uma tentativa de (…)  fazer aparecer espíritos benignos ou malignos (…)

 

Obra de S. Cipriano; Pag 41, Capitulo «Os bruxedos no tempo de São Cipriano»

 

*

 

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

 

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

 

*

 

«(…) Disse o demónio -  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

 

*

 

«O espírito das trevas não teve outra saída senão explicar francamente a situação (…) O sinal da cruz afastava qualquer demónio e era justamente aquele sinal que Justina se valia na hora das tentações e das tribulações»

 

Obra de S. Cipriano, Pag 28 Capitulo «Conversão de S. Cipriano»

 

VI

 

Dizem o saberes de S. Cipriano que uma amarração com recurso a magia negra, desperta sobre a sua vitima, tanto tentações como tribulações, conforme seja necessário para forçar uma certa criatura a aceitar um fim amoroso que ela não deseja. Desde infortúnios a tentações carnais, as astúcias demoníacas operam de diversas formas, conforme se pode ler:

 

«Aglaide resolveu apelar para outros recursos, e foi procurar Cipriano, o mago dos magos (…) Atendendo á solicitação, Cipriano valeu-se de todos os recurso da sua arte magica para satisfazer o moço enamorado (..) Cipriano fez com que jovem fosse presa de fortes tentações e ficasse apavorada durante noites com aparições (…) Foi aquele demónio a casa de Justina, procurando excitar-lhe o espírito e acender-lhe os desejos da carne(…) Perturbada pela influencia diabólica, Justina (..) sentia incendiar-se-lhe na carne a chama do desejo (…) a jovem (…) sentiu ímpetos de buscar amante fosse como fosse (..) o príncipe das trevas(…) vingou-se desencadeando (..) uma série de doenças de toda a sorte»

 

Obra de S. Cipriano, Pag.s 27-31, Capitulo « A Conversão de S. Cipriano»

 

Através dos seus saberes ocultos, S. Cipriano conseguiu alcançar grandes prodígios, apossando-se dos amores de Elvira e permitindo que uma bruxa alcançasse milagroso sucesso nos seus serviços à filha do conde Everaldode Saboril.

 

Contra o seu poderio de artes magicas, apenas Santa Justina lhe resistiu pois que Deus não permitiu que o seu feitiço produzisse fruto. Contudo, mesmo assim está escrito que:

 

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor e serviriam futuramente (…) »

 

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

 

S. Cipriano ensina nos seus escritos, que perante o tamanho poder do feitiço e do encantamento da bruxaria, apenas a Deus pode impedir o seu resultado, pois o santo assim mesmo o observou junto de Santa Justina. Há excepção disso, o saber oculto de S. Cipriano é capaz de abrir portas a um poderosíssimo contacto com os espíritos. Os saberes ocultos de S. Cipriano são por isso e reconhecidamente, uma inigualável fonte de ensinamentos místicos, que já operaram prodígios e favorecimentos por todo o mundo, através de uma das maiores autoridades históricas e espirituais no mundo esotérico.

 

São Cipriano

Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.

A CONVERSÃO CRISTÃ

Vivia em Antioquia a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.
Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.
A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.

A MORTE

As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro. Não cederam.
Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.

O fato mais curioso da vida de São Cipriano é dele ter queimado seus Manuscritos e tempos depois reapareceu o livro de Capa Preta. Ninguem sabe como ele reapareceu, mas foi traduzido para várias linguas incluindo o portugues.
Vários outros livros apareceram usando o nome de Cipriano, e o próprio livro de Capa Preta dizem ter sido muito alterado com o tempo.
O Livro é repleto de magias negras pesadas incluindo a Oração da Cabra Preta!

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Eis os 6 ensinamentos basilares que provem directamente da obra de são Cipriano, e ei-los:

 

 

1º Ensinamento:

sobre a fé.

 

Sobre a fé, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«O espírito mau segredou-lhe ao ouvido: tens ainda pouca fé no meu poder, e é por isso que não achas as pedras de que te falei.»

 

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 4º, pagina 251

 

Assim se fica sabendo que apenas tendo fé no espírito, é possível do espírito retirar a sua obra.

 

 

2º Ensinamento:

sobre a paciência

 

Sobre a paciência, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«[Implorou Siderol]: perdão, perdão, Lúcifer (…)

 

[Respondeu Lúcifer]: não te disse já, (…), que na minha lei também é preciso ter paciência? »

 

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 8º, pagina 260

 

Assim se fica sabendo que se desejamos entregar os destinos de um assunto ás mãos de um espírito, então assim o façamos para que o espírito dele se encarregue e por ele providencie. Porem, se não temos fé e paciência para entregar o destino desse assunto ás mãos de um espírito, e tendo-lhe entregue o assunto ainda assim persistimos em tomar o assunto em nossas mãos, então de que serviu entregar o problema ás mãos do espírito se persistimos ainda assim em tratar dele pelas nossas mãos? Uma vez entregue um assunto ao espírito, deixai então que ele trate do problema pelas suas mãos e não pelas nossas, porque das nossas mãos mortais nada colheremos, e sabendo deixar operar as mãos de um espírito ele assim vos dará a chave que abre a porta que não se vos abre.

 

 

3º Ensinamento:

sobre a sacrifico

 

Sobre sacrifico, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«Para que gozes da minha protecção, é necessário que faças algum sacrifício»

 

Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo, capitulo 7º, pagina 260

 

Pois assim sabemos que nenhum milagre, nem nenhum prodígio, nem nenhuma protecção do espírito cairá do céu sem algum sacrifício. E porem, esse sacrifício aliado á fé, será então o grão de areia que fará a montanha mover-se a vosso favor.

 

4º Ensinamento:

sobre Deus

 

Sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

«(…) Disse o demónio -  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

 

Por isso assim se sabe que aquilo que Deus aceitar firmar ele firmará, porem aquilo que Deus não aceitar decretar ele não decretará, e esta é a lei. Assim ensina são Cipriano que quando desejais a mais forte das magias, lembrai-vos de Balaão e de são Cipriano, e assim não caia o vosso apelo em orações fúteis e fé mal guiada, mas antes dirigi-vos a um altar onde os santos de Deus são venerados, pois que apenas através de um santo de Deus podereis obter permissão para que tanto anjos, (magia branca), como demónios, (magia negra), actuem em vosso favor, pois que apenas através da autoridade de Deus se podem tais prodígios firmar, e todo o santo de deus apenas a Deus clama para abrir caminhos, seja na magia branca, ou na magia negra.

 

5º Ensinamento:

sobre a oração

 

Sobre a oração, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

 

Obra de S. Cipriano Pag 391

 

Pois assim se sabe que é na oração, proferida com fé numa casa de oração e num altar dedicado a um santo de Deus como é são Cipriano, em que muitas orações se juntam clamando em todo o seu poder, que todos os prodígios são possíveis, e fora da oração e da fé expressas numa casa de oração e num altar de um santo de Deus, pouco será alcançado pois que assim são Cipriano ensinou.

 

6º Ensinamento:

sobre as instruções

 

Sobre o cumprimento das instruções de um trabalho espiritual, assim diz a obra de são Cipriano:

 

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

 

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

 

Pois assim se sabe que apenas cumprindo com rigor as instruções de um espírito, então será possível colher o fruto da acção desse espírito. Respeitai a instrução e podereis ter o benefício do espírito, porem desrespeitai a instruções do espírito e nada vos será dado, mas apenas tirado.

 

Em resumo:

 

Ensinamento geral sobre os saberes de são Cipriano

 

Sobre os saberes de são Cipriano, assim diz a obra de são Cipriano:

 

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor»

 

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

 

Eis por isso que são portentosos e valorosos os saberes de são Cipriano, e se os usais conforme estas 6 regras, eis que eles vos responderão sem falhas, e sempre conforme estes 6 ensinamentos aqui revelados por são Cipriano.

 

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Eis 4 breves sabedorias espirituais da obra de são Cipriano:

 

 

1- Sobre a magia, sobre o mundo do espírito e sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

[respondeu são Cipriano] Amanha, á nona hora, vai ter comigo ao templo dos cristãos, que te apresentarei ao presbítero Eugénio, para que te dê as aguas lustrais, e logo te direi o segredo que torna essa magia infalível (…)

 

De manha estando [ são Cipriano]  na igreja com o presbitério, viu entrar a bruxa que correu a beijar os pés do sacerdote. Em seguida foi baptizada, e no fim da cerimónia chamou-a Cipriano e deu-lhe um pergaminho quadrado onde estava escrita a seguinte oração: «faz 3 vezes o sinal da cruz (…)» (…) Logo que a feiticeira acabou de rezar a oração (…) o duque vestiu o fato defumado pela bruxa, prostrou-se aos pés da duquesa a pedir perdão pelas suas leviandades. No dia seguinte, tirou um olho á amante e desprezou-a

 

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º; Pag. 311

 

Ensina são Cipriano na sua obra que a oração, e o sinal da cruz, ( ou seja: o poder de Deus), é a chave que faz a magia operar os seus prodígios, e que se alguma magia for infalível ela apenas o é se o poder de Deus a firmar e sustentar;

 

E assim, eis que são Cipriano ensina que essa, ( a fé na oração e Deus),  é a chave para Deus poder aceitar firmar aquilo que é clamado, rogado e pedido numa magia, feitiço, conjuro ou encantamento, ensinando também que é em Deus que reside o poder de qualquer prodígio de magia branca ou negra, ou seja, de bênçãos ou maldições.

 

 

2- Em assuntos de amor ou de família, assim está revelado na obra de são Cipriano:

 

Pelas chagas de Cristo, juro que (…) se faço isto é pelo muito amor que lhe consagro e para que não tome afeição a outra mulher

 

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 1º

 

Pois assim se fica sabendo que quem procura magia branca ou negra em assunto de amor, se o fizer por bem e por amor, então não está ofendendo a Deus e está apelando ao seu imparável poder.

 

3- Em assuntos de males malignos que afectam as vidas do sofredor e lhe trazem apenas contratempos, padecimentos e tribulações, assim está revelado na obra de são Cipriano:

 

Os verdadeiros e eficazes remédios são os de que usa a igreja, e estes são: o sinal da cruz; a invocação dos santíssimos nomes de Jesus e Maria; os exorcismos; os jejuns; as orações; as esconjurações; as relíquias de santos; a bênção das casas; aspersões de água benta

 

Obra de são Cipriano; Remédios contra os espíritos; Pag 272

 

Pois assim se conhecem os verdadeiros remédios que no altar de são Cipriano são usados para ajudar todo aquele que vê a sua vida destruída pelo mal e o maligno que brota dos maus corações

 

4- Sobre como são Cipriano actua em Cristo e na cristandade, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

Socorro-te porque a minha religião que é a cristã, diz que todos são filhos do mesmo Deus Omnipotente, e que não se deve perguntar as crenças ao irmão que sofre (…) Sou Cipriano, o antigo feiticeiro, mas logo que senti a água do baptismo, não posso mais usar da magia; mas já que é para o bem e alcanço uma alma para a cristandade, dir-te-ei o modo como se faz essa coisa que em vão tens preparado

 

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º;pag311

 

Pois assim se sabe que mesmo já convertido ao cristianismo, pela cristandade são Cipriano acorreu aos que procuravam solução na magia e no mundo dos espíritos, ensinando-lhes os mais poderosos saberes, e porem evangelizando e afirmando sem equívocos que nenhum prodígio pode ocorrer sem que Deus o permita, e sem que Deus o aceite, pois apenas Deus tem poder sobre todas as coisas, ate mesmo sobre a magia branca e a magia negra.

 

Eis por isso que são Cipriano é fonte de portentosos saberes, e porem eis que o santo assim o ensinou que sem Deus, fora de Deus, sem a anuência de Deus, e sem a lei de deus…. nenhum prodígio ocorre nem sucederá.

 

Por isso ensina são Cipriano:

 

Se procurais auxílio nas magias brancas ou negras, procurai-o num santo de Deus, na intercedência do santo junto de Deus, e através da anuência de Deus, pois apenas no Senhor e na sua palavra revelada nas escrituras poderá um encantamento, feitiço, magia ou intercedência operar os seus fins.

 

 

Deve-se dizer a oração de São Cipriano para desfazer toda a qualidade de feitiçaria e esconjurações de demônios, espíritos malignos ou ligações que tenham feito homens ou mulheres, seja para rezar em uma casa que se desconfie estar possuída por espíritos malignos, ou, finalmente, para tudo que diz respeito a moléstias sobrenaturais.

Nesta oração, dize-se muitas vezes: - “Eu, Cipriano, servo de Deus, desligo tudo quanto tenho ligado.” - mas o religioso não deve pronunciar o nome do santo, quando ele se auto-refere, dizendo apenas: - “Eu desligo tudo quanto está ligado”, omitindo o nome do santo sempre que ele é citado e falar sempre em seu próprio nome. A forma como está na oração abaixo é a forma original como o próprio São Cipriano deixou escrito.

 

 

Oração

 

Eu, Cipriano, servo de Deus, a quem amo de todo o meu coração, corpo e alma, peza-me por vos amar, desde o dia em que me destes o ser.

Porém, vós, meu Deus e meu Senhor, sempre vos lembrastes um dia, deste vosso servo Cipriano.

Agradeço-vos, meu Deus e meu Senhor, de todo o meu coração, os benefícios que de vós estou recebendo, pois agora, ó Deus das criaturas, dai-me força e fé para que eu possa desligar, tudo quanto tenho ligado, para o que invocarei, sempre o vosso santíssimo nome. Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo, Amém.

Vós que viveis e reinais, por todos os séculos dos séculos. Amém.

É certo, Nosso Deus, que agora, sou vosso servo Cipriano, dizendo-vos: Deus, forte e poderoso, que morreis no grande cume, que é o céu, onde existe o Deus forte e santo, louvado sejais para sempre!

Vós, que vistes as malícias deste vosso servo Cipriano! E tais malícias, pelas quais eu fui metido, debaixo do poder do diabo, mas eu não conhecia vosso santo nome, ligava as mulheres, ligava as nuvens do céu, ligava as águas do mar, para que os pescadores não pudessem navegar para pescarem o peixe para sustento dos homens, pois pelas minhas malícias, minhas grandes maldades, ligava as mulheres prenhes, para que não pudessem parir, e todas estas cousas eu fazia em nome do demônio. Agora, meu Deus, o torno a invocar para que sejam desfeitas e desligadas, as bruxarias e feitiçarias, da máquina ou do corpo desta criatura (fulano). Pois vos chamo, ó Deus poderoso, para que rompais, todos os ligamentos dos homens e das mulheres. Caia a chuva sobre a face da terra, para que de seu fruto, as mulheres tenham seus filhos; livre de qualquer ligamento que lhe tenha feito, desligue o mar, para que os pescadores possam pescar. Livre de qualquer perigo, desligue tudo quanto está ligado, nesta criatura do Senhor; seja desatada, desligada de qualquer forma que o esteja; eu a desligo, desalfineto, rasgo, calço e desfaço tudo, monecro ou monecra que esteja em algum poço ou levada, para secar esta criatura (fulano), pois todo o maldito diabo e tudo seja livre do mal e de todos os males ou maus feitos, feitiços, encantamentos ou superstições e artes diabólicas. O senhor tudo destruiu e aniquilou: ó Deus dos altos céus seja glorificado e na terra, assim como por Manoel, é o nome de Deus poderoso. Assim como a pedra seca se abriu e lançou água, de quem beberam os filhos de Israel, assim ó Senhor poderoso, com a mão cheia de graça, livre este vosso servo (fulano) de todos os malefícios, feitiços, ligamentos, encantos e tudo que seja feito pelo diabo, ou seus servos, e assim que tiver esta oração, sobre si, e a trouxer consigo, ou tiver em casa, seja com ela, diante do paraíso terreal, do qual saíram quatro rios, cinqüenta e seis tigres eufrates, pelos quais mandaste deitar água a todo o mundo, por cujos vos suplico. Senhor meu Jesus Cristo, filho de Maria Santíssima, a quem entristecer, ou maltratar pelo maldito maligno espírito, nenhum encantamento, nem maus feitos, não façam nem renovem cousa alguma, má contra este vosso servo (fulano), mas todas as cousas aqui mencionadas, sejam obtidas e anuladas, para a qual, eu, invoco as setenta e duas línguas que estão repartidas por todo o mundo e qualquer dos seus contrários sejam aniquilados as suas pesquisas pelos anjos, seja absoluto este vosso servo (fulano), com toda a sua casa e cousas que nela estão, sejam todos livres de todos os malefícios e feitiços pelo nome de Deus Padre, que nasceu sobre Jerusalém, por todos os anjos e santos e por todos os que servem, diante do paraíso, ou na presença do alto Deus Padre Todo Poderoso, para que o maldito diabo, não tenha poder de empecer, a pessoa alguma. Qualquer pessoa que esta oração trouxer consigo, ou lhe for lida, ou onde estiver algum sinal do diabo, de dia ou de noite, por Deus, Jacques e Jacob, o inimigo maldito, seja expulso para fora; invoco a comunhão dos Santos Apóstolos, de Nosso Senhor Jesus Cristo, São Paulo, pelas orações das religiosas, pela formosura de Eva, pelo sacrifício de Abel, por Deus unido a Jesus, seu eterno Pai, pela castidade dos fiéis, pela bondade deles, pela fé em Abrahão, pela obediência de Nossa Senhora quando ela livrou a Deus, pela oração de Madalena, pela paciência de Moisés, sirva a oração de São José, para desfazer os encantamentos, Santos e Anjos valei-me, pelo sacrifício de São Jonas, pelas lágrimas de Jeremias, pela oração de Zacarias, pela profecia e por aqueles que não dormem de noite e estão sonhando com Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo profeta Daniel, pelas palavras dos Evangelistas, pela coroa que deu a Moisés, em línguas de fogo, pelos sermões que fizeram os Apóstolos, pelo nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo seu santo batismo, pela voz que foi ouvida do Padre Eterno, dizendo: “Este é meu filho escolhido e meu amado; deve-me muito apreço, porque toda a gente o teme, e porque fez abrandar o mar e fez dar frutos à terra”, pelos milagres dos anjos; que juntos a Ele estão, pelas virtudes dos Apóstolos, pela vinda do Espírito Santo que baixou sobre eles, pelas virtudes e nomes que nesta oração, estão pelo louvor de Deus, que fez todas as cousas pelo Pai (sinal da cruz), filho (sinal da cruz), Espírito Santo (sinal da cruz), (fulano), se está feita alguma feitiçaria, nos cabelos da cabeça, roupa do corpo, ou da cama, no calçado, ou em algodão, seda, linho ou lã, ou em cabelos de cristão, ou de mouro, ou de hereges, ou em osso de criatura humana, de aves ou de outro animal; ou de madeira; ou em livros, ou em sepulturas de cristão, ou em sepulturas de mouros, ou em fonte ou ponte, ou altar, ou rio, ou em casa, ou em paredes de cal, ou em campo, ou em lugares solitários, ou dentro das igrejas, ou repartimentos de rios, em casa feita de cera ou mármore, ou em figuras feitas de fazenda, ou em sapo ou saramantiga, ou bicha ou em bicho do mar ou do rio, ou do lameio, ou em comidas ou bebidas, ou em terra do pé esquerdo ou direito, ou em qualquer outra cousa em que se possa fazer feitiços.

Todas estas cousas sejam desfeitas e desligadas, deste servo (fulano) do Senhor, tanto as que eu, Cipriano, tenho feito, como as que têm feito, essas bruxas servas do demônio; isto tudo vale ao seu próprio ser, que dantes tinha ou em sua própria figura ou na que Deus criou.

Santo Agostinho e todos os santos e santas, por santo nome, que façam que todas as criaturas sejam livres do mal do demônio. Amém.

 

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Se mais deseja saber sobre São Cipriano não na sua obra oculta, mas na sua santidade, então consulte:

Sobre São Cipriano segundo o santo Papa Bento XVI

 

 

 

AMARRAÇÕES- MALDIÇOES DE AMARRAÇAO

 
O que é?
Trata-se um processo místico por via do qual se invocam entidades espirituais que vão actuar na vida de uma certa pessoa, de forma a influenciá-la a aceitar ficar com alguém que encomendou esse trabalho. Trata-se igualmente de um processo místico típico de magia negra.

Algumas mais poderosas e infalíveis amarrações que se conhecem na historia da humanidade, foram executadas através de Missas Negras , com recurso aos mais ocultos processos de Magia Negra.
amarração, é essencialmente um processo oculto que consiste numa maldição.
Pela amarração, espíritos são invocados, espíritos são dirigidos á vida de uma pessoa.

 

Esses espíritos farão cumprir uma maldição. Essa maldição vai gerar certos efeitos na vida de uma pessoa, deixando-a confusa, contrariada, desorientada, ora sujeita a eventos desmoralizadores, ora infligida de tentação carnal, ora vítima de impedimentos ou obstáculos diversos.

Toda a maldição, tem em resumo a finalidade de deixar a pessoa atingida num estado de fragilidade, e por isso «aberta», «mansa» e receptiva aos avanços de quem encomendou o malefício.

Como é que uma amarração consegue produzir esse resultado de união?

Uma amarração produz esse resultado de oportunidades de união no amor, (muitas das vezes tentando transgredir «á força» o rumo natural dos eventos de uma vida), porque as entidades espirituais que vão abordar a pessoa amarrada vão causar certos efeitos de tormentos e tribulações na vida dela.

Você pergunta:

- que efeitos produz uma amarração? Que efeitos tem o espírito que está operando invisivelmente uma amarração na vida de uma pessoa?

Os espíritos provocarão fundamentalmente 5 tipos de efeitos na vida da pessoa que estão querendo amarrar a quem encomendou o trabalho de magia.

Os 5 efeitos de uma amarração sobre uma pessoa, são:

1-

Tentação, seja na forma ou de desejo carnal, ou na forma da pessoa amaldiçoada ser induzida a andar com o mandante da amarração no pensamento, ou na forma de uma vontade,( ou da geração de circunstancias), inexplicável e que de tempos a tempos impele a vitima a estar próxima do mandante da maldição

2-

Problemas, contratempos, revezes, perdas, atrasos, infortúnios, tribulações e eventos desmoralizadores que tendem a perseguir a vida da vítima de maldição de amarração, e por vezes mesmo ate aqueles que a rodeiam e que essa pessoa ama. Pode também uma má-sorte relativamente ocasional parecer persistir em suceder-se na vida da pessoa, ou na de pessoas a ela ligadas.

3-

Estados mais ou menos visíveis de confusão, ou desorientação, que tendem a ocorrer na vítima da maldição de amarração. A pessoa amaldiçoada pode mesmo revelar comportamentos rebeldes, ou que evidenciam uma revolta mais ou menos inexplicável, ou ate mesmo um sentimento de angustia que persiste em acompanhar a pessoa, pois que ela esta sendo infestada por espíritos e mesmo não tendo disso consciência, ( pois que os seus olhos não os vêem), a pessoa contudo pressente no seu intimo que algo não esta certo e acaba por manifestar condutas algo desorientadas, contraditórias, impacientes, revoltosas, indecisas, atípicas, como se a pessoa parecesse não estar totalmente «em si mesma», ou como se ela não soubesse bem o que quer, ou que a pessoa tanto hoje actuasse num sentido e amanha noutro, ou que a pessoa manifestasse visíveis estados de irritabilidade e intolerância ás contrariedades.

 

4-

Perturbações espirituais advindas da infestação de espíritos na criatura vitima de maldição de amarração, e que lhe podem afectar os sonhos, ( sonhos intensos, pesadelos, sonhos estranhos e fortes ou ate mesmo a ocorrência de insónias), e ate mesmo gerar comportamentos dispersos, erráticos ou contraditórios. Perturbações alimentares, dores de cabeça e outros tipos similares de distúrbios físicos que não tenham uma origem atestada por uma explicação médica, podem também ocorrer. Não pretende com a isso a maldição gerar doenças ou enfermidades, mas antes contribuir para a fragilização e desorientação da pessoa amaldiçoada

5-

Estados de indecisão, ou desmoralização, ou ate mesmo isolamento. Nalguns casos estes estados podem afectar as capacidades de normal discernimento. Podem ocorrer manifestações de padecimentos espirituais que não sendo conscientes ou visíveis , contudo deixam a pessoa amargurada e atormentada no seu intimo, pois que a sua alma está condenada a permanecer infestada de uma maldiçao.

 

Em resumo:

 

Estes são em traços gerais, os 5 efeitos que se farão sentir sob uma pessoa vítima de uma maldição de amarração. Alguns destes efeitos são visíveis, ( como por exemplo os comportamentos que a pessoa passa a assumir, ou as tribulações que a possam atingir), ao passo que outros efeitos são invisíveis, ( como as tormentas e padecimentos espirituais que acometem a pessoa, e que não sendo visíveis contudo são perturbadores, ou angustiantes, ou destabilizantes e opressivos para a pessoa que os sofre no intimo da sua espiritualidade e por vezes mesmo de uma forma semi-inconsciente pois que ela não pode ser alertada para o facto de estar a ser «amarrada»). Uma maldição é um processo espiritual que infesta a alma de uma pessoa, pelo que na sua essência a infestação não é visível, contudo ela existe e é tão real como são os espíritos e como é Deus. Tudo isto é feito, para que a pessoa amaldiçoada de amarração fique enfraquecida.

 

Por isso, numa maldição de amarração se diz:

 

«Fulano ( nome da pessoa a quem se faz a amarração), se tu amares outra pessoa que não a mim, pedirei ao Diabo que te encerre no mundo das aflições, e de lá não saias senão para te unires a mim»

 

Livro de S. Cipriano, Capitulo «As Mágicas» de S. Cipriano, pag. 329

 

O que pede a maldição de amarração?

 

Pede que alguém ao se desviar dos rumos do mandante da amarração, seja vítima acometida dos maiores tormentos, tribulações e padecimentos…e que assim seja senão que essa criatura decida regressar.

 

Assim: ou ela regressará, ou ela amaldiçoada ficará até regressar.

 

Significa isso: A criatura ficará espiritualmente amaldiçoada, a sua alma será objecto de infestação de maldição, e de tempos a tempos terá algum descanso para que não morra, pois que a morte não se lhe deseja. Mas depois, logo regressará a maldição em forma para atormentar a vítima, pois que ela não terá descanso. Da maldição, a criatura amaldiçoada apenas se livrará se regressar ao mandante da maldição, ou finda a sua vida, ou se o mandante decidir «libertar» a vítima da maldição.

 

Visões nocturnas e pensamentos involuntários que se podem apossar da pessoa vitima dos rituais de uma maldição de amarração celebrada em missas esotéricas de magia negra. A pessoa amaldiçoada, verá a sua alma condenada a infestação de maldição ate que aceite regressar ao mandante do malefício.

 

Saberes ancestrais são usados na feitura de um processo místico de amarração, no qual certos tipos de entidades são invocados para despertar os fins da maldição encomendada

 

Espíritos assombrarão as noites, o sono e a existência da pessoa amarrada, gerando tormentos, bloqueios ou estagnações que levam a vítima a um estado de confusão. Os efeitos de um feitiço de amarração celebrado por missa negra,atacam espiritualmente a alma da pessoa a quem se dirige, e tendem a começar a ocorrer num prazo entre 6 a 12 dias após a maldição ter sido lançada. A maldição tende também a produzir os seus efeitos com mais persistência ao longo de um período de 12 ciclos lunares, nos quais diferentes legiões de espíritos infernais infestarão sucessivamente a alma da vitima do malefício, dando-lhe breves momentos de repouso, ( pois que não se pretende matar a criatura), para depois se reatarem ora as tentações, ora as tribulações, conforme seja necessário. Assim é feito, de forma a nessa criatura se gerarem insistente e desgastantemente os efeitos ora de tentações, ou de tribulações, (e assim enfraquecedores), a fim que a criatura enfeitiçada seja levada a sucumbir á maldição..

 


Como funciona a Bruxaria?

 

AVISO PRELIMINAR AOS QUE ESTUDAM AS COISAS DO ESPIRITO E DO OCULTO:

O santo Salomão afirmou que é de Deus que provem o conhecimento sobre as coisas dos espíritos, e dos «poderes dos espíritos», (sabedoria 7,20). Revela também o santo Salomão que o desejo de conhecer os mistérios dos espíritos, e a sabedoria do espírito, esse desejo de sabedoria conduz a Deus e ao reino de Deus (sabedoria 6,20). Por isso, estudai, e procurai a sabedoria sobre todas as coisas do espírito, pois que a sabedoria do espírito elevar-vos-á espiritualmente, e o conhecimento dos espíritos  enriquecer-vos-á ao vosso próprio espírito, e a sabedoria dos espíritos é o caminho santo que conduz a Deus.  Por isso: estudai todas as sabedorias do espírito, e porem: usai bem toda a sabedoria do espírito, usando-a sempre em Deus, com Deus, e jamais fora de Deus, pois que essa é a única forma santa de caminhar nos mistérios dos espíritos e nos «segredos de Deus».(sabedoria 2,22) Assim, o estudo do oculto e do mundo do espírito, deve ser encarado da forma certa, ou seja, norteado por Deus, fundamentado em Deus, e guiado para Deus, jamais indo para além de Deus. E por isso, eis que na obra do santo são Cipriano se pode ler:

 

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

Assim sendo: enriquecei o vosso espírito com o conhecimento dos espíritos, pois que a sabedoria é coisa boa, pois que assim está revelado:

 

De facto, Deus ama somente aqueles que convivem com a sabedoria.

Sabedoria 7,28

 

Usai por isso deste mandamento do santo são Cipriano, e em todos os estudos que empreenderdes nas artes do espírito, procurai a sabedoria dos espíritos e do oculto, e porem fazei-o sempre com Deus, por Deus, e jamais fora de Deus.

 

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1
+ Bruxaria e Maldições +

Se queremos entender como funciona a bruxaria, temos de mergulhar nos conhecimentos mais ancestrais sobre essa pratica espiritual.

Quando falamos de magia ou de bruxaria, mais concretamente na antiguidade, ( nas civilizações Egípcia, Grega e Romana), estas revestem-se de processos esotéricos que foram beber aos conhecimentos místicos mais ancestrais e que ainda hoje perduram nas actuais praticas magicas.

Sendo que os mais ancestrais saberes se perderam ao longo dos tempos, podemos encontrar nessas civilizações da Antiguidade, ( civilizações Greco-Romanas e Egípcia), fontes de conhecimento bastante esclarecedoras.

Antes demais, é curioso é verificar que nas praticas magicas da Antiguidade Clássica, toda a bruxaria era operada através demaldições.

Nos tempos Greco-Romanos e Egípcios, existiam vários tipos de maldições para vários fins.

 

Havia 5 tipos de finalidades de maldições na bruxaria da antiguidade:

  • 1-litigio- realizadas para vencer litígios, seja em tribunais, na vida pessoal, ou social, ou na politica
  • 2-competição - realizadas para vencer competições desportivas ou na arte
  • 3-oficio - realizadas para vencer nos negócios, nos assuntos profissionais e financeiros, etc.
  • 4-erotica - realizadas para unir ou desunir pessoas, seja sentimentalmente seja sexualmente
  • 5-justiça - realizadas para obter vingança

Como podemos concluir, ontem como hoje os objectivos da bruxaria permanecem inalterados.

As maldições que a bruxaria produzia nesses tempos, eram realizadas com as 5 finalidades acima descritas e no fundo, e como vamos compreender mais adiante, toda a bruxaria era, ( e ainda é e sempe será), feita com recurso a maldições que são materializadas com recurso á necromancia.

No entanto, veja-se que a maldição de que se falava na Antiguidade Clássica, na verdade correspondia a uma forma de bruxaria e nao exactamente ao conceito de maldição como hoje em dia é comummente entendido.

Hoje em dia quando falamos de «maldição», entendemos imediatamente tratar-se de uma espécie de praga destinada a matar ou eliminar alguém.

No entanto, as maldições produzidas pela bruxaria, não tinham propriamente objectivo de matar, ( pelo menos, nem sempre…), mas antes elas podiam e eram direccionadas a causar um certo efeito na vida da pessoa visada.

 
 

Podiam e eram maldições temporárias, condenandoalguem a fins como:

- ter um desejo sexual louco por uma certa pessoa; ou condenando alguém a perder uma causa na justiça; ou condenando alguém a perder um grande negocio em detrimento de outrem; ou condenando alguém a perder uma prova desportiva em detrimento de segunda pessoa; ou condenando alguém a casar com certa pessoa; etc.

As maldições eram inscritas em Placas de Maldições, ( que eram placas maleáveis como papiro, mas feitas de chumbo, ou então mesmo em papiro tratado para esse especial fim), assim como em bonecas do tipo Vodu.

 

2-
As Bonecas Vodu

Na verdade, as bonecas tipo vodu são muito mais antigas do que comummente se julga.

Essas bonecas de maldições, onde eram trespassados alfinetes e inscritas tanto orações como os pedidos da bruxaria realizada, remontam ao antigo Egipto.

Exemplos delas podemos encontrar no museu do Louvreem Paris, onde ali estão exibidas bonecas usadas para fins mágicos que remontam a II-III d.C. e mesmo períodos anteriores da antiguidade Egípcia.

As bonecas de vodu, como hoje sao conhecidas, eram denominadas «Kolossoi» entre os magos Gregos.

As maldições eram executadas atraves da boneca, torcendo das formas mais violentas os membros dessa, assim como horríveis mutilações. Não se pretendia com isso mutilar a vitima, nem causar a destruição física do visado pela bruxaria, mas antes confundir os seus desejos, a sua vontade e os seus esforços, de forma a que se conseguisse obter um certo fim. Por exemplo:

- se se deseja uma mulher ou homem, pretende-se causar-lhe tal nível de desnorte, que essa pessoa venha a cair nos braços de alguém sem saber como, tal a forma como fica fragilizado; Se se deseja ganhar um negocio a um competidor, o objectivo é torna-lo de tal forma confuso e sem forças, que ele perca controle da situação e seja vencido; etc….

 

 

3-
As Placas de Maldição e a origem do termo «Amarração»

 

Na Grecia e em Roma, era contudo mais frequente executar bruxaria através dasPlacas de Maldições, que eram folhas de chumbo preparadas para a realização de actos mágicos e espirituais.

Os trabalhos de magia podiam igualmente ser executados em papiros preparados para esse efeito.

É curioso que todo o tipo de maldição inscrita nas placas ou bonecas, era denominada de «amarração».

O termo «amarração» advem do Grego «Katadesmos», «Katadesmoi», «Katadein».

O termo deriva de um verbo encontrado nas próprias placas de maldição e que significa «prender», «amarrar»,«restringir».

O termo é usado por Platão na sua obra «Republica», e refere-se tanto á formafisica das placas de maldição, ( que sao «enroladas», como que «amarradas» sobre si mesmas quando o feitiço nelas inscritas esta redigido e concluído), como á própria função das mesmas placas, que é «restringir» a vida de alguém.

No latim, o termo provem de «defixio» que significa igualmente amarrar e que igualmente pode ser encontrado nas placas de maldição romanas.

Por isso, o trabalho a que actualmente chamamos «amarração», nao é na verdade um trabalho exclusivamente amoroso ou com fins eróticos, tal e qual hoje comummente é entendido.

Na verdade, todo o trabalho de bruxaria era feito por via de uma maldição, e todo esse trabalho por sua vez era denominado uma «amarração».

Explica-se:

- a amarração visava «amarrar» a pessoa visada pela bruxaria a um certo fim, a um certo destino.

Por isso se dizia que uma pessoa embruxada tinha sido «amarrada», pois a vida dessa pessoa tinha sido restringida de forma a que certo efeitos lhe sucedessem.

Daí o termo «amarração», que era igual a dizer que a pessoa fora «amarrada», ou «constrangida», ou «condicionada» de forma a que certos efeitos lhe sucedam na vida.

Na antiguidade, dizer que alguém tinha sido amarrado, era equivalente a dizer que alguem tinha sido embruxado, fosse para que finalidade fosse.

Mas o termo esotérico de «amarração» tem outra origem e explicação, esta talvez mais técnica do ponto de vista da metodologia mística.

Nesses tempos ancestrais, atraves do processo magico, entendia-se que a alma da pessoa visada pela bruxaria era amarrada a um espírito de um morto, sendo que o espírito desse morto iria ficar na vida da pessoa amaldiçoada, até que esse espírito do falecido fizesse cumprir o objectivo da bruxaria na vida dessa pessoa enfeitiçada.

Para melhor entender:

os cemitérios ou as suas imediações, eram por isso tidos como locais férteis para a pratica de bruxarias, porquanto neles abundavam espíritos de mortos.

placa de maldição, onde estavam inscritas orações de conjuro, a maldição e o nome da vitima, era amarrada á mao do morto, ou amarrada ao corpo do morto.

Desta forma, procurava-se que o espírito do defunto a quem a bruxaria foi amarrada, se encarregasse de ir para a vida da pessoa embruxada e cumprisse a missão que lhe foi encomendada.

No fundo, o contacto da placa de maldição com o morto, deveria levar a vitima e ser restringida pela acção do espírito desse mesmo morto.

A vitima era quase sempre assinalada na Placa de Maldição pelo seu nome e pelo nome da sua mãe, pois a mãe era uma fonte segura de identificação certa da vitima, ao passo que a identificação do pai poderia levar a equívocos.

Dessa situação, falava o provérbio latim, ao declarar: «Pater incertus, Mater certa».

4-
Locais de Despacho das Placas de Maldição

As sepulturas eram os locais fundamentais para se proceder ao deposito das Placas de Maldição, e assim a completar execução de um trabalho de bruxaria por meios de uma maldição.

As sepulturas ou covas preferidas pelos bruxos, eram as de pessoa que tinham falecido tragicamente e vitimas de morte violenta.

Assim era praticado, pois diziam os velhos conhecimentos espirituais que as almas daqueles que morreram prematuramente vagueiam perto das suas covas em tormento e sem descanso, até que chegue a altura em que deveriam ter partido para o mundo espiritual. Até chegar essa hora, todos esses espíritos que vagueiam se descanso na terra, sao passíveis de serem facilmente invocados.

Tambem os campos de batalha, assim como os locais de execução de pessoas, ou mesmo os locais em que as pessoas tinham falecido sem oportunidade de se lhes oferecer os ultimosritos de funeral, eram tambem outros dos mais poderosos locais para a execução de bruxarias na forma de maldições.

Como já foi explicado, sabia-se que a alma de pessoas que faleceram de morte violenta, ou que o espírito de pessoas quemorreram prematuramente, iriam permanecer vaguendo por este mundo até que chegasse a hora em que deveriam na verdade ter falecido, e apenas nessa hora as ditas almas amarguradas abandonariam este mundo.

 

Como essas almas vítimas de morte violenta ou prematuras, faleceram antes dessa hora, dizia-se que esses espíritos estavam condenados a percorrer este mundo como fantasmas em tormentos. Ora, os campos de batalha e os locais de execução de criminosos eram locais ferteis em pessoas que tinham sido mortas de forma violenta e certamente abreviando a sua vida, ou seja, provavelmente em alguns casos seriam pessoas que faleceram antes da sua hora.

Sabia-se igualmente que mesma sorte sofrem aqueles que morreram sem oportunidade de se lhes prestar um funeral condigno e os últimos ritos de enterro.

A esses, os Gregos denominavam «Atelestoi».

Ora, juntar ao cadáver dessas pessoas a Placa de Maldição com uma bruxaria ( sempre que possível, a Placa de Maldição era amarrada ao defunto), era influenciar o espirito atormentado desse defunto a atormentar a vida da pessoa visada pela bruxaria, causando-lhe assim restrições. Essas restrições que a vitima iria sofrer, iriam a seu tempo conduzir á produção dos objectivos ditados pela magia que fora feita.

Se por exemplo uma maldição tinha sido lançada para que um desportista perdesse uma competição, o espírito do morto ao qual essa pessoa foi «amarrada» iria actuar na vida dessa mesma pessoa de forma a afectar-lhe e restringir-lhe a saúde tanto psicológica como física. A seu tempo, a vítima acabava por ficar desconcentrada, descontrolada e mesmo fragilizada tanto mentalmente como fisicamente, o que facilmente podia conduzir ao aparecimento de lesões e subsequentemente á perda de uma competição. Por este breve exemplo, é fácil entender como um espírito que foi «amarrado» á vida de uma pessoa, pode «restringir» essa mesma de forma produzir os efeitos desejados por uma maldição.

Ao espírito do atormentado era endereçado um pedido, e o atormentado iria fazer com que esse pedido fosse realizado na vida da vitima dessa bruxaria.

5-
Como funciona a Bruxaria: as Maldições na forma das Amarrações

Tal como se pode verificar por todo o exposto, o termo«amarração» descrevia nao apenas uma bruxaria com fins sentimentais ou eroticos, mas antes tudo aquilo que era umabruxaria.

Podemos mesmo concluir que o termo «amarração», nasce desta pratica magica de natureza necromante, ou seja, a bruxaria por via da qual uma maldição era «amarrada» a um morto, de forma a que o espírito desse morto fosse também «amarrado» á alma da pessoa atingida pela feitiçaria, de forma a que o espírito do morto «restringisse» a sua vitima e assim, fizesse cumprir na vida da mesma os fins a que o trabalho se propunha cumprir.

Como tambem podemos facilmente concluir, toda a bruxariaesta fortemente ligada á produção de maldições com fins específicos, e a execução dessas maldições é conseguida através de processos de invocação de espíritos de mortos.

E logo assim, entendemos que os espíritos dos mortos, uma vez «amarrados» á pessoa atingida pela bruxaria, causam nas suas vitimas uma acção de «amarração», ou seja, «restringe» a vida dessa pessoa de tal forma até que nela vão suceder os eventos enunciados pela maldição.

Estes esclarecimentos históricos são importantes, para que se possa compreender como, na verdade, funciona a bruxaria que pode afectar a vida de uma pessoa, de uma família, de um lar ou ate mesmo de uma instituição.

 

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Que sintomas revela uma pessoa amaldiçoada, ( ou enfeitiçada) ?

 

Toda a feitiçaria, funciona através de maldições que visam insinuar-se e influenciar alguém no sentido de se produzir um certo efeito.

 

 Existem maldições de feitiçaria que podem ser lançadas para todos os fins:

 

Eróticos, de vingança, de aproximação, de domínio, de afastamento, de submissão, de impotência, de exaltação, etc…

 

Um dos exemplos bíblicos de uma pessoa sob maldição, podemos encontra no Faraó que avisado por Moisés para libertar o povo Judeu, viu a sua vida «enguiçada» com praga sobre praga a um ponto que tanto a sua vida pessoal, como a a existência do seu estado, se viu ameaçada.

 

Outro dos exemplos bíblicos de uma pessoa sob maldição, podemos encontrar no rei Saul, que atormentado por demónios vindos de Deus, ficou de tal forma fragilizado que acabou por ceder o seu trono a David.

 

Por tudo isso, crê-se que uma pessoa que se encontre sobre efeito de uma maldição oriunda de um malefício, ( feitiçaria), normalmente exibe o seguinte quadro de sintomas, ( nem sempre exibe todos estes sintomas, pode exibir apenas um ou alguns deles):

 

1-ocorrência de problemas sistemáticos na vida da vitima, sejam revezes, contratempos, imprevistos, tribulações, etc

2-ocorrencia de estados de acentuada irritabilidade, e por isso estados reveladores de desequilíbrio e perturbação espiritual

3-ocorrencia de distúrbios no sono ou sonolências anormais, e que costuma ser um sinal da infestação de espíritos

4-ocorrencia de estados espirituais perturbados, inclusive pesadelos e sonhos intensos, ( alguns recorrentes), ou completa amnésia quanto ás suas actividades oníricas tal é o grau de intensidade das mesmas

5-um certo alheamento relativamente á vida, ou a súbita tomada de decisões quase inexplicáveis ate pela própria pessoa

6-ocorrencia de falta de interesse sexual , ou um ávido interesse, conforme a finalidade de uma maldição no seu sentido erótico

7-Ocorrencia de climas de desarmonia, intranquilidade e falta de paz na família, no trabalho ou em geral na vida da vitima

8- Ocorrência de estados psicológicos fragilizados, ou de isolamento, ou de indecisão e que teimam em fazer a pessoa cair em atitudes erráticas ou contraditórias

9- Por vezes mesmo, a persistência de dores de cabeça que se verifiquem não possuir qualquer explicação médica, mas que teimam em perseguir a pessoa

10-. Um estado geral de má sorte, bloqueios e impedimentos  que parece perseguir de tempos a tempos a vida de uma pessoa

11-A pessoa amaldiçoada pode mesmo revelar comportamentos rebeldes, ou que evidenciam uma revolta mais ou menos inexplicável, ou que manifestam uma tendência para vícios que não tem causa lógica, ou ate mesmo um sentimento de frustração e desconforto que persiste em acompanhar a pessoa, pois que ela esta sendo infestada por espíritos e mesmo não tendo disso consciência, ( pois que os seus olhos não os vêem), a pessoa contudo pressente no seu intimo que algo não esta certo e acaba por manifestar condutas algo desorientadas, contraditórias, impacientes, revoltosas, indecisas, atípicas, como se a pessoa parecesse não estar totalmente «em si mesma», ou não soubesse bem o que quer, ou tanto hoje actuasse num sentido e amanha noutro, ou pareça evidenciar um estado de  irritabilidade e intolerância.

12-Ocorrencia de ruídos estranhos, barulhos e sons e inexplicáveis no seu lar, especialmente em períodos nocturnos

13- Ocorrência de desaparecimentos inexplicáveis de objectos que por vezes tendem a mais tarde reaparecer sem qualquer explicação lógica

14- Ocorrência de visões de espíritos em visões nocturnas, ou a nítida sensação da presença deles, ou a avistamento inexplicado de vultos

15- Ocorrência de experiencias estranhas com animais que tendem a teimar em aparecer ou a comportar-se de forma estranha diante da sua presença, (animais como: cães, gatos, cavalos, serpentes, pombas, mochos, aranhas, moscas, corujas, lagartos, abelhas, vermes, etc)

16-Uma sistemática e inexplicável ocorrência de fenómenos estranhos á sua volta com equipamentos eléctricos ou electrónicos que tendem a parar de funcionar, ou funcionam de forma estranha, ou a avariar-se sem explicação e de forma anormalmente persistente

17-Ocorrência sistemática e sem explicação médica de uma sensação de angustia que teima em perseguir a sua vida, e que normalmente decorre da sua alma poder encontrar-se sob influencia de uma maldição ou malefício

 

Alguns dos efeitos de uma maldição operam-se de forma visível aos olhos, ( nomeadamente aqueles que correspondem a eventos negativos que sucedem na vida de uma pessoa, ou a comportamentos exteriores que ela evidencia), ao passo que outros efeitos operam-se de forma invisível pois que se manifestam em tormentos espirituais internos na pessoa amaldiçoada. Uma maldição não é algo visível, pois que é um fenómeno que opera a nível espiritual, infestando a alma de uma pessoa. Assim, embora não sendo maioritariamente visível, a maldição é um fenómeno terrível e devastador.

 

As sagradas escrituras atestam que o criador das bênçãos e das maldições foi Deus, pois que Ele assim o anunciou em Deuteronómio 11,26 ao revelar:

 

«Vede! Hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição».

 

Porque alguns crêem por isso que a maldição é uma poderosíssima obra de Deus, e é um dos instrumentos pelos quais opera a magia, ( a magia opera fundamentalmente através de processos de conjuração espiritual  - como intercedências ou consagrações - que visam apelar a forças espirituais para que se gerem bênçãos ou maldições sobre alguém ou sobre algo),  uma pessoa, instituição ou local que seja amaldiçoados por um processo místico como os de são Cipriano, ( a isso se chama comummente um «feitiço»), permanecerá amaldiçoada ate que ceda aos fins da maldição, e amaldiçoada fique enquanto não ceder, e que assim sucede ate que ceda ou amaldiçoada permaneça.

 

Depois de lançada uma maldição sobre uma criatura, que sucede á sua vitima?

 

Depois de uma maldição, ( seja qual for o seu fim), estar lançada com sucesso sobre a criatura amaldiçoada, será a sua força, ( ou fraqueza espiritual), que irá ditar em quanto tempo ela sucumbirá aos fins que ela maldição pretende impor. Ela será infestada de forma gradual mas firme, a fim de ser lentamente torturada ate ser forçada a cair no objectivo da maldição.

 

Ensina-nos a bíblia que perante a maldição de Deus, ( que Moisés lhe transmitiu), o Faraó foi forçado a libertar o povo hebraico, ao passo que o rei Saul atacado por uma maldição, (por um espírito mau ao serviço de Deus),  foi induzido a uma série de circunstâncias que o levaram a perder o seu trono. Cada um deles, demorou o seu tempo a cair na maldição. O Faraó avisado por Moisés, necessitou de 10 pragas e mesmo assim insistiu em perseguir o povo de Deus, não se vergando perante a maldição e levando o seu exército a uma enorme perda. Por assim ser, sabe-se que se a pessoa for espiritualmente mais forte poderá resistir, e se for espiritualmente mais fraca irá mais facilmente cair aos fins do malefício.

 

Saul foi amaldiçoado e atormentado por um espírito mau vindo de Deus

 ( I Samuel 16, 14-15)

 

O Faraó foi atormentado por uma maldição constante de 10 pragas, anunciadas por Moisés

 

Job foi amaldiçoado e infestado por Satã, que actuando ao serviço de Deus assim o infernizou a fim de testar a sua fé

( Livro de Job, capitulo II).

 

Por isso, uma coisa se sabe:

 

As maldições conforme foram criadas por Deus , se promulgadas pelo Seu poder e conforme actuaram tanto no Rei Saul , como no faraó que Moisés afrontou, como em Job … são imparáveis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ensina-nos a bíblia que perante a maldição de Deus, o Faraó foi forçado a libertar o povo de Deus, e que o rei Saul foi induzido a uma série de circunstâncias que o levaram a perder o seu trono. Cada um deles, demorou o seu tempo a cair na maldição. O Faraó avisado por Moisés, necessitou de 10 pragas e mesmo assim insistiu em perseguir o povo de Deus, não se vergando perante a maldição e levando o seu exército a uma enorme perda.

 

 

 

 

 

 

Toda a feitiçaria, funciona através de maldições que visam insinuar-se e influenciar alguém no sentido de se produzir um certo efeito. Toda a maldição apenas produz o seu fruto apenas se Deus permitir, sendo que as maldições segundo se crê em certos círculos ocultistas, tendem a começar a produzir os seus efeitos entre 6,7 a 12 dias depois de estarem lançadas, sendo que os seus efeitos podem fazer-se manifestar com mais insistência na vitima do malefício por um período ate 12 ciclos lunares, a fim de insistirem com a criatura atingida e que possa ela assim cair nos objectivos da maldição. Porem, se assim sucedendo por 12 ciclos lunares a maldição não atingir os seus fins, é comum que a mesma continue persistindo na vida da pessoa, atormentando-a ate que ela ceda. Algumas maldições contudo podem atingir famílias, e nesse caso poderão operar ao longo de gerações, sendo que se crê que nesses casos elas podem atingir entre 3 a 7 gerações. 

 

 

Toda a maldição pedida a um santo de Deus e estabelecida com a anuência de Deus, constitui um malefício irrevogável, pois que Deus é o Senhor de todas as bênçãos e de todas as maldições, uma vez que assim foi revelado:

 

Quando Deus te tiver introduzido na terra para onde te diriges, deverás colocar a bênção sobre o monte Garizime maldição sobre o monte Ebal

 

Deuteronómio 11,29

 

Pois que assim se sabe que Deus é o senhor tanto de bênçãos como de maldições, sendo que Deus sobre ambas tem poder, e pelo Seu poder elas se estabelecem.

 

Sabemos também porquanto tempos elas se estabelecem numa alma, pois que assim está revelado:

 

Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe:«Senhor, quantas vezes devo perdoar, se o meu irmao pecar comtra mim? Até sete vezes?»

Jesus respondeu:«Não te digo sete vezes, mas até setenta vezes sete, porque o Reino do céu é como um rei que resolveu acertar contas com os seus empregados (…)»

 

Mateus 18, 21-12

 

Pois no perdao de Deus perdoa-se não 7 mas 70 x 7 vezes vezes, e por isso igualmente na maldiçao de Deus a perseguiçao do Senhor ocorre não 7 mas 70 x7  vezes.

 

O 7 é por isso o numero de Deus, o numero pelo qual Deus gerou toda a sua criaçao, e o numero pelo qual ocorrem tanto as Suas bençaos como as suas maldiçoes, o numero pelo qual de edifica tanto o seu perdao como a sua condenaçao, pois que está escrito que «o reino do ceu é como um rei que resolveu acertar contas com os seus empregados», e por isso quando deus impoem a sua vontade e resolver «acertar contas», Ele o fará conforme a sua lei de 70×7. Por assim ser, por periodos de 7 anos será essa pessoa atingida pela maldiçao que se renovará 70 vezes mais a cada 7 anos, ate que ceda, e se não ceder ao fim de um periodo de amaldiçoamento, entao outro periodo sobre ela recairá, e assim será perpetuamente e até há hora da sua morte.

 

 

 

AVISO  SOBRE MISSAS NEGRAS

 

As Missas Negras são poderosíssimos e terríveis instrumentos para se fazerem trabalhos de magia negra. Uma amarração feita por Missa Negra coloca a pessoa amarrada debaixo de grande maldição; Um trabalho de afastamento feito por Missa negra fará a pessoa visada sumir para sempre, ou sofrer tormentos indescritíveis na sua alma até que ceda e assim o faça; Um trabalho de destruição feito por Missa Negra fará a pessoa atingida, ou seus mais queridos, ver a sua vida totalmente arruinada e devastada.

O tipo de magia negra produzido pelas missas negras é poderosíssimo e imparável ou mesmo devastador. Por isso a celebração de missas negras com certos objectivos,( uma amarração, uma punição de um indesejável, atrair sexualmente uma pessoa, etc), apenas deve de ser aplicado a casos muito desesperados.

Nunca tente realizar um acto de Missa Negra pelos seus meios. As consequências na sua vida, ou na vida de pessoas próximas de si, serão trágicas. Apenas sacerdotes vocacionados para tal fim e com devidos conhecimentos espirituais podem exercer tais artes de forma eficiente e segura, da mesma forma que apenas sacerdotes instruídos e treinados podem celebrar um exorcismo.

Ao longo dos tempos, pessoas sem a necessária força espiritual tentaram realizar este tipo de processo espiritual, e acabaram, ou possuídos por espíritos, ou mais tarde vieram a falecer em condições trágicas e inexplicáveis.

As Missas Negras… um dos mais poderosos instrumentos de magia negra, usado para apelar ás maldições de Deus em todo o tipo de assuntos.

 

  Um dos casos de sucesso mais conhecidos da historia ocidental ocorreu em 1680, quando Athenais Charente, Marquesa de Montspan encomendou aoAbade Guibourg diversos trabalhos da magia negra com o objectivo de se tornar a única mulher a partilhar a cama do rei Luís XIV.

 

A condensa conseguiu os seus desejos, passou a ser a única mulher a partilhar o leito do rei e deu-lhe 7 filhos. O sucesso dos trabalhos do Abade foi esmagador, e a fama deste feito espalhou-se por todo o mundo.

A missa negra popularizou-se assim no sec XVII, com as famosas missas do abade Guibourg.

   
  Porque se chamam missas «negras»?

 

 

O que são na verdade?, aquelas praticadas na doutrina do caminho dos santos?

 

 

Nas escrituras está revelado que enviou Deus espíritos maus se apossaram dorei Saul para o fragilizar e vencer, assim como ali está revelado que a mando de Deus espíritos maus levaram o rei Acab á derrota e á morte, assim como também está revelado que a mando de Deus espíritos maus geraram discórdias junto de Abimeleque, e está igualmente revelado que com a anuência de DeusSatã devastou a vida de Job, a fim de testar a sua fé.

 

Foram mais de uma vez, e muitas foram as vezes, que Deus não hesitou em usar espíritos maus ao seu serviço, atestando-se assim que Deus pode fazer uso não apenas de anjos, ( magia branca), mas também de espíritos maus e demónios, ( magia negra), para fazer cumprir a sua vontade.

   
  Por isso para entender essa resposta, terão de ser lidas as escrituras, onde assim também está escrito sobre o terrível poder das maldições de Deus:

 

 

«O animal deve ser macho, sem defeito, e de um ano. (…)guardá-lo-eis ate (…) altura em que toda a assembleia de Israel o imolará ao entardecer. Recolhereis o seu sangue, e aplicá-lo-eis sobre os dois batentes e a sobre a travessa da porta, nas casas onde comerdes o animal (…) comereis a carne (…) assada no forno : inteiro, com cabeça, pernas e vísceras. Não deixareis restos (…) se sobrar alguma coisa, deveis queima-la no fogo. Deveis come-lo assim: com cintos na cintura, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis apressadamente (…) nessa noite, Eu passarei pelo Egipto, matarei todos os primogénitos dos egípcios, desde os homens ate aos animais. (…) Eu sou Deus. O sangue nas casas, será um sinal de que estais dentro delas: ao ver o sangue, Eu passarei adiante. E o flagelo não vos atingirá, quando eu ferir o Egipto. Esse dia será para vos um memorial, pois nele celebraríeis uma festa de Deus. Celebro-la-eis como um rito permanente, de geração em geração. (…) Quando os vossos filhos vos perguntarem: “Que rito é este?» ”, respondereis: “ È o sacrifício da pascoa de Deus, Ele passou no Egipto  (…) ferindo os egípcios e protegeu as nossas casas”»

 

Êxodo 12

   
  Eis que assim se observou que uma grande maldição de Deus desceu á terra, e fez ceder e vergar o maior império daquele tempo, assim forçando o faraó do Egipto a ceder a Moisés e a libertar o povo de Deus, e da mesma forma que o fez, também as maldições de Deus podem operar transformações nas vidas daqueles de fé, seja em amarrações amorosas, assuntos de indesejáveis, e muitos outros.

 

 

Eis que assim se observou que a maldição de Deus tudo consegue alcançar e aqui alcançou-o através 10 pragas que culminaram com a ceifa das vidas de todos os primogénitos do Egipto.

 

As maldições dos santos de Deus poderão ser usadas nos mais diversos fins, desde maldições com fins amorosos, (amarrações amorosas), maldições de indesejáveis, maldições de justiça contra o injusto que ataca a sua vida, e muitos outros fins que podem ser alcançados por via das maldições dos santos de Deus, tal como pelas mesmas maldições Moisés, ( um santo de Deus), levou o faraó do Egipto a ceder, vergar-se, e aceitar o desejo de libertação do povo hebreu.

   
  Assim, no caminho dos santos a magia negra não é mais que a invocação das maldições de Deus, (para mais saber, por favor leia: magia negra), e assim sendo, as missas chamadas «negras», são missas e liturgias que não apenas relembram o temor que devemos ter perante as devastadoras maldições de Deus, como de liturgias que apelam ás maldições de Deus para que elas possam actuar a favor daqueles que procuram auxilio nos santos de Deus.

 

 

Trata-se por isso de um ritual litúrgico e cerimonial que exortando ao temor a Deus, nele se pedem que as maldições de Deus actuem em favor de um certo assunto, ( como no amor, ou na defesa de uma família, etc).

 

A esse ritual litúrgico chama-se de «negro» pois que por oposição ás missas chamadas «brancas», ( onde se pedem as bênçãos de Deus), nestes rituais pede-se o inverso, ou seja, conjuram-se as maldições de Deus.

 

E de «negras» também se chamam essas missas,  pois que elas apesar de invocarem um poder capaz de tudo vencer, contudo elas não vencerão pelo amor de Deus, mas sim pela ira de Deus…. e a sua ira é sempre motivo de temor

 

Se aceite por Deus as conjurações feitas a um santo de Deus, e se obedecidas as instruções pelos que procuram os santos de Deus, pois que pode demorar o tempo que demorar, mas as maldições de Deus acabarão vencendo como venceram o faraó do Egipto.

 

Pois que no «caminho dos santos» a chamada  «Missa negra», é uma forma de invocar o poder das pragas e maldições de Deus que vem e devoram tudo o que encontram diante de si, tal como Moisés conjurou os poderes destruidores de Deus e eles vieram e destruíram tudo á sua frente.

 

   
  Por isso, quando o caminho dos santos chama uma missa de…. «Negra», essa doutrina fá-lo num sentido «bíblico», ou seja, no sentido de chamar pelas mais fortes maldições de Deus, as mesmas negras maldições que recaíram sobre o faraó do Egipto e que conduziram á morte de todos os primogénitos do Egipto.

 

 

E porque esse devastador poder da maldição de Deus revelou-se terrível e motivo de temor, então eis que as missas que a esse poder apelam chamam-se de «negras», como sinal de «luto» pela morte dos primogénitos do Egipto, e como sinal de «temor» pelo que o seu poder é capaz de gerar.

 

Por isso as missas são «negras», pois que são um sinal de temor, pois que ás mãos das maldições de Deus Noé assistiu a um dilúvio, Moisés testemunhou á morte dos primogénitos de toda uma nação, Abraão constatou a destruição deSodoma e Gomorra, e David presenciou á queda do rei Saul, e que assim se sabe que invocar a maldição de Deus através dos santos de deus para operar um certo fim na vida de uma pessoa, constitui um acto pelo qual se deve ter temor, por oposição ao acto de invocar pelas bênçãos de Deus, e que é um acto em que devemos expressar compaixão e amor.

   
  São missas chamadas «negras»,  no sentido do temor a Deus,  e no sentido e que são rituais pedem pelas maldições de Deus, e as maldições de Deus são terríveis, pois que está escrito:

 

 

 

Se não me ouvirdes (…) mandarei contra vós a maldição

Malaquias 2,2

 

Pois assim se sabe que ao que recusar a vontade de um santo de Deus, ou de Deus, sobre esse recairá a maldição de Deus, e ela é terrível… tão terrível que tão terrível que vergou o faraó do Egipto, tão terrível que a mando de Deusespíritos maus se apossaram do rei Saul para o fragilizar e vencer, tão terrível que a mando de Deus espíritos maus levaram o rei Acab á derrota e á morte, tão terrível que a mando de Deus espíritos maus geraram discórdias fatais junto de Abimeleque, tão terrível que por ela Satã devastou a vida de Job, por isso tão terrível que perante aquele de fé que sem falhar obedece aos mandamentos de um santo de Deus e cujo o pedido seja aceite por Deus, assim atestam as escrituras ela subjugará a alma de todo aquele sobre a qual recair, seja com que fim for, até mesmo nas amarrações amorosas ou em qualquer outro assunto importante nas vidas de quem sofre.

 

Pois assim as missas são chamadas «negras», pois que apelam ás maldições de Deus, e elas são temíveis e motivo de temor, pois que assim foi revelado:

 

Deus das vinganças, aparece ó Deus das vinganças

Salmo 93, 1

 

Pois assim se sabe que por intercedência de um santo de Deus, quando o Senhor ao aceitar estabelecer uma maldição, Ele fará essa maldição prevalecer com tamanho furor que face á sua vingança e ao seu castigo ninguém poderá resistir, e a seu tempo, no tempo que Deus determinar, tal como Abraão viu Isaac nascer, e tal como o povo de Deus após 40 anos de peregrinação no deserto se viu entrar na terra prometida…. então também aquele que pede a maldição de Deus, e por quem Deus aceita estabelecer a sua maldição…. esse verá o seu pedido estabelecido e a sua esperança recompensada.

   
  São por isso missas…. «Negras», num sentido de temor pelo imenso poder das maldições de Deus, pois que assim está escrito:

 

 

 [ Deus] és terrivel! Quem pode resistir á tua frente, quando ficas irado?

Salmo 76,8

 

Pois aquele que se recusa a obedecer á vontade de Deus ou de um santo de Deus, resistindo a entregar-se aos caminhos que lhe foram ditados e rebelando-se contra trilhos que lhe são indicados, verá na sua alma recair a ira de Deus e da sua maldição, sobre ele descerão espíritos maus e demónios sob autoridade de Deus como sucedeu com o rei Saul, e ali se firmará essa maldição até que a pessoa ceda a vergue, pois que «Deus é terrível»

 

São por isso missas…. «Negras», num sentido do temor que temos face ás maldições de Deus, pois que elas são como as que Deus amaldiçoou o Egipto, e pois que nelas se está pedindo pelo mesmo feito que deu origem ás pascoa judaica, sendo que nessa mesma pascoa judaica Jesus foi crucificado, tal é o poder de tais chamamentos divinos.

 

São por isso estas as missas em que se invocam as mais poderosas maldições de Deus, as mesmas que aniquilaram uma nação inteira como o poderoso Antigo Egipto, afundando-o numa maldição de 10 pragas que perseguiram o seu faraó de forma tal…. que o faraó se viu obrigado a ceder á maldição e a libertar o povo do Egipto.

 

   
  Pois se apelando ás maldições de Deus, cumprirem-se as instruções que vos foram dadas, jamais decepcionando ou enganando as instruções dos santos de Deus, e se Deus aceitar os vossos pedidos…. Eis que sobre a alma do amaldiçoado se firmarão maldições por tal forma devastadoras, que outra coisa não poderá o amaldiçoado fazer senão ceder á maldição, ou então amaldiçoado e desgraçado viverá ate ao dia da sua morte, e por isso condenado estará a ceder aos fins pedidos na maldição.

 

 

Pois se o faraó do Egipto assim cedeu e vergou…. Quem poderá resistir a tais maldições?, seja em que assunto for?

 

Pedir pelas bênçãos de Deus, é sempre um momento de luz e um momento de abertura dos corações ao amor. È por isso um momento considerado «branco».

 

   
  Pedir pelas bênçãos de Deus, é sempre um momento de luz e um momento de abertura dos corações ao amor. È por isso um momento considerado «branco».

 

 

Ao contrário, pedir pelas maldições de Deus, é sempre um momento de temor, e por isso um momento considerado «negro», e por isso um momento em que relembrando a pascoa em que a maldição de Deus para sempre atingiu os primogénitos, e um momento em que Deus acabou por oferecer o seu próprio primogénito ao sofrimento e á morte como um cordeiro…. é um momento por nós retido como de temor, e por isso um momento designado por «negro», pois que é um período em que invocamos aquilo que mais temor gera em qualquer um…. e essas são as maldições de Deus,e  todos os espíritos «negros» sob comando do Senhor e que podem descer ao amaldiçoado para lhe atormentar a alma até que ele ceda e vergue aos fins da maldição, tal como sucedeu com Job, com Saul, como Acab e com Abimelec, todos eles infestados por espíritos maus enviados por Deus.

 

Onde essas, ( as maldições dos santos de Deus e de Deus), se aquele que as procura cumprir as instruções dos santos, e onde essas Deus as aceitar firmar…. essas serão para sempre um motivo de esperança nos santos de Deus e em Deus…. e essas no tempo que Deus marcar, tal como a Moisés sucedeu…. darão sempre o seu fruto.

A ordem dos Templários, assim como outras ordens religiosas devotas, foram perseguidas por celebrar missas negras, e por isso acusadas de servirem o Diabo,  acusações essas que nada correspondiam á verdade dos factos, e que apenas deturparam por completo a verdadeira essência do acto litúrgico que é a missa negra conforme o caminho dos santos, e que visa apelar ás maldições de Deus, tal como o acto litúrgico «branco» da eucaristia visa apelar ás bênçãos de Deus.

Pergunta-se: como pode alguém operando num altar dedicado a um santo de Deus, celebrar missas brancas, mas também missas negras?

 

 

Antes demais, a para que se saiba sobre o tema, por favor leia e consulte:

 

Sobre magia branca e magia negra

 

Pois e quanto ás missas negras em particular, essa resposta vamos encontra-la na idade media e nos saberes ocultos mais devotamente professados nesses misteriosos tempos.

Pois que na idade média algumas das mais influentes correntes de pensamento espiritual, místico e religioso professavam que aquele que era verdadeiramente possuidor de autoridade para celebrar a dita «missa negra», era um sacerdote, ou seja, alguém que havia jurado votos de fidelidade, de serviço e de submissão a Deus, ou a um santo de Deus, pois que apenas esse poderia usar o poder em si investido pela força de tais votos, para poder reverte-los numa cerimónia «negra» e assim conseguir invocar as maldições com pleno sucesso.

Pois na idade media, padres haviam que tanto celebravam á luz do dia as suas missas brancas, ( aqueles que conforme os preceitos das liturgias servem para conjurar as bênçãos de Deus), como de igual modo á noite celebravam as missas negras, e nessas conjuravam as maldições de Deus contra quem assim se lhes encomendasse tal serviço litúrgico.

Claro que a pratica deste tipo de missas era altamente controverso, e muitos dos sacerdotes que a elas se dedicavam foram acusados de bruxaria, ( acusação sem qualquer sentido, pois que bruxas não participavam em rituais litúrgicos monoteístas como os que os padres acusados conduziam), e foram por isso severamente punidos.

A igreja católica chegou mesmo a legislar informalmente sobre tais liturgias, estipulando que o sacerdote acusado de celebrar tais missas não poderia ser salvo por nenhum bispo, nem nenhum cardeal, mas tão somente o Papa teria poder para lhe conceder um perdão.

 

Algumas ordem religiosas, ( como os Templários), foram acusados da pratica e celebração deste tipo de missas, sendo que as acusações fantasiosas que sobre eles recaíram, alegavam tanto que nessas missas eram cometidas as maiores atrocidades, como que os templários eram adoradores do demónio.  Claro que as fantasiosas acusações serviram apenas para exterminar a ordem dos templários, e para que assim fazendo a coroa francesa e o Vaticano se livrassem de um credor, ( pois que tanto o Vaticano como o estado francês estavam profundamente endividados junto da ordem dos templários), como ao mesmo tempo tanto o rei francês como o Papa dividissem entre si o vasto património da ordem dos templários, assim salvando-se da ruína e enriquecendo «da noite para o dia» á custa dos monges de Cristo.

 

Há excepção desse «feito» histórico, ( alguns lhe chamariam antes de «pilhagem» e «assassínio a sangue frio» de homens de Deus, a troco da conquista de uma fortuna), de pouco mais serviram as idiotas acusações atiradas aos templários, pois que se missas «negras »eles celebraram, pois que as celebraram tal como celebravam as missas «brancas», e muitas das vezes celebraram-nas a pedido de reis, ( como o rei de França), pedindo maldições de Deus contra os seus inimigos…. maldições essas que se vieram a cumprir a favor de quem as encomendou e depois delas se veio fazer valer para atacar os homens de Deus.

Contudo dessas mesmas maldições de Deus esses reis não se livraram, pois que antes de morrer os últimos templários vivos, ( já encarcerados em masmorras e aguardando a sua execução), apelaram ás maldições de Deus contra o rei de França e o Papa, sendo que ambos acabaram por «curiosamente» falecer de formas adversas e misteriosas.

Pois ordens religiosas míticas como os Templários, ( ou mesmo os secretíssimos carolíngios), foram praticantes devotos da fé nos santos de Deus e em Nosso Senhor Jesus Cristo, apelando tanto ás  bênções como maldições de Deus, e procurando beber das mais profundas e poderosas fontes de sabedoria espiritual e mística. Não se julgue por isso, que uma tal fé se perdeu, nem que um tal saber se esfumou, por muitas acusações de heresia que sobre tais homens de fé pudessem ter perdurado, pois que eis que o que eles eram…. ainda hoje continuam sendo…. homens de profunda fé e saber espiritual.

 

 

 

Perguntam muitos: mas como falar de Deus, quando se fala de magia negra?

 

Pois observe-se que as escrituras revelam:

 

Certo dia, os anjos apresentaram-se a Deus, e entre eles foi também Satã

Job 1,6

 

Desta forma se sabe que Deus é senhor de todas as coisas, e que sob a sua autoridade estão não apenas anjos, mas também demónios, e que essas forças podem por isso ser invocadas em nome do Senhor com grande poder e terríveis efeitos, sendo que no caminho dos santos a isso se chama de …. Magia negra.

 

Mais:

 

Revelam as próprias escrituras, que Deus usou, por mais de uma vez, de espíritos maus ao seu serviço para fazer cumprir os seus projectos, sendo que assim o fez com Abimeleque para junto dele gerar discórdias, assim como o fez junto de Job para testar a sua fé, assim como o fez junto do rei Acab para o derrotar, e também o fez junto do Rei Saul para assim o enfraquecer e abrir caminho a que David fosse rei.

 

Foram mais de uma vez e muitas as vezes que Deus não hesitou em usar espíritos maus ao seu serviço, atestando-se assim que Deus pode fazer uso não apenas de anjos, ( magia branca), mas também de espíritos maus e demónios, ( magia negra), para fazer cumprir a sua vontade.

 

Por tudo isso se sabe que Deus é senhor de bênçãos, contudo também é senhor das mais temíveis maldições, eis que tal sabemos pois que assim foi revelado:

 

«Eu sei que o rei do Egipto não vos deixará ir, se não for obrigado por mão forte. Portanto, vou estender a mão e ferir o Egipto com todas as maravilhas que farei no país»

Êxodo 3, 19

 

Pois assim se sabe que através de um santo de Deus, ( como foi Moisés),s e podem cumprir não apenas as bênçãos de Deus, como as suas maldições, e as suas maldições são terríveis e tudo podem revolver e forçar a suceder, pois que assim esta escrito:

 

«Tú [ Deus] és terrivel! Quem pode resistir á tua frente, quando ficas irado?»

Salmo 76,8

 

Que as maldições de Deus são um sinal do seu enorme poder, também sabemos pois que assim está escrito:

 

Todas estas maldições cairão sobre ti, perseguir-te-ão e atingir-te-ão, até seres exterminado, porque não obedeceste a Deus (…) Essas maldições serão para sempre um sinal e um prodígio

Deuteronómio 28, 45-46

 

Pois por assim ser sabemos que as maldições de Deus são um sinal e um prodígio que atesta do seu poder, e por elas muito pode ser alcançado pois que…. quem poderá desobedecer-lhes?

 

Que por último sabemos que Deus é senhor não apenas de bênçãos e amor, mas também de maldições poderosas, assim o sabemos pois que assim foi revelado:

 

Cristo resgatou-nos da maldição (…), tornando-se Ele próprio maldição por todos nós

Gálatas 3,13

 

Nas doutrinas cristas mais ortodoxas, Deus é por vezes encarado apenas como um Senhor de amor, mas um Senhor quase «impotente» perante o mal, pois que o mal parece actuar livremente diante de Deus sem que Ele nada possa fazer. E porem nas doutrinas cristas que vão beber directa e fielmente ao judaísmo, (como no «Caminho dos Santos»), uma tal noção é firmemente negada, pois que se defende que Deus não é Senhor apenas de «algumas» coisas, mas sim Senhor de «todas» as coisas, e por isso «todas» as coisas sem excepção, (incluído anjos bons e anjos maus, e por isso incluído magias brancas ou negras), tudo isso está sob o poder e autoridade de Deus, e por isso eis que para todas essas coisas Deus pode e deve ser invocado.

E mais provas disso observais, pois que assim está revelado:

 

Quando operou os seus sinais do Egipto (…) lançou contra eles o fogo da sua ira: cólera, furor e aflição, anjos portadores de desgraças

Salmo 78,43;49

 

Foi através de anjos maus, ou anjos portadores de desgraças, que Deus feriu o Egipto a fim de vergar o coração endurecido do faraó e assim libertar o povo de Deus. Pois tanto através de anjos bons, ( magia branca), como de anjos maus, ( magia negra), pode Deus actuar e fazer prevalecer a sua ordem em defesa do oprimido, do ferido, do magoado.

 

E se fé houver, então também tal coisa pode ser feita e vosso favor quando sofreis, e eis que tais coisas clamadas pelos santos de Deus a Deus, são isso mesmo: é clamar a Deus para que tal como através de um dos seus santos, ( como foi Moisés, e como é são Cipriano), então anjos de desgraça amaldiçoem a alma daquele que vos feriu, para que ela sendo vergada e vencida então se submeta a vós, e para que nas coisas em que sois sofredores então possais ser vitoriosos através do terrível poder de Deus . E por isso e em verdade: esta é a lei de Deus á qual é licito recorrer com fé, e pela fé sermos respondidos

E mais assim é revelado:

 

Eu enviarei diante de ti o meu terror (…)

Êxodo 23,27

 

Pois assim se sabe que Deus é não apenas Senhor de maravilhas, como Senhor dos maiores terrores, e assim Deus é amor mas também é ira, Deus é bênção mas também é maldição, Deus comanda anjos de luz como anjos de terrores, Deus é Senhor de magias brancas ou negras, e Deus é Senhor de todas as coisas. E assim, em clamor e fé todas essas coisas lhe são possíveis de pedir através dos seus santos, tal como foram por Ele manifestadas através de um santo como foi Moisés. E que Deus é Senhor tanto de santas maravilhas como é também Senhor de terríveis feitos, eis que assim está escrito:

 

Qual Deus é como Tu? Quem é santo como Tu, ó Magnifico, TERRIVEL em proezas (…)?

Êxodo 15,11

 

Pois assim se atesta que o Senhor é Senhor não de apenas algumas coisas, mas sim de todas as coisas, pois que todas as coisas Lhe pertencem, e por isso apelar a tudo aquilo que vem de Deus, ( sejam as suas santas maravilhas, como as suas proezas terríveis; sejam os seus anjos bons como os seus anjos maus; seja a sua magia branca ou a sua magia negra), é apelar a Deus em toda a magnifica extensão do seu poder tal e conforme as escrituras assim o revelam. E em verdade eis que assim está escrito:

 

Se não me ouvirdes (…) mandarei contra vós a maldição

Malaquias 2,2

 

Assim, como negar que se o Senhor é amor e compaixão e por isso gerador de bênçãos, (magia branca), também ele é Senhor de vinganças e maldições, ( magia negra), e que todas essas coisas estão sob o seu magnifico e terrível poder? E como assim negar que ao Senhor  apelar em todas estas coisas, é apelar a Deus conforme a sua Palavra?

E por isso mesmo, assim está revelado:

 

Deus é um fogo devorador.

Deuteronómio 4,24

 

E mais assim também está revelado:

 

O senhor é TERRIVEL

Eclesiástico 43, 29

 

Não pensais por isso que porque Deus é amor…. que Deus é fraco, pois que se Deus é amor porem Ele tambem é terrivelmente poderoso, e saiba-se assim que de Deus provem não apenas bênçãos entregue por espíritos bons, ( magia branca), como também Deus é Senhor de ira e de maldições entregues por espíritos maus, ( magia negra), e sobre todas essas coisas Deus é Senhor, e todas essas coisas podem a Ele ser clamadas através dos seus santos, tal como o foram através de Moisés.

 

 

 

Técnicas espirituais usadas na magia negra celebrada conforme o saber de são Cipriano,

 e do «caminho dos santos»:

 

Assim diz a obra de são Cipriano:

 

Porque Deus permite que o demónio atormente as criaturas (…)

 

1º È para que o homem, obstinado, em culpas, sirva de terror aos outros homens

2º È para que os que não são obstinados, sejam só castigados neste mundo[ e não no próximo] pelas suas culpas

3º É para que o homem, vendo-se castigado pelo demónio, fuja de ofender a Deus

4º É para castigar alguma culpa ( …) da qual se quer satisfazer a justiça de Deus

5º É para os que estão em graça, não caiam dela

6º É para que se arrependam os pecadores, vendo com os seus olhos a justiça de Deus

7º É para mostrar a santidade de algumas criaturas

8ºÉ para purificar os seus escolhidos

9º È para que tenham o purgatório neste mundo, e se confundam, vendo que dos seus males resultam as criaturas tantos bens

 

Obra de são Cipriano; sobre poderes ocultos, orações e esconjuros; capitulo  1º

 

Pois existem 9 motivos pelos quais Deus pode permitir que demónios e espíritos maus vão e atormentem as almas das criaturas, ou seja, 9 motivos pelos quais pode ocorrer com pleno sucesso a chamada «magia negra».

 

E na magia negra conforme praticada pelo caminho dos santos e segundo os saberes de são Cipriano, tais motivos que Deus firmou, são os motivos através dos quais as maldições de Deus, (a magia negra), são chamadas a perseguir uma alma, ou seja: de forma a que seja alcançada justiça contra o injusto, ou de forma a que os de corações obstinados cedam e se submetam, ou por forma a que aquele que outrem feriu então sinta o castigo, etc.

 

E porque vias e manifestações opera a magia negra conforme são Cipriano a ensinou?

 

Assim diz a obra de são Cipriano:

 

Nomes dos demónios que atormentam as criaturas, porque Deus as consente que elas as mortifiquem (…) [e] quantas castas há de demónios (…):

 

Há obsessos, possessos, malificiados.

Os obsessos são aqueles que o demónio atormenta estando do lado de fora

Os possessos são aqueles que tem o demónio dentro do corpo

Os malificiados são aqueles que o demónio apoquenta ou molesta (…) por concurso de alguma feitiçaria ou trabalho

Os malificiados e possessos, são os que estão enfeitiçados e juntamente possuídos pelo demónio

Os malificiados obsessos são aqueles a quem o demónio persegue na parte de fora

Os repticios são os que o demónio suspende ou arremessa pelo ar, que são os que tem um pacto

Os fitonicos são os que tem espírito que adivinha

Os lunáticos são os que nos crescentes ou minguantes de lua são atormentados

Os fascinados são aqueles a quem o demónio move a trabalhar ou falar, sem que saibam o que fazem ou falam

 

Obra de são Cipriano; sobre poderes ocultos, orações e esconjuros; capitulo  2º

 

Pois estas são as 7 castas de espíritos maus que Deus pode permitir que infestem uma criatura tal como o Senhor o fez a Saul para que esse fosse infestado, e estas são as 9 formas como a criatura pode ser infestada pelos espíritos que Deus permitir que ali se alojem, tal como Deus permitiu que sucedesse a Job ou ao rei Acab. E eis que assim conforme são Cipriano ensina, e dentro dos mais ocultos saberes religiosos, a magia negra se pode operar de terríveis formas, porem ao serviço de Deus.

 

 

Eis os 6 ensinamentos basilares da magia negra e que provem directamente da obra de são Cipriano, e ei-los:

 

 

 

1º Ensinamento: sobre a fé.

 

Sobre a fé, na obra de são Cipriano podemos ler:

«O espírito mau segredou-lhe ao ouvido: tens ainda pouca fé no meu poder, e é por isso que não achas as pedras de que te falei.»

 

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 4º, pagina 251

 

Assim se fica sabendo que apenas tendo fé no espírito, é possível do espírito retirar a sua obra.

 

 

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1º Ensinamento: sobre a paciência

 

Sobre a paciência, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«[Implorou Siderol]: perdão, perdão, Lúcifer (…)

[Respondeu Lúcifer]: não te disse já, (…), que na minha lei também é preciso ter paciência? »

 

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 8º, pagina 260

 

Assim se fica sabendo que se desejamos entregar os destinos de um assunto ás mãos de um espírito, então assim o façamos para que o espírito dele se encarregue e por ele providencie. Porem, se não temos fé e paciência para entregar o destino desse assunto ás mãos de um espírito, e tendo-lhe entregue o assunto ainda assim persistimos em tomar o assunto em nossas mãos, então de que serviu entregar o problema ás mãos do espírito se persistimos ainda assim em tratar dele pelas nossas mãos? Uma vez entregue um assunto ao espírito, deixai então que ele trate do problema pelas suas mãos e não pelas nossas, porque das nossas mãos mortais nada colheremos, e sabendo deixar operar as mãos de um espírito ele assim vos dará a chave que abre a porta que não se vos abre.

 

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3º Ensinamento: sobre a sacrifico

 

Sobre sacrifico, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«Para que gozes da minha protecção, é necessário que faças algum sacrifício»

 

Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo, capitulo 7º, pagina 260

 

Pois assim sabemos que nenhum milagre, nem nenhum prodígio, nem nenhuma protecção do espírito cairá do céu sem algum sacrifício. E porem, esse sacrifício aliado á fé, será então o grão de areia que fará a montanha mover-se a vosso favor.

 

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4º Ensinamento: sobre Deus

 

Sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

«(…) Disse o demónio -  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 

Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

 

Por isso assim se sabe que aquilo que Deus aceitar firmar ele firmará, porem aquilo que Deus não aceitar decretar ele não decretará, e esta é a lei. Assim ensina são Cipriano que quando desejais a mais forte das magias, lembrai-vos de Balaão e de são Cipriano, e assim não caia o vosso apelo em orações fúteis e fé mal guiada, mas antes dirigi-vos a um altar onde os santos de Deus são venerados, pois que apenas através de um santo de Deus podereis obter permissão para que tanto anjos, ( magia branca), como demónios, ( magia negra), actuem em vosso favor, pois que apenas através da autoridade de Deus se podem tais prodígios firmar, e todo o santo de deus apenas a Deus clama para abrir caminhos, seja na magia branca, ou na magia negra.

 

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5º Ensinamento: sobre a oração

 

Sobre a oração, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

 

Obra de S. Cipriano Pag 391

 

Pois assim se sabe que é na oração, proferida com fé numa casa de oração e num altar dedicado a um santo de Deus como é são Cipriano, em que muitas orações se juntam clamando em todo o seu poder, que todos os prodígios são possíveis, e fora da oração e da fé expressas numa casa de oração e num altar de um santo de Deus, pouco será alcançado pois que assim são Cipriano ensinou.

 

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6º Ensinamento: sobre as instruções

 

Sobre o cumprimento das instruções de um trabalho espiritual, assim diz a obra de são Cipriano:

 

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

 

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

 

Pois assim se sabe que apenas cumprindo com rigor as instruções de um espírito, então será possível colher o fruto da acção desse espírito. Respeitai a instrução e podereis ter o benefício do espírito, porem desrespeitai a instruções do espírito e nada vos será dado, mas apenas tirado.

 

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Em resumo:

 

Ensinamento geral sobre os saberes de são Cipriano

 

Sobre os saberes de são Cipriano, assim diz a obra de são Cipriano:

 

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor»

 

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

 

Eis por isso que são portentosos e valorosos os saberes de são Cipriano, e se os usais conforme estas 6 regras, eis que eles vos responderão sem falhas, e sempre conforme estes 6 ensinamentos aqui revelados por são Cipriano.

 

 

A magia negra e o exemplo de Balaão, um santo de Deus que a praticou

 

 

Um dos exemplos bíblicos de um santo de Deus, que havendo sido abençoado por Deus praticou tanto a magia branca, ( as bençaos de Deus), como a magia negra, ( as maldições de Deus), foi Balaão.

Balaão celebrava magia branca, ( as bênçãos de Deus), e as magia negra, ( as maldições de deus), e contudo jamais as usou senão com autorização de Deus, pois que reconheceu que toda a magia branca ou negra apenas poderia operar os seus fins através de Deus, pois que assim está escrito:

 

Balaão respondeu aos enviados de balac:«Ainda que o rei Balac me desse o seu palácio cheio de mouro ou prata, eu não poderia desobedecer á ordem de Deus , em coisa nenhuma , grande de ou pequena»

Números 22, 18

 

Assim se sabe que apesar de praticar ma magia negra e branca, Balaão apenas o fazia  sob obediência de Deus, pelo que foi tido com um santo de Deus, pois que assim foi revelado:

 

Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem de olhos penetrantes, oráculo de quem ouve as palavras de Deus e conhece a ciência do altíssimo. Ele vê aquilo que o Todo Poderoso mostra

Números 24, 3-4

 

Mais se sabe que Balaão foi um santo de Deus, pois que sobre ele desceu o espírito santo, e pois que assim está escrito:

 

Então o espírito de Deus desceu sobre ele [ Balaão]

Números 24, 2

 

Pois que mesmo praticando magia negra e magia branca, Balaão como são Cipriano foi tido como um santo de Deus por aceitar Deus no seu coração com fé e temor, e por jamais praticar a sua magia sem que o fizesse com autorização de Deus, pois que assim está escrito:

 

Eu não poderei ir contra a ordem de Deus, fazendo o mal ou o bem por contra própria

Números 24, 13

 

Contudo, também se sabe que Balaão ao assim agir, assegurou que todas as magias negras ou brancas por si praticadas, firmavam-se estabeleciam-se, pois que assim está escrito:

 

Fica abençoado quem abençoas, e fica amaldiçoado quem amaldiçoas

Números 22, 6

 

Também se sabe que Balaão praticou a magia negra e a magia branca com fé e conforme os saberes mais ancestrais das escrituras, e por isso as bênçãos ou maldições por si intercedidas edificavam-se, e isso sabemos pois que assim esta escrito:

Então Balaão disse a Balac: «Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me sete bezerros e sete carneiros novilhos e sete carneiros.» Balac fez cconfome balaao tinha pedido, e os dois oferecram em holocautos um bezerro e um carneiro sobre cada altar

Numeros 23, 1-2

Por ultimo, e apesar de balaao exercer a magia negra e a magia branca, eis que se atesta que ela era verdadeiramente um santo do Senhor, popis que ele profetizou a vinda de Jesus a este mundo:

Eu vejo-O mas não é agora; eu comtemplo-o, mas não de perto: uma estrela avança de jacob, um ceptro levanta-se em isarael

Numeros 24,17

Pois por tudo isto de sabe que a magia negra e a magia branca podem ser celebradas com a anuência de Deus e sob a autoridade de Deus, e que assim fazendo-se, podereis ver maravilhas produzidas em todos os aspectos das vossas vidas.

 

As missas negras, ou missas de apelo ás maldições de Deus por intermédio dos santos de Deus, são particularmente indicadas em casos de conjuração de maldições para fins deamarração amorosamaldições de indesejáveis, maldições de justiça contra o injusto, e muitos outros fins que podem ser alcançados por via das maldições dos santos de Deus, tal como pelas mesmas maldições Moisés, ( um santo de Deus), levou o faraó do Egipto a ceder, vergar-se, e aceitar o desejo de libertação do povo hebreu.

 

 

O MAL, e as LIMPEZAS ESPIRITUAIS


Malefícios, Enguiços, Quebrantos, Maus Olhados, Pragas, etc

São diversos os fenómenos espirituais do mal, ou malignos, que podem atingir negativamente a vida de uma pessoa.

Uns podem ter uma origem voluntária e premeditada, ouros podem ter uma origem involuntária e espontânea. 

Quando falamos de fenómenos espirituais negativos de origem voluntária e premeditada, falamos demalefícios que são fruto de feitiçaria. Essas são Maldições criadas atraves de processos espirituais e que podem ter diversos efeitos na vida de uma pessoa, podendo criar quebrantos ou enguiços, ouinfestações, que são:

Enguiço:

Uma maldição que gera um «enguiço», provoca um bloqueio total á vida de uma pessoa e tudo na vida da pessoa atingida tende a correr mal. O enguiçobloqueia tudo na vida de uma pessoa, causando uma inultrapassável estagnação, ao passo que faz aparecer repetidos  infortúnios, constantes imprevistos e contratempos, enfim:

afunda a vida de uma pessoa num beco sem saída de problemas sobre problemas.

Este tipo de malefício espiritual, normalmente resulta de fortes trabalhos de bruxaria, realizados para destruir a vida de uma pessoa.

 

Quebranto:

Uma maldição que gera um «quebranto», tende a paralisar e estagnar espiritualmente a pessoa atingida, levando-a a cair num estado de profundo desânimo.

O quebranto gera uma quebra na força anímica, produz apatia, cria uma inexplicável falta de forças e descrédito.

Neste caso, a pessoa fica sem capacidade de decisão, sem saber que fazer, cheia de indecisão e moralmente quebrada.

 Estes fenómenos geralmente resultam de malefícios muito bem premeditados, ou seja, são efeito de poderosos feitiços de magia negra que são encomendados a peso de ouro para atingir uma pessoa ou uma familia.

 

Infestação:

 

Infestação sucede quando forças espirituais muito negativas foram lançadas,  através de uma maldição, contra uma pessoa ou algum local, como uma casa, um lar, etc. A infestação toma conta de uma pessoa ou de um local. Quando infestada por espíritos negativos, a própria pessoa infestada, ( ou que esta em contacto com um local que foi infestado), começa a actuar de forma contrária aos seus interesses, gerando-se assim  caos e ruina a todos os níveis da sua própria vida. Conjuntamente, tudo o que é mau tende a aproximar-se da pessoa, como a própria pessoa atraísse irresistivelmente tudo o que é negativo para junto de si. Quando uma infestação se entranha fortemente numa pessoa, eventos negativos começam inesperadamente a ocorrer e sucedem-se vez apos vez, sem parar. Passado um certo tempo, a pessoa nem se apercebe de como caiu num rumo de tamanha desgraça.

 

Quando falamos de fenómenos espirituais negativos de origem involuntária e espontânea, geralmente falamos de maus olhados e as pragas, conforme se explica:

Uma praga pode ser conjurada num violento momento de ódio, e criar um devastador efeito na vida da pessoa atingida, caso quem a lançou tenha um coração negro e cheio de ódio.

Um mau olhado é um olhado cheio de carga espiritual negativa e no qual se pode transmitir uma corrosiva inveja ou poderoso ódio. Por esse olhar acaba sendo transmitido um violento efeito negativo na vida de alguém.

Esses tipos de fenómenos espirituais negativos e involuntários, podem ser lançados a alguém sem recurso a um trabalho de feitiçaria encomendado a alguém, pois basta um meu desejo violentamente lançado contra alguém para que tais fenómenos sejam despertados

Em resumo:

Fenómenos espirituais negativos de origem voluntária e premeditada, ou malefícios que são gerados através de uma maldição:

Fenómenos espirituais negativos de origem involuntária ou espontânea:

 

Enguiço: provoca um bloqueio total á vida de uma pessoa e tudo na vida da pessoa atingida tende a correr mal.

 

Praga: pode ser conjurada num violento momento de ódio, e criar um devastador efeito na vida da pessoa atingida, caso quem a lançou tenha um coração negro e cheio de ódio. A praga pode chegar a ser tão poderosa como uma maldição gerada através de um trabalho de bruxaria.

 

Quebranto: tende a levar a pessoa atingida a cair num estado de profundo desânimo, apatia, falta de forças e descrédito. Neste caso, a pessoa fica sem capacidade de decisão, sem saber que fazer, cheia de indecisão, caída em depressão e angustia, enfim:  moralmente quebrada.

 

Mau olhado é um olhado cheio de carga espiritual negativa e no qual se pode transmitir uma corrosiva inveja ou poderoso ódio.

Por esse olhado,  acaba sendo transmitido um violento efeito negativo na vida de alguém, causando profundo mal estar e constantes impedimentos.

Infestação : a própria pessoa infestada por forças espirituais negativas, começa a actuar de forma contrária aos seus interesses, gerando-se assim caos e ruína a todos os níveis da sua própria vida. Conjuntamente, tudo o que é mau tende a aproximar-se da pessoa como se fosse por ela atraído, e eventos negativos começam inesperadamente a ocorrer.

 

 

 

Seja como for, voluntária ou involuntariamente, os males espirituais que atingem a vida de uma pessoa são sempre imprecações, ou seja, resultam de pedidos feitos com grande força, veemência ou violência, contra ou a favor de alguém, pedidos esses dirigidos a entidades espirituais.

 

A única diferença é se foram imprecações, (pedidos), feitos involuntariamente, ( por exemplo, como resultado do auge de um grande ódio ou inveja), ou se foram pedidos feitosvoluntariamente através de uma encomenda de um trabalho a um bruxo, bruxo esse que por sua vez usou das suas habilidades espirituais e conhecimentos de feitiçaria para encomendar essa maldição a uma entidade espiritual muito poderosa.

 

Imprecações voluntárias: 

Imprecações involuntárias:

 

Maldições encomendadas a um bruxo, e intencionalmente lançadas a uma pessoa ou a um local, através de trabalhos de bruxaria. As maldições tendem a gerar malefícios de vária natureza, tais como: enguiços, quebrantos, infestações.

 

 

Cargas e forças espirituais negativas que entram na vida de uma pessoa, através de fortes maus sentimento alheios, sem que para isso tivesse sido usado um trabalho de bruxaria.

 

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Limpeza espiritual:

destrancamento de caminhos trancados, abertura de caminhos fechados

….

 

 

….

 

Como limpar e expurgar o mal?

Como funcionam e o que são as limpezas espirituais?

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Por vezes pensamos, ( e para isso procuramos resposta): « porque sofro tanto ás mãos deste mal?», «porque sofro tamanha perseguição deste mal?»

 

Esta afirmado nas escrituras, que «o corpo é o templo onde habita o espírito»

 

O nosso corpo é por isso como uma habitação na qual habita o nosso espírito, sendo que por vezes tal como uma casa adquire sujidades, impurezas e ate mesmo sofre a intrusão de insectos, vermes, etc ….também nós podemos sofrer em nós a intrusão de  «impurezas» ou «sujidades»  espirituais, forças espirituais negativas, influencias espirituais «sujas» e «impuras» e que afectam negativamente os rumos da nossa existência.

 Por isso, tal como a casa deve ser limpa com regularidade a fim de a manter saudável para a nossa habitação, também nós devemos ser espiritualmente «limpos» de tempos a tempos, a fim que nos mantenhamos «purificados» e por isso protegidos dos males.

 

De onde vem os males espirituais?

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Do quadro de fenómenos espirituais acima descritos, e que advêm normalmente da impureza espiritual de outras pessoas, pessoas espiritualmente sujas e que acabam sujando a sua vida, pessoas sujas com  invejas, sujas os maus sentimentos,  sujas com os ressentimentos e amarguras e corações azedos de veneno, pessoas sujas por  desejos nocivos, pessoas sujas com as suas mesquinhas cobiças, pessoas sujas pela sua  má índole espiritual …. e que acabam por conjurar, (mesmo que inadvertidamente), forças espirituais negativas contra si, e acabam «sujando» o seu espírito.

Pois você não pode caminhar neste mundo com um espírito manchado de tanta sujidade que acaba entranhando a sua vida, e esperar que tudo corra bem, e esperar que a boa sorte guie os seus caminhos. Ninguém fica ileso ao mal que abunda neste mundo senão os maus, pois que o mal não procura infernizar o mal mas sim o bem.

 

Que efeitos podem os males espirituais ter na sua vida?

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Se você nada fizer, e se você optar por simplesmente ignorar essa realidade, o mais certo é que com o tempo você vai começar a sentir os terríveis efeitos de malefícios como enguiços e quebrantos que geram bloqueios e desvios na sua vida. Como?

 

Você começará a sentir como se a sua vida se estivesse lentamente afogando num pântano de areias movediças do qual você não consegue sair nem ascender por muito que lute… e que quanto mais luta mais se afunda.

 

Você sentirá que tudo na sua vida acontece apenas com um esforço descomunal, e que mesmo assim jamais voce consegue ver o justo fruto do seu esforço.

 

Você sentirá como se cada passo dado em frente acabe sempre resultando em três passos dados para trás, e que cada avanço apenas acaba resultando em retrocesso.

 

Você acabar observando que tudo na sua vida acaba sendo vitima de constante bloqueio, frustração, impedimento.

 

E pior: você começará vendo que todo esse fenómeno ocorre de uma forma anormalmente persistente, sem que jamais se acabem os maus caminhos, sem jamais ver uma luz no fim do túnel.

 

Você observará claramente que embora momentos maus e bons sejam normais de ocorrer na vida, contudo a sua parece anormal e inexplicavelmente perseguida apenas de momentos maus e impedimentos.

 

Ao contrário do que muitos pensam, ignorar o problema não vai fazer o problema desaparecer, da mesma forma que ignorar uma doença não vai fazer você curar-se.

 

O que é uma limpeza espiritual e uma expurgação do mal? 

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A limpeza espiritual é um processo de bênção, por via do qual abençoando uma pessoa e a sua alma em nome de um santo de Deus, dela se expurgam os males, dela se desentranham as más influências, dela se exorcizam as infestações, dela se esconjuram os maus espíritos.

 

Uma bênção exerce por isso efeitos de expurgação, desentranhamento e limpeza espiritual através dos quais a sua alma encontrar-se-á limpa e protegida.

Enquanto assim sucede, você pergunta: nenhum mal me sucederá?

Responde-se: a sua vida decorrerá normalmente, a sua existência fluirá normalmente, pois que assim está revelado:

 

O justo sofre muitas desgraças, mas de todas elas Deus o liberta

Salmo 34,20

Pois assim se sabe que a bênção de Deus não motivo de estarmos isentos do mal, pois que o mal existe por culpa dos maus corações dos homens e não de Deus. Contudo, aquele que está abençoado ver-se-á amparado, ou seja, onde um caminho se fechar um trilho se abrirá, onde uma porta se fechar uma janela se abrirá.

Para aquele que está abençoado, os problemas ocorrem como ao que não está. Contudo o que está abençoado não ficará atolado no problema pois que uma saída ser-lhe-á sempre oferecida, enquanto que o que não está abençoado ficará estagnado e afogado no problema sem dele poder sair, sem que porta alguma se lhe abra. Basta por isso fé, e que a fé não fraqueje nem trema, e a bênção gerará sempre uma libertação.

Obviamente que haverão bons e maus momentos, como é normal que aconteça na vida de qualquer ser humano, pois que a vida é feita disso mesmo e assim Deus criou este mundo.Com uma limpeza você não ficará vivendo no paraíso, pois se fosse para viver no paraíso, isento de todo o mal, você já não estaria aqui neste mundo. A diferença é que você estará protegido contra os males que o atingirem, pois a bênção que acompanha a sua alma assim limpará as más influências. E assim sendo, quando uma porta se fechar, logo outra se abrirá, quando um caminho bloquear logo outro se desbloqueará.

 

Você pergunta também: A eficácia de uma bênção desta natureza é grande?

Responde-se-lhe: A eficácia de uma bênção desta natureza depende grandemente do volume e intensidade do mal que infestou a sua vida, pois que não é o mesmo expurgar um mal menor e um mal maior, nem é o mesmo desentranhar um mal enraizado á anos de um mal entranhado á dias.

 

No entanto, nada fazer é morrer, ao passo que procurar as bênçãos dos Santos é a única forma de aliviar o tormento e acabar com o mal que persiste em perseguir a sua vida.

 

Uma limpeza espiritual dura para sempre?

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Por muito que fosse bom afirmar que sim, na verdade nem sempre assim sucede. Pode uma bênção expurgar o mal, mas não pode uma bênção impedir que a pessoa de má índole persista em ter mau coração e em desejar-lhe o mal, ou em invejar a sua existência.

Como tal não é possível fazer, logo se a pessoa odiosa e má persistir em desejar-lhe o mal, ela persistirá em lançar-lhe a sua «sujidade» espiritual.

Nesses casos, se bem que a expurgação celebrada possa estar actuando plenamente na sua existência, contudo pode a sua vida ver-se novamente infestada de mal em proporções maiores, tal como uma casa que hoje foi totalmente limpa na semana seguinte poderá estar novamente entranhada de sujidade em virtude de alguém que indesejadamente nela entrou e a manchou com intentos maldosos. Nesses casos, devem as bênçãos ser ocasionalmente renovadas, para que o mal possa ser novamente expurgado com pleno vigor da sua existência. Por isso, embora a durabilidade deste tipo de bênção se estenda infinitamente no tempo, tal como Deus é infinito no tempo, contudo uma renovação de votos de bênção pode ser útil.

 

 

E pode uma limpeza espiritual ser impedida?

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Para essa resposta, fala esta revelaçao:

 

Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe:«Senhor, quantas vezes devo perdoar, se o meu irmao pecar comtra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu:«Não te digo sete vezes, mas até setenta vezes sete(…)»

Mateis 18, 21-12

 

Pois no perdao de Deus perdoa-se não 7 mas 70 x 7 vezes vezes, e por isso igualmente se sabe que no amor de Deus pelo homem e a mulher de fé, Deus protege, expurga o mal e ampara os caminhos…. não apenas 7 vezes, mas 70 x 7 vezes.

 

Assim actuam as bençaos de limpeza e expurgaçao de um mal a todo o homem e mulher que abre o seu coraçao a Deus, deixando a luz Dele entrar nos seus coraçoes.

E ao que resiste a que essa luz entre e limpe o mal, assim dessa forma ali persistirao as bençaos de Deus não apenas por 7 dias, nem por 7 anos, mas sim por 70 X 7 anos apos 70X 7 anos…. ate que essa alma ceda e se abra e permita que a bençao ali opere o seu prodigio.

 

E ao que é impedido de ver essa luz entrar em si pelas forças do mal, entao a luz de Deus persistirá dessa mesam forma tentando ali entrar não apenas por 7 dias, nem por 7 anos, mas sim por 70 X 7 anos apos 70X 7 anos, ate que essa alma se deixe limpar, expurgar e exorcizar…. até que essa alma viva a sua vida com a bençao de Deus sobre si, pois que a bençao de Deus não desistirá, nem abandonará, nem cessará, nem se deixará impedir.

 

Assim tambem foi revelado:

 

«E se nem mesmo assim Me obecederes, dar-vos-ei uma lição sete vezes maior»

Levítico 26,18

Pois assim se sabe que a bênção enviada por Deus, através de um santo de Deus, ( como são Cipriano), ao coração de uma pessoa que se recuse a aceitar tais bênçãos, então ela ali se estabelecerá de forma 7 vezes cada vez mais insistente, e a cada 7 vezes mais a bênção insistirá e por 7 vezes se renovará, a fim de persistir insistindo com a alma e o coração daquele abençoado por Deus, para que ele vá e abra plenamente o seu coração a Deus, permitindo que ali se opere a limpeza e expurgação do mal, permitindo que ali se possam expiar os pecados e abrir obter a protecção de Deus.

 

Também se por algum motivo a pessoa abençoada abrir o seu coração, e contudo forças malignas tentarem impedir que a luz de Deus ali entre e expurgue o mal, eis que se sabe que dia após dia, semana após semana, mês após mês e ano após ano….de forma 7 vezes maior após 7 vezes maior…. a bênção ali permanecerá persistindo numa alma ali entrar e operar o seu milagre.

 

Assim, em todos os casos, ( seja num coração que se fecha a Deus, seja na pessoa que afectada por males poderosos se vê impedida de receber com clareza a luz de Deus), contudo nessa pessoa a luz de Deus não desistirá de ali penetrar, e assim sendo, a bênção de Deus assim actuará insistindo e persistindo.

 

Que efeitos gera uma limpeza espiritual e uma abertura de caminhos?

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A essa pergunta, respondem-vos as escrituras onde assim está escrito:

 

Os teus antepassados quando desceram para o Egipto eram setenta pessoas. Agora, porem, Deus tornou-te numeroso com as estrelas do céu

Deuteronómio 10,22

 

Pois assim se sabe: as bênçãos de um santo de Deus, (como são Cipriano), e de Deus….elas afastam o mal, elas expulsam o maligno, elas fazem uma vida caída em maus trilhos sair desse pântano estagnado e reentrar por novos rumos, e tudo isso fazendo elas geram multiplicações, fertilidades e abundâncias em todas as coisas boas.

 

Assim está escrito:

 

Goza a vida com a esposa que amas, durante todos os dias da tua vida (…) esta é a porção que te cabe na vida e no trabalho

Eclesiastes 9,9

 

Pois eis que é esta a bênção de Deus para todo aquele que é abençoado, e ela é:

 

Paz e felicidade no amor, na família e no trabalho.

 

Em todas estas coisas pode a bênção de Deus abrir caminhos onde eles estão agora fechados.

E por isso, se sofreis de padecimentos em qualquer uma destas coisas, então que não se perca o vosso tempo ignorando o problema ate que ele se torne irrecuperável e assim se acabe o vosso destino ingloriamente, perdendo-se tudo o que mais desejais.

Ao contrário, observai o que vos sucede de mal, e não negueis o que estais observando pensado que apenas porque o negais então tudo vai ficar bem, pois essa é a postura do insensato; Ao contrário, se observais que estais perdidos em padecimentos e tribulações que vos perseguem sem fim….pois então vinde e recorrei a são Cipriano, pois os seus saberes são profundos, poderosos e milagreiros.

 

 

DICIONARIO de DEMONIOS

DEMONOLOGIA

Os demónios são anjos caídos, que foram banidos da presença de Deus e desde então vivem em exílio, afastados do reino celestial de deus, ( ochamado «céu»), habitando tanto neste mundo mundo terreno, assim como no «mundo dos mortos», (o «Sheol» Hebraico, ou o «Hades» Helénico, a que a teologia Crista encara erroneamente como o «Inferno»), ou seja: o local para onde as almas dos humanos vão depois da morte,  paraencontrarem o seu repouso eterno.

A confusão entre o «Sheol» e o «inferno» é um erro típico da teologia crista: o cristianismo vê o inferno como um lugar de eterna condenação dos maus, ao passo que na verdade o «sheol», ( a noção hebraica de onde nasceu a lenda mitológica do “Inferno” segundo o catolicismo), é o «reino dos mortos», o local para onde vão as almas daqueles que faleceram, para ali repousarem na sua vida pós-morte.

Trata-se por isso do mundo onde habitam as almas de todos os mortos, e não de um local de condenação, ou pelo menos não inteiramente: nesse local quem é condenável será purificado, e quem não o é viverá pacificamente e em liberdade. Por isso, esta noção corresponde  antes a um arquétipo  do «mundo dos espíritos», onde todas as almas são purificadas. Segundo o evangelho sobre José, ( um texto apócrifo do Sec V d.C.), o «inferno» é tido com um lugar por onde as almas tem de passar, ( através dos 7 véus das trevas – cap. XXII, XXIII - ), para se purificarem.

Trata-se antes e por isso, de um processo espiritual que sucede após a morte, trata-se da transposição de uma passagem, ( cap. XXII), comum a todo o ser humano após a sua morte: todos passam por essa transição, independentemente de serem pecadores ou não.

A mesma noção também encontramos noutro texto apócrifo, os Actos de Pilatos, onde verificamos que no “inferno” se encontram em repouso eterno as almas de figuras como Abraão, Isaías, João Batista, etc,(II, cap 18,1), todas ela ali habitando em espírito e aguardando a sua libertação por via da completa purificação pelo espírito de Deus, que neste caso, ( neste texto), lhes aparece através de Jesus.

Ou seja: o inferno é visto tanto em certas tradições gnósticas, como nas mais ancestrais teologia hebraicas, como o «mundo espiritual», e não como o «inferno» que os padres Católico -Romanos “venderam” ao povo durante a Idade Media, apenas para o amedrontar e assim manter sob sua alçada, guiado pelo grilhões do medo. Esta noção que a igreja católico – romana criou de um Inferno punitivo, assim como a criação imaginaria de um «purgatório», ( cuja a existência, no Sec XX , já foi desmentida pela própria Igreja através do papa João Paulo II), serviram apenas para vender «bulas papais» e «perdoes celestiais» ás classes mais altas da sociedade, enriquecendo assim os cofres do Vaticano de tal forma, que assim se edificou uma das mais invejáveis fortunas do mundo que ainda hoje existe.  A troco da salvação de uma alma, (para que ela não acabasse no inferno, ou para que ela saísse rapidamente do purgatório e fosse para o céu), a igreja católica vendia perdões papais que «limpavam» todos os pecados de uma alma. Claro, fazia-o em troca de elevadas quantias de dinheiro, ou grandes doações de património. Assim se construiu a fortuna do Vaticano, sob a ideia da existência de um «inferno» punitivo que tanto assustou as pessoas e tanto dinheiro gerou aos cofres da igreja. Esta noção de «inferno», foi a maior fonte de receitas financeiras da igreja, motivo pelo qual o Vaticano acumulou fortunas ao longo de séculos e séculos, tornando-se assim no mais rico estado do mundo. No entanto, por muito lucrativa que essa noção de «inferno» seja para o catolicismo, a verdade é que não existe, é apenas uma invenção criada a partir do conceito hebraico de «shoel», que significa: tumulo, cova, sepultura, ou seja: apenas «mundo dos espíritos».

Segundo as noções místicas hebraicas mais ancestrais, o «sheol», é o lugar para onde as almas humanas, após a morte do corpo, ingressam; ou seja, não existe uma noção de «inferno» punitivo neste conceito, mas antes a mera noção do «mundos dos mortos», ou o «mundo dos espíritos», onde ai vivem em espírito todos aqueles que faleceram. A esse reino dos espíritos, os hebraicos chamavam de «Sheol», e na verdade não se trata de nenhum «inferno».

 Outra confusão que a teologia Crista gerou, foi o erro de identidade entre Lúcifer e Satã, uma vez que não se tratam da mesma entidade.

Na verdade, Lúcifer era um querubim gerado pela própria mão de Deus no primeiro dia da criação, e era por isso cheio da Luz de Deus, ( seu Pai). Daí advêm o seu nome: Lúcifer, que significa «portador da Luz»[ ou da «luz» de Deus, o seu pai]

Conforme descrito no Livro de Ezequiel, Lúcifer desejou ser igual ao seu próprio pai, e por isso acabou banido da presença de Deus e exilado do Reino de Deus. Por essa rebelião, o filho celestial e  primogénito de Deus, ( Lucifer), pagou com a sua queda para este mundo.

Sobre esse momento, assim está escrito no Livro do Apocalipse:

E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra;

 

Apocalipse 12:3

 

Lúcifer e o seu exercito, ( cerca de 1/3 dos anjos do céu), perderam a guerra contra as forças de Deus, sendo que Lucifer , ( e os seus anjos caídos), passou desde então a habitar no nosso mundo físico, do qual é «príncipe».

O Diabo, (Lúcifer), na mitologia Grega era visto como o rei de Hades , o deus do mundo dos mortos. Para entrar na morada de Hades, era preciso passar por um mítico cão demoníaco de três cabeças, chamado Cérbero.

De acordo com a tradição islâmica, Lúcifer revoltou-se contra Deus, não por desejar propriamente ascender ao lugar do Criador, mas antes por orgulho, ou seja, por se ter recusado a ajoelhar diante de Adão.

Assim está escrito:

«E quando dissemos aos anjos: “Prostrai-vos diante de Adão”, eles prostraram-se, excepto Lúcifer, [ Iblis] ,

que se recusou e, cheio de orgulho, se juntou aos ímpios»

Alcorão  II.34

 

 

«Deus perguntou:”que te impede que te prostres quando te mando?”

Respondeu:«Eu sou melhor do que ele. Criaste-me do fogo e a ele criaste do barro».

Deus disse:« Desce do paraíso, pois não é próprio que te enchas de orgulho nele.

Sai! Tu estas entre os desprezados»

Alcorão VII 11.18

 

De acordo com esta versão, Lucifer, ( um ser perfeito, cheio da Luz de Deus e portador da sabedoria, ao qual nenhum outro ser se podia comparar ou igualar), recusa-se a ajoelhar perante uma criação que considera inferior a si mesmo. È por esse motivo, que acaba sendo expulso do céu e exilado no mundo dos mortos.

Ao contrário, Satã não foi expulso, ( como Lúcifer), mas antes desertou dos céus.

Satã era um anjo das mais altas esferas celestiais, ( um dos anjos «vigilantes», a quem estava incumbida a missão de observar e guiar a raça humana neste mundo, tal qual anjos guardiães ), que juntamente com outros anjos, (nomeadamente Azazel, um dos príncipes do Céu e também ele um «vigilante»), optou de livre vontade por abandonar o céu e instalar-se na terra, motivados que foram pela sua paixão pelas mulheres, ou como dizem as escrituras no Livro de Génesis:

«as filhas dos homens».

Sobre este episodio, no qual um grupo de anjos abandona o céu para se instalar na terra em busca da ardência do sexo com as mulheres, assim esta escrito no I Livro de Enoch:

Naquele tempo, enquanto os filhos dos homens se multiplicavam, nasciam-lhes belas filhas.

Os vigilantes – anjos filhos dos céus – ficaram atraídos por ela e desejaram-nas.

Disseram uns aos outros: «Vamos procurar as filhas dos homens, e gerar filhos para nos próprios».

I Livro Enoch

 

Assim, o I Livro de Enoch descreve como 200 anjos caíram, ou seja, abandonaram a esfera celeste e habitaram neste mundo. E assim continua oapócrifo  Enochiano:

Eles, tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem queriam.

Penetram-nas e desonrararm-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, formulasmagicas e como cortar raízes e ervas

para usarem nos seus conjuros (….)

começaram [ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheres

I Livro Enoch

 

Não só a bruxaria é oferecida ás mulheres em troca do acto sexual com os anjos, ( e assim se inicia a arte da bruxaria tal como ela é conhecida), como estes anjos se tornam anjos caídos ou: demónios.

Sabemos por isso, tanto através das escrituras como dos textos apócrifos, que  entre a batalha liderada por Lúcifer na sua rebelião contra Deus, assim como o posterior  abandono voluntário de Satã e os seus seguidores para se casarem com as mulheres, ao todo foram alguns milhares de anjos que abandonaram o céu, dando origem aos demónios que hoje em dia conhecemos, e que são tão somente: anjos caídos.

Aos anjos caídos ou demónios, estão normalmente associados os fenómenos de possessão voluntária e involuntária.

A possessão involuntária sucede quando alguém é , contra a sua vontade, invadido pelo espírito de um demónio.

Esses casos podem assumir graus mais ou menos agudos de possessão, ou seja: tanto uma pessoa pode encontrar-se sob uma influência demoníaca quase imperceptível, ( o demónio apenas influi etereamente em certos pensamentos, sentimentos e por consequência opções e actos da pessoa influenciada), como uma pessoa pode chegar a ponto do espírito demoníaco querer ocupar, dominar e controlar completamente o corpo do possuído. Nesses casos mais agudos , ( e graves), de possessão, a pessoa perde totalmente o controlo sob si mesma: a sua alma fica aprisionada num pequeno canto da sua própria consciência apenas submergindo pontualmente e a muito custo; a pessoa não consegue ter controlo sob o seu próprio corpo e mente, invadidos que estão de forma total pelo espírito;  o próprio espírito demoníaco manifesta-se de uma forma totalmente incorporada no corpo possuído, como se aquele corpo pertencesse apenas ao demónio.

No outro extremo dos casos de possessão, temos as possessões voluntárias.

Dizia Jesus que o corpo é o templo do espírito, e que Nele mesmo, ( no corpo de Jesus), habitava o espírito do filho de Deus, ( o Cristo).

Ora, ao assim revelarem os evangelhos, está-se atestando que o corpo humano pode ser habitação não só do próprio espírito humano a que se destina, como também residência de um espírito celeste.

Os casos de possessão voluntária ocorrem neste tipo de caso, ou seja:

quando a pessoa se entrega voluntariamente a um espírito, e se oferece para ser um casa em que esse mesmo espírito pode passar a residir, permanente ou pontualmente. Nos casos demonológicos, o espírito do anjo caído passa a habitar uma certa pessoa por 2 motivos:

1- por ter escolhido essa pessoa para tal finalidade;

2- por se ter realizado um pacto voluntário entre a pessoa que se vai deixar invadir pelo anjo caído e o próprio anjo caído.

As pessoa destinadas e serem habitação, moradia ou residência de um espírito desse tipo, apenas vêem a sua vida a salvo uma vez aceitando a vontade do espírito; caso contrário, o espírito atormentará essa pessoa ate que ela aceite a aliança. A aliança, ( ou pacto), no caso das bruxas, é estabelecida através da carnalidade, tal como sucedeu na primeira vez da historia da humanidade, conforme descrito no I Livro de Enoch.  Em troca, o espírito demoníaco concede o seu favor á pessoa em quem passou a residir. Esta tradição de possessões volnutarias é especialmente praticada nas religiões Africanas de  VoduKimbanda , assim como nas tradições Europeias de Bruxaria.

As mais 5 importantes obras sobre demónios, as suas hierarquias, etologia e ontologia, (a  denominada «demonologia»), são:

 

I

Malleus Maleficarum

II

Demonolatria

III

Compendium Maleficarum

IV

Ars Goetia

V

o Pseudomonarchia Daemonum

 

Os Grimórios que se debruçam sobre a esfera demoníaca, são instrumentos preciosos na realização de Magia Negra.

 

Eis que se revela um breve dicionário de demónios, ou de demonologia:

 

 

 

+ BRUXAS E DEMONIOS +

Certos estudos Antropológicos defendem que a bruxa foi em tempos encarada como um ser sobrenatural, uma espécie de vampiro ou mais concretamente um «succubus» que á noite invadia o lar das pessoas, fosse na forma de um gato negro, ou de uma traça, ou de neblina, para ter relações sexuais com um ou mais dos humanos daquela casa, extraindo assim as forças vitais desses humanos para seu próprio alimento.

A bruxa, enquanto ser espiritualmente infernal evampiresco, muita das vezes poderia actuar para beber o sangue ou extrair o esperma das suas vitimas, ou noutros casos, apenas alimentar-se da sua energia vital, o que causava um estado de grande debilidade, falta de forças e fraqueza generalizada das suas vitimas.

 
 

È desse tipo de lenda que nasceram diversas superstições que ainda hoje perduram, como superstições relativamente a gatos negros ou a traças.

Julgava-se na Idade Media, que o gato negro era na verdade uma bruxa que tinha assumido a forma daquele animal, e julgava-se que ao aparecer a uma pessoa, a bruxa na forma de gato negro estava anunciando que essa pessoa havia sido embruxada. Dai que nos dias de hoje, se julgue que á má sorte ver ou cruzar com um gato negro.

Com as traças passa-se o mesmo. Em muitos locais, ainda se diz que ver uma traça dentro de casa é sinónimo de bruxaria. Tal superstição advêm das crenças medievais, nas quais se dizia que a bruxa entrava nas casas das suas vitimas sob a forma dessa insecto, para depois atacar as pessoas dessa casa enquanto elas dormiam.

Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais é uma superstição que supostamente afasta pessoas indesejáveis de entrar naquela casa. Tambem essa superstição tem raízes na bruxa, pois acreditava-se que as bruxas tinham a capacidade de usar vassouras para se deslocarem até á casa da pessoa que iam atacar. Ao inverter uma vassoura junto da porta, estava-se no fundo querer influenciar o voo do ser nocturno, ( a bruxa), invertendo-o a afastando o voo daquela residência.

De qualquer das formas, na antiguidade o bruxo era tido não como apenas um mero ser humano, mas sim um ser humano possuído por um espírito demoníaco, o que conferia a essa pessoa poderes sobre – naturais.

 

 

O Papa Eugénio IV, em 1437, escreveu uma missiva na qual descrevia a bruxaria.

 

Na carta são referidos:

 

1

Sacrifícios e/ou adoração aos demónios

 

2

O conceito de «pacto demoníaco»,  por via do qual são concedidos grandes poderes para praticar malefícios

 

3

O uso de imagens de cera para praticar feitiçarias

 

4

A inversão ou reversão de símbolos cristãos, assim como a perversão da liturgia cristã – a missa negra -

 

5

O contacto carnal com demónios, ( «incubi» ou «sucubi»), por via do qual a luxúria com os demónios é porta aberta á celebração de pactos infernais com entidades das trevas que possuem aquela que se ofereceu como consorte de um demónio, o que consequente configura um meio de obtenção de poderes maléficos

 

 

 

Uns acreditavam assim que a bruxa era invadida pelo demónio através de um pacto infernal, que era geralmente consumado através de união sexual entre a bruxa e o diabo.

Segundo tais versões, as bruxas na Mitologia Crista e segundo a visão dos manuais de Inquisição na Idade Media, eram conhecidas por manter relações sexuais com o demónio, e por essa via obterem os poderes do diabo para poderem praticar todo o tipo de acções sobrenaturais ou acções magicas.

Estas noções são na verdade herdadas das mais ancestrais tradições místicas hebraicas. Já no I Livro de Henoc é possível observar que a Bruxaria é praticada pela primeira vez quando Satã, Azazel e outros 198 anjos descem á terra.

Na verdade, o I Livro de Enoch descreve como 200 anjos caíram, ou seja, abandonaram a esfera celeste e habitaram neste mundo. E assim continua o apócrifo  Enochiano:

 

Eles, tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem queriam.

Penetram-nas e desonraram-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, fórmulas magicas e como cortar raízes e ervas

para usarem nos seus conjuros (….)

começaram [ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheres

I Livro Enoch

 

 

Segundo o I Livro de Enoch, no inicio da humanidade, ( após a expulsão de Adão e Eva do paraíso), alguns anjos

estavam encarregues de vigiar o ser humano na terra , chamando-se esses os «vigilantes».

 

Entre eles, encontrava-se Satã, Azâzêl, Samîazâz, Arâkîba, Râmêêl, Kôkabîêl, Tâmîêl, Râmîêl, Dânêl,Êzêqêêl, Barâqîjâl, Armârôs, Batârêl, Anânêl, Zaqîêl, Samsâpêêl, Satarêl, Tûrêl, Jômjâêl e  Sariêl.

 

Os anjos vigilantes, desejaram as filhas dos homens, as mulheres.

 

Em conjunto, decidiram abandonar o céu para se unirem carnalmente ás mulheres.

 

Assim o fizeram, e 200 anjos abandonaram o céu e uniram-se carnalmente ás mulheres, escolhendo dentre elas todas as que quiseram. Os anjos penetraram-nas e amaram-nas e com elas casaram.

 

Foi nesse momento que os anjos rebeldes ensinaram ás suas mulheres os segredos das artes da magia negra em troca do sexo que com elas tinham, e assim nasceu a magia negra.

 

Não só nasceu a magia negra,  como da união sexual entre os anjos caídos e as mulheres,  nasceram filhos: os neffilins.

 

Deus desaprovou tanto a fuga dos anjos, como a união entre esses e as mulheres, e gerou o dilúvio que tudo destruiu á face da terra.

 

Ao faze-lo, lançou uma maldição:

 

I

as mulheres dos anjos seriam mortas, bem como os seus filhos;

II

não só perderiam para sempre as suas mulheres e filhos, como próprios anjos caídos seriam para sempre espíritos sem descanso nem paz aprisionados num dos cantos do reino dos mortos;

III

os espíritos dos filhos que nasceram do amor entre os anjos e as mulheres, ( entretanto mortos no dilúvio), passariam a ser espíritos terrenais, espíritos impuros, espíritos maus.

 

Assim sendo:

 

Segundo Enoch, é neste momento que nascem os demónios, ou seja:

 

eles são tanto os 200 anjos caídos que amaram as mulheres, como os seus filhos, ( ou os espíritos dos seus filhos), condenados a vaguear eternamente na terra.

 

Sobre demónios leia : demonologia e dicionário de demónios.

 

Rezam as crenças Enochianas, que os anjos caídos e os seus filhos continuam vagueando neste mundo, amando as mulheres, desejando a carnalidade com elas,  e concedendo-lhes o seu poder e sabedoria. A essas mulheres, chamam-se bruxas, e aos homens que por causa dessas mulheres possuem uma aliança com esses espíritos chamam-se bruxos.

 

Os demónios facultam ás bruxas:

I

Conhecimento sobre o passado, o presente e o futuro

II

Saber sobre as propriedades secretas tanto de ervas como de pedras que servem de base ao fabrico de pós ou essências místicas.

 

III

A alteração de certos eventos, ( tanto a nível de fenómenos naturais, como na vida das pessoas), através da sua acção ou influencia sobrenatural sobre esses mesmos, a pedido da bruxa e com a finalidade de causar a concretização de certa finalidade.

 

 

Os espíritos terrenais, (ver: dicionário de demónios), manifestam-se nas bruxas através de incorporação, ( incorporação sucede quando um espírito desencarnado habita momentaneamente no corpo de um humano, ao mesmo tempo que a alma desse mesmo humano),  que é permitida através do processo de possessão voluntária, sendo que essa é angariada através da carnalidade.

 

Sobre tal tipo de processos místicos entre bruxas e demónios, recomenda-se leitura do Malleus Maleficarum e sobre o Sabbath.

Ora, verifica-se assim que a mais ancestral teologia hebraica revela que a bruxaria foi oferecida ás mulheres em troca do acto sexual com os anjos caídos, e assim nasce a arte da bruxaria tal como ela é conhecida.

Tanto as visões teológicas medievais,  como as revelações místicas e apócrifas, são unânimes  em encarar as bruxas como «consortes» do Diabo, muitas das vezes apelidando as bruxas de «prostitutas do Diabo», ou «amantes do Demonio», etc….

Mais que uma vez a bruxaria é nas escrituras relacionada com a sexualidade impura, com a relação e os pactos que se estabelecem entre bruxas e demónios através da carnalidade. Senão vejamos:

Celebram ritos onde (…) realizam mistérios ocultos, ou fazem banquetes orgiásticos com rituais estranhos


Sabedoria 14,23


Como pode estar tudo bem, se continuam as prostituições de tua mãeJezebel e as suas inúmeras magias?


II Reis 9,22

quem recorrer aos necromantes e adivinhos para se prostituir com eles (….)


Levítico  20,6


Filhos de feitiçaria (….) não sois vos que procurais a ardência do sexo? (…) que tiravas partidos dos teus amantes, com os quais gostavas de ter relações; e (….) multiplicavas as tuas prostituições


Isaías  57,3-5


Este tipo de sabedoria [ a bruxaria] não vem do alto, é sabedoria (…) animal, demoníaca


Tg 3,15

As obras dos instintos (…) são bem conhecidas: fornicação, (….) libertinagem, idolatria, feitiçaria


Gl 5,19-21

 

A bruxaria é tida como uma «prostituição com os seres do oculto», sendo que se trata de uma «prostituição aos demónios», um meio esotérico por via da qual se obtêm poderes ou favores dos «filhos das trevas» (Tl 5,5).

Pois devido á forma essencialmente sexual por via da qual alegadamente as bruxas compactuariam com o Diabo para obter os seus poderes, as perseguições da Santa Inquisição Católica incidiram fundamentalmente numa violenta perseguição ás mulheres, ( especialmente as mais atraentes, pois essas eram consideradas uma verdadeira tentação do demonio), e seriam alegadamente espiritualmente mais passivas de serem mais fácil e fortemente seduzidas pelo demónio através da grande tentação dos prazeres carnais.

 
   

A sedução satânica era considerada uma sedução realizada pelo Diabo ou pelos dos seus demónios, numa tentativa desses se infiltrarem nos corpos dos que se lhe oferecessem, assim possuindo-os. O que essas pessoas ganhariam em troca de serem possuídas através do sexo com os demónios, seriam poderes sobrenaturais, poderes ocultos cuja a fonte reside no poder satânico do próprio Diabo.
Satã é um anjo caído, e sendo anjo é um espírito. Pois sendo um espírito, Satã não tem corpo nem sexo. No entanto, Satã foi considerado ou convencionado pela teologia religiosa como sendo um ser de essência masculina que ora procurava seduzir lindas mulheres a entregarem-se-lhe em troca da concessão de poderes sobrenaturais, ( as bruxas), ora procurava por homens que auxiliando-o na sua missão de corrupção e tentação, pudessem servir a Satã, ou seja, que trabalhassem para corromper belas mulheres a fim de as entregar á luxúria do demónio, sendo que por essa via também esses adquiririam poderes místicos infernais ( obruxo).

 

 

Por isso mesmo, consideravam os manuais inquisitórios que o Diabo ou Satã:

I

 procurava ter relações sexuais essencialmente com mulheres bonitas e com maior apetite sexual,  tal como Eva teve relações com Lúcifer, ou outras mulheres tiveram relações com Satã eAzazel, em troca das quais receberam sabedoria e poder. Tal como aconteceu no passado histórico descrito na Bíblia e nos escritos deEnoch,  essas lindas, desejáveis e lascivas mulheres  eram o «alvo» preferido do demónio, ao passo que as mais permeáveis á tentação da carne, sendo essas as bruxas;

II

ou então que o diabo procurava também homens que aceitassem servi-lo. E os homens poderia faze-lo submetendo-se ao poder do Diabo. Por via dessa submissão, renunciavam a Deus e oferendavam as suas belas mulheres o demónio, tal como Adão aceitou mansamente que Eva fosse amante de Lúcifer ,( dessa relação nasceu Caim), ou da mesma forma como os descendentes da tribo de Caim aceitaram que Satã, Azazel e os restantes 198 anjos caídos fossem amantes das suas esposas em troca de grande poder, saber e prosperidade; assim, acreditava-se que o homem que em troca de poder sobrenatural,  compactuasse e participasse como o demónio na sua luxúria, tornar-se-ia seu servo e sacerdote, sendo esses os bruxos.

Para mais informação histórica, consulte: Malleus Maleficarum

 

 

São Agostinho, o mais elevado dos filósofos e teólogos do catolicismo, escreveu diversos tratados retratando a magia, a bruxaria e o fenómeno mágico. Sobre tais noções, por favor consulte São Agostinho e a Magia.

Dizia-se que dessas relações carnais,( a génese do pecado original que desgraçou Adão e Eva, assim como gerou a causa do dilúvio – ver Dicionário de Demónios),  nascia o pacto satânico que facultava os poderes sobrenaturais que as bruxas e bruxos possuíam, que eram na verdade os poderes das trevas, ou o «dom das trevas». Acreditava-se também que eram nas missas negras e nos Sabbath, que o pacto demoníaco era não só selado, como ciclicamente celebrado e repetido para agrado dos prazeres demoníacos.

( Ver Sabbath e Missas Negras )
Segundo tais versões mitológicas, uma bruxa seria sempre o resultado de um fenómeno de possessão consentida, ou seja, um espírito de bruxaria possuía a bruxa ou o bruxo, não contra a sua vontade, mas sim através de um acto de entrega voluntária por parte desses

 
 

Na verdade, havia mesmo quem defendesse que essas bruxas e bruxos não possuíam poderes «em si» e «por si», mas antes eram consortes ou amantes do Diabo e que por isso, podiam invocar os favores de Satã ou da sua corte de anjos caídos, para realizarem as suas obras magicas neste mundo.

As teses que professavam que a Bruxa nascia de um Pacto com o Diabo assinado em sangue ,( sangue da própria bruxa), e celebrado através de sexo, ( com o próprio corpo da bruxa que assim se prostituía ao demónio), alegavam igualmente que uma das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa».

Essa marca corporal confirmava que a bruxa era na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou que o demónio escolheu essa pessoa para ser seu servo, aliado e sacerdote.

A «marca do Diabo» é um sinal deixado pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.

Tradicionalmente, acreditava-se que a «Marca do Diabo» era criada de diversas formas:

ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca.

Professava-se por isso que a «marca» podia-se manifestar em diversas formas:

Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.

Nas teses ocultistas de magia negra, a «marca da bruxa», ou o «sinal do Diabo», possui o nome de: a «marca de Caim».

Hoje em dia muitos ocultistas acreditam que a «marca do diabo» não é na realidade uma marca física que é impressa pelo demónio no corpo da bruxa, ( tal como um selo é marcado com ferro em brasa na carne de um animal), mas antes trata-se de uma marca espiritual que fica impressa na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», ou o seu «nome demoníaco», por oposição ao seu nome de baptismo cristão .

Alegam essas teses ocultistas, que quando um pacto é realizado, o demónio que apadrinhou uma bruxa concede-lhe um «nome espiritual», que é um «sinal» que ficará marcado para sempre no espírito de quem vendeu a alma ao Diabo.

È com esse nome que a bruxa passará a viver, a trabalhar nas artes da bruxaria, e mesmo será recebida no mundo dos espíritos depois da sua morte neste mundo.

 

 

Por esse motivo, todos os grandes bruxos adoptaram nomes esotéricos diferentes dos seus nomes de baptismo cristão:

Papus, cujo o nome de baptismo era Gerard Encausse;

Eliphas Levi, cujo o nome de baptismo era AlphonseConstant;

Aleister Crowley, cujo o nome de baptismo era EdwardAlexander

etc

 

 

Se os «nomes de baptismo» cristão identificam uma alma perante Deus, o «nome espiritual» que provem de um Pacto é o «sinal» que identifica um bruxo diante do demónio.

Sendo a bruxa o resultado de um Pacto por via do qual lhe é concedida uma nova e eterna vida ao serviço do Diabo, então no momento do Pacto a bruxa é «baptizada» com o sinal, ( «nome»), que para sempre a identificará perante o Demónio.

 

§ § § §

 

 

Outras crenças porem, apontavam para a natureza demoníaca da bruxa, defendendo que a bruxa já nascia bruxa tal como uma cabra já nasce cabra, ou seja, a bruxa já nascia com um com um espírito de bruxaria dentro de si, pois tinha sido fruto de uma união sexual impura entre um humano e o demónio.

 

Segundo essas teses defendidas em alguns manuais inquisitórios, a bruxa era um ser condenado, pois a alma humana da bruxa, ao conviver intimamente ,(desde a nascença), com o espírito demoníaco que habita no corpo dela, era uma alma impura, uma alma contaminada pelo espírito de feitiçaria, uma alma contagiada pelo espírito das trevas que habita no corpo da bruxa, uma alma condenada a não ingressar no céu e a permanecer eternamente aprisionada nesta terra.

Dizia-se por isso que alma da bruxa nunca descansaria em paz após a morte, vagueando neste mundo, procurando prazeres carnais, procurando instigar a actos de bruxaria, apadrinhando outros bruxos, atacando vitimas inocentes, etc.

Prova dessa mesma noção, encontramos no antigo Livro de São Cipriano, (Cap. V – Poderes ocultos – Secção 11,  p. 183), onde o santo depois de ter renegado a bruxaria e se ter convertido á fé em Deus, ainda foi atormentado por fantasmas que eram os espiritos de bruxas mortas, vagueando sem descanso por este mundo.

Por isso mesmo a bruxa era queimada, pois julgava-se que pelo fogo era possível expulsar o espírito demoníaco daquele corpo, ao mesmo tempo que enviando a alma condenada da bruxa aos infernos de forma a que ela não pudesse regressar a este mundo para atormentar os fieis de Deus. Outra forma de evitar que o espírito da bruxa regressasse a esta mundo e vagueasse pela terra atacando vitimas inocentes, era amarrar o corpo da bruxa a uma pesada pedra e atirar a bruxa a um rio, ou a um poço, ou a um lago, acreditando-se que assim a alma da bruxa permaneceria enclausurada no corpo, não podendo abandona-lo para regressar a esta mundo e «vampirizar» os filhos de Deus.

 
 

Tais versões teológicas existentes na idade media, defendiam por isso um certo tipo de praticas medievais de combate á bruxa, ( para mais informações consultar: Malleus Maleficarum), um certo tipo de forma de eliminação do espírito demoníaco da bruxa, da mesma forma que se defendia que um vampiro apenas poderia ser morto trespassando o seu coração com uma estaca e cortando a sua cabeça, ou que um lobisomem apenas poderia ser eliminado através do uso de prata e da sua degolação, ou que um demónio apenas poderia ser expulso deste mundo através do ritual de exorcismo e água benta, ou que o Diabo apenas respeitava o poder da cruz de Cristo.

Bruxas, vampiros, lobisomens, demónios e o próprio diabo, eram rotuladas criaturas da noite, todas elas vistas por uns como seres condenados e a eliminar , e por outros como forma de produzir algum tipo de resultado na sua vida.

Seja como for que fosse encarada a origem da bruxa, acreditava-se que ao encomendar um trabalho a uma bruxa, estava-se encomendando o trabalho ao demónio que habitava na bruxa, e em ultima instancia, ao próprio diabo, pois a bruxa era um representante do diabo na terra, tal como os padres eram representantes de Deus na terra.

 

+ BRUXARIA, FEITIÇARIA, MAGIA +

O termo  Bruxaria respeita ás faculdades espirituais de uma pessoa, que geralmente se auxilia da pratica de rituais mágicos  produzir determinados efeitos na realidade deste mundo em que habitamos, procurando assim alterar essa mesma realidade.

O objectivo destes rituais mágicos é por isso interferir, ou no mundo físico , ou nas pessoas que nele existem.

Quando realizados os rituais para interferir no mundo físico em que habitamos,  causam-se nele certos efeitos que segundo as leis da natureza não seria normal sucederem, e que são por isso «sobre-naturais».

Quando realizados os rituais para interferir com pessoas, então causam-se efeitos sobre o estado mental, ou físico dessa pessoa, ou mesmo altera-se a percepção que essa pessoa tem da realidade.

Um Feiticeiro não é um Bruxo, embora essa confusão seja comum.

 

O que é um Bruxo?

Um bruxo é alguém que nasce com certa capacidade espiritual de dialogo com o mundo dos espíritos , e que depois usa essa faculdade em rituais de magia.

 

O que é um Feiticeiro?

Um feiticeiro é uma pessoa comum, sem qualquer capacidade espiritual em particular, mas que pratica feitiços. Isso qualquer pessoa pode fazer sem que para isso possua alguma capacidade espiritual , ou um profundo vinculo com forças ou entidades do «outro lado».

Melhor explicando:

Uma bruxa é alguém cujo o espírito está aliado a poderosas forças espirituais, o que lhe confere a capacidade de dialogar directamente com a esfera espiritual.

Uma feiticeira é uma pessoa comum com um espíritocomum,  que estudou assuntos esotéricos, que adquiriu conhecimentos de magia e que os pratica através da execução de feitiços.

Uma bruxa pratica rituais de bruxaria.

Uma feiticeira pratica feitiçarias.

 
 

Se bem que os fins de ambas as praticas magicas sejam comuns,( leia-se: alterar a realidade ou influenciar pessoas), a origem destes dois tipos de trabalhos é totalmente diferente, sendo que duas coisas se destacam:

1-    uma bruxa é sempre mais poderosa que uma feiticeira

2-    um ritual de bruxaria é sempre mais devastador que uma feitiçaria.

Por isso se diz que os feiticeiros praticam feitiçaria, ao passo que os bruxos praticam bruxaria.

No entanto, ambas a bruxaria e feitiçaria são aspecto daquilo a que se chama… «magia».

magia, consiste no uso de forças ou entidades que não são deste mundo físico, ( são do mundo espiritual),  para interferir neste mundo físico.

Todo aquele que pratica as artes da magia, é um Mago ou uma Maga.

Há 5 tipos de praticantes de magia, e eles são:

1-As bruxas

2-As feiticeiras

3-Os magos

4-Os sacerdotes

5- Os Profetas ou Videntes

 

Há  magas que são bruxas, e magas que são feiticeiras, pois ambas trabalham com a magia, no entanto ambas, possuem, (como já aqui foi descrito), naturezas e essências substancialmente diferentes e distintas.

Mas tanto bruxas como feiticeiras, uma vez que trabalham com magia, são magas.

Há também os magos que são pessoas que se dedicam a profundos estudos sobre o esoterismo, com a finalidade de alcançar elevada sabedoria sobre as esferas celestes e a forma como esse saber pode também afectar o nosso mundo físico. Esses são um outro tipo de magos, são sábios na velha tradição dos alquimistasastrólogos, teólogos efilósofos místicos. A esses, vulgarmente chama-se simplesmente…magos.

Há também  os sacerdotes, que ligados a cultos religiosos, se dedicam á invocação de Deuses ou de Deus através de orações e de processos litúrgicos. Os processos litúrgicos, ( por exemplo: as missas celebradas pelos padres), são uma forma de magia executada com a finalidade de invocar espíritos ou forças celestiais ,( no caso dos padres, eles invocam o espírito de Deus e as Suas forças celestiais de luz), para que essas auxiliem os fieis de determinado culto. Os sacerdotes também se dedicam ao estudo de ensinamentos sagrados ou das escrituras da religião que perfilham, assim como geralmente trabalham no sentido do aperfeiçoamento espiritual ou salvação, seja da sua própria alma, seja das almas dos devotos que os sacerdotes conduzem com a sua função sacerdotal. Na religião da bruxaria, um «bruxo» é igualmente um sacerdote dessa pratica religiosa, tal como o padre é sacerdote na prática do catolicismo.

Por ultimo há os Profetas ou os Videntes, sendo que esses são pessoas com um vínculo especial com o mundo espiritual; São geralmente pessoas que possuindo a capacidade de comunicar com espíritos, recebem deles visões e mensagens,( que podem ser recebidas das mais diversas formas: visões, sonhos, aparições, etc), que são revelações e por isso, de extrema importância para o futuro. Tratam-se geralmente de indicações sobre o futuro que se foram seguidas, podem levar a bons caminhos, ou que se foram ignoradas, pode levar a maus caminhos; tratam-se por vezes também de informação sobre assuntos desconhecidos e que vem trazer á luz verdades que estavam ocultas. Há bruxos e sacerdotes com capacidade de vidência, assim como existem profetas que nem por isso são sacerdotes e muito menos bruxos.

Estes são as 5 formas de pratica e vivência do universo daMagia.

 
 

Voltando ao que é a magia:

- Como já foi descrito, a magia consiste no uso de forças espirituais para afectar o mundo físico.

Essa afectação do mundo físico pelo mundo espiritual, pode ser conseguida através de magia branca, ou de magia negra.

Normalmente diz-se que a magia é branca se for realizada para fins positivos, ou negra se for realizada para fins negativos.

Essa é mais uma ideia errada.

A magia, ou a forma de afectar o mundo físico através de forças ou entidades do mundo espiritual, é na verdade :

1- branca de apelar á interferência de forças espirituais de luz

2- ou negra se apelar a forças espirituais das trevas.

No entanto, o apelo a forças espirituais das trevas pode ser usado para coisas positivas, como por exemplo, nos exorcismos para expulsar o mal do corpo de uma pessoa.

Ao contrário, o apelo a forças espirituais de luz pode ser usado para coisas negativas, como por exemplo, levar uma vingança ou maldição a uma pessoa.

De acordo com algumas teses do misticismo de naturezakabalista,

a mais poderosa magia negra é realizada com recurso aos saberes de Deus,

pois como está claramente revelado nas sagradas escrituras sobre Balaão,

(Números 24,10-13)

um mago nada pode fazer sem a autorização de Deus, ou sem recorrer ao Seu Poder..

 

A mais poderosa magia negra, é na verdade o uso de certas forças e atributos do mundo espiritual de Deus.

 

As «Sephirot» da «arvore da vida» estudada pela ciência Cabalista, representam as varias forças e energias espirituais que existem,

e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico),

como tambem sobre as nossas vidas.

 

São forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto,

a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos

das ciências místicas hebraicas.

 

Algumas das forças espirituais que emanam de Deus são geradoras de Luz,

ao passo que outras são geradoras de trevas.

E é fazendo uso dessas emanações, que é possível realizar magia negra, ou magia branca.

No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdoda arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), eBinah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach (Vénus),Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte deluz.

Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos de magia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direito da arvore da vida.

pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut(Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) eKether ( Neptuno),  tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de  comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito.

Por isso, eis que se desfaçam todos os equívocos e se leiaaquilo que na verdade, são as realidades de todos aqueles que lidam com o mundo espiritual.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Necromancia, Videncia, Mediunidade, Possessão, Oraculos·

«se durante o surgimento de uma aparição, ( espirito), houver uma vela acessa num recinto, ela ficará com uma chama azul»
In: A Provencial Glossary; Francis Grose; Sec XVIII

necromancia define-se enquanto um processo metafisico ou sobrenatural, atraves do qual se consegue contacto com os mortos. Trata-se por isso do contacto, ou com os espiritos dos mortos, ou com os espiritos ancestrais.

necromancia acaba abordando sempre 2 tipos de espiritos que se encontram no mundo dos mortos, ou seja, no mundo daqueles que nao estao vivos na carne, o dito «mundo do Alem», ou o mundo que esta para alem desta realidade fisica.

Os espiritos abordados sao:

  • 1- ou ; leia-se: espiritos de pessoas que ja habitaram neste mundo e que já morreram, que ja abandonaram o seu corpo fisico e partiram para o «outro lado».espirtos de mortos
  • 2- ou espirito ancestrais; leia-se: espiritos existentes desde a aurora dos tempos, desde o inicio da criaçao. Espiritos tao antigos como o proprio universo, espiritos nascidos da propria criação, consciencias que existem há uma infinitude de tempo e que tem a amplitude do próprio infinito. Alguns dizem que se tentassemos equacionar toda a profundidade do infinito, e depois multiplicar isso por toda a eternidade, ainda assim nao seriamos capazes de entender toda a extensao da existencia dessas consciencias celestes ou espiritos ancestrais. A estes espiritos certas culturas chamaram Deuses, outras culturas chamaram anjos, outras chamaram de Loas, outras chamaram de Jiins, outras chamaram«daemons», etc…. No fundo, ( fundamentalismos religiosos á parte….), tantos nomes para as mesmas entidades, pois ao longo da historia da humanidade, cada cultura os viu com os seus próprios olhos e assim, a cada cultura estes seres espirituais se fizeram ver de forma a serem entendidos.No fundo, é como uma pedra. Uma pedra é uma pedra, e no entanto em 200 culturas diferentes a mesma pedre tem 200 nomes diferentes e talvez mesmo 200 fins diferentes. O objecto é o mesmo, somos nós que lhe damos nomes diferentes e os vemos conforme a nossa compreensao permite alcançar.

 

morte, ou seja, a passagem para esse outro mundo, é a porta que a necromancia abre todos os dias e que permite para quem a pratica, comunicar com os espiritos.

necromencia continua sendo praticada nos dias de hoje, sendo atraves de tábuas de Ouijá, sendo pelo uso de instrumentos como pendulos ouvaras, seja atraves daquilo a que se denomina «espiritismo».

Se bem que as doutrinas espiritas possam advogar imensas teses que justificam as suas praticas, o facto é que a sua acção é um exercicio de comunicação com os espiritos de pessoas falecidas e nesse aspecto, nao é nem mais nem menos que a pratica de necromancia.

No entanto, nao se escandalizem os defensores do espiritismo quando sao comparados á arte necormantica, pois a questao da necromancia é altamente ambigua nos textos sagrados.

Exemplo disso:

  • a mesma pratica que no antigo testamento é condenada, ( por exemplo, no celebre episodio da bruxa que ajuda Saul a comunicar com o espirito do Rei Samuel depois desse estar morto), no novo testamento podemos encontra-la a ser praticada pelo Messias Jesus Cristo, que na presença de fieis apostolos, entra em contacto com espiritos de mortos para com eles comunicar.

 

Por isso, podemos facilmente entender que, no que respeita á necromancia, os autores Biblicos consideram-na um pecado mortal quando praticada por bruxos, e um poder divino de Deus quando realizada por profetas de Deus. Ou seja: quando é feito pelos outros é mau, quando é feito por mim é bom.

Os oraculos

Um oraculo é uma resposta dada por um Deus a uma questao especifica que é colocada a essa deidade.

A questao é colocada por quem consulta esse Deus, e a resposta é facultada por uma pessoa que se encontra em contacto e dialogo com o mesmo Deus. Essa pessoa é um intermediário entre os humanos que procuram ajuda divina e o Deus.

Na antiguidade esse papel era desempenhado pelos sacerdotes dos Templos dedicados aos Deuses. Esses sacerdotes e sacerdotizas tinham essencialmente 2 funções:

  • 1- adorar o Deus ao qual dedicaram a vida;
  • 2- facultar Oraculos a quem procurava a ajuda e orientação do Deus.

 

Esses sacerdotes e sacerdotizas eram pessoas diferentes,pois eram pessoas cujo o corpo se encontrava aberto ao espirito do Deus que adoravam. Por assim ser, os sacerdotes e sacerdotizas eram instrumentos por via dos quais o Deus podia comunicar com os mortais. A deidade podia por isso, uma vez invocada, entrar no corpo do sacerdote ou sacerdotiza, possuindo-os, e habitando nesse corpo o tempo que desejasse. E habitando no corpo, possuindo-o, a deidade podia comunicar com o mundo fisico, com o mundo dos vivos. Esta forma de comunicação com os espiritos existe desde sempre, e é profundamente necromantica.

Nesta pratica espiritual, há um objectivo de contactar o mundo dos mortos ou o mundo dos espiritos para fins oraculares, e isso, é nem mais nem menos que necromancia.

Nesta pratica espiritual, há assim um intermediário entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ( quando falamos de «mundo dos mortos», leia-se: o mundo dos espiritos, onde estao os espiritos dos que ja morreram, assim como os espiritos ancestrais aos quais chamamos Deuses), sendo que essa pessoa abre-se á entrada de um espirito no seu proprio corpo, permitindo assim a ocorrencia de uma possessao voluntária, ou seja, uma possessão que foi consentida pela própria pessoa possuida. Essa pessoa é escolhida nao por nenhum humano vivo, mas sim pelo próprio espirito ou pela própria deidade. O espirito ou a deidade escolhem fazer daquela pessoa uma das suas «casas», ou seja, um dos locais onde optam por habitar temporariamente cada vez que desejam aceder a esta mundo. Deuses sao espiritos e espiritos nao tem corpo. Para aceder a este mundo, eles precisam entrar num corpo, e eles mesmos escolhem os corpos nos quais fixam residencia para esses fins. Esta tese é tao antiga quanto as proprias praticas espirituais, e ja podemos encontrar exemplos disso na antiguidades religiosa do Egipto.

A palavra «Faraó» sinifica «a grande casa», ou o «templo». Isso porque acreditava-se que o faraó era a «casa» onde habitava o espirito de um Deus. Tal como se acreditava que um Deus podia habitar num Templo que lhe tivesse sifo erguido e dedicado, e que assim um Templo era na verdade uma das casas do Deus ao qual era dedicado ou seja, um templo era uma casa em que um espirito divino podia habitar, tambem o corpo do Faraó era um templo ou uma casa na qual o espirito de um Deus podia entrar e habitar durante o tempo que desejasse. Na verdade, o Faraó tinha, ( segundo as noções religiosas da antiguidade Egipcia), o corpo aberto e era passivel de ser possuido pelo espirito de um Deus. Por isso, quando se dizia que o Faraó era um um Deus, nao se estava dizendo, ( como alguns julgam hoje em dia), que o Faraó se fazia passar por um Deus de verdade. O Faraó , ( bem como os seus subditos), tinha a perfeita noção que era feito de carne e osso, que era mortal e que era humano tal como os demais. Por isso , nao se tratava, ( como alegam alguns hoje em dia), de um truque para enganar ignorantes.O que se estava dizendo, é que o Faraó era uma pessoa passivel de ser possuida por um espirito e que esse espirito encontrou naquele corpo uma habitação que lhe era agradavel e na qual o espirito é livre de ingressar.

A noção do corpo de um humano como habitação de uma entidade espiritual tem reflexo até mesmo nos textos biblicos. Repare-se que Jesus, certa vez visitando o Templo de Javé, declarou: «Este é o Templo de Deus. Pois irei destruir pedra por pedra este templo, e em 3 dias o reconstruirei». Os sacerdotes do templo ao ouvir tais palavras, ridicularizaram Jesus, rindo-se e dizendo que aquele solido templo feito de grandes pedras demorou umas centenas de anos a ser construida, e que aquele lunatico se propunha a destrui-lo num dia e reconstrui-lo em 3 dias, o que apenas confirmava a insanidade do profeta.Pois a verdade é que Jesus estava na verdade a referir-se nao ao Templo em si, mas ao seu próprio corpo. O que ele estava a dizer,eram 2 coisas importantissimas:

  • primeira- Jesus estava anunciando, sem que ninguem entendesse, que o seu proprio corpo seria destruido em apenas 1 dia, sendo que ele o iria reconstruir, (resuscitar), em 3 dias.
  • segunda – Mais importante: Jesus estava afirmando que o corpo dele era o templo de Deus, ou seja, que o corpo dele era a casa onde o Deus Javé habitava.

 

Esta noção nao é inovadora nem foi inventada por Jesus. Na verdade, aquilo que Jesus afirma ao dizer que dentro do seu corpo habita o espirito de um Deus, ou seja, que o seu corpo é uma casa onde reside o Deus Javé, era exactamente o mesmo que afirmavam os Faraós Egipcios.

Tanto no caso de Jesus que afirmou que o seu corpo era a casa de um espirito,( neste caso um espirito divino, o espirito de javé), e que comunicou com mortos, ( com Moises e Elias), assim como no caso dos Faraós, torna-se evidente que nalguns casos e para certas pessoas, o corpo é uma habitação onde entram e residem entidades espirituais. A possessao de corpos por parte de espiritos, bem como a comunicação com os mortos, e mesmo o contacto com entidades espirituais, sao por isso fenomenos comprovadamente ancestrais e sao, tanto quanto se sabe, a forma por via da qual os espiritos falam com os vivos e os vivos se relacionam com o mundo dos espiritos.

Pois todo este universo de comunicação com o Alem ou com a esfera celeste, seja por comunicação com mortos, seja por comunicaçao com espiritos divinos, é a propria esfera da actividade da necromancia. Quer certas religioes queiram ou nao, é isso que esta escrito nas sagradas escrituras.

Mediunidade e Possessão

mediunidade é a capacidade de comunicaçao com entidades «nao-fisicas» ou espirituais.

Os chamados «mediuns» sao pessoas que tem a capacidade de mediunidade, ou seja, a capacidade de ser uma «ponte» entre este mundo, ( o mundo dos vivos, o mundo fisico), e o mundo do Alem, ( o mundo dos mortos, o mundo dos espiritos). Hoje em dia chamados «mediuns» pelas doutrinas espiritas, foram noutros chamados videntesXaman, ou serviram de sacerdotes em templos dedicados a Deuses, etc.

Existem 3 tipos de mediunidade ou de mediuns:

  • 1- mediuns fisicos
  • 2- mediuns mentais
  • 3- mediuns oniricos

 

medium fisico, tem a capacidade de deixar uma entidade espiritual entrar dentro do seu corpo, sendo que essa entidade ocupa e toma conta do mesmo corpo. A esse fenomeno alguns chamam«encorporaçao», mas na verdade trata-se de uma forma de possessão. O fenomeno por vezes pode ser acompanhado pela perda de consciencia do medium, que perde o auto-controlo, ou seja, deixa de conseguir ter dominio sobre o seu proprio corpo e a sua propria mente, que ficam dessa forma sob o poder da entidade espiritual que possuiu. Assim, depois de terminar a possessao, esse tipo de medium raramente se lembra do que se passou enquanto esteve possuido pelo espirito. A todo este estado chama-se «transe», ou seja, é dito que o medium ao ser possuido por um espirito que toma conta do seu corpo, entra em «transe».

medium mental, tem a capacidade de comunicar com os espiritos, contudo sem entrar em transe. Nestes casos a possessao do medium pelo espirito é menos intensa. O espirito fala igualmente atraves do corpo do medium, contudo o medium mantem perfeita lucidez e consciencia durante todo o processo. Nesta forma de comunicação com os espiritos, o medium acaba fazendo uso de certos recursos materiais que permitem a transmissao das mensagens que o espirito deseja transmitir: desde pedulos, a varas, a tabuas de Ouijá, á psicogragia, etc.

Há por ultimo o medium onirico, pois tambem a mediunidade pode ser exercida atraves de mensagens facultadas atraves de sonhos ou visoes nocturnas. A todo este tipo de praticas mediunicas, denomina-se mediunidade onirica. Neste tipo de mediunidade, a pessoa recebe as mensagens de forma mental, contudo nao se encontra em total controlo de si mesmo porquanto se encontra dormindo ou num estado alterado de consciencia. Por assim ser, este tipo de mediunidade é em parte fisica e em parte mental, pelo que merece uma referencia distinta .

No entanto, seja qual for o tipo de mediunidade que se analise, toda esta pratica espiritual assenta no pressuposto do fenomeno de «possessao», pois de forma consciente ou insconsciente, de forma mais forte ou mais ligeira, a pessoa detentora desta capacidade é sempre possuida momentaneamente pelo espirito que fala atraves dela.

Os medius e os Videntes

quando falamos de videncia, há quem afirme que se trata de um falso titulo. Há quem afirme que na verdade nao exitem «videntes» com a capacidade própria de ver coisas no passado, no presente ou no futuro, mas antes há pessoas com a capacidade de comunicar com o mundo espiritual e dele receber mensagens.

A diferença é enorme, pois assim se considera que ninguem tem «por si» e «em si» uma capacidade de «ver», mas antes que as pessoas podem ter na verdade a capacidade de serem , de uma forma ou de outra, «possuidos» por espiritos que transmitem mensagens aos vivos.

E quem o afirma, defende que na verdade, essas pessoas a quem se chamam «videntes», na realidades elas sao pessoas que tem a capacidade de receber, (consciente ou inconscientemente), comunicações vindas do mundo espirtual, mensagens de espiritos, que avisam sobre eventos passados , presentes ou futuros.

Se essa tese é verdadeira, entao verdadeiro fundamento daquilo a que chamamos de videncia é na verdade uma capacidade necromantica, ou seja, a capacidade de comunicar com os mortos e com o mundo dos espiritos.

Mais uma vez, encontramos na Biblia provas deste facto.

Nos textos biblicos podemos entender que na verdade quando falamos de Videntes e Profetas, estamos falando no mesmo.

E tambem nos textos biblicos do Antigo Testamento, sao inumeras as referencias a pessoas que, havendo nelas sido derramado o espirito de Deus, ou seja, sendo elas possuindas por um espirito de Deus, começaram a profetizar. Assim sucedeu nos tempos de Elias e Moises.

Tambem no Novo Testamento se lêem mais referencias a esta fenomeno, quando se observa que apos a morte e ressureição de Jesus, osapostolos foram possuidos pelo Espirito Santo e começam assim a falar linguas e a transmitir grandes mensagens de sabedoria. Segundo os textos sagrados, nao eram os profetas que falavam por si, mas sim o espirito que os possuiu que falava pela boca deles.

Ora, torna-se claro que vidente, (ou profeta), é aquele é possuido por um espirito, sendo que esse espirito passa a actuar neste mundo através daquela pessoa. Torna-se assim evidente que os textos biblicos nos referem claramente que as mensagens da videncia advem dos espiritos que possuem uma pessoa, ( o vidente, ou o profeta), e começam a falar pela sua boca.

mediunidade, a possessao voluntaria e necromancia, ( enquanto processo de contacto com os mortos ou com o mundo dos espiritos), sao fenomenos que se encontram detalhadamente descritos nos Textos Biblicos.

Houve ao longo dos tempos, um grande esforço que as autoridades eclesiasticas desenvolveram para manter o maximo silencio sobre tais praticas, e mesmo para impedir, ( pelo medo), que a espiritualidade fosse livremente exercida. E todo esse esforço resultou num infeliz filão de contradições incoerentes. Senao vejamos os seguintes exemplos dessas contradições:

Por exemplo:

  • 1- Os teologos consideram um sinal de possessao demoniaca alguem que, apos uma possessao espiritual, comece a falar linguas que desconhece, quando no entanto, o mesmo fenomeno aconteceu aos apostolos quando esses foram possuidos pelo espirito santo.Como ficamos?
  • 2- As autoridades religiosas consideram a possessão um fenomeno demoniaco, e no entanto o proprio filho de Deus disse ser um corpo onde habitava o espirto santo e assim, alegou estar possuido pelo espirito de Deus.Ficamos em que pé?
  • 3- As autoridades teologicas condenam a pratica da comunicação com mortos, e no entanto o proprio filho de Deus comunicou com espiritos de profetas que ja tinham morrido.Como explicar?
  • 4- Os teologos consideram um pecado praticar magia negra, ( leia-se: magia negra é a pratica espiritual que consiste em contactar e comunicar com demonios), contudo o proprio fundador da sua fé praticou-a, porquanto por mais de uma vez entrou em contacto, ( ou foi contactado), por demonios, sendo que o fez para diversos fins: desde expulsa-los de um corpo, a falar-lhes para lhe pedir que mantivessem a sua identidade divina em segredo, etc….Que concluir?
  • A autoridade eclesiastica defende que é um pecado invocar e falar com os mortos, pois dessa forma esta-se a pertubar o seu sagrado descanço. No entano, não parece ter sido pecado que Elias e Moises tenham sido chamados a este mundo para comunicar com um profeta. Ficamos em quê?
  • Os teologos consideram pecaminoso o contacto com espiritos, no entanto os textos biblicos abundam de referencias relativas ao contacto directo entre anjos e pessoas. Sendo os anjos espiritos, como ficamos?

 

As contradições entre as verdades espirituais descritas na biblia, e os discursos dos teologos, sao abismais, mas facilmente entendíveis.

Tais conotaçoes negativas entre as praticas espirituais de contacto com os espiritos e assuntos demoniacos, foram lançadas especialmente impedir que as pessoas exercessem as artes misticas e praticassem livremente, fora do controlo da eclesiástico, as vias da espiritualidade. A dado momento, a instituição religiosa quis deter o monopolio sobre toda a actividade espiritual, alegando que apenas nela residia a capacidade de comungar e comunicar com a realidade espiritual.Segundo a instituição, o exclusivo do mundo espiritual parecia ser sua exclusiva propriedade, e tudo mais fora desse feudo teologico era pecaminoso e levava á condenação eterna.Estes foram os argumentos, e esta foi a inutil tentativa de tentar apoderar-se de algo que é tao eterno com a criação do universo, e que é a realidade espiritual.

Há quem seja mais ousado, e afirme que tais confusoes foram lançadas para que as pessoas nao comunicassem com os espiritos e assim, nunca obtivessem conhecimento de certas verdades ocultas que as autoridades eclesiasticas desejam manter em segredo, pois podem tais conhecimentos podem fazer ruir os pilares das crenças que suportam a sua instituição.

No entanto, apesar dos esforços de certas autoridades religiosas, os espiritos nao pararam de escolher os seus emissarios neste mundo e a ligação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos mantem-se hoje tão firme e poderosa como sempre foi ao longo de toda a existencia.

 

 

+ SEGREDOS DO OCULTO E DA MAGIA +

Amarrações:

São processo espirituais com a finalidade de forçar a união de suas pessoas desavindas, ou levar forçadamente a que uma pessoa se submeta e se entregue a outrem, por força dos efeitos espiritualmente punitivos de um malefício de amarração, ou de uma maldição de amarração. As amarrações amorosas operam através da invocação de forças espirituais que visam basicamente infestar uma alma, e assim cercar e perseguir espiritualmente a pessoa amarrada, jamais cessando a sua acção e nela persistindo ate que a criatura amarrada cansando-se das tribulações e desolação em que a sua alma foi encarcerada, enfim acabe cedendo aos fins que a infestação a forçam a submeter. A amarração amorosa é um processo de natureza espiritual, pelo que obviamente não ocorre no corpo mas sim na alma de uma pessoa. O mandante da amarração obviamente não vai ver o corpo da pessoa amarrado com «cordas» deste mundo, pois que a amarraçao não actuará no corpo da sua vitima, mas sim na sua alma e em espírito. Assim, será a alma da pessoa que será em espírito ligada, atada e amarrada, ficando encarcerada num estado de sofrimento e perdição pelo tempo que for necessário ate que ela no corpo ceda aos fins eróticos ou amorosos de uma amarração. O encarceramento da alma ocorre em espírito, para que quando em espírito a alma se fartar do aprisionamento a que foi sujeita, então depois no corpo ela se venha a submeter ao mandante da amarração, ou então aprisionada fique á maldição de amarração enquanto assim não suceder, e assim sucederá sucessiva e ininterruptamente ate que a criatura amarrada se submeta. As amarrações amorosas são por isso malefícios, ou seja, são processos de maldição espiritual nos quais se clama: «Que de tormentos espirituais não saias ate que te entregues a mim, e em tormentos fique a tua alma e o teu espírito ate que te submetas a mim, e que apenas se acabem os teus tormentos quando a mim te entregares». Já um processo espiritual diverso da «amarração» é a «união de caminhos», sendo que esse outro tipo de processo espiritual com fins amorosos já não se opera através de maldições mas sim de bênçãos, através das quais se procura não atormentar a alma de uma criatura para a forçar a algo, mas sim se opera de forma a que no coração dessa pessoa ocorra o milagre do amor, e que ela se entregue livremente e por amor.

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Astrologia:

 

Oráculo é uma resposta dada por um deus ou espírito a uma questão que lhe é colocada. A resposta de um oráculo traduz-se em revelações sobre o que vai suceder de forma a que um fim seja atingido, e a essas dá-se o nome de profecia. Uma religião é um conjunto de preceitos ou práticas por via das quais se comunica com um deus, seres celestes ou divindades. A astrologia, é um meio de produzir oráculos. Segundo a religião sibilina e de acordo com as tradições babilónicas e hebraicas, a astrologia é um processo de astromancia, ou seja: uma forma de ler nos corpos celestes a manifestação de entidades espirituais ou forças celestes.

Agouros:

No fundo são sinais e presságios, ou seja, por certos sinais que se cumprem na vida de uma pessoa, é possível ficar sabendo o que de bom ou de mal lhe vai suceder. Esses sinais podem suceder naturalmente na vida de uma pessoa, ou podem ser fruto de uma bruxaria ou maldição. Por exemplo: nunca lhe sucedeu um certo dia em que tudo teima em lhe correr mal?, ou começar a ver gatos pretos por todo o lado por onde passa?, ou começar a ver insistentemente carros funerários, como se eles teimassem em se cruzar consigo?, ou ter sonhos maus que logo se concretizam?, ou sentir que algo esta errado e logo depois uma coisa ma acontece? Acontecimentos desse género são prenúncios no que está para vir, e muitas das vezes são resultado de um mal espiritual que está na sua vida.

Demonomancia:

termo etimologicamente advindo do grego daimon + manteia - Trata-se do conhecimento do futuro pela inspiração dos demônios. Oposto ao dom profético descrito nas Sagradas Escrituras,( inspiradas que são em Deus e nos seus espíritos, a visoes do futuro obtidas pelos profetas de Deus), foi no entanto em certos períodos históricos e por certos teólogos, considerada a verdadeira fonte de toda as artes divinatórias que não se enquadrassem nas formas de consulta a Deus e os Seus Oráculos. Tratam-se por isso de Oráculos igualmente poderosos, contudo cuja a fonte reside nos espíritos dos mortos, ou nos espiritos das trevas. O grau de fiabilidade e de verdade é por isso igualmente infalível, contudo a diferença reside na fonte da inspiração profética.

Enguiços: 

São empecilhos que constantemente e vez após vez, bloqueiam a vida de uma pessoa seja a que nível for: sentimental, familiar, profissional, financeiro, etc…. Os empecilhos constituem um permanente bloqueio na vida de uma pessoa, que fecha todas as portas e cria uma obstrução a todos os caminhos. Nada evolui, nada progride, tudo estagna por muito esforço e empenho que se use. Os enguiços, podem ser resultado de um problema espiritual, mas geralmente são fruto de feitiçarias.

Quebrantos: 

Trata-se de uma forma de quebrar a força espiritual de uma pessoa, de uma família, etc. È um processo espiritual por via do qual se faz com uma pessoa se sinta enfraquecida, com grande desanimo, sem forças, frouxa, sem coragem para nada. A pessoa vitima de  quebranto fica indecisa, sem rumo, espiritualmente quebrada, sem forças anímicas, totalmente derrotada. O quebranto pode resultar de coisas tão simples como mau olhado e invejas, mas normalmente nos casos mais graves, advêm  de poderosos bruxedos.

 

Infestação:

 

Infestação sucede quando forças espirituais muito negativas foram lançadas,  através de uma maldição, contra uma pessoa ou algum local, como uma casa, um lar, etc. A infestação toma conta de uma pessoa ou de um local. Quando infestada por espíritos negativos, a própria pessoa infestada, ( ou que esta em contacto com um local que foi infestado), começa a actuar de forma contrária aos seus interesses, gerando-se assim  caos e ruina a todos os níveis da sua própria vida. Conjuntamente, tudo o que é mau tende a aproximar-se da pessoa, como a própria pessoa atraísse irresistivelmente tudo o que é negativo para junto de si. Quando uma infestação se entranha fortemente numa pessoa,  eventos negativos começam inesperadamente a ocorrer e sucedem-se vez apos vez, sem parar. Passado um certo tempo, a pessoa nem se apercebe de como caiu num rumo de tamanha desgraça.

 

Maldições: 

Sabe-se na Bíblia que foram entregues ao homem pela própria mão de Deus. Lê-se também que Deus facultou a muitos dos seus profetas e videntes a força espiritual para, invocando os espíritos de Dele, conseguirem causar grandes danos na vida de uma pessoa, de uma família ou de um povo. As maldições podem atingir alguém nesta vida, ou durar gerações e tocar aos descendentes de alguém. A maldição é uma praga rogada com grande força por meios magico-espirituais, é uma imprecação, ou seja, um pedido ou uma suplica feita por alguém para prejudicar alguém, mas com grande violência. A praga, ou a maldição, causam grande flagelo a quem é atingido, especialmente se encomendada a um feiticeiro.

Malefícios: 

O malefício é o produto do acto de maleficiar, ou seja, de fazer mal a alguém com recurso a bruxarias ou feitiçarias. Por isso muita gente sente malefícios nas suas vidas e nem sequer sabe do que se trata. Um malefício pode-se traduzir num enguiço, num quebranto, numa maldição, etc….

Mau Olhado: 

Trata-se de um olhar profundo, por detrás do qual se escondem malefícios ou a rogação de pragas. Este acto pode ser inconsciente, mas o mau olhado é, na maioria das vezes, dirigido a alguém por pura inveja e maldade.

Missas Negras: 

Os Cristãos e Judeus praticantes acreditam que pelas suas missas podem invocar o espírito de Deus o o espírito de anjos, ( etc), e que ao assim faze-lo estão invocando graças e protecções para si mesmos. Ora, ao assim faze-lo os crentes estão orando, queimando incensos, fazendo oferendas de comida ou vinho, (etc), praticando dessa forma aquilo que é tido como Magia Branca, ou seja, estão conjurando as bênçãos de Deus. Pois da mesma forma, na idade média havia a crença que os mesmos padres que celebram a missa branca ao meio-dia, podem igualmente celebrar a missa negra á meia-noite, ou seja, uma missa que serve não para conjurar as bênçãos de Deus, ( como a missa branca), mas sim serve para conjurar as maldições de Deus. Ordens religiosas como os templários e os monges carolíngios foram acusados desta pratica espiritual, sendo que foi oficiado na Lei Canónica que apenas o próprio Papa possuía poder para perdoar os pecados de quem celebrava essas liturgias. Porem, nessas ordens religiosas a celebração de tais liturgias não era vista como um pecado, mas apenas como o pleno cumprimento do apelo de Deus em toda a extensão do seu poder, pois que Deus opera não apenas em bênçãos, mas também em maldições, e por isso a invocação tanto de umas como de outras não era mais que o pleno cumprimento de tudo aquilo que Moisés praticou, ou seja, o profeta de Deus tanto apelou ás mais terríveis maldições de ciências ocultas para se libertar o seu povo do faraó, como apelou ás mais gloriosas bençaos para alimentar de prodígios o seu mesmo povo aquando da travessia do deserto. Seculos mais tarde e ao longo do sec XV a XVII, abades e clérigos ficaram famosos por exercer a celebração deste tipo de liturgia, que depois veio a ser desfigurada por más interpretações e usos abusivos da sua verdadeira natureza.

 

Sortilégio:

Os sortilégios são malefícios de um feiticeiro.

Quimbanda:

È uma arte mística negra, de origem Afro-Brasileira. Esta arte limita-se a invocar espíritos do mal, ao contrário da Umbanda e Candomblé, que operam tanto com espíritos malignos como com espíritos de luz. Lúcifer é o maior dos espíritos malignos e conta com a devoção dos praticantes de Quimbanda, bem como os Exus ou demónios que possuem poder para causar vários tipos de mal. O Quimbanda é assim a pratica da magia negra ligada aos cultos de feitiçaria africanos. A Quimbanda, nasceu Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Aos exus , os quiumbas, mediante encomenda paga pelo cliente, realizam feitiços ou contra-feitiços. Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas geralmente nos terreiros de quimbanda é feita a chamada macumba. Realizadas a partir da meia noite de 6a. Feira, Exus e pombas giras dançam, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais. A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte. No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar-se algumas horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu. São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas mágicas, galos e galinhas pretas. Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares

Quiumbas: 

Espíritos atrasadíssimos que pertencem ao Reino da Quimbanda, são obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias negativas de doença, males suicídios, etc. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão nosétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos exus.

Santanás, Pactos, Possessões, Bruxos e feiticeiras:

Santanás:

é o primeiro anjo gerado por Deus no primeiro dia da Criação. Como descrito no livro de Isaias, era o mais belo ser da criação e todas as coisas foram criadas pelo seu pai para o receber.No Qu’ran, esta descrito que foi feito a partir de fogo, e possui 12 asas invulgarmente grandes. Nalgumas tradições Hebraicas, ( Midrash), é tido como o anjo da morte, a quem Deus entregou o poder sobre a vida e a morte, bem como o governo do «reino dos mortos», ou do mundo dos espiritos.Isaias descreve que Satã desejou ser como o seu pai.Ao faze-lo, entrou em guerra com o seu pai, tendo a disputa originado uma batalha celestial na qual o Anjo Miguel foi general das forças de Deus. Satanás perdeu a batalha, caiu em desgraça e foi banido da presença de Deus, passando desde entao a habitar neste mundo, ( do qual se tornou «principe»), assim como a residir espiritualmente no «mundo dos mortos».

possessão:

é a invasão do corpo pelo demonio. Mas para alem da possessão involuntária,( na qual a pessoa não deseja ser possuída e é-o contra sua própria vontade), existe a possessão voluntária, ou o consórcio com o diabo. Neste tipo de possessão, a própria pessoa deseja ser possuída pelo Diabo e firma com ele um pacto.

Um pacto:

geralmente implica certos benefícios previamente acordados em troca da venda da alma ao Diabo pela parte de quem procurou o pacto. Afirma-se que Satanás tem muitos poderes, entre os quais o de se manifestar com forma humana ou animal. A relação do Diabo com quem procura um pacto, ( uma possessão voluntária), tem sido registada como puramente fisica e particularmente sexual. Na maior parte da história da Cristandade existem relatos de Satanás tendo sexo com humanos, quer como incubus (demonio macho) ou sucubus (demonio fêmea).

As bruxas e feiticeiros:

foram considerados frutos dessas uniões acima descritas entre humanos e demonios. Podem sê-lo directamente, se o demónio possuir directamente a mulher, mas também podem sê-lo indirectamente, se o demónio incorporar num homem para possuir uma mulher ou vice-versa. As concepções demoníacas são mais frequentes no segundo caso. Por serem considerados filhos «híbridos» entre demónios e humanos, bruxas e bruxos eram tidos como seres especialmente perniciosos e viciosos, porque, ou herdaram alguns dos poderes do diabo, ou herdaram a capacidade de contactar com as esferas demoníacas.

O Inferno:

As regiões infernais são descritas no cristianismo como fonte de grande punição e sofrimentos eternos, com muito enxofre e labaredas de fogo que queimam vivos os pecadores que gemem em lamentos de desespero e arrependimento. Porem na mitologia hebraica, o inferno não é mais que o «sheol», ou seja, o lugar para onde partem as almas desencarnadas depois da morte do corpo, e onde ali ficam repousando. Embora nesse local existam sítios onde uma alma é «expurgada» e «limpa» do mal, para que purificando-se entao mereça o seu justo repouso eterno, porem esta trata-se não da versão «punitiva» do «inferno» dos cristãos, mas sim da noção de «o outro lado», ou seja, a «terra dos mortos», onde toda a alma vai habitar depois de desencarnar neste mundo.

Miriam, A Judia.

Uma das mais famosas bruxas dos tempos antigos. Irmã de Moisés, dizia-se que fora instruída pelo próprio Deus. Muitos trabalhos importantes de alquimia são atribuídos a ela. Também conhecida pelo nome de Maria. Por isso, quem diz que a Magia não existe, então não frequente a Igreja, pois os próprios textos sagrados assim a descrevem e comprovam.

Sonho.

Para os antigos , especialmente os gregos, o sonho era uma ligação entre o estado atual e o futuro. Os sonhos eram vistos como uma espécie de predição do futuro e então interpretados. Um famoso livro dos sonhos, que incluía interpretações, foi escrito por Artemidoro, que viveu no século II. Na literatura bíblica, os sonhos eram o mesmo que prognósticos, assumindo um papel importantissimo como forma de comunicaçao com o mundo espiritual e com Deus.Nos textos Biblicos, os sonhos sao denominados «visoes nocturnas», que se bem que semelhantes aos sonhos normais, sao na verdade revelaçoes enviadas por Deus ou pelos Seus Anjos. Para Xenofonte, ler os sonhos era uma forma de adivinhação.

Súcubus.

Espírito do mal que toma a forma de mulher com o propósito de Ter relações sexuais com um homem. A sua versão masculina denomina-se Incubus. O objectivo dos Sucubus, ( e Incubus), ao se unirem carnalmente com um humano, é na realidade sugar-lhe a energia vital, pois estas entidade alimentam-se dela.Os ataques destas entidades ocorrem á noite. A vitima dos ataques raramente se lembra dos mesmos,(ou tem uma vaga memoria, muito esfumada, como se o ataque lhe parecesse um sonho), e acorda com uma grande sensação de fraqueza para a qual nao ha explicação.Se os ataques foram repetidos, a pessoa começa a ficar palida, geralmente com problemas sanguineos ou pulmonares e perde as forças animicas. vai inexplicavelmente perdendo as suas forças e energias, acabando por ficar de tal forma fraco e fragil que pode mesmo morrer. Muitas das lendas sobre vampiros tem na realidade origem neste tipo de entidade.

Barkaial. 

Anjo caído, citado no Livro de Enoch, que ensinou aos mortais os segredos da astrologia.

Belfegor

. No satanismo, um demônio com enorme boca e uma língua fálica.

Bruxas em Portugal. 

Bruxa é um termo português quase equivalente a feiticeira. Tanto em Portugal como no Brasil e outros países de tradição portuguesa, as bruxas estão longe de ser extintas. São especialistas em filtros de amor e outros. Em 1968, em Lisboa, uma bruxa foi levada a um tribunal. Era uma camponesa iletrada de 54 anos. O processo foi célebre, mas não se conseguiu suficiente evidência de que ela praticasse ilegalmente a medicina para que fosse condenada.

Sete Pecados Capitais. 

Pete Bins Fields relaciona os demônios que têm o poder de provocar as pessoas a cometer os sete pecedos capitais:Lúcifer (orgulho), Mammon (avareza), Asmodeus ( luxúria), Satã (raiva), Belzebu (glutonaria), Leviatã (inveja) e Belphegor (preguiça).

Sexo e Bruxaria. 

A fusão e interdependência entre sexo e bruxaria, documentadas nos julgamentos de bruxas na Europa, são fundamentais na compreensão do fenómeno demoníaco. Geralmente o sabbat das bruxas chegava ao climax quando os membros do culto satisfaziam desregradamente  seus instintos. A orgia sexual era descrita como anormal, porque nela se praticava  sodomia, homossexualismo e posições consideradas pervertidas pelo pensamento comum da época Medieval. Demónios ou o próprio Diabo, depois de assumir a forma de um íncubu ou de um súcubu, envolviam-se sexualmente com bruxas e bruxos. As bruxas, satisfaziam as necessidades, gostos e apetites dos demónios, submetendo-se assim ás suas vontades. Em troca desta submissão carnal, os demónios por um lado satisfaziam os pedidos das bruxas, ao passo que lhes concediam poder sobrenatural. Nos julgamentos de Artois, em França, as mulheres que participavam no culto demoníaco admitiram  ter tido relações sexuais com demónios. Tanto homens como mulheres tinham relações com Satã, que se transformava também tanto em homem como mulher, quando quisesse. Em Arras, também na França, de acordo com documentos dos tribunais medievais, os participantes de Sabbat confessaram que todo o corpo do Diabo, inclusive seu pénis,  é frio. Mas não apenas na bruxaria existe relação com o sexo: no culto dionisíaco também, assim como nas antigas praticas religiosas babilónicas, egípcias, etc.

Uniao Sexual 

A união sexual com o Diabo é um dos elementos essenciais da bruxaria. O sexo é ido na magia negra como um instrumento para produzir 2 fins ou resultados: 1- por um lado profanar aquilo que a Igreja comum defende e que é a abstinência e a virtude imaculada; 2- e por outro lado sendo um instrumento de produção de energias animais e espirituais das quais os demónios e espíritos de feitiça se alimentam, tal como se alimentam de sangue, de álcool e de devassidão. È com essas energias que se convocam os espíritos, ao mesmo tempo que é nelas que esses espíritos malignos se alimentam em banquetes de devassidão e luxúria. Depois de se satisfazerem num frenesi de sexo, de sangue e de devassidão, os demónios concedem poder para que a bruxa possa realizar as maleficências encomendadas pelos trabalhos de bruxaria. Há também quem afirme que uma bruxa possui uma relação simbiótica com um demónio, ou com um espírito de feitiçaria, sendo que tal relação é conseguida através de um pacto e assim, a bruxa fica condenada a dois destinos: 1-por um lado, fica condenada a ser a tentação que vai desviar os caminhos de outros humanos para que os espíritos malignos de alimentem desses desgraçados a troco da concessão de certos favores; 2- Por outro lado, a própria bruxa esta condenada eternamente a ser «vampirizada» pelo demónio ou espírito de feitiçaria com quem se relaciona e que, se alimentará das suas oferendas, dos seus rituais e das suas próprias energias interiores. Também neste aspecto, a sexualidade da bruxa é uma fonte de alimento para o demónio ou o espírito de feitiçaria com quem ela possui um pacto.

Shaddai. 

Um dos nove nomes místicos usados para invocar demônios. Ao mesmo tempo, um dos nomes que constam das lendas rabínicas sobre a hierarquia angélica. Regula a esfera da Lua, causa sofrimentos e perdas e tem controle sobre os espíritos.

Demônios.

Ordem de seres sobrenaturais considerados terrenais, ou seja, como Giordano Bruno considerou, seres espirituais demasiadamente proximos da nossa realidade carnal, e por isso influenciados pelos vicios e prazeres da vida terrena. A crença na existência de tais seres é muito difundida. Os antigos mesopotâmios viviam com medo dos demónios, comummente representados, em sua arte, com corpos humanos e cabeças de animais. Tanto os assírios como os babilónios pensavam que os demónios eram espíritos do mal, saídos das profundezas da terra, ou então fantasmas de mortos sem sepultura. Já na Grécia a palavra daemon tinha conotação tanto boa como má, sendo que o termo designava genericamente os «espiritos» . Sócrates, por exemplo, tinha um demônio familiar que o advertia quando ele estava a ponto de tomar uma decisão errada. Contudo, a ascensão do cristianismo e a consequente condenação dos espíritos do mundo pagão (considerados ligados ao demônio) transformaram os demónios em espíritos malévolos. A bruxaria lida essencialmente com espiritos, invocando-os e pedindo-lhes favores.

Diabo.

O Diabo (do latim diabolus), por sua vez do grego antigo “caluniador”, é o nome dado a uma entidade sobrenatural, um demônio malígno, que personifica o mal, em diversas religiões ocidentais. O grande demônio, é formado por quatro diferentes formas de expressões malígnas, ditos “Príncipes dos Infernos”, ou “quatro infernos”: Satã (Fogo), Lúcifer (ar), Belial (terra), Leviatã (água).Para a maioria dos autores cristãos, o diabo é o espírito supremo do mal. Tanto os demônios como o diabo são figuras proeminentes na feitiçaria e bruxaria. A palavra grega «diábolos», traduzida do hebraico, significa «adversario», «aquele que se opoem», «acusador», «inimigo», etc. E o diabo, ( mesmo segundo o livro de Job), era isso mesmo: um anjo que acusava, que tentava, que enganava de forma a testar a verdadeira Fé e amor a Deus. Era o anjo preferido de Deus. Tanto assim o era que Lúcifer significa mesma «o portador de luz» e conta-se que o diabo era o mais belo e perfeito anjo de Deus, ocupando o lugar de «braço direito» de Deus. Lúcifer era cheio de incomparável resplendor e de gloria.Não sabendo guardar a sua posição, Lúcifer concebeu o orgulho e a vaidade no coração e que poderia igualar Deus. Esse foi o erro de Lúcifer: desejar ser igual a Deus. Ele intentou tomar o lugar do Senhor; a criatura almejou ser como o Criador. E ele conseguiu reunir consigo uma legião de anjos que tomaram o seu lugar e se rebelaram contra o Criador. Houve uma verdadeira insurreição nos céus. Há quem interprete Apocalipse 12.4 como sendo o número de anjos que Satanás conseguiu arrastar com ele em sua queda: E na sua queda, o diabo levou atrás de si «terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra». Se o número é real, podemos entender que um em cada três anjos de Deus foi aliado de Satanás e por consequência, todos esses anjos foram lançados fora dos céus e para as trevas. Por alguns, o diabo é interpretado como sendo a propria representação do ser independente de um tirano, a oposição à obediencia cega, a liberdade, a procura da sabedoria fora dos dogmas. Segundo certas versoes misticas herbaicas, o diabo foi aquele que tentou dar o conhecimento da ciencia a Eva,(tanto das ciências do mundo físico, como das ciências ocultas), e que mais tarde desceu dos ceus com os seus anjos para se unir ás mulheres dos homens e transmitir sabedoria á humanidade. O Diabo é segundo essas teses o filho celestial primogénito de Deus, que teve relações com Eva e é o verdadeiro pai de Caim, assim como é o anjo da guarda de Esaú que lutou contra Jacob. O papa Paulo VI, ansioso em corrigir alguns teólogos católicos que negavam a realidade do diabo, afirmou, num sermão proferido na Praça de São Pedro (Vaticano) em junho de l972, que “a fumaça de Satã entrou no templo de Deus através de uma fissura na Igreja”. Mais tarde, em Novembro, ele devotou um sermão inteiro às vilanias de Satã, argumentando que “este ser obscuro e perturbado realmente existe… um feiticeiro pérfido e astuto que se insinua entre nós através dos sentidos, da fantasia, da concupiscência”.O papa acabou confirmando uma realidade espiritual á qual a igreja tentou fugir mas que, acabou não podendo mais negar. Eliphas Levi, escreveu que o Diabo na Magia Negra é o grande Agente Magico, empregado para objectivos malignos por um poderoso desejo perverso. O Papa João Paulo II, ao realizar a reforma do Ritual Romano, afirmou que o Diabo é uma realidade, independentemente de acreditarmos nele, ou não.

A Marca do Diabo.

Pequena marca de nascença, cicatriz ou outra desfiguração supostamente deixada pelo casco do diabo sobre o corpo da vítima. No começo do século XV, os caçadores de feiticeiras começaram a aceitar tais marcas como prova de culpabilidade. Nos séculos seguintes, feiticeiros e feiticeiras eram despidos e raspados na procura dessas marcas. Supunha-se, na época, que a marca do diabo era impressa sobre o corpo da vítima para impedir que a mesma traísse o pacto realizado.

Pacto com o Diabo.

Um pacto entre um homem ou uma mulher e o diabo ou um de seus servidores: pode assumir muitas formas, mas inclui sempre:

  • 1. Preparação para o pacto (abstinência de carne, et.).
  • 2. Invocação na forma ritualística, acompanhada pelo sacrifício de um animal (galinha, bode, serpente, gato, etc) e por fogo.
  • 3. Um complexo conjunto de fórmulas mágicas.
  • 4. A aparição do diabo.
  • 5. Assinatura do pacto com sangue do braço esquerdo.

    Dibbuk.

    No ocultismo judaico, a crença de que a pessoa são duas almas ao mesmo tempo. A segunda alma é de um pecador que retornou do além para expiar seus pecados compartilhando das boas ações praticadas pela alma boa, com a qual coabita num mesmo corpo. Uma pessoa possuída por duas almas não pode controlar a intrusa, cuja voz e comportamento podem às vezes ser confundidos com o verdadeiro eu. O dibbuk grita, amaldiçoa, exibe muitas facetas de personalidade, e só pode sr expulso através de apavorantes rituais realizados dentro de uma sinagoga escura. Um rabino experiente deve deferir essas sessões e conseguirá expelir um dibbuk rebelde através do dedo mínimo da pessoa possuída.

    Feitiçaria. 

    É praticamente impossível chegar-se a uma definição clara e completa de feitiçaria, da mesma forma que seu quase sinonimo bruxaria. Embora, do ponto de vista da igreja antiga, feitiçaria seja o comércio com entidades demoníacas com o propósito de praticar o mal, interpretação ocultista do termo é completamente distinta. Está nesse último caso, mais relacionada com a possibilidade de manipulação – para o mal ou para o bem – de forças e energias naturais, a partir de capacidades mentais e do espírito, como a concentração, a mentalização, a vontade. Mas a noção prevalente, a nível popular, ainda é a da Igreja.
    Entre as características apontadas da feitiçaria estão: perturbações da atmosfera: capacidade de fazer viagens espirituais ou astrais, ( que foi caricaturada na capacidade de voar em vassouras e coisas do género),: envio de animais, à noite, para o desempenho de missões ordenadas por seus mestres feiticeiros: metamorfoses; uso de substâncias mágicas (óleos, filtros, elixires, etc.) capazes de provocar radicais mudanças de comportamento de uma pessoa; encontros espirituais nocturnos e escolha de dias santos da Igreja para tais encontros; associação da escuridão ao mal; a pratica da nudez em danças e rituais normalmente executados em encruzilhadas, a produção de malefícios e maldições como as as amarrações; a celebração de pacto com demónio; a celebração de orgias sexuais onde se consuma a cópula com demónios;

Lei da Feitiçaria.

Na Inglaterra, o Ato de Feitiçaria , promulgado em 1735, por um lado proibia a feitçaria, ao passo que tambem estipulava que a feitiçaria não existia e que qualquer pessoa que clamasse possuir poderes sobrenaturais seria processada. Mas foi somente em 1951 que a legislação britânica eliminou a última referência à feitiçaria de seu Código Penal.

Feiticeira/o. 

Embora o feitiço possa ser feito tanto pela mulher como pelo homem, a palavra celebrou-se no feminino, devido ao número muito maior de mulheres que, nos séculos da Inquisição, foram acusadas de prática da feitiçaria. Quase sinonimo de bruxa, acabou-se, com o tempo – e em termos de processos criminais – , estabelecendo-se uma distinção entre as duas palavras: tanto a bruxa quanto a feiticeira aprendem suas artes mágicas com o demónio; mas a primeira, para conseguir isso, vende a própria alma ao diabo, enquanto a segunda permanece livre mesmo após adquirir o conhecimento. Outras versões defendem que a bruxa nasce bruxa, ( com talentos inatos para ser bruxa), ao passo que qualquer um pode ser uma feiticeira/o, bastando para isso estudar o assunto a aprender sobre ele como se aprende qualquer outra profissão. Há no entanto um pequeno detalhe: para que uma feiticeira/o possa fazer suas feitiçarias resultar de verdade, ela/e tem de fazer um pacto com um espírito de feitiçaria, ou um demónio de feitiçaria. Esse espírito demoníaco passará a viver em simbiose com a feiticeira/o, sugando dela/e a sua energia vital, recebendo dela/e oferendas que lhe sao agradáveis, de forma a que em troca esse espírito concede os desejos invocados nas feitiçarias. Este pacto dura para sempre e condenará a alma da feiticeira/a a tornar-se igualmente num espírito de fetiçaria. Segundo estas teses, o poder de uma feiticeira/o reside na força da entidade espiritual com que ela/e fez um pacto eterno. Segundo a visão europeia, uma feiticeira pode parecer jovem, irresistivelmente bela e ser, na realidade, velha, repulsiva, marcada com o sinal do diabo. Ela tem um pacto com uma entidade demoníaca, pelo que oferenda a esse espírito coisas como sangue, sémen, álcool, menstruação, etc…. em rituais secretos e satânicos. Algumas ideias Cristas defendem que elas bebem ou se banham em sangue humano, constroem bonecas de cera que representam seres humanos para os dominar, causam desgraças, praticam orgias com humanos e demónios, perturbam as forças da natureza (pode desencadear tempestades ou períodos de seca etc.), engendram vinganças terríveis contra aqueles que a ofendem, copulam com quem desejam, ameaçam as hostes infernais e recorrem a um vasto arsenal de fórmulas, substâncias e ferramentas para produzir sua arte. Como a feitiçaria atingiu seu apogeu durante a Idade Média muitas designações para feiticeira ou bruxa são em latim, o veículo literário corrente na época: lamia, maga, maleficu, saga, sortilega, strix, venefica.

Hexagrama. 

Uma figura de seis pontas usada para controlar demônios. Também conhecida como Escudo de Davi.

Hierarquia de Demônios.

De acordo com A Chave de Salomão, os três principais espíritos do inferno são Lúcifer, Belzebu e Astorah. São, respectivamente, imperador, primeiro-ministro e grão duque do reino. Seguem-se mais seis demônios, de posição respeitável: Lucifuge, Satanachia, Agaliarept, Fleuretty, Sargatanas e Nebiros.

Demonios Igneos.

Uma das seis classes de demônios identificados pelos teólogos medievais.

Íncubus.

Demônio masculino que surge para atrair sexualmente as mulheres. Sua contraparte feminina são  os Súcubus . Para os primeiros cristãos, os íncubos são anjos cujo interesse sexual conduziu-os à queda.

Invocação de Espíritos.

No vodu haitiano, a fórmula de invocação de espíritos é a seguinte: vá a uma estrada à meia-noite de uma sexta-feira, levando uma vela feita de cera de abelha, sebo de boi e fígado de andorinha. Acenda a vela em nome de Belzebu e diga: “Belzebu, estou chamando-o para que me responda sobre (o tema de interesse) agora”.

Invocação do Demônio.

Existem algumas fórmulas antigas para a invocação de demônios. Algumas delas: Palas aron azinomas; Bagahi laca Bachabé. Ou pelos seus nomes místicos: Eheieh, Iod, Tetragrammaton Elohim, El, Elohim gibor, Eloah Va-Daath, El Adonai Tzabaoth, Elohim Tzabaoth e Shaddai. Ipsissimus, o mais alto dos graus do sistema cabalístico de Aleiter Crowley. Para ele, Ipsissimus “está livre de qualquer limitação”.

Jesus , o Exorcista

O exorcismo teve grande importância na vida de Jesus. Marcos relata que muitos doentes e possuídos foram até Cristo e saíram curados. Mateus confirma o poder de Jesus em expulsar os espíritos e interpreta isso como a realização da profecia de Isaias. Lucas diz o mesmo.Todos os evangelhos sao comuns ao descrever Jesus como um exorcista que ganhou grande fama pelos seus prodigios, sendo que foi essa faceta que lhe angriou a fama junto das populações

Nahemah.

Nome da princesa dos súcubus, os demônios femininos.

Nostradamus (1503-1566).

Médico francês, alquimista. Autor de tratados herméticos, livros de alquimia e profecia. Em maio de 1555 foi publicada a sua obra mais importante: As profecias de Michel de Nostradamus. Esta edição era incompleta e, em 1568, apareceu a obra completa, editada em Lion.

Nove Nomes Divinos.

Usando-se nomes divinos, pode-se espantar os demônios. São eles: Eheieh, Iod, Tetragrammaton Elohim, El Elohim Gibor, Eloah Va-Daath, El Adonai Tzabaoth, Elohim Tzabaoth, Shaddai.

Nudez.

Por um lado, os bruxos acreditam que o corpo humano é um armazém de energia e que os demónios se alimentam dessa energia quanto o corpo pratica certo tipo de actos. Por outro lado, a nudez ritual é uma forma de transgredir a velha ordem cristã, que vê no corpo e na carnalidade um pecado mortal.  Por isso, a nudez faz parte dos processos místicos da bruxaria.

Pã.

Deus sensual cujo culto se espalhou por todo mundo helênico. Lider dos sátiros, afirmava-se que ele próprio costumava participar da celebração do sabá das bruxas.

Predição.

O ato de antecipar o futuro através de várias técnicas desenvolvidas para tal fim. Um dos métodos mais conhecidos é a numerologia·

Quindecemviri.

Guardiões dos livros Sibilinos, que são uma colecção das profecias sibilas, profetizas na lenda e literatura gregas. Os quinze homens indicados pelo ditador romano Sulla (138a.C.-78 a C.) eram os únicos que podiam ler os manuscritos nos quais estavam descritos os destinos da humanidade.

Rainha do Sabath.

Ainda que a maioria dos sabbat  tenha sido presidida por homens, no século XVII os feiticeiros bascos eram dirigidos por uma rainha, que era a própria noiva do Diabo.

Rainha dos Elfos.

Nalguns dos julgamentos escoceses de bruxas, a Rainha dos Elfos era mencionada como uma divindade presente no sabath. Dizia-se que tinha relações com os bruxos.

Reencarnação.

A doutrina da reencarnação está directamente relacionada com a crença da imortalidade da alma, de origem oriental, e considera que todo indivíduo possui um elemento espiritual, que, após a sua morte fisica, pode encarnar e renascer noutro corpo. Esta crença é professada tanto pelo ocultismo antigo como pelo moderno e, de acordo com Gerard Gardner, autor do Bruxaria hoje (1955), os feiticeiros modernos acreditam na reencarnação e dirigem seus pedidos ao Senhor do Mundo Inferior. A deusa que ascende ao nosso mundo é a noiva do Diabo, a qual se presume influenciar a decisão do seu amado do sobre o local e o momento em que a pessoa deve reencarnar.

Grimório.

Manual de magia, geralmente atribuído a autores desconhecidos, ou a grandes personagens (como o rei Salomão), ou certos papas (como Alberto, o Grande). Eram muito populares durante a Idade Média. Entre os mais notáveis desses “Livros Negros”, como eram também conhecidos, estão Liber Spirituum (“O Livro dos Espiritos”);

Doutrina dos Opostos.

A existência de pares de opostos na natureza está por trás da teoria mágica baseada na procura do misterioso uno que deve reconciliar toda diversidade na unidade. O principio esta descrito nas proprias escrituras, onde é revelado que Deus fez toda sua criaçao em «pares», sendo que diante da uma coisa, se encontra o seu oposto. A alternância entre dia e noite, vida e morte, calor e frio, calma e violência leva a acreditar que opostos são manifestações de algo maior, de que fazem parte. Tal alternância foi mesmo um dos argumentos teologicos mais sustentados para permitir que muitos grandes teologos e filosofos concluissem que se tudo opera por opostos, entao á materia deve opor-se a existência de algo imaterial, ao corpo deve opor-se a existência de espírito, á criação deve opor-se a existência de um criador – Deus-. O filósofo Alemão Friedrich Hegel levou essa idéia para a filosofia, revivendo a dialéctica, operando atraves das suas teses, antíteses e sínteses. Essa doutrina exige do mágico experiência e mestria para poder equilibrar as forças ao seu comando: amor e ódio, instinto e razão, bondade e maldade. Muitos rituais mágicos têm como foco o equilíbrio dessas forças opostas. O que importa nesses rituais não é o homem animal ou o homem pensador, mas todo o homem, que precisa ser inteiro para usar todos os seus poderes. Com essas magias, realiza-se uma «ponte» entre o mundo fisico e o mundo espiritual.

Oráculo.

O acto de um(a) Deus(a) comunicar com o ser humano por meio de um profeta ou vidente; O altar de um deus no qual perguntas são feitas; O mais famoso dos oráculos foi o de Delfos, mas o de Dodona, Epidauros e Trofônio também foram muito conhecidos na Grécia antiga. Talvez o mais antigo tenha sido o de Esculápio, filho de Apolo, chamado de Curador, porque tratava doentes através de sonhos que surgiam enquanto dormia no templo. Esse templo ficava em Epidauros. O oráculo de Delfos, situado em Parnassus, era um templo dedicado a Apolo, o deus da eloqüência. Todos que visitavam o templo deviam levar uma oferenda. Logo o local ficou cheio de tesouros e presentes dos gregos e dos estrangeiros, o que despertou a cobiça dos colecionadores de ouro e preciosidades. Apolônio de Tiana contou em detalhes sua visita ao oráculo de Delfos. A purificação em água sagrada era seguida pelo sacrifício de um touro e um bode ao deus. Apolônio entrou no templo com uma folha de oliva nas mãos, esperou em frente a estátua de Apolo, no interior da caverna. Depois de um tempo, a sacerdotisa Pítia surgiu e sentou-se sobre uma trípode. Ela começou a tremer nervosamente, mas nada disse de inteligível. Suas convulsões tornaram-se violentas e ela espumava pela boca. Tiana havia perguntado se seu nome seria lembrado no futuro. A resposta, enfim, foi que provavelmente sim, mas apenas para ser caluniado·

Sabath.

Reunião periódica de bruxas, magos ou necromantes em florestas escuras, cavernas escondidas, ruínas abandonadas ou locais santificados. Na Europa os iniciados celebram a sua devoção aos demónios dançando na escuridão, invocando o Diabo, sacrificando animais e participando de orgias sexuais. Em hebraico, Chabbath, em francês, Sabbat, a palavra é usada para designar a reunião de bruxas porque se acreditava que a magia tinha relação com os judeus. Alguns desses encontros no passado, tinham data certa, sendo que em algumas regiões eram realizados a 2 de Fevereiro, a primeiro de Maio, primeiro de Agosto e primeiro de Outubro. Essas datas lembram a divisão céltica do ano, que começava a primeiro de Maio e primeiro de Novembro. Actualmente, o primeiro sabbat das bruxas é marcado de forma a coincidir com o solstício do verão e do equinócio de Outono.

Sal.

Na magia, o sal é usado para repelir os demónios, pois todos eles detestam o sal. Sagrado para  Deus, o sal mantém os demónios afastados.

Sangue.

Desde tempos imemoriais o sangue é visto como um agente vital e figura em rituais de sacrifício. Nos tempos paleolíticos, figurava proeminentemente nos sacrifícios. O corpo do morto era colocado em covas contendo pedras vermelhas, cujo o intuito era prover o morto com um substituto para o agente vitalizador. Os gregos, por sua vez, despejavam sangue nos túmulos para reviver o espírito dos mortos. Em certas religiões, como o mitraísimo o baptismo de sangue era usado para purificar tanto o corpo como a alma. Na Biblia está escrito que «o sangue é a vida», e na verdade, os mitos vampíricos estão, quando referindo-se á questão do sangue, fazendo na realidade uma alusão a essa força vital que se extrai de um ser, e que pode ser fonte de alimento, de força espiritual e de vida.Por isso mesmo os Inccubus e Succubus acabam realizando exactamente o mesmo que os vampiros - alimentarem-se de um ser humano- sem que contudo estes últimos retirem sangue ás suas vitimas, pois na verdade estamos falando, não do liquido em si, mas sim de uma certa energia vital que, dizem os textos sagrados, está latente nesse liquido. Os demónios, diz-se, adoram sangue.

Possessão

O termo refere-se a um fenómeno espiritual que se pode manifestar de diversas formas. Na sua expressão mais violenta, compreende-se como a assalto de um demónio ou um espírito mau a um corpo, sendo que essa entidade demoníaca entra no corpo da vítima e possui a mesma. Assim sendo, a vitima perde o controlo sobre o seu corpo, que passa por seu lado a ser comandado pela entidade que nele habita. Segundo a Bíblia, há outras formas de possessão demoníaca, e as mesmas estão ligadas á pratica de magias negras, artes divinatórias, espiritismo, etc. Diz-se nesses casos que os praticantes destas artes possuem um estreito vinculo com entidades demónicas ou espíritos das trevas.

Oculto

O termo oculto advêm do latim «occultus», referindo-se ao que esta escondido, ao que não é visível. Em termos esotéricos, o termo oculto refere o conhecimento sobre as coisas invisíveis, ou o conhecimento sobre o mundo espiritual, o conhecimento relativo ao sobrenatural. Este termo é usado por oposição ao conhecimento das coisas visíveis, ou o conhecimento sobre as coisas mensuráveis, ou seja, aquilo a que chamamos ciência.

Ciência

Em termos do conhecimento místico, a ciência é vista enquanto uma forma de conhecimento sobre o mundo físico, ou seja, sobre tudo aquilo que é material e logo, é quantificável e mensurável. Por oposição, existem as ciências esotéricas, que se debruçam sobre o conhecimento do mundo que não é físico, ou seja, sobre o mundo espiritual e sobrenatural.

Metafísica

Conjunto de reflexões que visam equacionar uma explicação racional da realidade. A metafísica parte de constatações obtidas através da experiência, mas depois ultrapassam essa esfera empírica para tentar alcançar o conhecimento sobre realidades que a transcendem.

Ménade

Antiga sacerdotiza de Baco.

Incenso.

Simboliza o sopro da vida e é um importante elemento em qualquer ritual mágico

Libação

Acto de partilhar e oferendar bebidas num ritual a Deus, Deuses ou espiritos.

Oblação

Acto de realizar oferendas num ritual a Deus, Deuses ou espiritos.

Tuli, Sociedade de

Sociedade mística da qual Hitler retirou alguns conceitos utilizados na formulação de sua filosofia.

Enoquiano ( sistema de magia)

Sistema desenvolvido por John Dee e pelo vidente Edward Kelley no sec. XVI. Através de um sessão de vidência numa bola de cristal, os dois estabeleceram comunicação com supostos anjos, que lhes passaram um tipo de linguagem nativa dessas entidades. Junto passaram um alfabeto de 21 letras ( um verdadeiro idioma com regras próprias de gramática), 19 invocações e conhecimentos ocultos. Segundo a história, as palavras possuem um poder tão grande ao serem pronunciadas, que foram passadas de trás para frente.

Necromancia

Trata-se da relação de comunicação e utilização dos mortos para determinados fins. Vários sistemas religiosos ou mágicos a ultilizam, com destaque para o Espiritismo, Candomblé, Umbanda e Voodoo.

 

+ MAGIA NEGRA +

 

 

MAGIA NEGRA – Na doutrina espiritual e mística do «caminho dos santos», o fenómeno espiritual a que vulgarmente se chama «magia negra», não passa senão da invocação das maldições de Deus, (maldições essas intercedidas através de um santo de Deus, e apelando a poderosos espíritos que estão sob autoridade do Senhor e ao seu serviço), para neste mundo gerar um certo efeito e um favorecer um certo fim. Assim, ao passo que a magia branca, (veja também:magia branca), consiste na invocação das bênçãos de Deus através de um santo de Deus, já a magia negra consiste na invocação das maldições de deus através de um santo de Deus.

 

E como funciona a magia negra, ou esse apelo ás maldições de Deus, conforme professado na doutrina do caminho dos santos?

 

 

Pois para entende-lo, então observe-se que as escrituras revelam:

 

Certo dia, os anjos apresentaram-se a Deus, e entre eles foi também Satã

Job 1,6

 

Desta forma se sabe:

 

Deus é senhor de todas as coisas, e que sob a sua autoridade estão não apenas anjos, mas também demónios, e que essas forças podem por isso ser invocadas em nome do Senhor com grande poder e terríveis efeitos, sendo que no caminho dos santos a isso se chama de ….

 

Magia negra.

 

Nas escrituras está revelado que enviou Deus espíritos maus se apossaram do rei Saul para o fragilizar e vencer, assim como ali está revelado que a mando de Deus espíritos maus levaram o rei Acab á derrota e á morte, assim como também está revelado que a mando de Deus espíritos mausgeraram discórdias junto de Abimeleque, e está igualmente revelado que com a anuência de Deus Satã devastou a vida de Job, a fim de testar a sua fé.

 

 

 

Foram mais de uma vez, e muitas foram as vezes, que Deus não hesitou em usar espíritos maus ao seu serviço, atestando-se assim que Deus pode fazer uso não apenas de anjos, ( magia branca), mas também de espíritos maus e demónios, ( magia negra), para fazer cumprir a sua vontade

 

Que Deus é senhor de bênçãos, contudo também é senhor das mais temíveis maldições, eis que tal sabemos pois que assim foi revelado:

 

«Eu sei que o rei do Egipto não vos deixará ir, se não for obrigado por mão forte. Portanto, vou estender a mão e ferir o Egipto com todas as maravilhas que farei no país»

Êxodo 3, 19

 

Pois assim se sabe que:

 

Através de um santo de Deus, ( como foi Moisés),s e podem cumprir não apenas as bênçãos de Deus, como as suas maldições, e as suas maldições são terríveis e tudo podem revolver e forçar a suceder, pois que assim esta escrito:

 

«Tú [ Deus] és terrivel! Quem pode resistir á tua frente, quando ficas irado?»

Salmo 76,8

 

Que as maldições de Deus são um sinal do seu enorme poder, também sabemos pois que assim está escrito:

 

Todas estas maldições cairão sobre ti, perseguir-te-ão e atingir-te-ão, até seres exterminado, porque não obedeceste a Deus (…) Essas maldições serão para sempre um sinal e um prodígio

Deuteronómio 28, 45-46

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dizem alguns:

 

Mas Deus não quer nada com «magia negra», e por isso como podem vocês estar falando ao mesmo tempo de «Deus» e de «magia negra»?

 

Pois assim afirmamos:

 

«Magia branca» é apenas e somente o apelo a Deus ás suas «bênçãos», e «magia negra» é apenas e somente o apelo a Deus ás suas «maldições», pois que olhai:

 

Deus é Senhor tanto de «bênçãos» como de «maldições», pois que Deus é Senhor não apenas de anjos como de demónios, pois que Deus é Senhor de todos os espíritos e acaso haverá espírito algum que possa agir, existir e operar sem que Deus o permita?, pois acaso poderão haver espíritos tão ou mais poderosos que Deus que escapem ao Seu poder?

 

Pois assim cremos neste caminho de santo:

 

Deus é Senhor de todos os espíritos, e Deus é Senhor de todas as coisas, e por isso não existe espírito algum que possa sequer mexer um dedo sem Ele deixar, e por isso seja magia branca ou seja magia negra eis que nenhuma dará fruto sem Deus, e porem com o consentimento de Deus toda ela florescerá com portento.

 

E quem assim duvida, pois então assim se diz:

Olhai que assim revelam as escrituras:

 

1-Um espírito mau vindo de Deus possuiu o rei Saul, a fim que se cumprisse o destino de David (1 Samuel 18,10;19,9)

2-Deus enviou um espírito mau entre Abimelec e os senhores de Siquem , a fim de os dividir (Juízes 9, 23)

3-Satã com o consentimento de Deus desceu e amaldiçoou Job, para que nele se cumprissem os desígnios da fé( Job 1,6;2,1)

4-Amaldiçoado por Deus foi também o faraó do Egipto mediante Moisés, para que assim se cumprisse o projecto de Deus para o seu povo(Êxodo 3, 19; 6,1)

5-Um espírito mau e de mentira infestou os profetas de Deus a mando do Senhor, para que eles enganassem o rei Acab e ele morresse numa guerra( 2 Crónicas 18,20-22)

6-Anjos maus e portadores de desgraças comandos por Deus foram enviados pelo Senhor para gerar as pragas que se abateram sobre o faraó do Egipto(Salmo 78,43;49)

7- Satã foi enviado directamente por Deus, paratester a fé de David, e por isso o demónio por ordem de Deus insinuou-se-lhe para o levar a fazer o recenseamento (2 Samuel 24,11; Crónicas 21,1)

 

Em resumo:

 

Perante tantos e tamanhos testemunhos na palavra de Deus, como se pode negar que Deus comanda não apenas anjos bons, mas também que Deus comanda todos os espíritos e demónios, e assim:

 

Como negar perante tamanhas evidencias que Deus tem poder ate mesmo sobre Satã e todos espíritos maus?…. e como negar que todas as coisas, tanto os espíritos bons como os espíritos maus, estão sob autoridade do Senhor  e podem por Ele ser usados para fazer cumprir a sua vontade e os seus projectos?

 

Pois então:

 

Haverá porventura alguma coisa que escape ao controle e á ordem do Senhor?, e será o Senhor um Senhor não de «todas» as coisas, mas apenas Senhor de «algumas» coisas?

 

Pois assim sendo:

 

Como negar então que as escrituras nos revelam incontáveis exemplos de como Deus usou sob sua autoridade tantos anjos como demónios?, e que por isso Ele mesmo praticou exemplos seja de «magia branca» como de «magia negra»?

Pois então:

 

Como negar então que sejam anjos, sejam demónios, sejam que tipo de espírito for, porem todos os espíritos estão ao serviço de Deus seja em bênçãos ou em maldições, ou seja:

 

Seja na «magia branca», ou seja na «magia negra»?

Pois então:

 

Todos estes espíritos podem realizar as suas obras com a autorização de Deus, e porem sem o seu consentimento nenhum deles vencerá em coisa alguma.

 

E por isso:

 

Se ate mesmo Deus usa tanto espíritos bons, ( a magia branca),  como espíritos maus, ( a magia negra), para através dessas forças fazer cumprir a sua obra….então como poderia Ele condenar a invocação destes poderes, se é o seu próprio ensinamento que ensina sobre a existência destas praticas?, e se é Ele mesmo que aponta para o seu legitimo uso?

 

Pois então:

 

Se ate mesmo Deus assim actua usando-Se seja de magia negra e seja magia branca, ( leia-se; usando de seja bênçãos e seja maldições operadas seja através de anjos ou seja através de demónios e todo o tipo de espíritos), então como pode tal ser mau?, se Deus Ele mesmo assim o pratica?

 

Olhai por isso:

 

Cuidai de observar estes assuntos não de forma simplista, pois que Deus é misterioso, e a sua obra não cabe no mero e pequeno entendimento humano.

 

Pois por assim ser sabemos que as maldições de Deus são um sinal e um prodígio que atesta do seu poder, e por elas muito pode ser alcançado pois que…. quem poderá desobedecer-lhes?

 

Que por último sabemos que Deus é senhor não apenas de bênçãos e amor, mas também de maldições poderosas, assim o sabemos pois que assim foi revelado:

 

Cristo resgatou-nos da maldição (…), tornando-se Ele próprio maldição por todos nós

Gálatas 3,13

 

Nas doutrinas cristas mais ortodoxas, Deus é por vezes encarado apenas como um Senhor de amor, mas um Senhor quase «impotente» perante o mal, pois que o mal parece actuar livremente diante de Deus sem que Ele nada possa fazer.

 

E porem:

 

Nas doutrinas cristas que vão beber directa e fielmente ao judaísmo, (como no «Caminho dos Santos»), uma tal noção é firmemente negada, pois que se defende que Deus não é Senhor apenas de «algumas» coisas, mas sim Senhor de «todas» as coisas.

 

E por isso:

 

«todas» as coisas sem excepção, (incluído anjos bons e anjos maus, e por isso incluído magias brancas ou negras), tudo isso está sob o poder e autoridade de Deus, e por isso eis que para todas essas coisas Deus pode e deve ser invocado.

 

E mais provas disso observais, pois que assim está revelado:

 

Quando operou os seus sinais do Egipto (…) lançou contra eles o fogo da sua ira: cólera, furor e aflição, anjos portadores de desgraças

Salmo 78,43;49

 

Pois assim sendo:

 

Foi através de anjos maus, ou anjos portadores de desgraças, que Deus feriu o Egipto a fim de vergar o coração endurecido do faraó e assim libertar o povo de Deus. Pois tanto através de anjos bons, ( magia branca), como de anjos maus, ( magia negra), pode Deus actuar e fazer prevalecer a sua ordem em defesa do oprimido, do ferido, do magoado.

 

E se fé houver, então também tal coisa pode ser feita e vosso favor quando sofreis, e eis que tais coisas clamadas pelos santos de Deus a Deus, são isso mesmo:

 

é clamar a Deus para que tal como através de um dos seus santos, (como foi Moisés, e como é são Cipriano), então anjos de desgraça amaldiçoem a alma daquele que vos feriu, para que ela sendo vergada e vencida então se submeta a vós, e para que nas coisas em que sois sofredores então possais ser vitoriosos através do terrível poder de Deus.

 

E por isso e em verdade:

 

esta é a lei de Deus á qual é licito recorrer com fé, e pela fé sermos respondidos.

 

E mais assim é revelado:

 

Eu enviarei diante de ti o meu terror (…)

Êxodo 23,27

 

Pois assim se sabe que Deus é não apenas Senhor de maravilhas, como Senhor dos maiores terrores, e assim Deus é amor mas também é ira, Deus é bênção mas também é maldição, Deus comanda anjos de luz como anjos de terrores, Deus é Senhor de magias brancas ou negras, e Deus é Senhor de todas as coisas.

 

E assim:

 

Em clamor e fé todas essas coisas lhe são possíveis de pedir através dos seus santos, tal como foram por Ele manifestadas através de um santo como foi Moisés. E que Deus é Senhor tanto de santas maravilhas como é também Senhor de terríveis feitos, eis que assim está escrito:

 

Qual Deus é como Tu? Quem é santo como Tu, ó Magnifico, TERRIVEL em proezas (…)?

Êxodo 15,11

 

Pois assim se atesta:

 

O Senhor é Senhor não de apenas «algumas» coisas, mas sim Ele é Senhor de «todas» as coisas, pois que todas as coisas Lhe pertencem,

 

E por isso:

 

Apelar a tudo aquilo que vem de Deus, ( sejam as suas santas maravilhas, como as suas proezas terríveis; sejam os seus anjos bons como os seus anjos maus; seja a sua magia branca ou a sua magia negra), tudo isso é apelar a Deus em toda a magnifica extensão do seu poder tal e conforme as escrituras assim o revelam.

 

E em verdade eis que assim está escrito:

 

Se não me ouvirdes (…) mandarei contra vós a maldição

Malaquias 2,2

 

Assim sendo:

 

Como negar que se o Senhor é amor e compaixão e por isso gerador de bênçãos, (magia branca), também ele é Senhor de vinganças e maldições, ( magia negra), e que todas essas coisas estão sob o seu magnifico e terrível poder?

 

E como assim negar que ao Senhor  apelar em todas estas coisas, é apelar a Deus conforme a sua Palavra?

 

E por isso mesmo, assim está revelado:

 

Deus é um fogo devorador.

Deuteronómio 4,24

 

E mais assim também está revelado:

 

O senhor é TERRIVEL

Eclesiástico 43, 29

 

Não pensais por isso que porque Deus é amor…. que Deus é fraco, pois que olhai:

 

Se Deus é amor porem Ele também é terrivelmente poderoso;

 

E saiba-se assim:

 

De Deus provem não apenas bênçãos entregues por espíritos bons, (magia branca), como também Deus é Senhor da ira e de maldições entregues por espíritos maus, ( magia negra), e sobre todas essas coisas Deus é Senhor, e todas essas coisas podem a Ele ser clamadas através dos seus santos, tal como o foram através de Moisés.

 

 

 

 

 

 

 

 

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A magia negra e o exemplo de Balaão, um santo de Deus que a praticou

 

Um dos exemplos bíblicos de um santo de Deus, que havendo sido abençoado por Deus praticou tanto a magia branca, ( as bençaos de Deus), como a magia negra, ( as maldições de Deus), foi Balaão.

Balaão celebrava magia branca, ( as bênçãos de Deus), e as magia negra, ( as maldições de deus), e contudo jamais as usou senão com autorização de Deus, pois que reconheceu que toda a magia branca ou negra apenas poderia operar os seus fins através de Deus, pois que assim está escrito:

 

Balaão respondeu aos enviados de balac:« Ainda que o rei Balac me desse o seu palácio cheio de mouro ou prata, eu não poderia desobedecer á ordem de Deus , em coisa nenhuma , grande de ou pequena»

Números 22, 18

 

Assim se sabe que apesar de praticar ma magia negra e branca, Balaão apenas o fazia  sob obediência de Deus, pelo que foi tido com um santo de Deus, pois que assim foi revelado:

 

Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem de olhos penetrantes, oráculo de quem ouve as palavras de Deus e conhece a ciência do altíssimo. Ele vê aquilo que o Todo Poderoso mostra

Números 24, 3-4

 

Mais se sabe que Balaão foi um santo de Deus, pois que sobre ele desceu o espírito santo, e pois que assim está escrito:

 

Então o espírito de Deus desceu sobre ele [ Balaão]

Números 24, 2

 

Pois que mesmo praticando magia negra e magia branca, Balaão como são Cipriano foi tido como um santo de Deus por aceitar Deus no seu coração com fé e temor, e por jamais praticar a sua magia sem que o fizesse com autorização de Deus, pois que assim está escrito:

 

Eu não poderei ir contra a ordem de Deus, fazendo o mal ou o bem por contra própria

Números 24, 13

 

Contudo, também se sabe que Balaão ao assim agir, assegurou que todas as magias negras ou brancas por si praticadas, firmavam-se estabeleciam-se, pois que assim está escrito:

 

Fica abençoado quem abençoas, e fica amaldiçoado quem amaldiçoas

Números 22, 6

 

Também se sabe que Balaão praticou a magia negra e a magia branca com fé e conforme os saberes mais ancestrais das escrituras, e por isso as bênçãos ou maldições por si intercedidas edificavam-se, e isso sabemos pois que assim esta escrito:

Então Balaão disse a Balac: «Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me sete bezerros e sete carneiros novilhos e sete carneiros.» Balac fez cconfome balaao tinha pedido, e os dois oferecram em holocautos um bezerro e um carneiro sobre cada altar

Numeros 23, 1-2

Por ultimo, e apesar de balaao exercer a magia negra e a magia branca, eis que se atesta que ela era verdadeiramente um santo do Senhor, popis que ele profetizou a vinda de Jesus a este mundo:

Eu vejo-O mas não é agora; eu comtemplo-o, mas não de perto: uma estrela avança de jacob, um ceptro levanta-se em isarael

Numeros 24,17

Pois por tudo isto de sabe que a magia negra e a magia branca podem ser celebradas com a anuência de Deus e sob a autoridade de Deus,  e que assim fazendo-se, podereis ver maravilhas produzidas em todos os aspectos das vossas vidas.

 

 

 

E pergunta-se: estarei praticando o mal ao fazer uso da magia negra?

 

Noutras doutrinas não saberemos o que vos responder, e porem na doutrina do «caminho dos santos», ao clamar pelas maldições de Deus em favor do vosso sofrimento e em vossa justa defesa, não estais senão fazendo aquilo que assim está revelado:

 

Tudo existe até hoje conforme as tuas normas, pois todas as coisas Te servem a Ti

Salmo 119,91

 

Pois assim se sabe que todas as coisas existem conforme a Lei de Deus, e todas as coisas servem a Deus e são por Deus comandadas. E por isso assim se sabe que tanto anjos bons como anjos maus, tanto espíritos bons como espíritos maus, e por isso tanto magia branca como magia negra…. todas essas coisas estão ao serviço de Deus e servem a Deus, e sobre todas essas coisas Deus tem poder. E por isso, assim está revelado:

 

Eu enviarei diante de ti o meu terror (…)

Êxodo 23,27

 

Pois assim se sabe que Deus é não apenas Senhor de maravilhas, como Senhor dos maiores terrores, e assim Deus é amor mas também é ira, Deus é bênção mas também é maldição, Deus comanda anjos de luz como anjos de terrores, Deus é Senhor de magias brancas ou negras, e Deus é Senhor de todas as coisas.

 

E assim, em clamor e fé todas essas coisas lhe são possíveis de pedir através dos seus santos, tal como foram por Ele manifestadas através de um santo como foi Moisés.

 

E assim se o fizerdes em vossa defesa através de um santo de Deus, num altar a um santo devotamente dedicado, e com fé no vosso coração….eis que apenas estais usando o poder de Deus em toda a sua extensão, pois que assim está escrito:

 

A Mim pertencem a vingança e a represália

Deuteronómio 32,35

 

Assim, como negar que se o Senhor é amor e compaixão e por isso gerador de bênçãos, (a magia branca), também ele é Senhor de vinganças e maldições, ( a magia negra), e que todas essas coisas estão sob o seu magnifico e terrivel poder? E como assim negar que ao Senhor apelar em todas estas coisas, é apelar a Deus conforme a sua Palavra?

 

Apenas aqueles que julgam que Deus sendo amor…. logo é fraco, é que assim o poderão pensar, pois que os que lendo os saberes directamente provindos da Torah hebraica e das escrituras judaicas, facilmente verão que ali está escrito:

 

O senhor é TERRIVEL

Eclesiástico 43, 29

 

E mais assim está revelado:

 

Dizei a Deus: «como são terríveis as tuas obras! (…) que toda a terra se prostre na tua presença!»

Salmo 66,3-4

 

Pois assim se sabe que as obras de Deus podem ser de amor, mas elas também podem ser de maldição e de poder inigualável, pois que elas são terríveis.

 

E são terríveis as obras do Senhor, pois que sobre o seu poder tudo se verga, e tudo Ele comanda, seja na terra ou no céu, sejam anjos ou demónios, seja magia negra ou magia branca.

Sobre tudo isso Deus tem poder, e tudo isso pode ser clamado através de um santo de Deus, e como podem quaisquer dessas coisas existir e funcionar, ( seja magia branca ou magia negra?, seja a bênção de anjos ou a maldição de demónios?), sem a anuência e o poder de Deus?

Acaso julgais que Deus apenas reina no céu, mas que é impotente na terra ou nos infernos?

Acaso julgais que Deus não tem poder sobre todas as coisas, e que todas as coisas por isso Lhe podem ser clamadas e através d’Ele operar?

Se assim pensais, então tenhais uma fraca imagem de Deus, e Deus não é fraco, mas sim Senhor de todas as coisas….tanto de magia brancas, como mais mais terríveis e negras.

 

De acordo com algumas visões da ciências esotéricas hebraicas da Kabalah,

magia negra é praticada através do apelo a certas forças espirituais que emanam de Deus.

 

De acordo com algumas tradições místicas de algum ocultismo hebraico, a mais poderosa magia negra é realizada com recurso aos saberes de Deus, pois como está claramente revelado nas sagradas escrituras sobre Balaão, (Números 24,10-13) um mago nada pode fazer sem a autorização de Deus, ou sem recorrer ao Seu Poder.

A mais poderosa magia negra, de acordo com esta visão teosófica, resulta do uso de certas forças e atributos do mundo espiritual de Deus.

As «Sephirot» da «arvore da vida» estudada pela ciência Cabalista,

representam as varias forças e energias espirituais que existem,

e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico),

como tambem sobre as nossas vidas.

 

Cada uma dessas esferas, ( sephitor), são na verdade uma das «faces de Deus», e uma das suas manifestações neste mundo.

 

São por isso essas esferas as forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto,

a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos

das ciências místicas hebraicas.

No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdo da arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), e Binah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach(Vénus), Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte de luz.

Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos demagia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direito da arvore da vida.

pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut (Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) eKether ( Neptuno),  tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de  comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito.

 

Por outro lado, já na doutrina católica – apostólica – Romana, a Magia Negra, bem como a existência de demónios, encontram-se previstos na própria lei Canónica do Vaticano, pela que a existência destes fenómenos , ( demónios, magia negra, Diabo, etc), é formalmente reconhecida pela Igreja Crista.

O Código de Direito Canónico prevê o fenómeno de «Infestatio», ou seja: a «infestação» de pessoas (infestação pessoal), ou de locais, (infestação local),  por Demónios, bem como regula todo o processo de exorcismo.

O «Rituale Romanum», documento legislativo que se debruça sobre o fenómeno dos demónios, e o mais alto instrumento regulador do processo de exorcismos, é Lei Canónica desde o sec XVII.

O «Rituale Romanum» foi revisto e reformado em 1999 com a bênção do Papa João Paulo II, sendo que nessa ocasião o Santo Papa afirmou clara e inequivocamente que a existência do demónio é real, independentemente de se acreditar ou não nele.

 

Desde 1456 que magia negra é considerada uma das setes artes magicas proibidas pela Lei Canónica, ou seja: « artes prohibitae»

O nome técnico desta «artes magicae» é na verdade: Nigromancia.

Etimologicamente, em grego «nigro» significa «negro», ao passo que o termo «mancia» designa uma ciência oculta.

Por isso, «Nigromancia» significa algo como: «ciência oculta negra.

Associada á «Nigromancia», ( magia negra), esta também o conceito de «Goécia» ou de «Magia Goética».

As artes Goéticas são aquelas praticadas por bruxos, bruxas, feiticeiros ou feiticeiras.

A magia negra, (nigromância ou arte Goética), é comummente associada á actividade das bruxas.

 

Sobre bruxas, queira consultar: bruxas e demónios e Caminho da Esquerda ; sobre pactos, queira consultar: Missas Negras e Dicionário de Demónios ; sobre a bruxaria, queira consultar: Sabbath e Malleus Maleficarum.

Quanto á força da magia negra, um dos casos de sucesso mais conhecidos da história ocidental ocorreu em 1680.

Athenais Charente, Marquesa de Montspan encomendou diversos trabalhos da magia negra com o objectivo de se tornar a única mulher a partilhar a cama do rei Luís XIV. As Missas Negras foram executadas, e em resultado a Marquesa acabando conseguindo os seus desejos, tornando-se a mulher mais poderosa do reino, a unica a partilhar o leito com o monarca e mesmo dando á luz 7 filhos do Rei. A condensa conseguiu os seus desejos e a fama deste feito espalhou-se por todo o mundo. Assim, a missa negra popularizou-se no secXVII, com as famosas missas satânicas do abade Guibourg.

Com elas o abade concedeu favores pagos a peso de ouro a quem o procurou.

As missas negras invariavelmente estavam associadas a oferendas de sangue, profanação de símbolos cristãos, corpos femininos nus que serviam de altares e ritos sexuais ou mesmo orgias.

Engane-se contudo quem julgar que na teologia do «caminho dos santos», em tais saberes há espaço para tais bárbaros actos, pois nada poderia estar mais longe da verdade, e em verdade tratam-se apenas de mistificações criadas para afastar os curiosos.

Para todo aquele que mergulha nos mais profundos saberes do espírito, a esse é claro que muitas das coisas que se deixam escritas ao falar de saberes místicos, são deixadas em parábolas, para que assim sendo se faça como Jesus fez, e não vá aquele que é desconhecedor meter mãos em coisas que não sabe, assim gerando danos e perigos para si e para outros.

Por isso, muitos desses escritos, relatando práticas que assustam o que não é iniciado, são escritas dessa forma precisamente para isso, ou seja, afastar o desconhecedor. Exemplos disso são muitos, como:

Quando num escrito esotérico de magia negra está referido um gato, não se está verdadeiramente dizendo para fazer mal ao pobre animal, mas antes tal é uma mera menção a espíritos familiares a quem se deve apelar para celebrar um certo serviço. Quando num certo escrito místico de magia negra  está mencionado um morcego, não significa isso que se vá fazer mal ao pobre animal, mas antes o morcego significa noite, indicando o período em que um certo ritual deve ser feito, onde ele deve ser celebrado e a que forças espirituais se deve apelar. Quando num certo escrito esotérico de magia negra aparece se refere uma criança, jamais a uma criança se irá fazer mal, e contudo está-se apenas fazendo referencia á inocência e ao santo espírito de Deus, e como o espírito de Deus deve ser conjurado em função de um certo cerimonial. Quando num certo escrito místico de magia negra está referenciado um sapo, não significa que se vá fazer mal ao pobre animal, significa antes que um certo tipo de espírito deve ser conjurado, e indica aquilo que deve ser-lhe entregue a seu cuidado e com que fins. Os exemplos poderiam aqui estender-se ás centenas, atestando que os escritos esotéricos de magia negra na sua maioria estão escritos em «parábolas», para que apenas aquele que tem a chave para ler correctamente esses saberes assim os possa usar.

Assim entendendo, é fácil entender quantas coisas absurdas se dizem da magia negra, e da invocação das maldições de Deus, pois de todas essas coisas absurdas foram culpados os mais santos e fiéis homens de Deus, tais como os monges da ordem dos Templários, e ate mesmo os secretíssimos monges Carolíngios.

Pela magia negra, ( a invocação das maldições de Deus),  todos os fins são atingidos:

poderosas amarrações, malefícios, maldições, retribuições, etc.

Embora não seja comummente reconhecido, a  forma como a Magia Negra aparece descrita nos textos bíblicos, indica que os resultados da Magia Negra são resultados de tipo profético, lançados na forma de maldições.
Essa maldição, é cravada na alma da pessoa, pessoas ou instituição a que se destina…. e vai acontecer a olhos vistos. È assim que a magia negra, ( o caminho das maldições de Deus), funciona, e para quem quer saber, consulte atentamente os textos sagrados.

A historia revela-nos alguns exemplos de como funciona e quão poderosa é a feitiçaria negra de natureza profética, assim como as maldições que lança. Senão leia:

Com a autorização do Papa Clemente V, o rei da França ordenou a morte dos cavaleiros Templários. Em 1307, Jacques De Molay, (Grande Mestre da Ordem dos Templários), foi assassinado. Outros 50 cavaleiros templários foram aprisionados em masmorras até á morte e todo o vasto e riquíssimo património da Ordem foi ou saqueado, ou confiscado pelo estado francês, que dividiu alguma parte desse grande tesouro com o Papado. Nas insalubres e horrendas paredes das masmorras, os Monges da Ordem dos Templários desenharam símbolos místicos e rezaram ferozmente contra o papa Clemente V, amaldiçoando-o com violencia. Nessas paredes foram desenhados símbolos místicos que ainda hoje se podem ver, e que atestam que naquele local de perdição e morte, fortes feitiçarias foram praticadas. Escusado será dizer que o feitiço resultou e que, pouco tempo depois o papa Clemente V morreu misteriosamente, após ter padecido de atrozes sofrimentos. O rei também se seguiu, morrendo em grande tormento. Ambos os homens mais poderosos da Europa , ( e entre os mais poderosos do mundo), não foram mortos nem por guerras, nem por golpes palacianos ou de estado, nem pelos inimigos de outras nações inimigas. Ambos este homens, ( poderosos e bem guardados sob uma inultrapassável protecção militar), morreram ás mãos da feitiçaria, abatidos por visões terríveis e atingidos por atrozes dores.

Na busca pelo poder da magia negra ou das maldições de Deus, foram muitas as personalidades históricas que se alega terem realizado pactos com forças das trevas.

Entre essas, encontram-se:

Catarina de Medici, rainha de França,

Marquês Donatien Alphonse François,

O ocultista Cornelius Agripa

Paracelso

Papa Leão o Grande

Papa Honorius

Para Silvestre III

Rei Henrique III

Técnicas espirituais usadas na magia negra celebrada conforme o saber de são Cipriano,

 e do «caminho dos santos»:

 

Assim diz a obra de são Cipriano:

 

Porque Deus permite que o demónio atormente as criaturas (…)

1º È para que o homem, obstinado, em culpas, sirva de terror aos outros homens

2º È para que os que não são obstinados, sejam só castigados neste mundo[ e não no próximo] pelas suas culpas

3º É para que o homem, vendo-se castigado pelo demónio, fuja de ofender a Deus

4º É para castigar alguma culpa ( …) da qual se quer satisfazer a justiça de Deus

5º É para os que estão em graça, não caiam dela

6º É para que se arrependam os pecadores, vendo com os seus olhos a justiça de Deus

7º É para mostrar a santidade de algumas criaturas

8ºÉ para purificar os seus escolhidos

9º È para que tenham o purgatório neste mundo, e se confundam, vendo que dos seus males resultam as criaturas tantos bens

Obra de são Cipriano; sobre poderes ocultos, orações e esconjuros; capitulo  1º

 

Pois existem 9 motivos pelos quais Deus pode permitir que demónios e espíritos maus vão e atormentem as almas das criaturas, ou seja, 9 motivos pelos quais pode ocorrer com pleno sucesso a chamada «magia negra».

E na magia negra conforme praticada pelo caminho dos santos e segundo os saberes de são Cipriano, tais motivos que Deus firmou, são os motivos através dos quais as maldições de Deus, (a magia negra), são chamadas a perseguir uma alma, ou seja: de forma a que seja alcançada justiça contra o injusto, ou de forma a que os de corações obstinados cedam e se submetam, ou por forma a que aquele que outrem feriu então sinta o castigo, etc.

 

E porque vias e manifestações opera a magia negra conforme são Cipriano a ensinou?

 

Assim diz a obra de são Cipriano:

 

Nomes dos demónios que atormentam ascriaturas,porque Deus as consente que elas as mortifiquem (…) [e] quantas castas há de demonios (…):

Há obsessos, possessos, malificiados.

Os obsessos são aqueles que o demónio atormenta estando do lado de fora

Os possessos são aqueles que tem o demónio dentro do corpo

Os malificiados são aqueles que o demónio apoquenta ou molesta (…) por concurso de alguma feitiçaria ou trabalho

Os malificiados e possessos, são os que estão enfeitiçados e juntamente possuídos pelo demónio

Os malificiados obsessos são aqueles a quem o demónio persegue na parte de fora

Os repticios são os que o demónio suspende ou arremessa pelo ar, que são os que tem um pacto

Os fitonicos são os que tem espírito que adivinha

Os lunáticos são os que nos crescentes ou minguantes de lua são atormentados

Os fascinados são aqueles a quem o demónio move a trabalhar ou falar, sem que saibam o que fazem ou falam

Obra de são Cipriano; sobre poderes ocultos, orações e esconjuros; capitulo  2º

 

Pois estas são as 7 castas de espíritos maus que Deus pode permitir que infestem uma criatura tal como o Senhor o fez a Saul para que esse fosse infestado, e estas são as 9 formas como a criatura pode ser infestada pelos espíritos que Deus permitir que ali se alojem, tal como Deus permitiu que sucedesse a Job ou ao rei Acab. E eis que assim conforme são Cipriano ensina, e dentro dos mais ocultos saberes religiosos, a magia negra se pode operar de terríveis formas, porem ao serviço de Deus.

 

Eis os 6 ensinamentos basilares da magia negra e que provem directamente da obra de são Cipriano, e ei-los:

 

1º Ensinamento: sobre a fé.

Sobre a fé, na obra de são Cipriano podemos ler:

«O espírito mau segredou-lhe ao ouvido: tens ainda pouca fé no meu poder, e é por isso que não achas as pedras de que te falei.»

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 4º, pagina 251

Assim se fica sabendo que apenas tendo fé no espírito, é possível do espírito retirar a sua obra.

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1º Ensinamento: sobre a paciência

Sobre a paciência, na obra de são Cipriano podemos ler:

«[Implorou Siderol]: perdão, perdão, Lúcifer (…)

[Respondeu Lúcifer]: não te disse já, (…), que na minha lei também é preciso ter paciência? »

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 8º, pagina 260

Assim se fica sabendo que se desejamos entregar os destinos de um assunto ás mãos de um espírito, então assim o façamos para que o espírito dele se encarregue e por ele providencie. Porem, se não temos fé e paciência para entregar o destino desse assunto ás mãos de um espírito, e tendo-lhe entregue o assunto ainda assim persistimos em tomar o assunto em nossas mãos, então de que serviu entregar o problema ás mãos do espírito se persistimos ainda assim em tratar dele pelas nossas mãos? Uma vez entregue um assunto ao espírito, deixai então que ele trate do problema pelas suas mãos e não pelas nossas, porque das nossas mãos mortais nada colheremos, e sabendo deixar operar as mãos de um espírito ele assim vos dará a chave que abre a porta que não se vos abre.

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3º Ensinamento: sobre a sacrifico

Sobre sacrifico, na obra de são Cipriano podemos ler:

«Para que gozes da minha protecção, é necessário que faças algum sacrifício»

Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo, capitulo 7º, pagina 260

Pois assim sabemos que nenhum milagre, nem nenhum prodígio, nem nenhuma protecção do espírito cairá do céu sem algum sacrifício. E porem, esse sacrifício aliado á fé, será então o grão de areia que fará a montanha mover-se a vosso favor.

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4º Ensinamento: sobre Deus

Sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«(…) Disse o demónio -  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

Por isso assim se sabe que aquilo que Deus aceitar firmar ele firmará, porem aquilo que Deus não aceitar decretar ele não decretará, e esta é a lei. Assim ensina são Cipriano que quando desejais a mais forte das magias, lembrai-vos de Balaão e de são Cipriano, e assim não caia o vosso apelo em orações fúteis e fé mal guiada, mas antes dirigi-vos a um altar onde os santos de Deus são venerados, pois que apenas através de um santo de Deus podereis obter permissão para que tanto anjos, ( magia branca), como demónios, ( magia negra), actuem em vosso favor, pois que apenas através da autoridade de Deus se podem tais prodígios firmar, e todo o santo de deus apenas a Deus clama para abrir caminhos, seja na magia branca, ou na magia negra.

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5º Ensinamento: sobre a oração

Sobre a oração, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

Obra de S. Cipriano Pag 391

Pois assim se sabe que é na oração, proferida com fé numa casa de oração e num altar dedicado a um santo de Deus como é são Cipriano, em que muitas orações se juntam clamando em todo o seu poder, que todos os prodígios são possíveis, e fora da oração e da fé expressas numa casa de oração e num altar de um santo de Deus, pouco será alcançado pois que assim são Cipriano ensinou.

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6º Ensinamento: sobre as instruções

Sobre o cumprimento das instruções de um trabalho espiritual, assim diz a obra de são Cipriano:

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

Pois assim se sabe que apenas cumprindo com rigor as instruções de um espírito, então será possível colher o fruto da acção desse espírito. Respeitai a instrução e podereis ter o benefício do espírito, porem desrespeitai a instruções do espírito e nada vos será dado, mas apenas tirado.

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Em resumo:

Ensinamento geral sobre os saberes de são Cipriano

Sobre os saberes de são Cipriano, assim diz a obra de são Cipriano:

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor»

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

Eis por isso que são portentosos e valorosos os saberes de são Cipriano, e se os usais conforme estas 6 regras, eis que eles vos responderão sem falhas, e sempre conforme estes 6 ensinamentos aqui revelados por são Cipriano.

Não há dúvida, que já nos mais ancestrais tempos bíblicos, a magia negra era temida e encarada com uma realidade tangível, capaz de produzir efeitos palpáveis neste mundo. Se Deus assim o permitir, os seus efeitos são prodigiosos pois que as maldições rogadas serão por Deus firmadas na alma daquele atingido, e se Deus não o permitir então nada poderá resultar pois esta é a mais poderosa forma de processo espiritual.

 

 

+ OS 6 DONS DO OCULTO +

 

 

Se a Bíblia revela quais são os 9 dons espirituais que vem de Deus, ( para saber mais sobre o tema, leia9 dons do espírito),  conforme descrito no I Coríntios 12, 7-10,

também as sagradas escrituras revelam os 6 dons ocultos, dos quais os ocultistas são possuidores e cultivadores.

 

Ei-los os 6 dons, para que se conheçam:

 

I

O dom da incorporação por via da qual se obtêm a sabedoria através do dialogo directo espíritos,

tal como descrito em Actos dos Apóstolos  18,16-17

 

 

II

O dom da ciência do oculto, ( Sabedoria 17,7),

por via da qual se estudam os saberes ocultos, acedendo aos seus segredos e assim tanto pela sabedoria, como com fé, se praticam liturgias que agradam aos espíritos, assim gerando-se magia.

 

 

III

O dom da carnalidade, pois esse é a origem de toda a bruxaria, tal como descrito em Tiago, ( 3,15) e no II Livro de Reis, ( 9,22 ; 17,7) .

De acordo com esse dom, tal como descrito no Livro da Sabedoria, celebram-se por ela,

(e com a sabedoria que advêm da ciência do oculto),

ritos de magia negra, ( 14,23)  invocatórios das maldições de Deus

 

 

IV

O dom de ser filho da feitiçaria ( Isaías 57,3-5), e fruto da sua luxúria, (Tassalonicensses 5,5), ou seja:

1- ou receber hereditariamente a herança do oculto que corre no sangue dos bruxos e bruxas;

2- ou selar um pacto de serventia aos poderes ocultos, através da própria carne e do próprio sangue, por via do qual se assume a filiação mística e os dons do oculto.

Ser filho do oculto e do mundo do espírito, é ser guiado pelos espíritos ( Romanos 8,14)

 

 

V

O poder de curar ou causar doenças, enfermidades e outros bens ou males,

assim como o de aliviar ou fazer pesar o fardo da vida que pende sobre as pessoas,

alterando-lhes os destinos, ( Ezequiel 13,17-23)

 

 

VI

O dom da profecia, ( Isaías 47,13), através do qual os espíritos podem apresentar revelações aos possuidores deste dom

 

 

 

 

 

 

§§§§

 

Estes são os 6 dons do oculto, que conduzem ás práticas magicas do ocultismo e do misticismo.

 

Existem 4 praticas magicas, ( que normalmente são condenadas pelas doutrinas judaico-cristãs mais ortodoxas), e que porem aos ocultistas cristãos não passam de instrumentos espirituais de contacto com o mundo transcendental, com o mundo do espírito, e com o oculto, sendo que essas são :

 

 

As 4 práticas mágicas e ocultistas:

 

I

Astrologia

 

III

Magia , por via da feitiçaria e encantamentos

 

IV

Consulta aos espíritos

 

V

Invocação dos mortos ou de espíritos ancestrais

 

E porem, apesar de todas estas praticas serem reais e poderosas, eis que são Cipriano sublinha sempre que as mesmas devem sempre e em todo o momento ser usadas em função de Deus, com fé em Deus, por fé em Deus, com temor a Deus, e sempre com respeito a Deus, pois que assim diz a obra do santo são Cipriano:

 

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, (…) isso, porque (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

 

 

 

+ A RELIGIAO e BRUXARIA +

 

Espíritos não tem forma, são isso mesmo….  Espíritos. E como esta escrito nas sagradas escrituras, Deus é espírito, Deus é um espírito. Também esta escrito que os anjos são espíritos e que os demónios são espíritos. Mesmo os Deuses a Deusas das religiões politeístas não passam disso mesmo, ou seja, poderosos espíritos.

Pois a bruxaria lida precisamente com espíritos, é isso mesmo que a bruxaria é.

O que é a bruxaria?

A bruxaria é uma forma de comunicar com poderosos e ancestrais espíritos,
encomendando-lhe certos actos que alterarão a realidade das coisas e que,
caso nada tivesse sido feito, seguiriam inalteradas o seu rumo natural.

 

Bruxaria no cristianismo: os ocultistas cristãos, na tradição das ordens Templárias e Carolíngias.

 

Aqueles ocultistas e místicos que professam a doutrina crista de são Cipriano, esses crêem que na verdade uma «bruxaria» não passa de uma poderosa forma de «intercessão» junto de «Deus» a fim de Lhe invocar as suas «bênçãos», ou as suas «maldições», pois que é Deus que tem poder sobre todas as coisas, e por isso seja junto de anjos ou demónios eis que Deus é de todos Senhor e a todos Deus comanda. E por isso: o ocultista que abraça o Cristianismo, eis que ele crê que com a autoridade de Deus então toda a bruxaria resultará, e sem Deus nenhuma bruxaria dará fruto, e por isso eis que ele busca o conhecimento do oculto porem norteando a sua fé em Deus, e jamais fora de Deus.

 

A bruxaria é por isso uma religião?

 

Uma religião é:

 

«um conjunto de preceitos ou práticas por via das quais se comunica com um deus, seres celestes ou divindades».

 

Pois então:

A bruxaria consiste precisamente num conjunto de doutrinas, numa teosofia, num corpo de crenças e praticas que se professam, acreditando que por elas é possível comunicar com entidades espirituais e assim encontrar respostas no transcendente, e abrir caminhos através do espírito e do mundo do divino.

 

Por tudo isso, a resposta é:

 

Sim, a bruxaria é uma religião de fundamento espírita, ( tal como Kimbanda, Vodu, e outras religiões de origem Africana),  onde se exerce a comunicação e invocação de poderosos espíritos ancestrais para actuar na esfera do mundo material.

Na doutrina espiritista, acredita-se que existem pessoas com uma capacidade natural e inata de contactar com espíritos. No espiritismo, essas pessoas chamam-semédium, na bruxaria essas pessoas chamam-se bruxas ebruxos.

 

Para o Cristianismo, essas pessoas tem «corpo aberto», ou «cofre aberto». Seja como for, dê-se-lhe o nome que quiser, são essas pessoas com uma capacidade inata de entrar em contacto com o mundo espiritual, que possuem a capacidade de ser bruxos e bruxas.

È claro que ter essa capacidade não significa que se exerça a arte da bruxaria, pois para exerce-la são necessários aprofundados estudos sobre os assuntos do espírito e da magia. È por isso necessário estudar diversas matérias, inclusive feitiçaria,  para poder praticar devidamente a bruxaria.

 

O que é a feitiçaria?

 

«A feitiçaria consiste num conjunto de conhecimentos práticos e teóricos sobre magia, ou seja, sobre a invocação de espíritos com a finalidade de criar certos efeitos no mundo terreno.»

 

 

Para usar correcta e seguramente a capacidade de ser bruxo, é necessário estudar feitiçaria, ou o bruxo pode cair em erros fatais para si ou terceiros.

Por isso se diz que ninguém se faz bruxo, um bruxo nasce bruxo. Mas um bruxo precisa ser feiticeiro, ou seja, de estudar feitiçaria, para que possa exercer a sua missão espiritual com eficiência, segurança e resultados.

Só que se na religião espírita se acredita em certos princípios doutrinários formais e se defende que apenas se deve de comunicar com os espíritos, na bruxaria vai-se muito mais longe e acredita-se que não se pode apenas comunicar com os espíritos, mas também encomendar certo tipo de missões aos espíritos e que, os espíritos podem cumprir com esses pedidos, causando assim certos efeitos desejados nesta nossa realidade física.

A diferença entre estas duas visões espíritas acaba por ser bem visível na diferença entre o vidente e o bruxo.

vidente vê, o vidente comunica e faz a «ponte» entre este mundo e os espíritos.

bruxo actua, o bruxo contacta com os espíritos para procurar mudar este mundo.

bruxo, tal como o vidente, também comunica com os espíritos. Mas ao contrário do vidente, o bruxo não se fica apenas pelo acto de comunicação com o mundo espiritual.

O bruxo não comunica com os espíritos apenas para comunicar, mas antes se o faz, é para encomendar certos serviços aos espíritos que invocou, com a finalidade de alterar a realidade de acordo com determinado objectivo.

Trata-se por isso da grande diferença entre «ver» e «mudar».

O vidente limita-se a ver, e tudo que ele vê sobre o passado, presente e futuro, você rapidamente vai confirmar que é tudo verdade. Mas mudar, o vidente não muda nada, pois ele apenas vê.

O objectivo do bruxo não é ver, é interceder junto dos espíritos para tentar mudar o rumo de uma certa realidade ou situação.

 

 
 

O que faz o bruxo?

O bruxo possui uma íntima relação com certas forças espirituais, com as quais ele convive por via da celebração seu culto religioso e da sua pratica mística. Um bruxo, é essencialmente um sacerdote da religião da bruxaria. (Para saber mais, veja: Bruxo)

 

O que é um sacerdote?

 

Nas escrituras assim podemos ler:

 

«Os sacerdotes (…) são eles que apresentam a Deus as ofertas (…) o alimento do seu Deus»

Levítico 21,5-6

 

Um sacerdote, conforme ditam as escrituras, é alguém que providencia alimento ou veneração ao Deus ou ao espírito em que professa a sua fé.

 

E na bruxaria, é isso que um bruxo faz, providenciando «alimento» para os espíritos ou Deuses em que acredita, venerando-os e pedindo-lhes em favor daqueles que procuram a religião da bruxaria para aliviar os seus tormentos, ou alcançar os seus fins.

 

O bruxo comunica com os espíritos, e comunica pedindo-lhe coisas, coisas essas que acontecem pois os espíritos assim o farão acontecer.

E com o bruxo, você vê que as coisas mudam e se alteram na sua vida, tal como os espíritos prometem fazer.

È claro que a bruxaria não é uma religião institucionalizada no sentido formal do termo, ou seja,  não possui igrejas, não possui um Vaticano, nem uma Meca, nem mesquitas, nem sinagogas, nem padres, nem ou bispos ou Papas. Não possui enfim, uma estrutura hierarquizada, nem existe na forma de uma organização formalmente constituída. Na bruxaria,  o templo de cada bruxo é cada igreja que existe, cada bruxo é o seu próprio padre, e cada bruxo trabalha para si próprio em razão dos seus interesses, embora todos estejam unificados pela mesma crença e pela mesma razão de existir: o mundo sobrenatural, as leis do oculto, e a sua intima relação com essas realidades.

A bruxaria não esta por isso unida e uniformizada por nenhuma liturgia única, nem por uma organização hierárquica, por nenhuma instituição formal, como esta por exemplo a igreja católica, ou os Evangelistas, ou os Batistas, ou os Judeus,etc…. A bruxaria é uma religião unida apenas pelas suas milenares crenças e saberes que são comuns a todos os bruxos e que passam de geração em geração desde há milhares de anos.

Foi esse o motivo pela qual a igreja católica durante quase 5 séculos de perseguições aos bruxos, não conseguiu eliminar a bruxaria como eliminou outras ordens religiosas institucionalizadas, assim como sucedeu com a sangrenta extinção da ordem dos templários. Nem tão pouco consegui a igreja calar ou destruir os cultos religiosos Africanos deKimbanda ou Vodu praticados pelos escravos negros, apesar da violenta repressão que lhes moveu.

È que não se pode eliminar algo que não tem forma física, não tem domiciliação institucional. Apenas se pode matar um a um os sacerdotes dessa religião, mas não se pode destruir um Vaticano se o Vaticano não existisse. E na bruxaria, não há um Vaticano, não há sequer uma ordem formal estabelecida. E enquanto houver um bruxo vivo, ele vai transmitir a sua sabedoria a um iniciado que há-se sempre fazer sobreviver a religião da bruxaria. Foi isto que a igreja não percebeu, e foi isto que ironicamente salvou a bruxaria. A bruxaria ao longo dos tempos sempre sobreviveu, pois não existe como corpo físico, não existe como organização formal que se possa decapitar, trata-se apenas de uma religião em que os seus membros se encontram unidos unicamente pela sabedoria e pelas suas crenças, e cada um é igual ao seu colega de saber e de arte. Não há por isso forma de matar a bruxaria, e os bruxos continuaram ao longo da história, até aos nossos dias, a ser tão ou ainda mais procurados pelo povo que os padres.

 

 

Uma coisa é certa:

as pessoas, ( ao contrario do que defendem certos intelectuais puritanos), não são estúpidas, e a bruxaria  não é apenas um corpo de superstições e crendices inconsequentes, pois que se assim fosse então ao fim de milhares de anos então já ninguém estaria recorrendo de algo que não funciona, da mesma forma que ninguém compraria carros se eles não funcionassem.

Por isso:

Sim, a bruxaria funciona!, e porem quem a procura deve procura-la com o mesmo respeito e fé com que procura respostas em qualquer outro tipo de opção religiosa.

Por isso mesmo,  quando se procura a bruxaria, deve-se observar o mesmo principio espiritual que quando se procura qualquer outra religião, ou seja,  isto deve ser observado:

 

Um assunto são as coisas deste mundo, e outro assunto são as coisas do mundo do espírito.

 

Pois as coisas deste mundo tem as suas leis e operam da sua forma, assim como as coisas do mundo do espírito tem as suas próprias leis e operam da sua própria forma, e as leis deste mundo não são as leis do mundo do espírito.

 

Ou seja:

Não se deve procurar nas coisas do espírito conforme se procura nas coisas deste mundo.

 

Ou seja:

No mundo do espírito, a fé é fundamental, assim como é fundamental saber que os espíritos operam por vezes de formas misteriosas, e eles operam por vezes por caminhos, meios e desígnios que não nos são compreensíveis, e que não nos cabe nem questionar, nem saber que caminhos são esses.

Também se deve saber: o tempo dos espíritos não é o tempo do homem, e o tempo do espírito não é regulado pelo tempo das impaciências humanas, nem das pressas humanas.

 

Isto é:

Observe a obra do espírito como um pão que você prepara, e coloca num forno para cozer.

Ou seja:

Se você estiver impacientemente abrindo o forno a todo o minuto para ver se o pão já está acabado, você acabará apenas estragando o pão e arruinando sua refeição.  E porem, se você deixar esse mesmo pão no forno, fechado e descansado, cozendo pelo tempo que tiver de cozer, entaovocê vai ter um belo pão para saciar toda a sua fome.  E

 

Então:

 

Observe a obra do espírito como videira com a qual você quer preparar um bom vinho, ou seja:

 

Se você na pressa impaciente de ter o seu vinho, for e colher as uvas antes do seu tempo, pois você terá mau vinho.

E porem, se você usar da sabedoria paciente do bom agricultor, e colher as suas uvas apenas no momento certo, ( nem antes, nem depois), então você terá bom vinho.

 

Pois então:

Se você quer bom pão e bom vinho, você tem de seguir esta regra, da mesma forma que se você quer bom fruto do mundo dos espíritos, então tem de seguir as suas regras.

 

Por isso:

A obra do espírito ocorre, e ela é poderosa!

 

Porem, ela opera conforme estas leis, e é apenas com estas leis que a obra do espírito dá bom fruto, pois que a obra do espírito apenas dá fruto em quem trilha o caminho de uma fé, e não o caminho das descrenças, nem das impaciências, nem das dúvidas.

 

E assim:

Quem procura na obra do espírito com esta compreensão e desta forma, então verá bom resultado; porem quem procura da forma errada e desobservando estas normas, pois não verá bom fruto, da mesma forma que se um condutor conduzir um carro da forma errada e contra todas as regras de transito, então é certo que ele acabará tendo um acidente, e a culpa não é do carro mas sim da forma como esse condutor usou o veiculo da forma certa, ou da forma errada, ou seja, observando as boas regras de condução, ou não observando.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A ESSENCIA RELIGIOSA DA BRUXARIA:

 

 

A bruxaria é no fundo um caminho religioso e espiritual, no qual se professa o contacto com o «outro lado», ou seja, como «mundo do espírito», crendo que desse contacto com o mundo espiritual podem florescer respostas, amparos e soluções de esperança para as vidas do sofredor.

 

E porem:

 

A bruxaria não é um caminho religioso virado «contra» outras religiões, mas muito ao contrário ela normalmente constitui uma resposta espiritual que respeita todas as religiões, sendo que você poderá encontrar bruxas que professam o cristianismo, como poderá encontrar bruxos que se identificam comumbanda, ou poderá encontrar bruxos e bruxas que ao mesmo tempo que crêem e praticam a bruxaria, porem também professam um qualquer outro credo religioso:

 

cristianismo, budismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo,  etc.

 

A bruxaria professa por isso um caminho espiritual de intimo contacto com o mundo do espírito, e há quem sendo bruxa ou bruxo porem coadune essa sua crença com outras crenças religiosas, sem nisso encontrar qualquer problema, nem motivo de escândalo, nem motivo de perseguições, pois que a bruxaria é normalmente um caminho espiritual de tolerância, amor e paz.

 

 

 

+ FEITIÇARIA +

Feiticeiros e feiticeiras ainda existem e vivem entre nos, em pleno sec XXI. Mais do que simples crendices, a magia ganhou e ganha cada vez mais espaço em nossa sociedade.

Alcançando resultados que ciência não consegue explicar mas que tem dado provas de sucesso ao longo dos séculos, a Magia sobreviveu ás perseguições da Idade Media, ao racionalismo empírico do Sec XIX e mesmo ao espantoso progresso tecnológico do sec XX. Se a Magia não funcionasse, ninguém recorreria a ela, da mesma forma que se os carros não funcionassem, ninguém os compraria e conduziria.

A Magia segundo os feiticeiros é a capacidade de manipular forças que podem ser espirituais ou da natureza, para obter fenómenos ditos sobrenaturais.

É uma arte, ou ciência que se aprende.

Feitiçaria no cristianismo, conforme a tradição das ordens Templárias e Carolíngias

Aqueles ocultistas e místicos que professam a doutrina crista de são Cipriano, crêem que na verdade uma «feitiçaria» não passa de uma poderosa forma de «intercessão» junto de Deus a fim de Lhe invocar as suas bênçãos ou as suas maldições, pois que é Deus que tem poder sobre todas as coisas, e por isso seja junto de anjos ou demónios eis que Deus é Senhor de todos eles, e a todos Ele comanda.

 

E por isso, o ocultista que abraça o Cristianismo, eis que ele crê que com a autoridade de Deus então toda a feitiçaria resultará, e sem Deus nenhuma feitiçaria dará fruto, e por isso eis que ele busca o conhecimento do oculto porem norteando a sua fé em Deus, e jamais fora de Deus.

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Dessa forma, qualquer um pode aprender a feitiçaria, mas como em qualquer “profissão” as pessoas podem possuir maior ou menor talento, existindo desde os verdadeiros “genios” da feitiçaria, até aos mais medíocres praticantes. Da mesma forma que muitos estudam e exercem ciências, mas nem todos podem ser um DaVinci ou um Einstein, igualmente muitos praticam a magia, sendo que uns tem elevados níveis de sucesso e outros nem por isso….

A Magia é maioritariamente ritualista. Ou seja, os efeitos mágicos são obtidos através de rituais, ou amuletos e talismãs, os quais são criados por outros rituais. A Magia também muitas vezes depende de produtos místicos secretos, cujas as propriedades são desconhecidas pela ciência mas que operam milagres aparentemente sobrenaturais.

Os rituais são necessários para focalizar o poder espiritual dos feiticeiros
e concentrar suas forças para que efeitos desejados possam ser obtidos.

Apenas os feiticeiros que já são mestres podem prescindir dos rituais, mas mesmo eles preferem utilizá-los para os efeitos mais complexos.

Existe um número limitado de efeitos mágicos possíveis. Ao longo dos séculos, em várias partes do mundo, os feiticeiros e feiticeiras tentaram sempre produzir os mesmos resultados. Embora as características dos rituais realizados variem de culto para culto, ou de teologia para teologia, de acordo com a cultura em que o feiticeiro se encontra inserido, os objectivos da magia são universais e podem-se definir muito sinteticamente.

Do Voodoo ao Kimbanda, da magia celta á Santeria á magia árabe , etc… todos os rituais e processos mágicos visam, usando o poder do feiticeiro, invocar forças espirituais que façam produzir um certo fim aparentemente impossível de obter por meios normais.

E esses fins, independentemente das culturas variarem, são sempre os mesmos. Por exemplo, por mais que variem os rituais envolvidos, fazer chover para salvar uma plantação, sempre será fazer chover para salvar uma plantação seja na China, ou em Africa, ou na Europa, ou na América.

Uma coisa é certa:

A ciência e tecnologia dependem de resultados. Hoje em dias todos acreditam na ciência, porque ela produz resultados tecnológicos como telemóveis, carros, aviões, etc…. Caso contrario ninguém se importaria com a ciência.

Pois a magia nessa perspectiva obedece ao mesmo princípio.

Se a tecnologia não tivesse permitido construir computadores e uma rede de Internet que funcionassem, hoje ninguém estaria sentado diante de um ecrãs a «teclar» por mero masoquismo ou por pura fé…. Simplesmente ninguém usaria uma coisa que não funciona.

Com a Magia passa-se o mesmo, ou seja: as pessoas, ( ao contrario do que defendem certos intelectuais puritanos), não são estúpidas, e a feitiçaria não é apenas um corpo de superstições e crendices inconsequentes, pois que se assim fosse então ao fim de milhares de anos então já ninguém estaria recorrendo de algo que não funciona, da mesma forma que ninguém compraria carros se eles não funcionassem.

Porem, por outro lado isto deve ser observado:

 

Um assunto são as coisas deste mundo, e outro assunto são as coisas do mundo do espírito.

 

Pois as coisas deste mundo tem as suas leis e operam da sua forma, assim como as coisas do mundo do espírito tem as suas próprias leis e operam da sua própria forma, e as leis deste mundo não são as leis do mundo do espírito.

 

Ou seja:

Não se deve procurar nas coisas do espírito conforme se procura nas coisas deste mundo.

 

Ou seja:

No mundo do espírito, a fé é fundamental, assim como é fundamental saber que os espíritos operam por vezes de formas misteriosas, e eles operam por vezes por caminhos, meios e desígnios que não nos são compreensíveis, e que não nos cabe nem questionar, nem saber que caminhos são esses.

Também se deve saber: o tempo dos espíritos não é o tempo do homem, e o tempo do espírito não é regulado pelo tempo das impaciências humanas, nem das pressas humanas.

Isto é:

Observe a obra do espírito como um pão que você prepara, e coloca num forno para cozer. Ou seja: se você estiver impacientemente abrindo o forno a todo o minuto para ver se o pão já está acabado, você acabará apenas estragando o pão e arruinando sua refeição.  E porem, se você deixar esse mesmo pão no forno, fechado e descansado, cozendo pelo tempo que tiver de cozer, entao você vai ter um belo pão para saciar toda a sua fome.  Então: observe a obra do espírito como videira com a qual você quer preparar um bom vinho, ou seja: se você na pressa impaciente de ter o seu vinho, for e colher as uvas antes do seu tempo, pois você terá mau vinho. E porem, se você usar da sabedoria paciente do bom agricultor, e colher as suas uvas apenas no momento certo, ( nem antes, nem depois), então você terá bom vinho. Pois então: se você quer bom pão e bom vinho, você tem de seguir esta regra, da mesma forma que se você quer bom fruto do mundo dos espíritos, então tem de seguir as suas regras.

 

Por isso:

A obra do espírito ocorre, e ela é poderosa!

 

Porem, ela opera conforme estas leis, e é apenas com estas leis que a obra do espírito dá bom fruto.

E assim:

Quem procura na obra do espírito com esta compreensão e desta forma, então verá bom resultado; porem quem procura da forma errada e desobservando estas normas, pois não verá bom fruto, da mesma forma que se um condutor conduzir um carro da forma errada e contra todas as regras de transito, então é certo que ele acabará tendo um acidente, e a culpa não é do carro mas sim da forma como esse condutor usou o veiculo da forma certa, ou da forma errada, ou seja, observando as boas regras de condução, ou não observando.

 

Os 9 efeitos mágicos possíveis dos feitiços são:

1- Adivinhatório:

conhecer o passado, o presente e futuro que poderá concretizar-se mediante as opções de cada pessoa.

2- Curandeirismo:

fazer curar ou fazer adoecer

3- Magia natural :

fazer chover, realizar metamorfoses, etc…

4- Magia emocional

aterrorizar alguem, fazer alguém afastar-se, fazer alguém se apaixonar-se, etc….

5- Magia mental:

controlar mentalmente uma pessoa, manipulando-lhe os pensamentos, ou fazendo uma leitura mental dessa pessoa para saber os seus pensamentos

6- Magia sensorial:

criar miragens ou ilusões – não confundir a criação de miragens com o ilusionismo, que é o ramo mais baixo e básico desta vertente da magia, sendo apenas um conjunto de técnicas mecânicas sem qualquer segredo verdadeiramente magico

7- Necromancia ou Espiritismo:

realizar viagens astrais, contactar com os mortos, etc

8- Sincronicidade:

alcançar a sorte ou dar o azar, assim como a leitura das simbologias daquilo a que chamamos de «coincidências», mas que na realidade não o são porque tais não existem.

9-Profetização:

inscrever na alma de alguém um determinado rumo de vida, tal como quem marca a ferro e fogo a carne de um animal. Tal como o símbolo ficará marcado na pele do animal para sempre, também a profecia ficará inscrita na alma da pessoa que terá assim um destino traçado para o bem ou para o mal. Se for para o bem a profetização chama-se «bênção», se for para o mal a profetizaçãochama-se «maldição». A profetização também pode ser usada para unir ou afastar pessoas, para ajudar ou prejudicar, para salvar ou condenar, etc… sendo que acaba produzindo efeitos análogos aos da magia emocional , natural, e curadeirista.

Cada um destes 9 tipos de efeitos de feitiços, possui os seus próprios feitiços e contra – feitiços.

O feiticeiros foram forçados a manter a sua existencia em quase absoluto segredo por centenas de anos devido a histeria da caça às bruxas na Idade Media, bem como dos séculos XV, XVI e XVII , bem como de todos os preconceitos que sofreram e ainda sofrem. Apenas recentemente eles puderam agir mais abertamente e revelar-se de forma mais transparente ao mundo.

Um ponto interessante dos feiticeiros é que eles se organizam em Ordens. Enquanto algumas delas tem centenas de anos, tendo surgido da necessidade dos feiticeiros se ajudarem para poder sobreviver, outras são bem recentes. A maioria delas age abertamente, algumas são misteriosas e apenas ouvimos falar delas através dos relatos de membros das outras ordens. Outros feiticeiros optam por exercer as suas artes de forma solitária e independente.

+ NECROMANCIA, ESPIRITISMO, CONTACTO COM ESPIRITOS +

 

Necromancia é um termo que etimologicamente advem das palavras gregas que significa “morte” (necro) e “adivinhação (mancia).

A noção mais vulgar de Necromancia, é:

  • « pratica espiritual de comunicação com os mortos.»

 

As bruxas sao consideradas pessoas com capacidades espirituais sobrenaturais, capazes de realizar feitos anormais, que contrariam o normal curso dos eventos e por isso denominados actos mágicos.

Associada á bruxaria, e certamente considerada uma das pedras basilares do ocultismo, está a necromancia.

Sobre a necromancia existem relatos bíblicos que atestam da sua ancestral existência, assim como do seu inegável poder, tal como é confirmável pelo episodio referente á bruxa de Endor.No livro 1, Samael 28, a bruxa usa a sua capacidade espiritual para invocar o espírito de um rei já morto, (Samuel), sendo que esse lhe aparece e prediz a morte de Saul.

Na verdade, no episodio da «transfiguração»,( Mateus XVII), no qual Jesus entra em contacto com espíritos de pessoas já falecidas, apenas atesta que a pratica do contacto com espiritos não apenas não é um pecado, como foi exercida por Jesus.

Na verdade, a própria bíblia atesta que «Deus é Senhor dos ESPIRITOS», (2 Macabeus 3,24), e na verdade eis que Jesus ensinou que contactar com mortos ou vivos não é pecado, pois que para Deus não há mortos nem vivos, pois que para Ele todos estão vivos, pois que «Deus não é Deus de mortos, mas sim de vivos!, pois para Ele todos vivem!» (Lucas 20,38)

 

Gravura antiga retratando o episódio da Bruxa de Endor, prova que a necromancia é uma pratica espiritual exequível.

 

 

 

 

Gravura que retrata um processo necromântico, ou de contacto com espíritos dos mortos.

 

Há quem afirme que se olharmos para os rituais executados por uma bruxa, e depois se observar os efeitos que a bruxa causou, estamos aparentemente falando de um fenómeno debruxaria.

No entanto, há quem defenda que toda a bruxaria na verdade apenas funciona e produz resultados, porque toda a bruxa recorre á invocação de espíritos e há comunicação com espíritos, para através deles, conseguir causar os resultados desejados.

Assim, na verdade quando se esta falando de bruxaria, está-se falando de necromancia, ou seja, de contacto com espíritos.

Por isso, há quem defenda que na verdade, toda a bruxa é no fundo uma necromante ou uma espírita, seja conforme se lhe desejar chamar.

Há por isso quem defenda que quando bruxos realizam missas negras, ou quando um Xaman entra em transe, ou quando é realizado uma celebração Kimbanda ou Umbanda, na verdadeestao-se realizando rituais de necromancia, ou seja, estao-se celebrando rituais com a finalidade de invocar espiritos, sejam espiritos das trevas, sejam espiritos de mortos.
E assim, entende-se que serao esses espiritos dos mortos, que atendendo ao chamamento dos bruxos, vao cumprir com as missoes que lhe sao solicitadados.

Necromancia é uma pratica espiritual ancestral, amplamente descrita e mencionada nos textos Bíblicos.

Senao vejamos:

Tabua de Ouijá, tambem chamada Tabua das Bruxas, assim como o uso de pendulos ou varas, saodos mais conhecidos meios de comunicação com os mortos ou com os espirito e por isso, denominados meiosNecromanticos. O uso de varas para comunicação com os espiritos, (Oseias, 4;11-12), é uma arte ancestral que vem descrita na Biblia. A Tabua de Ouijá, é algo historicamente mais recente, mas que obecede aos mesmos principios da comunicação por varas.

Tambem na Biblia, em variados textos do Antigo Testamento, esta descrito o «tirar sortes» como forma de comunicação com espiritos.Na antiguidade, o «tirar de sortes», (Levítico 16;8 – Ezequiel 45;1 – Isaías 34;17 – Números 33;50-54 – 1 Samuel 10; 20-24, etc…..), era realizado com recurso ao lançamento de dados ou outros meios analogos.

Actualmente, essa forma de comunicação com os espíritos é comummente feita através das cartas doTarot, na qual por lançamentos de sorte, os espiritosfalam com quem está tirando cartas.

Na Bíblia esta descrito como atraves da musica, ouatraves de transes, ou atraves de extases(II Reis 3:11-16 – Ezequiel 40;2 – I Samuel 16-23 – Salmos 49;5), é possivel entrar em contacto com espiritos.

Tais praticas de natureza xamanica sao ancestrais, e constam dos relatos biblicos, sendo que ainda hoje saorealizadas, seja na forma de rituais de missa negra, ou de rituais de kimbanda, etc.

 

 

O episodio da «transfiguração», no qual Jesus entra em contacto com espíritos de pessoas já falecidas, atestando que a pratica do contacto com os espíritos, (necromancia), é possível, e nem por isso um pecado.

 

 

Como podemos ver, a Necromancia, ( contacto com os mortos, ou contacto com os espiritos), pode ser materializada de muitas formas, tal como o foi na antiguidade e actualmente ainda o é.

Claro que toda a forma de comunicação com espiritos ou com mortos, é altamente condenada na Biblia, e por isso, é considerada uma pratica de Magia Negra.

No entanto, é curioso que na mesma Biblia que condena esta pratica espiritual, sejam ditadas as regras dentro das quais essa comunicação com os mortos é possivel e sem que seja um pecado aos olhos de Deus, e que igualmente possa ser realizada de forma segura.

Em Isaías, podemos ler:

«Quando vos disserem:”Porventura não pode um povo consultar os seus Deuses, ( espíritos ancestrais), e consultar os mortos em favor dos vivos?”, comparai com a instrução o testemunho; Se o que disseram não estiver de acordo com o que lá está, então a aurora não nascerá para eles»

Isaías 8; 19-20

Pois neste texto, podemos ver que o contacto com os espíritos, de acordo com a bíblia, tem uma regra.

Assim é dito que ao consultar os espíritos, ( sejam dos mortos, sejam dos antepassados ancestrais), que se compare o que o espírito consultado diz,( a «instrução»), com o que esta escrito na Biblia ( o «testemunho»).Se o que o espírito diz for coincidente com o que está escrito na Bíblia, está-se falando com um espírito de Deus; se não for coincidente, está-se falando com um espírito das trevas.

Esta regulamentação espiritual e esotérica está exposta claramente nos textos bíblicos, de forma que se possa efectuar aNecromancia ,( comunicação com os mortos, ou com os espíritos), para contactar, ou com espíritos de Deus, – tal como o próprio Jesus fez quando contactou com os espíritos de Elias de de Moisés (Marcos 9;2-4) - , ou com espíritos das trevas, ou com espíritos ancestrais.

De qualquer das formas, a verdade é esta:

Todo o ocultista sabe que na verdade a Necromancia é isso mesmo, ou seja, um meio de comunicação com os espíritos, sejam espíritos ancestrais, sejam espíritos celestiais, sejam espíritos de antepassados. E assim, eis que este não passa de um instrumento espiritual de grande poder e de dialogo com o mundo espiritual.

E porem, eis que todo o ocultista que professa o cristianismo e que segue a obra do santo são Cipriano, sabe igualmente que apesar de todas estas práticas ocultas serem reais e poderosas, eis que porem são Cipriano sempre sublinhou que as mesmas devem sempre e em todo o momento ser usadas em função de Deus, com fé em Deus, por fé em Deus, com temor a Deus, e sempre com respeito a Deus, pois que assim diz a obra do santo são Cipriano:

 

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, (…) isso, porque (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

+ AS 6 REGRAS DOS TRABALHOS E AUXILIOS ESPIRITUAIS +

 

Eis os 6 ensinamentos basilares que provem directamente da obra de são Cipriano, e ei-los para que todos os que a são Cipriano recorrem, e os seus prodígios procurem, assim os saibam:

 

 

 

1º Ensinamento: sobre a fé.

 

Sobre a fé, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«O espírito mau segredou-lhe ao ouvido: tens ainda pouca fé no meu poder, e é por isso que não achas as pedras de que te falei.»

 

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 4º, pagina 251

 

Assim se fica sabendo que apenas tendo fé no espírito, é possível do espírito retirar a sua obra.

 

 

 

2º Ensinamento: sobre a paciência

 

Sobre a paciência, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«[Implorou Siderol]: perdão, perdão, Lúcifer (…)

[Respondeu Lúcifer]: não te disse já, (…), que na minha lei também é preciso ter paciência? »

 

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 8º, pagina 260

 

Assim se fica sabendo que se desejamos entregar os destinos de um assunto ás mãos de um espírito, então assim o façamos para que o espírito dele se encarregue e por ele providencie. Porem, se não temos fé e paciência para entregar o destino desse assunto ás mãos de um espírito, e tendo-lhe entregue o assunto ainda assim persistimos em tomar o assunto em nossas mãos, então de que serviu entregar o problema ás mãos do espírito se persistimos ainda assim em tratar dele pelas nossas mãos? Uma vez entregue um assunto ao espírito, deixai então que ele trate do problema pelas suas mãos e não pelas nossas, porque das nossas mãos mortais nada colheremos, e sabendo deixar operar as mãos de um espírito ele assim vos dará a chave que abre a porta que não se vos abre.

 

 

3º Ensinamento: sobre a sacrifico

 

Sobre sacrifico, na obra de são Cipriano podemos ler:

 

«Para que gozes da minha protecção, é necessário que faças algum sacrifício»

 

Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo, capitulo 7º, pagina 260

 

Pois assim sabemos que nenhum milagre, nem nenhum prodígio, nem nenhuma protecção do espírito cairá do céu sem algum sacrifício. E porem, esse sacrifício aliado á fé, será então o grão de areia que fará a montanha mover-se a vosso favor.

 

 

4º Ensinamento: sobre Deus

 

Sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

«(…) Disse o demónio -  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 

Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

 

Por isso assim se sabe que aquilo que Deus aceitar firmar Ele firmará, porem aquilo que Deus não aceitar decretar Ele não decretará, e esta é a lei. Assim ensina são Cipriano que quando desejais a mais forte das magias, lembrai-vos de Balaão e de são Cipriano, e assim não caia o vosso apelo em orações fúteis e fé mal guiada, mas antes dirigi-vos a um altar onde os santos de Deus são venerados, pois que apenas através de um santo de Deus podereis obter permissão para que tanto anjos, ( magia branca), como demónios, (magia negra), actuem em vosso favor, pois que apenas através da autoridade de Deus se podem tais prodígios firmar, e todo o santo de Deus apenas a Deus clama para abrir caminhos, seja na magia branca, ou na magia negra.

 

 

5º Ensinamento: sobre a oração

 

Sobre a oração, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

 

Obra de S. Cipriano Pag 391

 

Pois assim se sabe que é na oração, proferida com fé numa casa de oração e num altar dedicado a um santo de Deus como é são Cipriano, em que muitas orações se juntam clamando em todo o seu poder, que todos os prodígios são possíveis, e fora da oração e da fé expressas numa casa de oração e num altar de um santo de Deus, pouco será alcançado pois que assim são Cipriano ensinou.

 

 

 

6º Ensinamento: sobre as instruções

 

Sobre o cumprimento das instruções de um trabalho espiritual, assim diz a obra de são Cipriano:

 

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

 

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

 

Pois assim se sabe que apenas cumprindo com rigor as instruções de um espírito, então será possível colher o fruto da acção desse espírito. Respeitai a instrução e podereis ter o benefício do espírito, porem desrespeitai a instruções do espírito e nada vos será dado, mas apenas tirado.

 

 

 

Em resumo:

 

Ensinamento geral sobre os saberes de são Cipriano

 

Sobre os saberes de são Cipriano, assim diz a obra de são Cipriano:

 

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor»

 

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

 

Eis por isso que são portentosos e valorosos os saberes de são Cipriano, e se os usais conforme estas 6 regras, eis que eles vos responderão sem falhas, e sempre conforme estes 6 ensinamentos aqui revelados por são Cipriano.

 

 

 

Eis igualmente 4 breves sabedorias espirituais adicionais da obra de são Cipriano, e ei-los também para que todos os que a são Cipriano vem, e os seus prodígios procuram, assim os saibam:

 

 

1- Sobre a magia negra ou magia branca, sobre o mundo do espírito e sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

[respondeu são Cipriano] Amanha, á nona hora, vai ter comigo ao templo dos cristãos, que te apresentarei ao presbítero Eugénio, para que te dê as aguas lustrais, e logo te direi o segredo que torna essa magia infalível (…)

 

De manha estando [ são Cipriano]  na igreja com o presbitério, viu entrar a bruxa que correu a beijar os pés do sacerdote. Em seguida foi baptizada, e no fim da cerimónia chamou-a Cipriano e deu-lhe um pergaminho quadrado onde estava escrita a seguinte oração: «faz 3 vezes o sinal da cruz (…)» (…) Logo que a feiticeira acabou de rezar a oração (…) o duque vestiu o fato defumado pela bruxa, prostrou-se aos pés da duquesa a pedir perdão pelas suas leviandades. No dia seguinte, tirou um olho á amante e desprezou-a

 

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º; Pag. 311

 

Ensina são Cipriano na sua obra que a oração, e o sinal da cruz, ( ou seja: o poder de Deus), é a chave que faz a magia operar os seus prodígios, e que se alguma magia for infalível ela apenas o é se o poder de Deus a firmar e sustentar;

 

E assim, eis que são Cipriano ensina que essa, ( a fé na oração e Deus),  é a chave para Deus poder aceitar firmar aquilo que é clamado, rogado e pedido numa magia, feitiço, conjuro ou encantamento, ensinando também que é em Deus que reside o poder de qualquer prodígio de magia branca ou negra, ou seja, de bênçãos ou maldições.

 

 

2- Em assuntos de amor ou de família, assim está revelado na obra de são Cipriano:

 

Pelas chagas de Cristo, juro que (…) se faço isto é pelo muito amor que lhe consagro e para que não tome afeição a outra mulher

 

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 1º

 

Pois assim se fica sabendo que quem procura magia branca ou negra em assunto de amor, se o fizer por bem e por amor, então não está ofendendo a Deus e está apelando ao seu imparável poder.

 

 

3- Em assuntos de males malignos que afectam as vidas do sofredor e lhe trazem apenas contratempos, padecimentos e tribulações, assim está revelado na obra de são Cipriano:

 

Os verdadeiros e eficazes remédios são os de que usa a igreja, e estes são: o sinal da cruz; a invocação dos santíssimos nomes de Jesus e Maria; os exorcismos; os jejuns; as orações; as esconjurações; as relíquias de santos; a bênção das casas; aspersões de água benta

 

Obra de são Cipriano; Remédios contra os espíritos; Pag 272

 

Pois assim se conhecem os verdadeiros remédios que no altar de são Cipriano são usados para ajudar todo aquele que vê a sua vida destruída pelo mal e o maligno que brota dos maus corações

 

 

4- Sobre como são Cipriano actua em Cristo e na cristandade, assim está escrito na obra de são Cipriano:

 

Socorro-te porque a minha religião que é a cristã, diz que todos são filhos do mesmo Deus Omnipotente, e que não se deve perguntar as crenças ao irmão que sofre (…) Sou Cipriano, o antigo feiticeiro, mas logo que senti a água do baptismo, não posso mais usar da magia; mas já que é para o bem e alcanço uma alma para a cristandade, dir-te-ei o modo como se faz essa coisa que em vão tens preparado

 

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º;pag311

 

Pois assim se sabe que mesmo já convertido ao cristianismo, pela cristandade são Cipriano acorreu aos que procuravam solução na magia e no mundo dos espíritos, ensinando-lhes os mais poderosos saberes, e porem evangelizando e afirmando sem equívocos que nenhum prodígio pode ocorrer sem que Deus o permita, e sem que Deus o aceite, pois apenas Deus tem poder sobre todas as coisas, ate mesmo sobre a magia branca e a magia negra.

 

Eis por isso que são Cipriano é fonte de portentosos saberes, e porem eis que o santo assim o ensinou que sem Deus, fora de Deus, sem a anuência de Deus, e sem a lei de deus…. nenhum prodígio ocorre nem sucederá.

 

Por isso ensina são Cipriano:

 

Se procurais auxílio nas magias brancas ou magias negras, procurai-o num santo de Deus, na intercedência do santo junto de Deus, e através da anuência de Deus, pois apenas no Senhor e na sua palavra revelada nas escrituras poderá um encantamento, feitiço, magia ou intercedência operar os seus fins.

 

 

+ SABBATH+

 

O Sabbath é um dia semanal de descanso ou repouso e adoração a uma divindade.

Na religião Judaico – Crista, o Sabbath corresponde ao ultimo dos dias da criação, no qual  Deus repousou.

Por assim ter sido, emana das sagradas escrituras, (e consta mesmo como um dos 10 mandamentos ditados a Moisés), que nesse dia em que Deus repousou, também o Homem deve cessar toda e qualquer actividade, para apenas se dedicar á adoração de Deus.

Muitas outras religiões possuem este conceito Sabbathiano, e praticam-no de acordo com as suas crenças teológicas.

Na Bruxaria, ( uma religião de natureza espírita e necromântica, tal como oVodu, a Kimbanda e outras religiões Africanas), o Sabbath é um momento de reunião e comunhão religiosa entre bruxas, e que se pratica em torno celebração de uma comunicação com os seres espirituais de onde provem o seu poder e existência.

A maior parte das crenças comuns ao Sabbath concordavam que o demónio se encontrava presente aquando da realização de um Sabbath, geralmente incorporado na forma de um bode negro.

Também era comum acreditar-se que vários demónios presidiam e participavam na celebração desta cerimónia infernal de bruxaria.

Igualmente defendia-se que durante os Sabbath, as bruxas ofereciam os seus corpos á possessão de demónios que assim incorporavam nelas para festejarem os seus mais luxuriosos e depravados vícios em carne humana, como tanto lhe é agradável.

Acreditava-se igualmente que o Sabbath começava ás 00h00 e prolongava-se pela madrugada fora.

 

 

O Sabbath, é consumado em 5 grandes momentos,  ( tantos quantos os pontos da estrela de Baphomet), que se materializam em 5 rituais, que são:

I

A Procissão de Caim:

O ritual tem início com uma procissão. Nessa procissão todos os bruxos se unem em peregrinação realizada a caminho do templo onde será celebrado o Sabbath. Este momento representa o caminho que cada bruxo realiza ao longo da sua vida de servo do demónio, caminho esse que leva ao destino da sabedoria do oculto e do eterno poder da Magia Negra.

 

Uma das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa». Essa marca corporal confirma que a bruxa é na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou escolheu essa pessoa para ser seu servo e sacerdote. A «marca» é deixada pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo. A «Marca» é criada de diversas formas: ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca. A «marca» pode-se manifestar em diversas formas: Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.

As teses ocultistas mais actuais, tendem a identificar esta «marca do Diabo» não como um sinal físico presente no corpo da bruxa, mas antes como um «sinal» marcado na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», o nome com que bruxa viverá depois do pacto com o Diabo, e com o qual fará as suas bruxarias. O «nome espiritual» é o nome que o demónio concede a uma bruxa quando ela outorga o seu pacto infernal, e é a «marca» que identificará para sempre essa pessoa diante do Diabo, da mesma forma que o «nome de baptismo» Cristão identifica uma pessoa diante de Deus.

Seja como for, a «marca da bruxa», é também chamada a «marca de Caim».

 

 

Tal como Caim foi rejeitado por Deus e se tornou imortal por via do caminho das trevas, (Génesis 4, 10-15), também o bruxo é marcado pelo exemplo de Caim. Assim se acredita que todo aquele que entrou em pacto com e demónio, possui esse «selo» na carne, a «marca de Caim» ( Génesis 4,15).

Pois como o destino da vida de Caim, também é o destino da vida do bruxo, e por isso a «procissão de Caim» é representativa desse percurso de vida.

A procissão representa tanto a vida do bruxo, ( o seu caminho de vida dedicado á bruxaria e á submissão aos espíritos), como a sua morte, uma vez que depois de mortos os espíritos dos bruxos não abandonam este mundo terreno e aqui permanecem vagueando eternamente, aliciando novos bruxos, alimentando-se da carnalidade, semeando a feitiçaria, apadrinhando outros seguidores do oculto. Pois a procissão também representa esse caminho no mundo terreno, que se perpetua na vida eterna.

A procissão é feita em nome de Caim, aquele que sendo filho de Eva e Lúcifer foi desprezado e assim induzido ao pecado. Por ser um filho de Lúcifer e de uma humana, Caim foi humilhado, renegado  e condenado á desolação. Sobre Caim caiu a maldição da vida eterna, uma vida eterna a vaguear pelos caminhos deste mundo. Assim como Caim é eterno, também o bruxo alcança a eternidade espiritual neste mundo pela sua aliança infernal. Caim é o padroeiro deste ritual.

II

A ceia dos 21:

 

Precede a procissão, a consumação de uma ceia demoníaca, ou seja: um grandioso banquete celebrado com os mais tortuosos excessos. No banquete, pão azeite e sal estão totalmente proibidos, pois são substancias detestadas pelo diabo, e todo e pecado da gula é celebrado ao excesso mais pervertido. Neste ritual simboliza-se a eterna união e a infernal aliança, estabelecida desde o início dos tempos, entre os demónios e as bruxas.

 

Da mesma forma como Jesus se uniu em aliança aos seus 12 discípulos na última ceia, também bruxas e demónios se unem pela carne e pelo sangue nesta ceia. Este banquete é realizado numa mesa cerimonial, na qual se encontram 21 sacerdotes e sacerdotisas. Ao centro da mesa, a ceia é presidida por um demónio encarnado. O demónio é possuidor do cálice de Lúcifer, por onde cada um dos 21 sacerdotes e sacerdotisas beberão a essência da vida eterna através da bruxaria.Com esse cálice e essa essência liquida, é celebrado o dia em que cada um dos 21 assumiu o seu pacto com o demónio e assim passou a ser embaixador dos espíritos neste mundo, através da aliança Luciferiana. O filho do Diabo, é o padroeiro deste ritual.

 

 

III

A Missa Negra

Ao banquete  segue-se  uma missa negra.

A mesma celebrada é em missais Luciferianos orados em  Latim, acompanhada de liturgias infernais realizadas sob os corpos nus de acólitos femininos ou jovens indicadas nas artes satânicas.

È neste momento que é realizada a admissão e iniciação, na sociedade infernal,  denovas bruxas recém recrutadas e já instruídas nas artes da bruxaria. Na missa negra são conjurados os espíritos demoníacos, e a hóstia de Satã é servida numa  forma de grande perversão.

Na missa negra lêem-se as escrituras Luciferianas, Satânicas e Infernais, assim como os oráculos do príncipe deste mundo revelados pela boca dos seus profetas infernais. Ancestrais fórmulas de invocação demoníaca são recitadas, velhos oráculos são relidos, místicas liturgias são celebradas, profanas orações são proferidas, tudo para agrado dos espíritos.

A missa negra representa o momento em que Lúcifer desejou Eva, e por isso a contactou. Em troca do prazer, Lúcifer ofereceu a Eva o fruto da árvore do conhecimento. A Missa Negra representa o momento em que Lúcifer e Eva se contactaram, em que Lúcifer possuiu Eva e em que o Homem recebeu em troca a sabedoria sobre a ciência e a magia. A Missa Negra representa por isso o contacto com os espíritos, e através dela os espíritos são chamados a contactar com as bruxas.

Lúcifer é o padroeiro deste ritual.

 

 

IV

O Festim da possessão

Finalmente o Sabbath termina em êxtase carnal, numa celebração ritualista do pecado manifestada em todos os envolvidos na Missa.

Nesse festim de pecados, os demónios conjurados ao longo de todo oSabbath incorporam nos fiéis demoníacos, e tanto na forma de corpo humano masculino, como de corpo humano feminino, eles praticam a carnalidade mais pecaminosa, celebrando assim a corrupção e perversão que os demónios tanto amam.

Este é o momento da possessão, no qual os demónios entram no corpo daqueles que voluntariamente se lhes oferecem. Este é um momento altamente perigoso, pois uma possessão que não seja adequadamente produzida, conduzida e depois desencarnada de uma pessoa, tem terríveis e totalmente irreversíveis efeitos, sendo que a pessoa jamais conseguirá abandonar o estado de possessãodemoníaca,  podendo acabar em condições psicológicas miseráveis ou mesmo morta. Por isso, apenas os filhos das trevas podem participar neste tipo de festim, uma vez que pessoas normais não possuem força espiritual para conseguir aguentar uma possessão demoníaca e controlar o processo. No entanto, pela boa celebração deste perigoso ritual, os demónios concedem os seus favores aos fiéis de Satã, ou seja: as bruxas.

O festim da possessão representa o momento em que Satã e os seus 199 anjos abandonaram os céus e amaram as filhas dos homens, (Génesis 6) no acto de bruxaria e possessão primordial. A padroeiro deste ritual é Astaroth, demónio do desejo e da luxúria que conduziram tanto Lúcifer e o seu exercito seguidor , como mais tarde Satã e os seus 199 anjos,  ao exílio e condenação. Astaroth é um dos demónios da trindade infernal constituída por si mesmo, Lúcifer e Satã.

 

 

 

 

 

V

O convénio dos 200 anjos

Por ultimo, após a realização de todos os citados processos, ( a Procissão de Caim, A Ceia dos 21, a Missa Negra e o Festim da Possessão ), os bruxos reúnem-se em convénio para trocar entre si e com os seus novos membro iniciados, conhecimentos, ensinamentos, Grimórios e saber oculto.

Assim se cumpre a perpetuação das artes ocultas, sendo o conhecimento partilhado, renovado e eternizado tanto pela tradição escrita como pela tradição oral.

O convénio representa o momento da queda dos 200 anjos que se unindo ásmulheres dos homens, em troca ofereceram á humanidade o conhecimento, ou seja: tanto as ciências, como a bruxaria.

O padroeiro deste ritual é Satã, o demónio que por desejo da mulher desceu á terra e se condenou á perdição.

 

 

 

+ MALLEUS MALEFICARUM +

 

Malleus Maleficarum foi criado em 1486 por H. Kramer e Jacob Sprenger, ambos membros da Ordem Dominicana e Inquisidores da Igreja Católica.

A obra acabou sendo sancionada como um instrumento de inquisitório contra bruxarias e heresias, através da bula papal

Summis desiderantes affectibus

promulgada a 5 Dezembro 1486 pelo Papa Inocêncio VIII.

Foi através desta histórica bula papal, que a igreja reconhece a existência das bruxas e da bruxaria, assim como concedeu autorização para que os praticantes de bruxaria fossem perseguidos e eliminados. E assim, inaugurou-se a sangrenta caça ás bruxas que durou séculos e foi responsável por um autêntico genocídio de mulheres e homens em todas as latitudes do continente Europeu, chegando mesmo a afectar os inícios da história norte Americana.

 

 

Malleus Maleficarum disserta sobre os três elementos fundamentais á concretização da bruxaria, sendo eles:

 

I

A existência de uma bruxa

II

A ajuda do demónio na persecução das intenções da bruxa

III

A permissão de Deus para que tais actos possam ocorrer

 

 

Malleus Maleficarum, é por isso um tratado sobre bruxaria, (identificando o fenómeno, assim como dissertando sobre os meios de o reprimir), que se encontra dividido em três secções, sendo estas:

Secção I

A primeira secção refuta a negação da existência da bruxaria, alegando que a mesma é uma realidade que embora invisivel é porem tangível e capaz de ter efeitos muito claros na vida das pessoas.( Consulte: como funciona a bruxaria)

Nesta secção, defende-se a existência do Diabo e toda a realidade demoníaca, afirmando que o demónio tem o poder de fazer grandiosos prodígios, assim como declarando que as bruxas existem para auxiliar os demónios a concretizarem os seus actos. (Consulte: Dicionário de Demónios) Curiosamente, é declarado que as bruxas apenas podem realizar os seus feitos mágicos, se auxiliadas pelo Diabo e com a permissão de Deus.

Neste capítulo, é também esclarecido que terreno mais fértil e o mais poderoso favorecedor do poder do diabo é a sexualidade. Por isso, é afirmado que a mulher é mais passível de ser bruxa, pois o diabo tende a preferir corromper belas mulheres que gostam da ardência do prazer sexual. O vício sexual de belas mulheres é por isso a porta preferida do diabo para entrar neste mundo e recrutar as suas servas, ou seja: as bruxas. Assim, mulheres livres e libertinas tinham relações sexuais com o diabo, pagando dessa forma como seu corpo a entrada no reino infernal e tornando-se dessa forma bruxas, adquirindo o seu poder sobrenatural por via da carnalidade, comprando-o com uma forma de prostituição demoníaca. Citando oMalleus Maleficarum, assim está escrito nesta I secção :

«toda a bruxaria nasce da luxúria carnal, que nas mulheres [ libertinas e viciadas no prazer sexual ]  é insaciável».

 

Secção II

A segunda secção, descreve as formas de bruxaria que existem, assim como os remédios existentes para a combater.

Nesta secção II do Malleus Maleficarum, os autores debruçam-se sobre a prática da bruxaria através da análise de casos concretos. Nesta secção dão analisados os poderes sobrenaturais das bruxas, assim como as técnicas de recrutamento de novas bruxas. Segundo esta secção, não é o Diabo que recruta directamente as suas servas neste mundo, mas antes são as bruxas que desempenham essa tarefa pelo Diabo, ou ao serviço do demónio. As técnicas de recrutamento resumem-se a 2 estratégias:

I

Fazer com as coisas corram de tal forma mal na vida de uma mulher, que ela é levada a consultar uma bruxa. Ao faze-lo, cai na teia da bruxa, que assim a vai seduzindo, ou com as delicias do sexo, ou com o fascínio dos poderes das trevas, ate que a vitima se transforme numa bruxa por via da livre aceitação de um pacto demoníaco. ( consulte: Bruxas e Demonios)

II

Introduzir jovens e belas mulheres, (servas do Diabo), ou belos demónios em forma humana na vida de uma mulher, de forma a faze-la gradualmente cair da tentação carnal e subsequentemente a ceder ao caminho das trevas.

 

Esta secção II também revela como é que as bruxas lançam feitiços e encantamentos, assim como os remédios que podem proteger contra tais fenómenos mágicos.

 

Secção III

A terceira secção  destina-se a auxiliar os juízes inquisitórios na sua tarefa de identificar bruxas e combater o fenómeno da bruxaria.

Esta secção III é a parte jurídica do tratado, ou seja:

descreve como identificar e acusar uma bruxa. Os argumentos acusatórios são claramente expostos como um guia pratico para consulta dos magistrados da Santa Inquisição, facultando passo a passo um manual instrutório  que diz como se realizar um processo de julgamento de uma bruxa, desde o momento da recolha de provas para fins da acusação formal sobre bruxaria, aos métodos de interrogatório da bruxa e testemunhas, ate à formulação da acusação  e consequente julgamento.

 

 

Em resumo:

O sangue da própria bruxa assinando um contrato demoníaco, bem como a relação carnal com o Diabo através do qual a liturgia infernal é praticada para outorgar o pacto infernal, são os meios descritos e através dos quais se jurava obediência a Satanás, ao passo que se renegava Deus e em suma se entregava a alma ao demónio para adquirir poderes sobrenaturais de bruxaria.

 

Aquela pessoa que se entregava ao demónio, era marcada pelo Diabo. A esse sinal, chamava-se a «marca da bruxa», ou a «marca de Caim».

Essa marca corporal confirma que a bruxa é na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou escolheu essa pessoa para ser seu servo e sacerdote.

 A «marca» é deixada pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.

A «Marca» é criada de diversas formas: ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca. A «marca» pode-se manifestar em diversas formas: Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.

As teses ocultistas mais actuais, tendem a identificar esta «marca do Diabo» não como um sinal físico presente no corpo da bruxa, mas antes como um «sinal» marcado na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», o nome com que bruxa viverá depois do pacto com o Diabo, e com o qual fará as suas bruxarias.

O «nome espiritual» é o nome que o demónio concede a uma bruxa quando ela outorga o seu pacto infernal, e é a «marca» que identificará para sempre essa pessoa diante do Diabo, da mesma forma que o «nome de baptismo» Cristão identifica uma pessoa diante de Deus.

Assim, se o «nome de Baptismo» identifica uma pessoa diante de Deus, o «nome demoníaco» é o «sinal» por via do qual uma pessoa se identifica perante o demónio.

 

Ao ser baptizado por Deus, recebe-se um nome, e ao ser «baptizado» pelo Diabo, recebe-se outro.

 

Os autores de «Malleus Maleficarum», ( Jacob Sprenger e Heinrich Kramer – Sec XV),  descreviam as relações carnais entre demónios e bruxas, não como um acto de amor, mas antes como um mero processo por via do qual um pacto demoníaco era firmado.

 

A carnalidade era uma parte do compromisso que os homens e mulheres assumiam aquando da celebração do seu pacto com o Diabo.

 

 

O objectivo da carnalidade era venerar o demónio, submetendo-se ao Diabo e assim concedendo ao espírito impuro tudo aquilo que esse pedisse. Pois se o padre se submete a Deus pela elevação espiritual, o bruxo submetia-se ao Diabo pela submissão carnal.

 

Muitos teólogos Cristãos apoiaram esta ideia de submissão ao demónio pela carnalidade, ao passo que outros , ( como Pierre de Rostegny), afirmavam que Satanás preferia tentar mulheres casadas, uma vez que dessa forma ao possuir uma mulher casada estaria não só induzindo-a ao pecado da luxúria, como ao mesmo acrescentando á lista de pecados cometidos: o adultério. Pelo adultério praticado com um demónio a mulher tornar-se-ia bruxa, sendo que se o seu marido colaborasse com este atentado contra o sagrado matrimónio de Deus, poder-se-ia também tornar bruxo, pois não só se submetia perante o Diabo, ( como seu servo, oferendando-lhe a sua própria mulher e permitindo que o santo matrimónio fosse corrompido), como também tinha compactuado com a pratica da violação de um dos mais sagrados votos Cristãos: a inviolabilidade santo matrimónio celebrado aos olhos de Deus. Se mulher, ( e por consequência seu marido),  se submetessem a esta perversão, permitindo que o Diabo passasse a ser senhor de um lar que antes tinha sido consagrado a Deus, estavam geradas as condições para a celebração  de um pacto demoníaco. O princípio ideológico que estava por detrás destas teses e que suportava este tipo de pensamento teológico, perdurou durante séculos nas sociedades cristianizadas.

A verdade é que ate há bem pouco tempo, o Divorcio Civil não era reconhecido pela Igreja Católica, que considerava que aquilo que foi unido por Deus, jamais poderia ser separado pela Lei do homem.

 

Teólogos defensores das visões mais ortodoxas ou extremistas, tendiam a ver os casamentos que realizados após um divorcio civil,  se seguiam assim a um casamento celebrado aos olhos de Deus, como uma «ilegalidade espiritual», uma quebra de votos sagrados perante Deus que faziam a pessoa cair no pecado – pecado da fornicação e do adultério – Consequentemente aquelas pessoas que assim agiam, estariam caindo nos caminhos do demónio, vivendo em pecado e assim estando abertas á influencia demoníaca.

 

 

 

Exemplos atestados e comprovados de Pactos com o Demónio ao longo da história, existem e encontram-se documentados.

Eis alguns exemplos:

1

Em 1664 uma bruxa de nome Elisabeth Style confessou em tribunal ter realizado um pacto com Satanás, e que fora por via desse facto que ela houvera conseguido riquezas e um vida faustosa.

 

2

Em 1616, uma bruxa de nome Stevenote de Audebert, apresentou em tribunal prova de u pacto com o Diabo: ela revelou um contrato escrito por via do qual ela havia realizado um pacto demoníaco.

 

3

Wm 1634, soube-se que um poderoso mago de nome, Urbain,  cujos os feitos mágicos eram temidos e reconhecidos, havia outorgado um contrato demoníaco. O documento ainda se encontra arquivado na Biblioteca Nacional em Paris, França.

 

4

Também na Biblioteca de Upsala, encontra-se arquivado o contrato por via do qual um estudante de nome D. Saltherius realizou um pacto demoníaco. O seu pedido foi satisfeito, pois ele conseguiu alcançar a posição profissional que desejava numa famosa universidade Alemã.

 

5

Theophilus de Adana, ( Sec VI d.C.), também procurou um bruxo e realizou um pacto com o Diabo, por via do qual conseguiu alcançar a elevada posição de Bispo. Um famoso quadro de Michael Pecher , ( 1430-1498), denominado «Augustinus und der Teufel», ( obra de 1471),  retrata precisamente este pacto demoniaco.

 

 

Para saber mais sobre bruxas, por favor consulte: bruxas e demónios. Para saber mais sobre a actividade das bruxas, por favor consulte: Sabbath, assim como Missas Negras. Para saber sobre o fenómeno da bruxaria, por favor consulte: como funciona a bruxaria.

 

Grandes Magos e Bruxos da historia da humanidade 

Agripa 

Heinrich Cornelius Agripa foi um mago que viveu na Renascença. Nascido Heinrich Cornelius, perto de Colônia, Alemanha, em 1486, ele adoptou o nome de Agripa em homenagem ao fundador de sua cidade natal. Trabalhou como médico, advogado, astrólogo e com curas através da fé. Mas fez tantos inimigos quanto amigos e foi acusado de feitiçaria. Em 1529, publicou um livro chamado Sobre a Filosofia Oculta, valendo-se de textos hebraicos e Gregos para argumentar que a melhor maneira de chegar a conhecer a Deus era por meio da magia. A Igreja declarou-o um herético e o prendeu. Morreu em 1535. Agripa foi uma das inspirações de Wolfgang Goethe para escrever a peça Fausto, na qual um homem de ciência faz um pacto com o diabo.

 

Os 3 Magos: Baltazar, Gaspar e Belchior

 

São Mateus conta-nos como 3 magos e astrólogos do oriente, empreenderam uma enorme viagem em virtude das suas crenças místicas, viagem essa que ficaria para sempre inscrita na historia da humanidade. Inspirados por uma profecia que falava do nascimento do filho de Deus neste mundo, e guiados pelo sinal celestial que anunciava essa vinda de Cristo a este mundo, ( a estrela de Belém), os astrólogos, ( usando os cálculos da ciência astrológica), empreenderam uma longa peregrinação até ao local do nascimento de Jesus. Pelo caminho acabaram sendo contactados por Herodes, que astutamente procurou através deles saber a localização de Jesus para o assassinar. Ignorando as intenções de Herodes, conseguiram encontrar Jesus e testemunhando o seu nacimento, oferendaram-lhe presentes cheios de significado místico. Oferendaram ouro – que simboliza a luz do Sol, ou o espírito de um Deus – , assim como incenso -  que simboliza o mundo dos espíritos e o dom dos profetas – , bem como Mirra – que simboliza o reino dos mortos e a imortalidade. Logo nessas 3 oferendas, estavam simbolizados e profetizados os destinos de Jesus: 1- receber em si o espírito do filho de um Deus; 2- ter o dom de contactar com o mundo dos espíritos, conseguindo assim profetizar e operar milagres; 3- vencer a morte, alcançando a imortalidade.

Depois de ter realizado as oferendas, nessa mesma noite os 3 magos foram visitados por um anjo de Deus, que lhes pediu que abandonassem belém por um caminho discreto, a fim de escapar a Herodes e manter secreta a localização de Jesus. Os magos assim o fizeram, e seguindo a instrução do anjo, contribuíram para salvar a vida do menino Jesus ás mãos do sanguinário Herodes. Assim São Mateus revela um conjunto de informações interessantes. São Mateus descreve com Deus também faz a suas mensagens chegar aos homens através das estrelas. São Mateus tambem nos revela que os magos podem lidar com o mal, ( como lidaram com Herodes), para fazer o bem,( como o fizeram quando ocultaram a localização de Jesus). São Mateus tambem revela que aquele que opera as artes da Magia e da Astrologia, pode contactar com anjos e cumprir a missão de Deus, apesar de lidar com as forças do oculto. Os 3 magos, ficaram assim eternizados na historia da humanidade e são talvez os magos mais famosos do cristianismo.

 

 

 

 

 

 

Alberico Grunnion

Este nome deve ter sido inspirado pelo de Alberico, o poderoso bruxo do poema épico germânico Nibelungenlied (A Canção dos Nibelungos). O poema é um registro mítico de um evento histórico – a vitória dos hunos sobre o reino da Burgundia (hoje parte da França), em 1437d.C.

 

 

Aleister Crowley

(12 de outubro de 1875 –1 de dezembro de 1947) foi um controverso ocultista britânico, fundamentalmente conhecido pelo tarô que chama pelo seu nome. Mas muito mais que isso, Aleister foi o fundador da doutrina de Thelema. Conheceu Fernando Pessoa, comummente reconhecido como brilhante poeta, contudo outro grande astrólogo e ocultista.O trabalho de Crowley influenciou Paulo Coelho. Edward Alexander Crowley nasceu quase à meia-noite do dia 12 de outubro de 1875, em Warwickshire, Inglaterra, filho de um rico cervejeiro, membro fervoroso de uma seita cristã, das mais puritanas e que impunha á família toda a austeridade e o rigor de uma educação fundamentalmente religiosa. Aos quatro anos, Crowley lia a Bíblia e aos seis, era um exímio jogador de xadrez. Ingressou no Trinity College, onde aprendeu hebraico, grego e latim, demonstrando um elevado intelecto. Na mesma época, começou a interessar-se por ocultismo. Abandonou o colégio em 1898, ano em que foi admitido na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, onde foi iniciado em Magia Cerimonial e Cabala. Aleister publicou entretanto vários textos e poemas que foram considerados ofensivos e pornográficos. Essas publicações escandalosas, a sua vida sexual publicamente desregrada e a inveja provocado pela sua rápida ascensão da Aurora Dourada valeram-lhe muitos conflitos, antipatias e conflitos pessoais. Aleister adquiriu um apartamento em Londres usando o nome de Conde Vladmir Svaref, onde construiu um Templo. Diz a lenda, que certa noite, no Templo Negro, Aleister , envergando trajes cerimoniais, invocou espíritos utilizando o pentagrama mágico com seu círculo traçado no chão.Dizem que 316 demônios apareceram a Aleister. De todos os livros que entranto escreveu até 1911, destacou-se o Liber 333, que impressionou o líder da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), na Alemanha, ordem que se auto-proclamava legítima herdeira dos Cavaleiros Templários. Crowley foi nomeado representante da OrdoTempli Orientis para os países de língua inglesa. Em 1920, fundou a Abadia de Thelema, na localidade de Cefalu, na Sicília, Itália. Em breve, suspeitas de actividades escandalosas e boatos sobre missas negras e orgias de sangue levaram a sua expulsão do local, por Mussolini, em 1923. Crowley não só envolveu-se com mulheres, mas também com diversos homens. Viveu com um dos seus colegas de universidade uma relação que ele mesmo reconheceu ser similar à de “marido e esposa”, mas acabou optando pelo caminho da busca do conhecimento mágico em detrimento da amizade em questão. O envolvimento de Crowley com drogas deu-se, a princípio, por conta do consumo de morfina para fins terapêuticos, uma vez que ele sofria de asma. Incentivado por Alan Bennett passou a utilizar drogas para finalidades ritualísticas, uma dependência que apenas no fim da sua vida acabou por superar. Outro aspecto marcante de sua biografia refere-se à vida sentimental. Na sua vida existiram duas esposas oficiais e muitas amantes, as chamadas mulheres escarlates, todas elas parceiras de Crowley e sacerdotizas nas suas operações mágicas. Crowley utilizava as mulheres como médiuns, como ponte entre este mundo e o mundo dos espiritos. Dos seus filhos, somente a primeira, do primeiro casamento, sobreviveu. O seu nome era Nuit Ma Ahathoor Hecate Sappho Jezebel Lilith Crowley, um panteão que reúne alegorias representativas de Justiça, Amor, Beleza, Face Negra da Lua, Poetisa, Adoradora de Ba’al e Rainha dos Demônios e dos Mundos Infernais. Quando Crowley morreu, Lilith recusou o legado literário ocultista de seu pai. Entre outros epítetos, todos auto-atribuídos, Crowley foi chamado: Perdurabo (em latim, “Eu perdurarei até o fim”), Parzival, Baphomet , Deus est Homo, “O mago das mil faces”, “A Grande Besta”, ou ainda, como queriam seus detractores, “O homem mais perverso do mundo”. De acordo com a filosofia thelêmica de Aleister, o ser humano possui uma condição divina, condição da qual foi afastado. Os gnósticos defendem que o homem foi afastado dessa condição pela encarnação, ou seja, desde o momento em que o homem foi forçado a encarnar num corpo físico. Ao contrário, Crowlley defende que o homem apenas foi afastado dessa condição por via da não-conscientização dessa natureza. Essa falta de consciência seria mantida por uma série de condicionalismos inibidores, dentre os quais podem-se citar o conceito de pecado enquanto restrição artificial dos impulsos naturais. Assim, cabia ao ser humano caminhar num processo de profunda auto-consciência, ate entrar em contacto com o mundo divino e assim reassumir a sua verdadeira natureza.Segundo Crowley um dos caminhos desta busca pelo auto-conhecimento passava pela experimentação dos próprios limites. Mas essa experimentação, que por muitos podia ser vista como mera libertinagem ou imoralidade Para Crowley, a Magia é «a arte e a ciência de causar Mudanças com o Desejo»

 

 
     

 

Alex Sanders

Alex Sanders nasceu a 6 de Junho de 1926 e faleceu a 30 de Abril de 1988. Sanders foi proclamado pelos seus seguidores como o «Rei das Bruxas».Alex Sanders nasceu em Inglaterra, e reza a lenda que ele foi iniciado nas artes da bruxaria pela sua avó. Diz-se que o episodio sucedeu quando Alex, ainda em criança, encontrou acidentalmente a sua avo no centro de um circulo magico, nua e praticando as suas artes esotericas. Há quem diga que foi nesse momento que a avó de Alex, apercebendo-se da sua presença, o acolheu no ritual e assim o iniciou nas artes da bruxaria. Alex Sanders estudou e trabalhou como analista quimico num laboratorio em Manchester, onde conheceu Doreen Valiente, uma colega de trabalho com quem viria a casar aos 21 anos. O casamento durou apenas 5 anos, e dele resultaram 2 filhos.Depois do divorcio, Alex Sanders começa a estudar e a particar Magia atraves do Caminho da Mao Esquerda, havendo lido os trabalho de Abramelim, o Mago.Nessa fase da sua vida, consta que Alex Sanders teve varios relacionamentos sexuais, tanto com homens como com mulheres. De alguma forma dizia-se que Alex Sanders tinha uma forma inexplicavel de atrair irresistivelmente pessoas que o sustentassem financeiramente. Ao longo dos seus estudos e no decorrer dos anos 60, Sanders chega a fundar directa ou indirectamente mais de 1.000 convens de bruxos e bruxas que seguiam fiel e atentamente o seu trabalho mistico. Por tudo isso, ele foi eleito pelos seus pares como o «Rei das Bruxas».Em 1967 Sanders casa-se com Maxine. Sanders conhecera Maxine no decorrer da decada de 60 e iniciou-a na bruxaria.Depois de casar, ambos dedicaram-se ao ensino da bruxaria.

 

 

Balaão

Personagem descrito na Torah Judaica ou Velho Testamento Cristão, em Números 22. Sobre Balaão sabe-se que foi consultado pelo Rei dos Moabitas, pois os Judeus tinham acampado em terras de Moabe, o que deixara o Rei muito apreensivo quanto ás intenções dos Hebreus. Temendo uma invasão ou uma ocupação dos seus teriitorios, o monarca contrata os serviços do mago Balaão, que mandou chamar para amaldiçoar os Israelitas. Apos ter recusado o trabalho de magia uma vez, mas confrontado com a imparável insistência do monarca, Balaão recebeu pela ultima vez os emissários do rei Balaque, e pediu que eles dormissem na sua morada e aguardassem uma resposta pela manhã, pois ele consultaria Deus. Balaão conversa com Deus e este ordena-lhe que não pronuncie o encantamento de maldição contra o povo de Israel. Balaão atendeu prontamente às ordens e mandou os emissários de volta ao Rei.Contudo, Balaque não desistiu e mandou outros emissários, reforçando o seu convite com promessas de grandes e o pagamento de elevadas recompensas financeiras. Balaão aceita então o convite, apenas para de cada vez que o rei encomenda uma maldição, Balaão transformar os pedidos de desgraça em bênção. Furioso, o rei pergunta porque motivo o mago estava fazendo o contrário daquilo para que estava sendo pago, e Balão respondeu que um mago apenas pode fazer o bem ou o mal com a autorização de Deus. Este mago, acaba sendo a justificação de todos os magos e foi inscrito na palavra de Deus.

 

 

 

 

 

Circe

Da mitologia grega, feiticeira, filha do deus Hélio e da nereida Perseis. Vivia na ilha de Eéia, que possivelmente ficava na costa oeste da Itália. Com poções e encantamentos, Circe era capaz de transformar seres humanos em animais

 

 

 

 

Eliphas Lévi

(Alphonse Louis Constant, Zahed, 1810-1875) Esoterista, cabalista e autor francês. Chegou a ser diácono, porém foi expulso do seminário, devido ás suas tendências e condutas demasiadamente liberais, assim como por demonstrar um invulgar interesse pelas ciências ocultas. Foi iniciado da Societas Rosicruciana in Anglia. Esteve ligado e vários movimentos de natureza maçónica, onde chegou a mestre.

 

Fernando Pessoa

comummente reconhecido como brilhante poeta Portugues, contudo grande astrólogo e ocultista, do qual se diz ter previsto a data e hora da sua própria morte com infalível exactidão, tão infalível quanto a mesma previsão se veio a verificar. Há quem também defenda que todos os seus heterónimos foram criados com fundamento em ensinamentos cabalísticos, sendo que outros defendem que os mesmos heterónimos foram criados com base em processos espiritistas, sendo que na verdade os heterónimos de Fernando Pessoa eram pessoas que existiram de verdade e que eram espíritos consultados pelo poeta e sobre os quais Fernando Pessoa escreveu. Tanto uma como outra versão, defendem em uníssono que as personagens heterónimas de Fernando Pessoa possuíam um fundamento tão realista devido a serem espíritos que, na realidade, existiram mesmo e foram consultados pelo poeta. Fernando Pessoa possuía ligações com o ocultismo e o misticismo, salientando-se a Maçonaria e a Rosa-Cruz (embora não se conheça qualquer filiação concreta em Loja ou Fraternidade destas escolas de pensamento), havendo inclusive defendido publicamente as organizações iniciáticas, no Diário de Lisboa, de 4 de Fevereiro de 1935, contra ataques por parte da ditadura do Estado Novo. O seu poema hermético mais conhecido e apreciado entre os estudantes de esoterismo intitula-se “No Túmulo de Christian Rosenkreutz”.Conheceu o famoso ocultista Aleister Crowley, assim como a maga alemã Miss Jaeger que passou a escrever cartas a Fernando assinando com um pseudônimo ocultista.

 

 

 

 

Francis Bacon

( 1561-1626) Filósofo, Jurisconsulto e Estadista inglês. Um dos fundadores do Método Experimental . Foi ao mesmo tempo, um importante ocultista, na figura de uma das principais figuras da Autêntica Ordem Rosa-cruz.

 

Franz Hartmann

(1838-1912) Ocultista, teosofista e médico alemão. Eminente membro da Santa Igreja Gnóstica da Alemanha. Depois de viajar pela Europa e a América, desenvolveu suas faculdades psíquicas com a paranormal Katie Wentworth. Depois, uniu-se com H.P. Blavatsky, de quem foi discípulo na Sociedade Teosófica. Em 1888 fundou na Alemanha a Ordem Rosa-cruz Esotérica,

 

 

Fulcanelli

Pseudônimo de um misterioso alquimista contemporâneo desaparecido depois da Liberação Francesa pós Segunda Guerra Mundial. Autor de importantes trabalhos alquímicos, publicados através de Eugene Canseliet, única pessoa que o conheceu pessoalmente.

 

 

 

Grosche

em 1926, Grosche fundou a ordem Fraternitas Saturni. A Fraternitas Saturni reconhece Aleister Crowley como um profeta e professa a Lei de Thelema de uma forma modificada. Diz-se que a Fraternitas Saturni ainda actua na Alemanha, Canadá e outros países. Este sistema é desenvolvido por uma fraternidade chamada “Fraternitas Saturni”. Nesta ordem é praticado um sistema mágico denominado Magia Luciferiana. O sistema esotérico de Magia Luciferiana praticado na ordem que Grosche fundou foi beber ao sistema magico da ordem Ordo Templi Orientis ,(O.T.O.), sendo centraliza suas práticas em magia sexual e em magia ritualística. A diferença principal em relação a O.T.O. é que, enquanto esta busca a fusão do indivíduo com a energia criadora, elevando o individuo a um estado superior, a Fraternitas Saturni busca elevar o espírito humano não a um estado superior mas sim a uma permanente condição de Divindade, representada por Lúcifer.

Hengisto de Woodcroft

Este mago é ou recebeu seu nome em homenagem ao rei saxão da Inglaterra. O rei Hengisto e seu irmão Horsa – seus nomes vêm de palavras em alemão para “garanhão” e “cavalo” – chegaram à Inglaterra em 449a.C., com mercenários, para ajudar o rei Vortigern a derrotar a rebelião dos Pictos e dos Celtas da Escócia. No entanto, começaram sua própria rebelião. Hengisto fundou o reino de Kent. É provável que o nome Woodcroft seja simplesmente um dos que a J.K. descobriu num mapa e gostou. Em Peterborough, na Inglaterra, ao Norte de Kent, existe o Castelo Woodcroft, lugar famoso por seus assassinatos e fantasmas

 

 

John Dee

Viveu no Sec XVI/XVII, foi conselheiro particular da rainha Elizabeth I, e também exerceu varios ofícios cientificos: foi matemático , astrónomo, astrólogo, geógrafo. Contudo, John Dee ficaria famoso pelos seus trabalhos no campo da alquimia e do oculto. Ele foi um dos homens mais cultos e instruídos de seu tempo, e antes dos 30 anos já era professor na Universidade de Paris . Dee , de forma muito revolucionária, ( até para os dias de hoje), trabalhou tanto no mundo da ciência como na arte da magia. Dee, ultrapassando o pudor que os cientistas geralmente revelam relativamente ao mundo espiritual,  acreditava que tanto a ciência como a magia eram formas diferentes e validas de abordar e estudar a mesma realidade: toda a criação de Deus, desde o mundo terreno ás esferas celestiais. Este brilhante cientista estava profundamente imerso na filosofia hermética e na chamada magia angélica e devotou a última terça parte de sua vida quase que exclusivamente a este tipo de estudo. John Dee deu inicio a um processo mediúnico com a finalidade de contactar e falar com anjos através do uso de um “scryer” ou  um cristal, que agisse como um intermediário entre ele e os anjos. Dee teve sucesso nessa tentativa de comunicação, e segundo disse,  os anjos ditaram-lhe muitos livros que escreveu sobre o assunto. Segundo Dee, os anjos transmitiram-lhe uma  língua angélica que na falta de melhor palavra, ele denominou Enochiana. Dee sujeitou muitos voluntários ás suas sessões de comunicação com os anjos, contudo logo descobriu que este tipo de comunicação podia ser perigosa, pois muitas das pessoas que entraram em contacto com as esferas celestes através dos cristais , ou se fecharam nas suas casas para nunca mais sair, ou simplesmente enlouqueceram completamente. Aparentemente o elevado grau de consciência das entidades angélicas, pode afectar uma mente humana normal danificando-a. È no fundo um risco que este tipo de operação podia acarretar, pois colocar um espírito angélico em contacto directo com uma mente humana é como tentar enfiar um elefante por um buraco de uma agulha e a mente humana corria o risco de não sopurtar o grau de impacto advindo da assimilação de inteligências tão mais vastas. Dee assim descobriu que este tipo de comunicação apenas poderia ser praticada directamente por fortes médiuns e não por pessoascomuns.

 

 

 

Lilith Aquino

Patricia Sinclair adoptou o nome de Lilith Aquino depois de se casar com Michael Aquino, uma das altas figuras da Igreja de Satã, uma instituição fundada por Anton Szandor LaVey em 1966. Antes de entrar no culto de Lavey, Lilith Aquino foi modelo e depois de abandonar essa actividade, tornou-se proprietaria de uma livraria dedicada ao oculto. Depois disso ela ingressou na igreja de Satã e acabou assumindo um papel de elevado perfil no culto. Em 1975 ocorre uma cisão na igreja, e Lilith Aquino juntamente com Michael Aquino abandonam o culto o torna-se membro fundador do Templo de Set. Lilith Aquino casa com Michael e assume tambem o cargo co-Grande Mestre da Ordem do Vampiro, uma ordem pertencente ao Templo de Set.

 

 

 

Marie Leveau

Marie Laveau foi mais famosa rainha Vodu da America do Norte. Ela e a sua filha, Marie Laveau II, foram as figuras mais poderosas e influentes do mundo oculto em Nova Orleães durante os Séculos XIX e XX. Marie Levaeu ensinou a praticou a sua religião vodu, fazendo uso de poderes mágicos para tratar de assuntos de amor, questões sociais, assuntos de negócios, problemas com inimigos e questões sexuais. Marie Laveau era filha ilegítima de Charles Laveau e Marguerite Darcantrel, tendo nascido em Nova Orleães em 1794, e foi considerada uma mulher de cor livre. Marie não era negra, era uma bela mulata ou crioula, descendente de uma mistura de sangues negros, brancos e indianos. Marie Laveau casou-se aos 4 de Agosto de 1819 com Jacques Paris, um rico agricultor que era tembem um homem de cor livre.Eles viveram numa casa que era parte do dote de Charles Laveau, seu pai. Contudo,Paris acabou abandonando Marie e retornando a Saint Dominique. Marie Leveau ultrapassou o abalo, socialmente adoptou o titulo de viúva Paris e arranjou emprego como cabeleireira. Nessa profissão, trabalhou para as mais ricas mulheres, tanto brancas como crioulas de Nova Orleães. Não se pode negar que nessa altura, talvez tenha ficado a saber de alguns dos mais íntimos segredos da alta sociedade branca e crioula, o que a muito ajudou na sua carreira de sacerdotisa Vodu. Em 1826, Marie junta-se a Christopher Duminy de Clapion , que tal como o seu primeiro marido, era tembem de Saint Dominique. Embora nunca tenham casado, Marie teve 15 filhos deste relacionamento. Foi então que abandonou a carreira de cabeleireira, e dedicou-se inteiramente ao sacerdócio Vodu. Ela dedicou todos os seus esforços para ser a Rainha Vodu de Nova Orleães. Rapidamente circularam rumores de rituais vodu secretos, em que se adorava uma serpente chamada Zombie, e nos quais se praticavam danças, se realizavam orgias nas quais abundavam a bebida e o sexo. Tais rumores apenas atraíram ainda mais o numero de frequentadores dos cerimoniais Vodu. Curioso é que um terço, ( ou mais), dos adoradores desta religião eram brancos, que frequentavam os rituais e procuravam Marie desejosos de poder para reaver um amor perdido, para ter um novo amante, para levar uma nova mulher ao leito, para eliminar um sócio nos negócios, ou mesmo para destruir um inimigo. Em meados de 1830, haviam inúmeras rainhas vodu lutando entre si para serem a rainha do Vodu e assim ganharem controlo sob todo o movimento religioso da área. Mas Marie Laveau arrasou com toda a concorrencia. Uma das suas vantagens, era que Marie era Católica, e integrou vários elementos da religião crista nos seus rituais, o que lhe permitia apresentar espectaculares cerimoniais que conquistavam seguidores tanto entre negros, como entre crioulos, como entre brancos. Marie chegou mesmo a abrir as suas cerimonias ao publico. Marie também convidou inúmeras pessoas e instituições a assistir aos rituais, tendo-o feito com a imprensa, a policia, etc… Ela chegou mesmo a abrir portas a todos os sedentos de sensações proibidas, cobrando pelo acesso, o que tornou o Vodu bastante lucrativo pela primeira vez. Diz-se que o espírito empreendedor da Maria foi ainda mais longe, quando chegou a organizar rituais secretos onde se realizavam orgias para homens ricos que procuravam belas negras, voluptuosas crioulas e lindas mulatas. A seu tempo, o seu acesso aos mais íntimos segredos da alta sociedade conseguidos através das suas orgias, aliado á sua grande sabedoria mística e conhecimento sobre feitiços, em combinação com a sua grande beleza, reconhecida fogosidade e personalidade marcante, fizeram de Marie Leveau a mulher mais poderosa de Nova Orleães. Brancos de todas as classes procuravam a ajuda dela para todo o tipo de assuntos, enquanto que muitos na comunidade negra e crioula viam-na como uma líder. Juízes e políticos brancos chegaram a pagar-lhe mais de 1.000 Doláres, ( uma grande soma de dinheiro, na altura) , para ganhar eleições, enquanto que brancos de outras condições sociais mais modestas lhe pagavam 10 dolares por um pó de amor. Aos negros, ela ajudava livremente. Visitar Marie Laveau tornou-se moda, era «chique». Em 1869, aos 70 anos, Marie anunciou que se iria reformar. A sua filha, continuou a sua obra, sob o nome de Marie Laveau II, sendo que a seu tempo, a lenda da mãe e da filha de acabaram por misturar, um pouco devido á fenomenal semelhança física entre ambas. Foi a continuação de uma dinastia que a sua filha, Marie Laveau Clapion optou por fazer perpetuar de sua livre vontade, seguindo assim os passos da sua mãe.

 

 

 

Merlim

É considerado um dos mais sábios magos que já existiram, um bruxo-mestre. Dizem que foi conselheiro dos reis britânicos Vortigern, Uther Pendragon e Artur. Embora a lenda possa ter se baseado em alguém que tenha existido de fato, o Merlim que conhecemos é um personagem tirado da fantasia. Por exemplo, alguns dizem que foi ele quem colocou no lugar as pedras de Stonehenge. Outros dizem que ele possuía o dom da profecia porque vivia ao contrário, do futuro para o passado, e portanto já tinha visto o futuro. Merlim é mais conhecido como o mentor do rei Artur.

 

 

Miriam, A Judia

Uma das mais famosas bruxas dos tempos antigos. Irmã de Moisés, dizia-se que fora instruída pelo próprio Deus. Muitos trabalhos importantes de alquimia são atribuídos a ela. Também conhecida pelo nome de Maria.

 

 

 

 

Morgana

Foi uma feiticeira poderosa da mitologia britânica, especialmente dotada nas artes da cura. Merlim foi seu tutor e, algumas vezes, é dito que ela era meia-irmã do rei Artur. Apesar disso, sempre rivalizou com Artur. De acordo com algumas lendas, ela viveu no Estreito de Messina

 

 

Nostradamus

Michel de Nostredame, mais conhecido sob o nome de Nostradamus, foi um Farmacêutico/ Medico da Renascença que praticava a astrologia e a alquimia (como muitos dos médicos do século XVI). Nasceu em 14 de dezembro de 1503 em Saint-Rémy-de-Provence; sofrendo de Epilepsia psíquica, de gota e de insuficiência cardíaca, morreu em 2 de julho de 1566 em Salon-de-Provence, vítima de um edema cárdio-pulmonar. Seus pais eram Jaumet (ou Jacques) de Nostredame e Reynière (ou Renée) de Saint-Rémy. Ele é o filho mais velho dos 8 filhos do casal. O nome Nostredame vem de seu bisavô judeu, que escolheu o nome de Pierre de Nostredame quando da sua conversão ao catolicismo. Ficou famoso por sua suposta capacidade de vidência. Escreveu um livro de centúrias, versos codificados que seriam previsões do futuro. As previsões de Nostradamus revelam eventos que viriam a suceder no futuro. Entre tais eventos, contam-se a previsão da vida e imperiod de Hitler, a 2ª guerra mundial, a vida e existência de Napoleão, a fundação dos Estados Unidos da América 500 anos antes da sua ocorrências, o assassinato de Kennendy, a existência de armas nucleares, de submarinos e helicópteros ou mesmo aviões a jacto, e diz-se mesmo, o atentado de 11 de Setembro bem como a 3ª guerra mundial. Até hoje, as previsões de Nostradamus tem-se verificado infalíveis. Nostradamus teve contactos com três reis de França (Henrique II, Francisco II e Carlos IX), graças a rainha Catarina de Médicis, esposa do primeiro e mãe dos seguintes. Nostradamus ganhou a preferência da rainha, pois previu com exactidão a morte do rei, assim como a morte e sobrevivência de todos os filhos da monarca, sem falhar em nenhuma circunstancia. Não fosse pela protecção da rainha, e Nostradamus teria sido condenado á fogueira pela Santa Inquisição, que defendia que toda a pratica adivinhatória era fruto de possessão demoníaca. Nostradamus frequentou o curso de Medicina, contudo não concluiu os seus estudos. Optou depois pela carreira de Farmacêutico / boticário, tendo sido razoavelmente bem sucedido nessa pratica. Nos tempos em que a peste negra atingiu a Europa, Nostradamus conseguiu bons resultados na luta contra a peste, em parte através da aplicação de praticas de higiene publica e técnicas de higiene pessoal. No entanto uma tragédia atingiu a vida de Nostradamus. O homem que tantos resultados tinha obtido ao lutar contra a peste, perdeu a sua esposa e filhos, que morreram da doença que infestou a Europa. Nostradamus ficou devastado. Prosseguiu com a sua vida, voltando a casar e tendo mais filhos. Casou novamente com segunda esposa, numa pequena cidade, com uma viúva de nome Anna Gemella, de quem teve seis filhos. Foi nessa altura que começou a escrever as suas Centúrias. Alcançou boa fama e muito dinheiro por publicar anualmente almanaques, o que fez por mais de dez anos, ganhando considerável fortuna. Os Almanaques da Nostradamus tinham muito de astrologia e continha, as previsões para os próximos tempos escritas em geral de forma corrente. Nostradamus ganhou fama e foi imensamente procurado por pessoas que procuravam as suas consultas, de forma a saber desde previsões sobre o tempo, ( para fins de agricultura), até previsões pessoais. Diz-se que a sua dor pela perda da sua primeira esposa e filhos, levou-o a aprofundar os conhecimentos esotéricos. Nostradamus trabalhava de dia dando consultas, e á noite, refugiava-se para praticar as suas artes esotéricas, das quais escorriam os conhecimentos que inscreveu nas suas profecias sobre o futuro. Nostradamus sempre defendeu que as suas profecias não se tratavam de eventos destinados a acontecer, mas antes de um aviso á humanidade, pois de ela mudasse o seu comportamento, os destinos previstos pelas suas visões poderiam ser alterados.

 

Papus

Gerard Anaclet Vincent Encausse, mais conhecido pelo pseudônimo de Papusnasceu em Corunha, a 13 de Julho de 1865, vindo a falecer em Paris, a 25 de Outubro de 1916. Foi um médico, escritor, ocultista, rosacrucianista, cabalista, e maçon. Fundou o martinismo moderno

Paracelso

Pseudônimo de Theophrastus Bombastus von Hohenheim (c. 1493-1541), médico e químico suíço. Recusou as crenças médicas de sua época, afirmando que as doenças se devem a agentes externos ao corpo e que poderiam ser combatidas por meio de substâncias químicas. Identificou as características de várias doenças, como o bócio e a sífilis, e usou ingredientes como o enxofre e o mercúrio para combatê-las

Ptolomeu

astrônomo e matemático, cujas teorias e explicações astronômicas dominaram o pensamento científico até o século XVI. Também é famoso por suas contribuições em matemática, ótica e geografia. A primeira e mais famosa obra de Ptolomeu é conhecida simplesmente como Almagesto. Ela propõe uma teoria geométrica para explicar matematicamente os movimentos e posições aparentes dos planetas, do Sol e da Lua

 

 

 

Salomão

filho do Rei David com Bate-Seba, tornou-se no terceiro rei de Israel (reino ainda unificado) e reinou durante quarenta anos. O nome Salomão ou Shlomô , que em hebraico deriva da raiz Shalon, que significa “paz”, tem o significado de “Pacifico”. Foi adicionalmente chamado de Jedidias pelo profeta Natã, nome que em hebraico significa “Amado de IHVH”. (II Samuel 12:24, 25)Foi ele quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, também conhecido como o Templo de Salomão. Salomão notabilizou-se pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. Salomão sucedeu a seu pai, David, no trono de Israel, em cerca de 997 a. C.. Depois de guiar o seu povo com grande sabedoria, e depois de construir o grande Templo de Jerusalém, ( do qual nos dias de hoje resta apenas um muro, chamado «muro das lamentações»), Salomão foi um grande praticante de magia negra. Há relatos que indicam que Salomão , no seu tempo, terá sido o rei mais rico á face da terra e que, ainda hoje e em termos comparativos, seria muito mais rico e poderoso que qualquer chefe de estado existente.Há quem afirme que a sua enorme fortuna advem do poder de Deus, enquanto que outros defendem que advem do seu profundo conhecimento de magia negra e demoniologia, sendo que teria sido do controlo sobre os demónios que Salomão ganhou a sua incomensurável riqueza. O Rei Salomão prestou culto e praticou artes magicas ligadas a Deuses que mais tarde vieram a ser classificados como demónios, tais como os Astarote (dos sidônios), Moloque (dos amonitas), e Camós (dos moabitas), aos quais edificou altares e santuários no Monte das Oliveiras. (I Reis 11:1,2; Neemias 13:26) Salomão prestou culto e praticou artes magicas relacionadas com Astarte, uma Deusa reconhecida pelos fenícios, sidónios, sumérios acádios, e mesmo egípcios e gregos. Os seus rituais desta deusa a que Salomão cedeu a sua devoção e artes de magia, eram multiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O seu principal culto ocorria no equinócio da primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e sexualidade. A sexualidade e o erotismo ligados á pratica do seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, e o rei Salomão acabou por adorar esta deusa (1Reis 11:15), contrariando o seu Deus

 

 

 

 

 

+ OCULTO E OCULTISMO +

Astrologia:

 

Oráculo é uma resposta dada por um deus ou espírito a uma questão que lhe é colocada. A resposta de um oráculo traduz-se em revelações sobre o que vai suceder de forma a que um fim seja atingido, e a essas dá-se o nome de profecia. Uma religião é um conjunto de preceitos ou práticas por via das quais se comunica com um deus, seres celestes ou divindades. A astrologia, é um meio de produzir oráculos. Segundo a religião sibilina e de acordo com as tradições babilónicas e hebraicas, a astrologia é um processo de astromancia, ou seja: uma forma de ler nos corpos celestes a manifestação de entidades espirituais ou forças celestes.

Ocultismo (ou ciência oculta):
Crença na existência de realidades ocultas e sobrenaturais, assim de métodos susceptíveis de conhecer e manipular tais realidades transcendentais. As artes e ciências ocultas mais nobres, são: magia, adivinhação, astrologia, espiritismo. O ocultismo é constituído por um vasto corpo de conhecimentos esotéricos, que estão para alem da esfera do que é visível, ( do nosso mundo físico empiricamente cognoscível), e que procuram desvendar os segredos do mundo espiritual ou invisível.

Misticismo:
crença na possibilidade de comunicação com o divino, com o mundo espiritual, ou com uma divindade. O misticismo concede prioridade a um tipo de conhecimento ocultista e esotérico, que garante revelações inacessíveis ao conhecimento racional sobre o mundo invisível, espiritual ou sobrenatural

Magia:
Etimologicamente advêm da palavra grega «Mageía», que significa «religião dos magos»; Religião mística e esotérica que professa a crença em espíritos e forças sobrenaturais , assim como a possibilidade de contacto com essas entidades ou poderes; Saber secreto, constituído por um conjunto de conhecimentos, ritos e formulas ocultistas que se destinam a agir sobre o mundo natural, produzindo nele resultados contrários ás suas leis. A mais conhecida, forte e temida forma de magia, é a magia negra, por via da qual de apela a intervenção de demónios ou espíritos terrenais para causar a produção de certos eventos neste mundo.

Magismo:
sistema e religião dos magos

Magos:
Antigo sacerdote religioso,  na Pérsia; praticante de magia.

Esoterismo:
Doutrina espiritual ocultista e secreta, apenas transmitida aos iniciados ou discípulos de um culto religioso.

Gnosticismo:
Doutrina crista nascida entre os Sec I e III d.C. que defende a evolução espiritual através da sabedoria ou a «gnose». A «gnose» é constituída por um saber secreto á luz do qual é possível extrair das escrituras verdades ocultas reveladoras sobre o divino e a divindade. A doutrina gnóstica, constitui a vertente mística do Cristianismo.

Kabalah:
ciência esotérica hebraica, constituída por um conjunto de métodos e conhecimentos por via dos quais é possível extrair dos textos sagrados mensagens ou saberes que neles se encontram ocultamente encerrados e apenas acessíveis aos iniciados que detêm esta ciência esotérica. A doutrina Kabalística, constitui a vertente mística do Judaísmo.

Teologia:
estudo filosófico do divino, baseado na analise das sagradas escrituras, ou dos saberes religiosos de um certo sistema.

Teosofia:
doutrina que professa não so o conhecimento filosófico e teórico das coisas divinas, como a a aplicação pratica das regras espirituais do mundo divino ao mundo terreno, de forma a se produzirem certos fins. A vertente teosófica mais conceituada do judaísmo é a Kabalah, assim como a vertente teosófica mais conhecida do cristianismo é o «Gnosticismo»

Bruxaria:
efeito ou facto que não se consegue explicar pela racionalidade nem pela lógica do mundo natural;Acontecimento atribuído á acção sobrenatural resultante de um bruxedo; acto de empregar bruxedos para atingir uma certa finalidade; sortilegios produzidos por um bruxo(a)

Feitiçaria:
acto de empregar feitiços para alcançar um certo fim; sortilégios advindos de feiticeiros(as)

Trabalho de Magia:
Serviço espiritual prestado a troco de um pagamento, e que consiste na produção de uma bruxaria ou de uma feitiçaria. O trabalho espiritual destina-se a causar certos efeitos no mundo natural, que de outra forma e sem a intervenção das entidades espirituais invocadas, não sucederiam. Um trabalho de magia resulta na produção de uma série de eventos e acontecimentos, que constituem oportunidades favoráveis para que quem encomendou o trabalho, ( se usufruir positiva e adequadamente dessas circunstancias favoráveis), possa alcançar os seus desejos. O trabalho de magia, destina-se por isso a oferecer oportunidades onde elas antes não existiam, a abrir as portas que antes estavam fechadas, a desbloquear caminhos aos desejos de quem o encomenda.

Bruxo:
aquele(a), que faz bruxaria, um praticante de ocultismo. Nas doutrinas professadas pelo Malleus Maleficarum, julga-se que o bruxo(a) ou nasce bruxo por via de uma maldição hereditária, ou se torna bruxo através de um pacto realizado com entidades espirituais. Acredita-se que o pacto com essas forças espirituais é geralmente confirmado por sangue, sendo que no caso das mulheres o pacto será selado por um acto de relações sexuais um anjo das trevas, ao passo que no caso dos homens é alcançado angariando e entregando belas mulheres a um demónio, para satisfação da luxúria infernal do mesmo. Acredita-se também que a alma do bruxo(a), fica por via desse pacto favorecida pelos favores dos espíritos de bruxaria, adquirindo assim um poder sobrenatural que diverge de pessoa para pessoa, poder esse a que se chama um dos «dons das trevas», que advêm do «poder das trevas». Acredita-se porem, que por esse mesmo pacto a alma do bruxo também fica condenada a metamorfosear-se num espírito de bruxaria para toda a eternidade.

Feiticeiro: 
aquele(a), que conhecendo as artes esotéricas dos feitiços, os realiza. Um feiticeiro(a) é apenas uma pessoa possuidora de conhecimentos esotéricos e místicos, não tem de ser um bruxo(a), pois não tem que possuir um pacto com entidades espirituais.

Sortilégio:
feitiço ou bruxaria realizados através de encantamento para influir num determinado assunto, com a intenção de propiciar um determinado fim ou objectivo.

Malefício:
processo de maleficiar alguém, (causar-lhe mal), através de um sortilégio

Encantamento:
processo místico apelatório ou invocatório de forças espirituais

Maldição:
acto ou efeito de amaldiçoar alguém ou algo através de forte imprecação, desfavorecendo o objecto da maldição na sua existência ou fins. Normalmente a Maldição, ao contrario da praga, esta associada a um processo místico consciente e voluntário , realizado para causar mal.

Bênção:
acto ou efeito de abençoar alguém ou algo, através de forte imprecação, favorecendo o objecto da bênção na sua existência ou nos seus fins.

Imprecação:
Acto de pedir algo com forte veemência, contra ou a favor de alguém.

Praga:
acto de imprecar um mal a alguém. Normalmente a praga, ao contrario da maldição, esta associada não a um processo metodológico e intencional, mas antes a um acto de involuntário de desejar mal, que acaba resultando num mal.

Amarração:
processo místico por via do qual se lança uma maldição para a vida de uma pessoa, de forma a uni-la a outra. Numa amarração, espíritos de mortos ou espíritos terrenais são convidados a entrar na pessoa amarrada, alterando-lhe o rumo da sua vida através de uma série de eventos que unirão o caminho de vida dela com a pessoa que encomendou a maldição de amarração. A amarração, ou une as vidas das duas pessoas previstas pelos encantamentos invocatórios, ou amaldiçoa a vida da pessoa amarrada de forma a que ela jamais seja feliz ao lado de outrem. Desta forma, unem-se para sempre os caminhos de vida das pessoas amarradas.

Profecia:
acto de predizer o futuro através de inspiração divina ou espiritual. A magia hebraica é um processo místico assente na metodologia profética, ou seja, apela-se ao divino para interferir no mundo terreno, sendo que o espírito actuará no profeta dizendo pela sua boca aquilo que irá fazer acontecer, em virtude do pedido que lhe foi feito.

Oráculo:
acto de predizer o futuro através da inspiração de um deus ou deusa.

Mau olhado ou quebrantar:
acto involuntário gerador de quebranto numa pessoa visada por outra com forte sentimento negativo ou de inveja; o quebranto gera debilidade, fraqueza, falta de forças, desanimo, desalento, tristeza. Como consequência, interrompe planos, cria obstáculos e vence a pessoa em todos os níveis, dominando-a pela negativismo e adversidade.

Quebranto:
efeito do mau olhado ou do acto de quebrantar.

Enguiço:
conjunto de empecilhos, infortúnios, revezes, contratempos, que desarranjam a vida de uma pessoa, família ou instituição, causando transtornos sucessivos, bloqueando caminhos e fechando portas. Enquanto que o quebranto é normalmente resultado de um mal involuntariamente transmitido por uma pessoas invejosa, ressentida ou mal-intencionada, o enguiço normalmente resulta de um malefício produzido com recurso a sortilégios de bruxaria ou feitiçaria. O Enguiço tende a fazer permanecer na vida da vítima um forte «mau agouro»

Infestação:

 

Infestação sucede quando forças espirituais muito negativas foram lançadas,  através de uma maldição, contra uma pessoa ou algum local, como uma casa, um lar, etc. A infestação toma conta de uma pessoa ou de um local. Quando infestada por espíritos negativos, a própria pessoa infestada, ( ou que esta em contacto com um local que foi infestado), começa a actuar de forma contrária aos seus interesses, gerando-se assim  caos e ruina a todos os níveis da sua própria vida. Conjuntamente, tudo o que é mau tende a aproximar-se da pessoa, como a própria pessoa atraísse irresistivelmente tudo o que é negativo para junto de si. Quando uma infestação se entranha fortemente numa pessoa,  eventos negativos começam inesperadamente a ocorrer e sucedem-se vez apos vez, sem parar. Passado um certo tempo, a pessoa nem se apercebe de como caiu num rumo de tamanha desgraça.

Mau Agouro: 
sucessiva, ininterrupta e devastadora má sorte que acompanha uma pessoa, família ou instituição.

Agouro:
sinais que fazem pressagiar ou prever o sucesso ou insucesso de alguém ou alguma coisa.

São Cipriano

 

Para saber mais sobre são Cipriano, por favor consulte:

 

São Cipriano

Magia branca, o que é a magia branca?

O que é a magia branca?

 

 

Segundo o doutrina espiritual e religiosa do caminho dos santos, eis que aquilo que vulgarmente se chama de «magia branca», é na verdade um apelo ás bênçãos de Deus exortado e clamado através de um santo de Deus, como o é são Cipriano ou santa Maria Madalena.

 

E como ocorre a magia branca?

 

Basicamente, a magia branca ocorre conforme aquilo que assim está revelado:

 

Abraão intercedeu junto de Deus, e Deus curou Abimelec, sua mulher e seus servos

Génesis 20,17

 

Assim se sabe que é possível obter intercedência para o sofredor através de um santo de Deus como foi Abraão, e como é são Cipriano e santa Maria Madalena.

 

E assim sabendo, eis que na doutrina do caminho dos santos a esse mesmo acto de através de rituais e orações clamar pela intercedência de um santo de Deus….chama-se: Magia Branca.

 

E tal conforme aquilo que vos foi revelado na escritura acima descrita, eis que assim se sabe que as bênçãos pedidas através de um santo de Deus, elas estabelecem-se na alma daquele por quem o santo intercede, e as bênçãos por ele pedidas são estabelecidas pelo poder de Deus.

 

 
  E assim se pergunta:

 

 

E o que pode ser alcançado quando através de um santo de Deus, ( como são Cipriano, ou santa Maria Madalena), procurais um altar ou santuário e ali depositais o vosso tormento?

Assim está revelado que pela magia branca, se no vosso coração houver fé, então estas coisas podem ser-vos concedidas conforme assim dizem as escrituras:

 

Ele protege a vida dos fiéis, e liberta-os da mão dos injustos

Salmo 97,10

 

Pois assim se sabe que onde a bênção de Deus entrar e pousar, eis que o mal e os injustos que geram o mal serão expulsos e afastados, pois que onde a bênção de Deus repousar eis que o justo será libertado do injusto e de todo o mal pelo injusto maldosamente destilado…. e que corrói a vida do inocente. Sobre tais coisas pode a bênção de Deus actuar, e de tais coisas pode a bênção de Deus libertar aquele de fé no seu coração.

E assim sendo, eis que também assim está escrito:

 

 

Que Deus vos multiplique, a vós e aos vosso filhos! Sede abençoados por Deus, que fez o céu e a terra

Salmo 115,14-15

 

Pois assim se sabe como operam as bênçãos de Deus, e eis que as bênçãos de Deus onde entram e onde alcançam….elas geram fertilidades, favorecimentos e multiplicações em todas as coisas.

E em que assuntos pode a magia branca e as bênçãos de um santo de Deus como são Cipriano e santa Maria madalena ser-vos útil?

 

Pois assim está revelado:

 

Comerás do trabalho das tuas próprias mãos, tranquilo e feliz. A tua esposa será como vinha fecunda, na intimidade do teu lar. Os teus filhos serão como rebentos de oliveiras, ao redor da tua mesa. Esta é a bênção para o homem que teme a Deus

Salmo 128,2-4

 

Pois assim se fica sabendo que estas são as três coisas em que o Senhor abençoa todo aquele que tem fé em Deus e que procura pelas suas bençaos, e essas 3 coisas são:

 

1- Prosperidade em todos os empreendimentos, em todos os trabalhos e todo o labor;

2- Amor, prazer e fecundidade na intimidade com quem amais;

3- Descendências, lar e família firmada na paz e harmonia;

 

Por estas 3 coisas: trabalho e prosperidade; amor, fertilidade e prazer; família em paz; ….em cada uma destas coisas é possível a um santo de Deus e a Deus, num dos seus altares pedir as suas Bênçãos.

 

E como se edificarão as bênçãos de Deus na vida de um abençoado através de um processo de magia branca, ou seja, um processo espiritual clamando a um santo de Deus?

 

Pois essas bênçãos edificar-se-ão numa obra de esperança e através da fé, pois que assim foi revelado:

 

Feliz quem se apoia no Deus de Jacob, quem coloca a sua esperança em Deus

Salmo 146,5

 

Assim se sabe:

 

Feliz é aquele que se apoia em Deus, e que feliz é aquele que em Deus deposita toda a sua esperança, pois que assim asseguram as escrituras que a esperança na recompensa de Deus jamais é vã, nem jamais é falsa, nem jamais engana….pois que a esperança na recompensa de Deus jamais falhará e trará consigo os frutos da felicidade.

 

E porque assim garantem as escrituras, eis que aqueles que por este caminho decidirem entrar, e eis que aqueles que num altar dos santos de Deus depositarem a sua fé e semearem a esperança em Deus…. a esses a «magia branca» dos santos de Deus trará o bom fruto.

 

Vinde assim depositar num santo de Deus em Deus o vosso tormento, pois que observando este mandamento encontrareis alivio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Magia e Cabalah

 

De acordo com o misticismo hebraico, as «Sephirot» da «arvore da vida» estudada pela ciência Cabalista,

representam as varias forças e energias espirituais que existem,

e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico),

como tambem sobre as nossas vidas.

 

Na verdade, todas as esferas da arvore da vida são «faces de Deus», ou manifestações de Deus no nosso mundo.

 

São assim forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto,

a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos

das ciências místicas hebraicas.

No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdoda arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), eBinah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach (Vénus),Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte deluz.

Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos de magia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direito da arvore da vida.

pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut(Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) eKether ( Neptuno),  tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de  comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito.

São estas as forças espirituais que são usadas para a realização de magia negra, ou branca,

sendo que curiosamente todas elas emanam de Deus.

 

 

 Magia branca e magia negra nos Evangelhos.

 

 

 

 

 

 

Sobre a chamada , ( por vezes erroneamente), «magia negra» e a «magia branca», eis que muitos se perguntam:

 

«Como é possível praticar ambas?, como podem elas coexistir num certo pensamento e praticas religiosas?»

 

Pois assim se esclarece, conforme a crença dos caminhos dos santos professa:

 

Na doutrina do «caminho dos santos», a chamada «magia negra», não passa da invocação das maldições de Deus, ao passo que a chamada «magia branca», é para nós e na nossa crença, a procura e invocação das bênçãos de Deus.

 

Professa-se assim aquilo que está revelado nas escrituras, e que é:

 

Vede, hoje ponho diante de vós a bênção e a maldição

Deuteronómio 11,26

 

Diz por isso a crença aqui inspirada, que o criador de todas as coisas, foi o criador de bênçãos e maldições que podem operar nas nossas vidas através da sua autoridade e da intercedência dos santos de Deus, como é são Cipriano e santa Maria Madalena.

 

Também assim está escrito:

 

Tu praticas o amor (…), mas também castigas

Jeremias 32,18

 

Pois assim se sabe atestadamente que Deus é amor e bênçãos, assim como Deus é também senhor de castigos e maldições, e eis que também assim foi revelado:

 

Essas maldições serão para sempre um sinal e um prodígio

Deuteronómio 28, 46

 

Pois que assim se revela que não apenas as bênçãos de Deus, mas também as maldições de Deus, são um sinal e um prodígio que provem de Deus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jesus, o profeta, e o mago de magias brancas e negras

 

Dois exemplos de magia branca e magia negra, estão claramente inscritos nos Evangelhos:

 

Jesus praticou magia branca, quando invocou e contactou com os espíritos de Elias e Moisés,

(Mc 9;2-4), espíritos que tinha sido elevados á condição celeste por Deus.

 

Jesus também praticou magia branca,  de cada vez que usou a palavra magica de Deus, ( Mc 5,41;  7, 31-37), para invocar a força do «Espírito Santo» e realizar milagres de cura nos sofredores.

 

Nestes casos, Jesus, entrou em contacto com forças espirituais de luz e de Deus, (ate mesmo com o «Espírito Santo» – Mt 3, 16-17 – ,  e o próprio Deus «HYHV»), para realizar actos de cura na vida daqueles que sofriam. Ora, ao contacto com entidades de luz para realizar obras neste mundo, chama-se:

 

«Magia Branca».

 

Disso também atestam demais escrituras, onde assim podemos ler:

 

Eras para eles um Deus de perdão, e um Deus vingador das suas maldades

Salmo 99,8

 

Pois assim se sabe que através dos santos do Senhor, é possível apelar tanto ao perdão e ás bênçãos de Deus, como á vingança e maldição de Deus, e que tudo isso pode ser operado através de Deus e do seu poder, pois que assim está revelado:

 

Tú [ Deus] és terrível! Quem pode resistir á tua frente, quando ficas irado?

Salmo 76,8

 

Por tudo isso inspirados, e com os corações devotos á crença do caminho dos santos, assim o caminho dos santos crê:

 

 

Pois se através de Moisés, ( um santo de Deus), foram lançadas maldições de 10 pragas contra o faraó do Egipto, mas também e contudo pelo mesmo santo de Deus, ( Moisés),  foram igualmente firmadas bênçãos milagrosas ao povo de Deus durante a sua travessia do deserto…. onde reside o motivo de espanto nesse assunto?

.

Porem, Jesus exerceu uma actividade não só de mestre espiritual, como de exorcista itinerante ( Mc 1,39).

 

 

Ora, quando entrou em contacto directo com demónios e dialogou com eles, (Mc 1, 24-27; 5, 8-13), sendo para lhes ordenar que abandonassem uma pessoa, sendo para lhes exigir silencio sobre a sua própria  identidade,(Mc 3,12: Lc 4, 41),sendo para lhes autorizar que incorporassem em animais ao invés de em humanos, (Mc 5, 12-13) etc, em todos estes casos, Jesus estava usando de dialogo e autoridade junto espíritos das trevas

para  realizar curas na vida das pessoas.

E a verdade é que, realizar curas e actos favoráveis ás pessoas com recurso a demónios,

é um acto de:  «magia negra», pois  á pratica espiritual que faz uso da autoridade de Deus sobre os demónios para realizar fins neste mundo, chama-se:

 

«Magia negra

 

 

Jesus Ele mesmo veio dar alguma substancia a esta noção de pratica de magia negra pelas quais foi profundamente censurado pela ortodoxia hebraica, pois que ele mesmo admitiu que o poder que estava exercendo e que deixaria aos seus discípulos como herança de sabedoria, era um poder típico de «magia negra», pois que era o poder comandar e operar prodígios através do mundo dos espíritos, pois que Ele mesmo assim disse aos seus apóstolos:

 

os espíritos maus vos obedecem

Lucas 10,20

 

Pois bem sabe quem com as coisas espirituais e ocultas lida, que o processo espiritual de comandar «espíritos maus», levando-os a «obedecer» com um certa finalidade, seja qual for essa finalidade, e ate mesmo para fazer o bem a alguém, ( esse poder que Jesus exerceu e concedeu aos seus discípulos), a esse tipo de processo espiritual chama-se; «magia negra», pois que magia negra é precisamente isso, ou seja: uma forma de comunicar e ordenar coisas a espíritos, fazendo-os obedecer em nome de Deus, e operando prodígios através desse meio.

E mais assim se crê:

 

Pois se Abraão assistiu tanto ao poder das maldições de Deus através das quais Sodoma e Gomorra foram destruídas sobre infernal fogo e enxofre, como igualmente assistiu ao poder das bênçãos de Deus por via das quais Isaac nasceu conforme promessa milagrosa do Senhor….que dúvida pode ai residir, que Deus é senhor tanto de bênçãos como de maldições, e que ambas provem de Deus?, e que ambas podem ser clamadas a Deus?

 

Pois se Deus tanto pode usar anjos ao seu serviço, (como aquele que auxiliou Tobias,  ou aquele que se dirigiu a Balaão, ou aquele que falou com o profeta Daniel, ou aquele que anunciou a Maria o nascimento de Jesus), como Deus igualmente pode usar demónios e espíritos maus ao seu serviço, ( como Deus usou contra o Rei Saul para o desgraçar, ou como Deus usou contra Job para lhe testar a fé, ou como Deus usou para colocar discórdia entre Abimelec e os senhores de Siquem), ,e se Deus ordenou que os seus sacerdotes usassem tanto de bênçãos como de maldições, (Números 5,23;29-30), então onde pode subsistir duvida que Deus é senhor de todas as coisas, e que para o Senhor usar de anjos e bênçãos, ( aquilo a que comummente se chama «magia branca»), como de demónios e maldições, ( aquilo a que vulgarmente se chama «magia negra»), tudo é possível a Deus e tudo d’Ele provem?

 

Pois se Deus é aquele que estabelece tanto bênçãos como maldições, pois que tudo o que existe provem Dele, e se Deus é apenas um… qual a duvida que aí pode subsistir?

 

 

+

+Jesus, o Santo e o Mago +

+

 

 

E porque os hebreus sabiam disso, daí nasceu a celebre acusação que foi lançada a Jesus, e que foi conforme assim está escrito:

 

Ele expulsa demónios através de belzebu, o príncipe dos demónios

Mateus 12,24

 

Pois então:

 

Esta á uma típica acusação de pratica de «magia negra», e que consiste em acusar alguém de operar prodígios, (até mesmo os bons e justos prodígios), através do contacto e da comunicação com espíritos impuros.

 

E assim nasceu esta acusação, pois que os saberes místicos hebraicos bem professavam que entrar em contacto com espíritos impuros fosse para o que fosse, ate mesmo para os comandar a ajudar fosse quem fosse, isso constitui o exercício de : «magia negra».

 

E na verdade:

 

Precisamente porque os saberes e práticas espirituais de Jesus eram controversas e lidavam com a mais profunda essência da espiritualidade, por vezes mesmo através de meios que outros poderiam não entender e aceitar, então Jesus conservou muitos dos seus mais profundos ensinamentos em segredo, e por isso Ele assim disse:

 

Aos que estão de fora, tudo se lhes propõem em parábolas, para que os olhem mas não vejam, escutem mas não compreendam

Marcos 4, 11-12

 

Pois então:

 

Nem a todos pode ser dada a saber toda a profundidade dos mistérios do espírito, pois que por vezes muitos são os que não os entendendo os repudiarão e os caluniarão, ao passo que outros poderão fascinar-se erradamente e usar esses saberes da forma errada lesando-se a si mesmos; E por isso eis que certas coisas devem ser transmitidas apenas a quem com elas lide com equilíbrio e sabedoria.

 

E assim sendo:

 

Jesus não hesitou em lançar mão fosse a que pratica espiritual fosse para ajudar os sofredores de fé, e por isso de dia Ele anunciou as escrituras e realizou feitos de magia branca, ao passo que de noite realizou prodígios de magia negra, e assim sendo eis que Ele tudo fez e de todos os meios usou, desde que fosse para abrir caminhos ao que procurava salvação e alivio com fé no coração.

 

Da mesma forma actuou são Paulo, que assim disse:

 

Com os judeus, comportei-me como judeu, a fim de ganhar o maior número possível; com os que estão sujeitos á Lei, comportei-me como se estivesse sujeito á Lei (…) a fim de ganhar aqueles que estão sujeitos á Lei. Com aqueles que vivem sem Lei, comportei-me como se vivesse sem a Lei (…) para ganhar aqueles que vivem sem Lei. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo.

1 Coríntios 9,20-23

 

Pois então:

 

São Paulo como Jesus, usou de que meios fosse para ganhar almas para a cristandade, e os caminhos que se trilham todos são bons, desde que conduzam ao Senhor que é Deus.

 

E por isso:

 

As práticas espirituais de Jesus, fosse pela «magia branca» que é realizar maravilhas através dos espíritos de Luz, fosse pela «magia negra» que é operar prodígios através da autoridade sobre espíritos de trevas, todas as praticas de Jesus apenas atestam o pleno poder de Deus, pois que:

 

Deus é Senhor seja de anjos, seja de demónios, e por isso não há coisa do espírito onde o poder de Deus não possa operar, e onde o Senhor não possa ordenar, empreender e comandar.

 

E assim sendo:

 

Em Deus todas as coisas são possíveis, e por Deus tanto é possível operar nas magias brancas ou negras, pois que todas elas emanam de Deus, pois que Deus é o Senhor de todos os espíritos, e tudo o que é do «mundo do espírito» é do «reino de Deus».

 

E por isso mesmo aqueles que se julgando salvos , puros e donos da verdade, então vem condenar aqueles que operam no espírito para edificar as obras do espírito, então que se lembrem que assim está escrito:

 

Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos

Mateus 20,16

 

E mais assim foi dito:

 

Quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado

Mateus 23,12

 

E por isso:

 

Aquele que se julga tão puro e dono da verdade que disto se lembre, assim como se lembre disto que também assim vos revelado:

 

Pois Eu garanto-vos: os cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar antes de vós no reino do Céu. Porque João veio até vós (…) e (…) os cobradores de impostos e prostitutas acreditaram nele.

Mateus 21,31

 

E assim:

 

Não se encontre motivo de escândalo naqueles que operam seja em magias brancas ou negras com fé verdadeira nos santos e em Deus, e que fazendo-o usam seja que meios for para ajudar ao sofredor através dos santos e de Deus, pois que assim o fizeram Jesus e são Paulo, pois que todos os caminhos sejam eles quais forem são bons, desde que conduzam a Deus.

 

Dois exemplos de magia branca e magia negra, estão claramente inscritos nos Evangelhos:

 

Jesus praticou magia branca, quando invocou e contactou com os espíritos de Elias e Moisés, (Mc 9;2-4),

espíritos que tinha sido elevados á condição celeste por Deus.

Jesus também praticou magia branca,  de cada vez que usou a palavra magica de Deus, ( Mc 5,41;  7, 31-37),

para invocar a força do «Espírito Santo» e realizar milagres de cura nos sofredores.

Nestes casos, Jesus, entrou em contacto com forças espirituais de luz e de Deus,

(ate mesmo com o «Espírito Santo» – Mt 3, 16-17 – ,  e o próprio Deus «HYYV»),

para realizar actos de cura na vida daqueles que sofriam. Ora, ao contacto com entidades de luz para realizar

obras neste mundo, chama-se:

«Magia Branca».

 

Porem, Jesus exerceu uma actividade não só de mestre espiritual, como de exorcista itinerante ( Mc 1,39).

Ora, quando entrou em contacto directo com demónios e dialogou com eles, (Mc 1, 24-27; 5, 8-13),

sendo para lhes ordenar que abandonassem uma pessoa,

sendo para lhes exigir silencio sobre a sua própria identidade,(Mc 3,12: Lc 4, 41),

sendo para lhes autorizar que incorporassem em animais ao invés de em humanos, (Mc 5, 12-13) etc,

em todos estes casos, Jesus estava usando de dialogo e autoridade junto espíritos das trevas

para  realizar curas na vida das pessoas.

 

A verdade é que, realizar curas e actos favoráveis ás pessoas com recurso a demónios,

é um acto de «magia negra»,

pois  á pratica espiritual que faz uso da autoridade sobre os demónios para realizar fins neste mundo,

chama-se:

 

«Magia negra

 

Assim se pode ler:

E Jesus andava por toda a Galileia, pregando nas sinagogas, e expulsando demónios

Marcos 1,39

 

Assim: Jesus desde cedo na sua vida espiritual entrou em contacto com demónios, o que na altura seria considerado pelas correntes religiosas mais ortodoxas enquanto um acto «impuro» e de «magia negra», pois que o acto de contactar e dialogar com demónios, (fosse para curar alguém, fosse para beneficiar alguém, fosse para prejudicar alguém, fosse para silenciar os demónios, fosse para colocar demónios em porcos, fosse para expulsar demónios, fosse atingir fins de evolução espiritual e para ser tentado num deserto, ou fosse para que fosse….), era tido como um acto de…. «magia negra». Por isso mesmo é que depois de realizar alguns dos seus prodígios e curas, porem pessoas de uma certa localidade vieram ate com Jesus e agradeceram-Lhe, porem pediram-Lhe que Ele se «retirasse daquela região»,(Mateus 8,28-34), pois que as praticas místicas e espirituais de Jesus eram tidas como obviamente boas pelos fins que atingiam, porem de «magia negra» pelos meios que eram exercidas. Pois tudo isto inspirava naquelas pessoas tanto admiração, como um certo receio e temor, pois que tudo isto fazia de Jesus ao mesmo tempo que um «homem santo», porem igualmente um «exorcista» e um «mago».

 

E mais assim se lê:

Depois do por do sol, levavam a Jesus (…) os que estavam possuídos pelo demónio

Marcos 1,34

 

E  mais assim se observa:

Ao por do sol, (…) levavam-nos a Jesus

Lucas 4,40

Assim: Jesus foi um homem santo e porem também foi um exorcista itinerante que percorrendo toda a Galileia, de dia pregava as escrituras, e de noite exercia as suas artes espirituais.

E assim, ao passo que durante o dia Jesus pregava sobre as escrituras sagradas, porem durante a noite expulsava demónios e realizava curas espirituais através do contacto com demónios, o que conforme a doutrina religiosa e ortodoxa do seu tempo e religião, seria considerado como durante o dia pregar a Palavra de Deus, e durante a noite realizar «magia negra», facto que constituiu uma conduta obviamente controversa.

 

Por Jesus assim fazer, é que Ele foi acusado de expulsar demónios

pelo poder dos próprios demónios (Mt 12, 27-29),

o que no fundo é uma acusação de pratica de «magia negra».

A  própria mãe de Jesus,( bem como seus irmãos), entenderam o que ele estava fazendo, e

disseram mesmo que Jesus estava «fora de si», ( Mc 3,21) e tentaram apanha-lo de forma a faze-lo parar com as suas

actividades exorcistas.

 

No Evangelho apócrifo de Nicodemo, ( igualmente conhecido por «Actos de Pilatos»),  afirma-se sobre Jesus:

«É um mago», ( I,1), «um feiticeiro» ( I,12) .

 

As acusações não surgem por mera maldade,

mas sim porque percebiam aqueles que eram conhecedores de teosofia, que as praticas espirituais empregues por Jesus

eram controversas,

pois Jesus tanto recorria á força espiritual de Deus para causar o bem, ( «magia branca»),

como por vezes fazia recurso a processos que são tipicamente de «magia negra», ou seja:

usava os demónios para fazer curas, através de um contacto directo e autoridade com esses espíritos impuros,

para os fazer obedecer e assim, para realizar o bem.

E fazer o bem usando as entidades do mal,

era, ( e é),  considerado como:

 «magia negra».

 

Disso mesmo atestam diversas fontes rabínicas,

revelando que Jesus no seu tempo foi visto como alguém que realizava

prodígios que eram tidos como «fruto de magia» (b. Sanh 43ª; b. Sanh 107b; sanh. 107b)

 

 

 

 

Assim cremos a afirmamos no caminho dos santos:

.

Cremos e veneramos a Moisés que professamos ser ummago que praticou feitos de ciências ocultas iguais e maiores que os magos do Egipto, (Êxodo 7,8-11;17;21-22;  8,1-3; 12-18;  9,8-11);  a Balaão que foi um magoiluminado pela revelação profética de Jesus, (Números 21,6-7;18;  24,13); a Daniel ,( também chamado deBaltazar), que foi um mago da corte do rei da Babilónia e um profeta de Deus(Daniel 4,5;6; 16;  5,12-14); aos 3 magos que testemunharam a vinda de Jesus a este mundo, (Mateus 2,1-12); a Salomão que foi um dos maiores magos de sempre,( I Reis 3,3 ; 11,4-8), e umsanto do Senhor; a  Jesus que foi maior que Salomão, ( Mateus 12, 42), assim como a são Cipriano e a santa Maria Madalena. ( Consultai também sobre a nossa «mensagem espiritual», assim como sobre «santeria, o caminho dos santos») Professamos que «magia branca» é na verdade o apelo ás «bênçãos» de Deus, e que a «magia negra» é na verdade o apelo ás «maldições de Deus», e que porem a «magia», seja ela «branca» ou «negra», toda ela é coisa do «mundo do espírito» e do «espírito», e que por isso toda ela provem de Deus, pois que está provado e escrito: «Ponho diante de vós a bênção e a maldição» – Deuteronómio 11,26 , atestando-se assim que é Deus que é Dono e Senhor de toda a «bênção» e de toda a «maldição», e que todas elas d’Ele provem, e por Ele operam, e foram por Ele criadas. Mais se crê e professa que a tanto a bênção de Deus, ( a chamada «magia branca),como a maldição de Deus, ( a chamada «magia negra»), ambas podem ser operadas clamando a Deus, e isso assim se atesta neste mandamento que assim está revelado: «O sacerdote escreverá esta MALDIÇÃO num documento (…)e o sacerdote fará este ritual Números 5,23;29-30 – Pois assim se sabe: aos sacerdotes que veneram a Deus é instruído não apenas clamar ás bênçãos de Deus, como lhes é instruído clamar ás maldições de Deus, e isso assim se testemunha e confirma neste mandamento. E por isso assim se crê que com Deus todas as bênçãos e magias dão fruto, e sem Deus nenhuma delas dará fruto algum, e que assim todas elas devem ser exercidas dentro de Deus, em Deus, e jamais fora de Deus. Por isso: é professado que Deus não é Senhor de apenas «algumas coisas» mas sim de «todas as coisas», e que por isso tanto as bênçãos de Deus, (a chamada «magia branca»), como as suas maldições, (a chamada «magia negra»), podem ser clamadas a Deus em favor do sofredor, e assim sendo podem essas bênçãos ou maldições manifestar-se neste mundo através de um santo de Deus, tal como se manifestaram através de Moisés, tal como se manifestaram em Abraão, tal como se manifestaram em Balaão, e tal como professamos que se manifestam em são Cipriano e em Santa Maria Madalena.

Olhai que muitos dizem:

 

 

Mas Deus disse: «Não deixaras viver quem pratica a magia», e por isso:

 

como podeis vós falar de «magia» em «Deus»?

 

E a isso respondemos:

 

Deus também disse no seu mandamento:

 

Não mates

Êxodo 20.13

 

E porem Ele também ordenou:

 

Passarás a fio de espada todos os homens

Deuteronómio 20,13

 

Ou seja, olhai:

 

Tende cuidado quando vos arrogardes «donos» da «verdade» de Deus, pois que a «verdade» de «Deus» é «misteriosa», e por isso apenas em espírito a alcançaremos, e ninguém se pode arrogar a saber mais que Deus.

 

E por isso assim dizemos:

 

Acaso não foram três magos que Deus escolheu para abençoar a vinda do seu Filho Jesus a este mundo? (Mateus II)

 

Acaso o profeta Daniel também não foi Baltazar, um magoao serviço da corte do rei Nabucodonosor? ( Daniel IV)

 

Acaso Moisés não praticou feitos e artes de «ciências ocultas» iguais ás dos magos do Egipto? (Êxodo 7,8-12.22;8,1-3)

 

Acaso não estão os sacerdotes levitas de Deusinstruídos para operar não apenas em bênçãos, mas também em maldições ? (Números 5,23;29-30)

 

Pois então:

 

A questão que colocais é complexa, e como todas as coisas em Deus não pode ser lida na simplicidade redutora de apenas uma palavra, mas sim na complexidade de TODAa Palavra de Deus.

 

E por isso assim cremos:

 

Cremos em Deus e apenas no bem de Deus e em Deus, e porem quando falando de «magia» professamos que aquilo que Deus fez foi advertir para que as pessoas não se perdessem na adoração a falsos deuses, pois que assim está escrito:

 

Não tenhas outros deuses diante de Mim (…) nem os sirvas

Êxodo 20,3-5

 

Pois então:

 

O que Deus não queria, é que sob o pretexto da «magia», o seu povo se fosse perder em falsas adorações.

 

E porem:

 

Coisa diferente é que se clamem as suas bênçãos ou maldições, pois que essas foram criadas por Deus, (Deuteronómio 11,26),  e dadas ao homem para serem clamadas em Deus.

 

E por isso mesmo, aquilo em que cremos é isto conforme assim, está escrito:

 

Tudo o que Deus criou é bom, e nada é desprezível se tomado com acção de graças, porque é santificado pela Palavra de Deus e pela oração

1 Timóteo 4,4

 

E por isso:

 

Tudo o que for operado fora de Deus será mau, e porem tudo o que for praticado em Deus, por Deus, através da Palavra de Deus, e para Deus…tudo isso é bom e é por Deus santificado.

 

E assim sendo, então dizemos:

 

Tudo o que é da «magia» é do «espírito», e por isso se procurais pelas coisas do «espírito», então devereis procurar a «Deus» pois que é Ele O «Senhor» de todas as coisas do «espírito», pois que assim está escrito:

 

Moisés disse a Deus: «(…) Senhor, o Deus dos espíritos(…)»

Números 27,15

 

Pois então:

 

Deus é «espírito», e Deus é por isso «Senhor» de «todos os espíritos», e eis que tudo o que é do «espírito» é de «Deus» e é do «reino» de «Deus», que é o «reino» dos «espíritos».

 

E então:

 

Se procurais o «mundo do espírito», procurai então «em Deus», procurai «com Deus», e procurai  «jamais fora de Deus», pois que professamos que assim fazendo com fé, então procurareis sempre á coisa certa pelo caminho certo.

A «Arvore de vida» da Kabalah,  a magia negra e a magia branca.

 

De acordo com algumas teses ocultistas, a mais poderosa magia negra é realizada com recurso aos saberes de Deus,

pois como está claramente revelado nas sagradas escrituras sobre Balaão,

(Números 24,10-13)

um mago nada pode fazer sem a autorização de Deus, ou sem recorrer ao Seu Poder..

 

A mais poderosa magia negra, é na verdade o uso de certas forças e atributos do mundo espiritual de Deus.

 

As «Sephirot» da «arvore da vida» estudada pela ciência Cabalista, representam as varias forças e energias espirituais que existem,

e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico),

como tambem sobre as nossas vidas.

 

Na verdade, cada um dessas esferas corresponde a uma das faces de Deus, a um dos seus atributos e manifestações neste mundo.

 

São forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto,

a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos

das ciências místicas hebraicas.

 

Algumas das forças espirituais que emanam de Deus são geradoras de Luz,

ao passo que outras das forças espirituais que emanam de Deus são geradoras de Trevas.

 

São essas forças imanentes de Deus que são assim usadas para a pratica de Magia Branca, o Magia Negra.

No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdo da arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), e Binah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach (Vénus), Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte de luz.

Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos demagia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direitoda arvore da vida.

pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut (Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) e Kether ( Neptuno),  tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de  comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito

Fontes teológicas hebraicas e

origem da Kabalah

 

Segundo a astrologia na perspectiva de alguns cabalistas, os astros são formas de manifestação,

ou de deus e da vontade divina,

ou da natureza e das suas energias, ou das forças espirituais e das suas leis,

no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Assim está escrito:

 

Deus disse:« Que existam luzeiros no firmamento do céu,

para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos;

e sirvam os luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra»

Génesis 1, 14-15

 

Assim interpretam os seguidores da Astrologia Kabalista, que Deus criou os astros com duas funções declaradas:

 

I

uma função natural:  que é aquela que a astronomia estuda e que

nos revela os calendários segundos os quais a nossa vida é regida;

II

uma função espiritual: que é aquela que a astrologia kabalista estuda,

e por via da qual a Luz e força que emana de  Deus

ilumina a terra e as nossas vidas, guiando-nos através das trevas .

 

Existem 4 ramos da Cabalah:

 

Cabala pratica

Debruça-se sobre a esfera das operações magicas e dos rituais esotéricos

Cabala dogmática

Debruça-se sobre o estudo do próprio sistema cabalístico

 

Cabala literal

Ramo da cabala que estuda os valores numerológicos das palavras

 

Cabala oral

Ramo da cabala que se ocupa do estudo da arvora da vida e as suas «esferas»

 

 

teosofia fundamentada na Kabalah e concretizada através de Gematria, permite desvendar os segredos das Leis espirituais e do mundo espiritual, assim como obter revelações proféticas.

No entanto, para quem pretende entender os fundamentos ontológicos e etiológicos destas ancestrais ciências místicas, convêm que conheça os pilares teológicos que sustentam a sua existência.

Por isso mesmo, esclarecem-se aqui as fontes fundamentais do saber teológico hebraico.

Os conhecimentos religioso e místicos hebraicos, advêm de 5 grandes fontes:

*      Tora

*      Talmud

*      Midrash

*      Kabalah

*      Zoahr

Os fundamentais conhecimentos religiosos hebraicos, advêm de duas fontes fundamentais:

uma fonte de tradição escrita, e outra de tradição oral.

A fonte de tradição escrita é a Tora, e a de fonte oral é o Talmude.

Tora, é constituída pelos cinco primeiros livros da Bíblia, aquilo a que os cristãos denominam de Pentateuco. Nesses cinco livros reside o texto central do Judaísmo. A Tora, segundo descrito pelos hebraicos, é formada pelos seguintes livros:

*     בראשית, Bereshit - No princípio , ou Génesis

*     שמות, Shemot - Os nomes , ou Êxodo

*     ויקרא, Vaicrá - E chamou , ou Levítico

*     במדבר, Bamidbar- No ermo , ou Números

*     דברים, Devarim - Palavras , ou Deuteronómio

 

Se a Tora concerne á tradição escrita por via da qual os ensinamentos espirituais foram facultados aos hebreus, por outro lado o Talmud respeita á tradição oral por via do qual esses mesmos conhecimentos foram transmitidos ao Homem, e passados de geração em geração.

Segundo os saberes místicos hebraicos, as leis de Deus foram reveladas a Moisés não apenas por via escrita (a Tora), mas também através de um conjunto de conhecimentos transmitidos oralmente, e que devem de ser igualmente transmitidos pela via da oralidade de pai para filho, de mestre para discípulo.

Talmud acabou sendo uma obra que compila discussões, comentários, tradições, lendas, histórias, saberes religiosos e místicos hebraicos acumulados ao longo dos tempos, por via desta tradição oral.

Talmud assistiu á sua elaboração e compilação desde o Sec. I ao V d.C.

Para além da Tora e do Talmud, alguns dos saberes místicos e teológicos hebraicos fundamentais, podem também ser encontrados no Midrash.

Essa é uma obra que consiste numa narrativa que se formou, também ela, com fundamento na tradição oral (Talmud), que foi sendo criada a partir do Sec. I d.C. e que acabou assistindo á sua primeira compilação escrita por volta de 500 d.C., no livro Midrash Rabbah.

Midrash, é etimologicamente composto por dois termos hebraicos: ”Mi” que significa “quem” e “Darash” que significa “pergunta”. Significa por isso: «quem pergunta», ou «aquele que pergunta», revelando o próprio nome que se trata de um processo de investigação e procura de sabedoria.

Midrash foi sendo aprofundado no seio das sinagogas, com a finalidade de adequar as escrituras á vivência prática (familiar, social, etc), das comunidades Judaicas, por vezes ao longo de momentos históricos difíceis.

Midrash foi sendo desenvolvido com o objectivo de fazer uma investigação e interpretação mais aprofundada das Escrituras, tentando mesmo formular uma união entre a tradição oral e a tradição escrita.

Midrash comporta uma série de «Midrashim» (plural de Midrash, significando que são uma série de textos «Midrashicos»), que foram agrupados no Sec. V, sendo essa complicação denominada por Midrash Rabbah. Cada texto (Midrashim), é uma visão interpretativa relativa á escritura sobre a qual se debruça.

Outra das fontes de conhecimentos místicos, esotéricos e mitológicos do saber teológico hebraico, é a Kabalah.

Kabalah consiste num sistema religioso e filosófico, no qual se acredita que as Escrituras contêm um conjunto de segredos espirituais ocultos, ao qual apenas conseguem aceder aqueles possuidores de determinados métodos que são a «chave» que permite decifrar e aceder a esses saberes.

Kabalah afirma deter esses métodos, sendo que esses consistem em processos numerológicos.

kabalah ensina que cada letra, cada palavra, cada número e cada passagem das Escrituras, encerram significados e sentidos ocultos, que uma vez desvendados, permitem aceder a preciosos saberes espirituais.

Kabalah é a vertente mística do Judaísmo, sendo que uma das suas obras fundamentais é o texto «Sefer Yetzirah» (Livro da Luz), que consta ser anterior ao Sec. XIII, embora existam outras obras que se acreditam serem anteriores ao Sec. VI.

Por ultimo, falamos brevemente do Zohar.

Zohar, é um dos mais relevantes trabalhos que emanam da Kabalah, é uma das obras mais relevantes do misticismo hebraico.

Zohar não é propriamente um livro, mas tal como a bíblia, é antes um conjunto de livros. Neles, muitos saberes místicos sobre a origem do mundo e da humanidade, sobre Deus, sobre as almas e a espiritualidade, etc. são revelados.

Zohar debruça-se sobre a Tora, proferindo sobre os cinco textos (em Aramaico e Hebraico), comentários místicos.

Alega-se que o Zohar terá aparecido em Espanha por volta do Sec. XIII, contudo sendo-lhe atribuída a autoria a um rabino do Sec. II.

 

 AS PROFECIAS E FEITIÇARIAS NA HISTORIA


O poder das profecias e dos feitiços andam de mão dada ao longo da Historia da humanidade, e há provas irrefutáveis do seu poder e da sua verdade.

Um Oráculo é uma forma de comunicação com espíritos superiores, ( chamemos-lhes Deus, Anjos ou Deuses, conforme se acredite), de forma a que tais seres celestiais revelem auxilio a quem os procura, através dos sacerdotes que os servem. O espírito usa assim o corpo do sacerdote como forma de comunicação com os seres humanos, e vice-versa. Dos oráculos, nasceram algumas das mais importantes profecias que se conhecem. Os oráculos de Zeus eram dos mais reputados e famosos na época greco-romana. Os oráculos de Zeus eram praticados em diversos santuários, e eram transmitidos pelo espírito do deus aos seus sacerdotes que assim os revelavam a quem visitava tais templos, da mesma forma que o espírito do Deus Javé falou através dos seus profetas aos hebreus.
Os sacerdotes obtinham contacto com o espírito desse deus através de «incubação», ou seja: dormindo uma noite no chão do templo e andando sempre descalços nesse mesmo santuário. Acreditava-se que o espírito do Deus habitava nos santuários que lhe eram dedicados, e que ali pernoitando, o deus entraria no sacerdote e lhe falaria por meio de visões nocturnas, tal como o Deus Javé falou aos seus profetas por sonhos, sendo que Daniel é o mais famoso interprete bíblico de tais mensagens divinas.
Acreditava-se igualmente que o espírito do deus podia também manifestar-se no fogo, e disso também falam as escrituras, quando Moisés contacta com Deus vendo-o na forma de um fogo. Verificamos por isso que as praticas oraculares,( de contacto com deus), das culturas hebraicas acabam obedecendo ás mesmas regras espirituais que aquelas praticadas pelas culturas helénicas.
Alexandre O Grande consultou o oráculo de Amon, (a divindade Egípcia homónima de Zeus na cultura helénica), para saber sobre a sua filiação, assim como sobre o destino das suas conquistas. A ele foi-lhe revelado que era o filho de um deus, e que seria o maior conquistador de todos os tempos na humanidade. Tal revelou-se verdade, pois ate a César e ao grandioso império romano, os feitos de Alexandre O Grande ecoavam como lendas e feitos impossíveis de igualar.

O oráculo de Delfos, era outro dos mais famosos meios de contacto espiritual com os deuses na antiguidade. O deus Apolo falava com quem procurava a sua ajuda através das suas sacerdotisas, possuindo-as e fazendo sair pela boca dela as verdades que muitos procuravam.
Conta-se que certa vez o rei Creso consultou o Oráculo de Delfos de forma a saber se deveria atacar a Pérsia. Foi-lhe respondido que se atacasse a Pérsia, destruiria um grande reino. O rei pensou que a resposta era favorável e fez guerra contra a pérsia. No final, foi o seu próprio reino que acabou destruído, e a profecia não mentiu.
Na verdade os espíritos falam como falam, e ao faze-lo ditam as suas sentenças .Há que aceitar as suas palavras, tendo a prudência de não querer fazer das mensagens espirituais aquilo que queremos, mas sim aquilo que é verdade.

 

Um hebreu que viveu entre 70-100 d.C., de nome Hanina ben Dosa,  foi um famoso curandeiro que viveu na Galileia.

Nesses dias, o filho de um notável fariseu de nome Gamaliel estava doente, com uma grave febre.

Gamaliel enviou dois seguidores a Hanina, pedindo-lhe que viesse e curasse a criança. Contudo, ao invés de partir com os empregados de Gamaliel,Hanina subiu ao andar superior da sua casa e rezou.

Perante tal gesto, os jovens perguntar-lhe com alguma desconfiança e ironia:

« Ès algum profeta?».

A isto Hanina respondeu:

« Não , não sou profeta. Contudo tenho este dom: se uma oração me sai da boca com fluência, sei que haverá cura;

mas se não sai, sei que não há cura».

Os dois homens partiram para junto do seu mestre fariseu, e logo verificaram que na altura em que Hanina fez a sua oração,

o rapaz se tinha realmente curado.

 

Na Grécia da antiguidade, imensas pessoas recorriam ao templo de Asclépio,

um espírito divino que oferecia grandes milagres de cura a quem procurava o seu auxílio.

Contam  factos historicos, que certa vez uma mulher estéril pernoitou do seu templo, com o desejo de alguma vez poder vir a ter um filho.

Durante a noite em que dormiu no santuário, a mulher sonhou que uma das sagradas serpentes de Asclépio penetrou nela.

A mulher regressou a casa no dia seguinte e engravidou, contrariando todos os factos e todas as probabilidades, naquilo que constituiu um dos imensos milagres deste espírito.

 

Não procuremos contudo tão longe na historia, para encontrarmos exemplos de profecias que resultam em todo o seu poder.

Muito recentemente, ainda em pleno Sec XXI; o mundo viu o caso do Rabino Yitzhak Kadouri .

Kadouri foi um rabino que acredita-se que tenha vivido 106 anos.

Conhecido por estar à frente da Cabala, Kadouri morreu em Janeiro de 2006 após lutar contra uma pneumonia.

Polémico e influente, Kadouri ficou marcado por amaldiçoar o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein.

E tal como a sua maldição condenou o ditador, o mesmo acabou o seu longo reinado de glorias e poder,

escondido num buraco debaixo da terra, sem poder ver a luz do dia, acabando preso e morrendo.

Inquestionavelmente a maldição produziu efeitos e a historia assim o prova. .

Mas podemos facilmente referenciar outros exemplos sobre esta realidade que são os trabalhos de feitiçaria e os trabalhos proféticos. .

Nos Estados Unidos, os índios foram barbaramente massacrados e votados ao ostracismo, desprovidos das suas terras, encarcerados em humilhantes reservas federais. Não se pense contudo que tudo isso ficou sem resposta. O troco foi dado por um feiticeiro índio de nomeTengstunatowa, que fazendo um poderoso trabalho de feitiçaria, acabou lançando 20 pedras a uma fogueira. As 20 pedras místicas do bruxedo, significavam que de 20 em 20 anos morreria tragicamente um presidente dos estados unidos da América. O feiticeiro índio escreveu ao presidente William H. Harison , informando-o da maldição que havia sido lançada sobre os presidentes dos homens brancos. Não sabemos se o presidente levou a sério esta carta, mas o facto é que ele morreu pouco depois. E o facto é que, de 20 em 20 anos, morreu um presidente norte-americano, sempre em estranhas circunstancias, seja de acidentes, seja de envenenamentos, seja de tiros, etc. A maldição durou 140 anos, nos quais 7 presidentes morreram conforme a bruxaria do velho feiticeiro. A feitiçaria só foi quebrada por Ronald Reagen, ou melhor, pela sua esposa NancyReagan, que consultando uma famosa astróloga, médium e mestre de artes esotéricas, conseguiu afastar do presidente o destino que fatalmente o aguardava. Assim , de facto o presidente foi baleado, mas não morreu. .

Ronald e Nacy Reagan, devem assim a vida a uma profetiza, que os acompanhou em todos os passos da sua presidência. Mesmo em certos eventos, como o grande tratado sobre armamento nuclear com a União Sovietica, e a queda do muro de Berlim, Reagan foi auxiliado pela vidente que lhe deu expressas indicações sobre o que fazer para ter sucesso, e o facto é que as iniciativas politicas do presidente correram conforme profetizado e tiveram sucesso. .

Já na Europa, no Sec XIV, um exemplo de profetização e feitiçaria ficou escrito na historia.Com a autorização do Papa Clemente V, o rei da França ordenou a morte dos cavaleiros Templários. Em 1307, Jacques De Molay, (Grande Mestre da Ordem dos Templários, foi assassinado. Outros 50 cavaleiros templários foram aprisionados em masmorras até á morte e todo o vasto e riquíssimo património da Ordem foi ou saqueado, ou confiscado pelo estado francês, que dividiu alguma parte desse grande tesouro com o Papado.Nas insalubres e horrendas paredes das masmorras, os Monges da Ordem dos Templários desenharam símbolos místicos e rezaram ferozmente contra o papa Clemente V, amaldiçoando-o com violência.Nessas paredes foram desenhados símbolos místicos que ainda hoje se podem ver, e que atestam que naquele local de perdição e morte, fortes feitiçarias foram praticadas. Pois no dia em que foi executado, ( foi queimado vivo), Molay lançou a sua maldição, declarando que o Papa Clamente V e o Rei Filipe IV de França iriam morrer, o primeiro passado um mês e o segundo passado um ano. Escusado será dizer que o feitiço e a maldição resultaram e que, 40 dias depois o papa Clemente V morreu misteriosamente, após ter padecido de atrozes sofrimentos. Tão mais estranha foi esta mortesubita, porquanto o papa possuia uma saude de ferro e morreu fulminantemente sem qualquer explicação. O rei Filipe IV também se seguiu, morrendo em grande tormento passados 8 meses sobre a morte do papa e em consequencia de uma queda de cavalo. Tambem esta morte foi taomais estranha, porquanto o rei de França era reconhecidamente um dos melhores e mais hábeis cavaleiros da Europa. Ambos os homens mais poderosos da Europa , ( e entre os mais poderosos do mundo), não foram mortos nem por guerras, nem por golpes palacianos ou de estado, nem pelos inimigos de outras nações inimigas. Ambos este homens, ( poderosos e bem guardados sob uma inultrapassável protecção militar), morreram ás mãos da feitiçaria, abatidos por visões terríveis e atingidos por atrozes dores. .

Um dos outros casos mais conhecidos da bruxaria da historia ocidental ocorreu em 1680. Nessa época, em França reinava Luís XIVAthenaisCharente, Marquesa de Montspan encomendou ao Abade Guibourg diversos trabalhos da magia negra com o objectivo de se tornar a única mulher a partilhar a cama do rei Luís XIV. As Missas Negras foram executadas, e em resultado a Marquesa acabando conseguindo os seus desejos, tornando-se a mulher mais poderosa do reino, a unica a partilhar o leito com o monarca e mesmo dando á luz 7 filhos ao Rei.A condensa conseguiu os seus desejos e a fama deste feito espalhou-se por todo o mundo. Assim, a missa negra popularizou-se no sec XVII, com as famosas missas satânicas do abade Guibourg, e com elas o abade concedeu favores pagos a peso de ouro a quem o procurou. Diz-se que maioritariamente, os seus trabalhos eram bem sucedidos. .

Voltando aos Estados Unidos da America, podemos ver o caso do presidente Lincoln. Esse era um homem a quem os espíritos falavam através de sonhos ou visões nocturnas, profetizando-lhe eventos que mais tarde se concretizavam. Por isso mesmo este foi um homem marcado por visões e que estudava atentamente as mensagens espirituais que recebia, pois via que elas revelavam, sem falhar, verdades por vir. E tão mais eram verdade as profecias reveladas nos sonhos, quão o presidente veio a tragicamente descobrir. Certa noite, este presidente sonhou que dormindo nos seus aposentos na casa branca, quando foi acordado por choros. Desceu a escadaria e dirigiu-se á ala este da casa branca, onde encontrou imensa gente vestida de negro, chorando, abraçando-se. As pessoas estavam em volta de um cadáver exibido em cerimonia fúnebre. Estando longe do corpo do finado, o presidente perguntou a um guarda:«Quem é aquele homem?», ao que o guarda respondeu:«È o presidente. O presidente morreu.» Escusado será dizer que o presidente acordou encharcado e suor e em grande angustia. Foi nesse mesmo dia seguinte, que o presidente foi assassinado sangue frio, com um tiro «á queima roupa», quando participava num evento social. Estes factos constam na biografia de pelo menos 2 pessoas diferentes a quem o presidente houvera confessado o seu perturbador sonho, no mesmo dia em que logo depois foi assassinado. .

Também o presidente Roosvelt consultou uma medium, que lhe profetizou imensas coisas que, na altura, lhe pareceram improváveis. Ela contou-lhe com detalhes, que no futuro, depois da sua presidência, a Rússia tornar-se-ia numa super potencia inimiga dos EUA , a China transitaria para um regime comunista, o racismo seria fonte de grandes problemas no mundo, etc. O presidente não queria querer nas profecias de Jeane Dickson, mas ficou congelado quando lhe perguntou sobre o seu estado de saúde, e a profetiza lhe revelou que dentro de poucos dias ou semanas ele morreria. Também nisto não acreditou, mas apenas porque os seus médicos lhe ocultavam o verdadeiro estado avançado da sua doença. O presidente veio a falecer 1 semana depois, e tudo que foi profetizado sucedeu depois do seu mandato. .

Também Nixon, um dos mais controversos presidentes dos EUA, soube de uma vidente que a sua nação seria vitima de ataque terrorista de proporções jamais vistas, mas que isso apenas sucederia depois da morte de Issac Rabin, que seria assassinado. O presidente ficou obcecado com as catastróficas revelações, havendo convocado Kissinger e os serviços secretos para discutir sobre estes assuntos e saber se haviam informações que o poderiam esclarecer, ou mesmo ajudar a evitar tais terríveis eventos. Obviamente os serviços secretos não sabiam de nada, e a fama de instabilidade psicológica do presidente aumentou. Foram precisas mais de 3 décadas, para que a visão da médium se tornasse realidade. Na verdade,Issac Rabin morreu mesmo assassinado, e depois disso, a 11 de Setembro, os EUA foram vitimas de um enorme golpe terrorista. .

Ainda sobre o 11 de Setembro, Nostradamus profetizou sobre uma catástrofe na forma de uma «bola de fogo» a suceder no paralelo 45, naquilo a que ele chamou a «Nova Cidade». E de facto, Nova York fica no meridiano 45 , e é a «Nova» cidade de «York», cujo o nome vem obviamente da cidade de «York» no Reino Unido, sendo esta como é, uma área geografica Norte Americana pertencente á antiga pontencia colonial Inglesa .Assim, Nostradamus profetizou sobre um evento que apenas se concretizou e ocorreu 500 anos depois da sua morte, num pais que á data da vida do profeta, nem sequer existia ou havia sido fundado. .

Nostradamus nasceu a 14 de Dezembro de 1503 em França. Sendo de descendência judaica por parte do seu bisavô, tornou-se contudo num profeta profundamente ligado ao cristianismo. Dizia-se que sofria de epilepsia e insuficiência cardíaca. Faleceu em 1566, vítima de uma fatalidadecardio-pulmunar. Nostradamus frequentou o curso de medicina, que entretanto abandonou, tendo trabalhado como ervanário e farmacêutico. As suas praticas de higiene e aplicação de certos produtos naturais permitiram alguns bons resultados contra a peste negra que na altura devassava a Europa, o que em certa medida contribuiu para a obtenção de uma certa fama. No entanto, essa mesma peste acabou vitimando a sua primeira mulher e filhos, o que lhe causou grande desgosto. Alguns dizem que foi após esta tragedia pessoal, que Nostradamus começou verdadeiramente a sua produção profética, tendo-se então debruçado sobre o estudo das praticas místicas que viriam a ser responsáveis pela sua obra. Nostradamus veio a casar novamente e teve seis filhos. Nostradamus dedicou a sua vida ao estudo da astrologia e outras ciências ocultas. Nas suas profecias, Nostradamus previu entre outros eventos históricos: a morte do rei Henrique II, o destino dos filhos de Catarina de Médecis, a fundação dos Estados Unidos da América, a queda da União Soviética, a existência de Hitler e Napoleão, etc. Nostradamus previu mesmo, (num final acto profético), a sua própria morte. As profecias de Nostradamus encontram-se inscritas em versos cujo o textos se encontra encerrado em sentidos e codificações que tornam a sua leitura nem sempre de fácil acesso. No entanto, nos tempos em que o profeta viveu, ele sentiu a necessidade de codificar o seu trabalho, ( conforme também «Da Vinci» o fez com muitas das suas obras), de forma a evitar a sua tortura e morte ás mãos da SantaInquisição,(dessa ameaça tambem Galileu teve o seu gosto, por abertamente publicar os resultados do seu pensamento), que não hesitava em condenar como «heretico» o resultado de toda a obra literaria que não fosse concordante com a «verdade» do Vaticano. Sabe-se que se Nostradamus, apesar da sua prudencia, nao acabou na fogueira, tal deveu-se á intervenção sistemática da rainha Catarina de Medicis, ( esposa de um rei de frança, e mae dos outros dois que se seguiram), e que foi salvando Nostradamus das acusações da pratica de astrologia e outras cienciasocultas proibidas pela Inquisição. Alguns consideram Nostradamus o último dos grandes profetas.

Outro grande profeta foi São Malaquias, que fez das mais formidáveis profecias de sempre, comparáveis apenas ás de Nostradamus. São Malaquias, cujas as previsões se encontram num corpo de textos manuscritos conservados no Vaticano, foi um bispo Irlandês do Sec XII que alguns alegam ter sido filiado no movimento ocultista gnóstico, tendo sido iniciado nos segredos místicos dos Templários. Seja como for, foi certamente um vidente, cujas as visões se tem cumprido até á data de hoje com surpreendente e arrepiante acerto. São Malaquias foi um monge que fez profecias apocalípticas, tal como são João. Mas ao contrário do segundo, Malaquias não fez profecias catastróficas nem profundamente enigmáticas. Malaquias foi ordenado padre em 1119, e começou a ter visões sobre o futuro em 1139. Malaquias ficou atormentado com as suas visões, que lhe revelavam verdades sobre o fim da Igreja. Malaquias surpreende pela clareza das suas profecias, pois ele mediu o final dos tempos pelo número de papas que existirão até a nossa civilização terminar, ou pelo menos alterar-se profundamente. Malaquias previu que existiriam 112 papas, desde o tempo em que ele próprio viveu, (ou seja, desde o papa desde Celestino II, em 1143), até ao final dos tempos, altura em que o último pontífice, Pedro II, ocupará o trono do Vaticano num ambiente de terríveis sofrimentos da humanidade. Mas as profecias não se ficam por aqui: Malaquias não só designou quais os papas que iam existir, como também proferiu uma sentença por cada um dos papas que previu que ia existir, de forma a que cada um deles pudesse ser objectivamente identificado. Até á data de hoje, todos os papas que existiram correspondem ás descrições de Malaquias.

Quem duvida das profecias ou da feitiçaria, é porque nunca olhou para a historia da humanidade. Elas estão lá, vivas em todos os séculos, provadas sem hipótese de refutação. Apenas por cegueira intelectual ou má vontade, é que se podem negar os factos.

As profecias e bruxarias podem tardar, mas jamais falham.

 

….

Profetas, Magos, Milagres

 

 

 

Os milagres de mestres e profetas.

 

 

Jesus fez milagres e profecias, pois tinha com ele o poder do espírito de deus.

 

Sabe-se contudo que outros homens o longo da história também fizeram milagres,

porque igualmente possuíam consigo o poder de outros espíritos:

 

I

 

O deus grego Asclépio era venerado com um espírito que favorecia grandes cura e realizava grandes milagres.

Os sacerdotes do seu culto, (principalmente estabelecidos em Epidauros),

deixaram provas documentais de incontáveis milagres e curas que sucederam a quem procurava a ajuda deste espírito.

As curas eram normalmente realizadas naqueles que pernoitavam no templo e

a quem o espírito comunicava mensagens na forma de sonhos. O facto é que depois de abandonarem o templo,

essas pessoas viam-se curadas.

 

II

 

Também na Grécia, Apolónio de Tiana, um filosofo e curandeiro itenerante, era conhecido pelo

seu milagroso poder de cura, assim como pelos exorcismos que realizava.

 

III

Hanina Bem Dosa, foi também um famoso curandeiro Galileu. Também ele curou imensas pessoas,

entre as quais o filho do fariseu Gamaliel.

 

IV

 

O palestiniano Honi, mais que uma vez serviu os hebreus convocando chuva quando as secas ameaçavam

as vidas dos hebreus. Certa vez ele terá convocado o fenómeno com tanta força, que os habitantes de Jerusalém foram

 para o monte do templo devido á força das águas invocadas.

 

V

Jamnés e Jambrés, dois dos mais celebres magos ao serviço do faraó,

( os mesmos que defrontaram Moisés),

fizeram inúmeros prodígios que todos observaram a olhos vistos, facto que ficou registado para a historia.

 

 

VI

 

Outros profetas que viveram no tempo de Jesus realizaram milagres e curas,

tal como os evangelhos o mostram ( Mt 12, 27-29)

 

VII

Por volta de 30-33 d.C., entrando em Jerusalém por altura das festividades da Páscoa,

Jesus fez profecias relativas á destruição do Templo de Jerusalém,

e de facto, elas vieram a ser cumpridas.

Dizem os factos   históricos que na verdade, em 70 d.C., o templo foi arrasado pelas forças militares Romanas,

tal como Jesus havia profetizado.

 

 

Estes são apenas alguns exemplos que a historia nos faculta de como os milagres,

profetas e mestres sempre existiram e realizaram tremendos feitos a favor de quem procurou a sua ajuda espiritual.

 

Todos estes exemplos históricos atestam que foram inúmeros os homens ao longo da historia,

usaram o poder dos espíritos para realizar milagres e profecias

com um tal sucesso, que os seus feitos são conhecidos ainda hoje.

 

 

 

 

As curas e os milagres do mestres e profetas da antiguidade.

 

Como podemos verificar nos evangelhos, as curas de doenças e outros problemas sucede porque

essas doenças e problemas variados advêm de males espirituais que afectaram uma pessoa.

 

Um mal atinge espiritualmente uma pessoa, e colateralmente afecta outros aspectos da sua vida, como a saúde ,

o seu comportamento, etc.

 

Nas escrituras podemos verificar que Maria Madalena teve sete demónios dentro dela e que por isso,

teve comportamentos pessoais problemáticos; o possesso de Gerasa tinha fortes espasmos, condutas violentas

e ia habitar em cemitérios ( Mc 5; 1-20);  uma criança   mandava-se ao fogo ( Mc 9,22), etc

 

Diz-se que as pessoas acreditavam em milagres porque nesses tempos eram ignorantes; contudo na verdade

verificamos que não era assim, pois na bíblia vem expressamente descrito que uma das pessoas que Jesus curou

era um epiléptico. Isso bem demonstra que as pessoas não eram ignorantes, e sabiam perfeitamente distinguir

entre um epiléptico, ( uma pessoa que sofria de uma doença,  hoje em dia tida como psiquiátrica),  e uma

pessoa possuída por demónios. No entanto, em ambos os casos Jesus curou.

 

Se os milagres que existiram na antiguidade fossem apenas uma questão de mera ignorância, nem as pessoas

saberiam distinguir entre ambos os estados,( uma doença clinicamente visível,  ou um mal espiritual), e muito

menos os autores dos evangelhos o poderiam ter relato com um tal rigor.

 

Mais: Os evangelhos descrevem a história de uma mulher que «sofrera muito nas mãos de médicos e gastara

todos os seus bens, continuando a piorar cada vez mais» ( Mc 5,26), mas que procurando Jesus, se curou.

 

Os evangelhos mais uma vez revelam que as pessoas na antiguidade não procuravam a ajuda dos espíritos quando

padeciam de doenças por mera ignorância, pensado que deviam ir a um profeta ao invés de procurar a

sábia ajuda de um médico.

 

As pessoas de então agiam como as de hoje, e quando estavam doentes procuravam os médicos como fazemos

hoje em dia, ou seja, não actuavam com superstição ignorante. O facto é que em certos casos, o medico não

consegue resolver aquilo que é do domínio dos espíritos, e disso são prova os milagres.

 

Por tudo isso, as desculpas que alegam que os milagres apenas sucederam por ignorância de quem viveu na antiguidade,

estão por isso afastadas quando analisamos as escrituras e verificamos, tanto que os seus próprios autores sabiam bem

o que eram estados clínicos e não os confundiam com possessões, como que as pessoas na antiguidade não confundiam

os problemas de saúde com os problemas espirituais e actuavam tal como nos o fazemos na actualidade.

 

Se os milagres não são apenas o produto de crendices, muito menos de processos psicológicos

nem fruto da ignorância, como sucedem estas curas?

 

A verdade é que, por muito que se queira negar, de facto existe um mundo físico e um mundo espiritual.

 

As forças espirituais podem entrar no nosso mundo e afectar negativamente as nossas vidas, assim como se

pode fazer uso dessas mesmas forças espirituais para obter auxilio e curar problemas.

 

Uma das provas mais fortes que podemos encontrar sobre a existência desse mundo espiritual e da sua

influência no nosso mundo, são os milagres. Por eles encontramos prova da manifestação de forças neste mundo que

ultrapassam completamente a nossa compreensão, e que a ciência não pode entender. Podemos não ver o ar, mas

quando o vento derruba arvores e destrói casas, como negar a evidencia que o ar existe e que flúi em

correntes termodinâmicas? Neste caso, ( como no caso do mundo espiritual), somos forçados a concluir que pelo efeito que vemos,

conhecemos a causa, apesar de não podermos ver a causa.

 

Jesus falou desse mundo espiritual referindo a palavra «ru’ah», uma palavra hebraica

que significa simultaneamente «espírito» e «vento».

 

A correspondência grega da palavra «ru’ah» é «pneuma». E no evangelho de João, o termo grego é usado

para descrever aquilo que Jesus disse sobre o mundo espiritual:

«O vento sopra por onde quer, assim acontece com que nasceu dos espírito».

Jesus esta declarando que os espíritos são realidades invisíveis como o vento, mas que contudo são tão reais como

o vento e que, essas mesmas entidades interagem com o nosso mundo da mesma forma como o faz o vento:

constantemente a ao sabor dos seus desejos.

 

Pois na verdade o vento é como o mundo espiritual: não o podemos ver, mas podemos senti-lo

nas nossas vidas todos os dias. Não podemos vê-lo, mas nega-lo é impossível.

 

 

 

 

Jesus, o Mago

 

Na suas curas, ( por muito que desagrade aos teólogos mais ortodoxos), a verdade é que Jesus usou processos mágicos.

 

Nalgumas das curas que Jesus realizou, Jesus diz palavras com poder e peso mágico, que curam.

 

Ora, isso é uma das características do processo mágico:

 

poder da palavra que invocada com  e com sabedoria do divino,

faz realizar fins milagrosos.

 

Disso é prova o evangelho de Marcos .

O evangelho de Marcos , apesar de ser um texto escrito em grego,

nele constam as palavras que Jesus usou originalmente quando fez os milagres.

Essas palavras, ao contrario do

restante texto que se encontra escrito em Grego,  estão escritas em Aramaico,

de forma a conservar a noção do poder

das palavras misticas que Jesus usou para realizar as suas curas através de processos espirituais.

 

Quando realizou ressurreição da filha de Jairo, Jesus tomou a rapariga pela mão e disse:

«Talitha qûm».

E a rapariga levantou-se, apesar de estar morta.

 

Quando realizou a cura do homem surdo-mudo, ( Mc 7, 31-37), Jesus disse no momento da sua realização:

«Effathá»,

e o homem ficou curado.

 

Em todos estes exemplos de curas milagrosas,

palavra original de Jesus em Aramaico é transcrita no

Evangelho de Marcos, apesar do mesmo estar totalmente escrito em Grego.

 

Aqueles que possuem conhecimentos sobre as ciência ocultas, sabem que o uso de poderosas palavras ou

fórmulas místicas, são a chave de um trabalho espiritual.

 

A manipulação do mundo físico através da palavra mística que convoca o forças espirituais para as fazer actuar

nesta realidade,  é o processo mais comum da magia.

 

No evangelho de Marcos, a palavra usada por Jesus e que funciona como processo magico ou espiritual

 foi fielmente transcrita e respeitada pelo autor do sinóptico sobre a vida de Jesus.

 

A noção da palavra magica associada aos processos místicos, é profundamente respeitada por Marcos na sua

versão da obra e vida de Jesus.

 

 

 

 

Jesus, o exorcista

 

Jesus era um mestre e professor da lei de Moisés, que nas sinagogas falava sobre a sua

visão das escrituras e do reino de Deus.

 

Contudo, Jesus era também um exorcista.

As suas curas foram obtidas não só através da palavra magica

que invocava as mais poderosas forças espirituais, (magia),

como os evangelhos revelam claramente

Ele andava de terra em terra realizando exorcismos, e foram esses exorcismos, ( Mc 1,39)

( e das curas que resultaram), que muita fama Lhe deram.

 

Nos evangelhos podemos ler que Jesus expulsou muitos demónios e assim realizou muitas curas e que por isso,

multidões o procuravam de tal forma

que ele não conseguia entrar nas cidades (Mc 1, 45)

 

 

No entanto os exorcismos não era vistos sempre com bons olhos:

se bem que as pessoas gostavam de ficar

curadas por via dos exorcismos que Jesus praticava,

contudo o exorcismo é tido como um processo por via da

qual uma pessoa entra em comunicação com demónios para lhe pedir ou impor algo, ou seja:

é o mesmo que magia negra.

 

A Magia negra acontece quando se entra em contacto com demónios para se pedir algo, ou para se lhes ordenar algo;

A Magia branca sucede quando se entra em contacto com entidades espirituais celestiais para lhe pedir algo.

Ora, se Jesus entrou em contacto com entidades celestiais, ( Deus), também entrou em contacto directo com demónios,

e fê-lo para vários para vários fins:

 

*      desde expulsa-los (Mc 1,23-26; 32-34)

*      a falar com eles e pedir-lhes silêncio sobre a sua identidade divina (Mc 3,12)

*      a autoriza-los que entrassem em animais, como porcos (Mc 5, 12-13)

*      etc.

 

O exorcismo neste aspecto é um processo de magia negra,

e a verdade é que Jesus praticou-o diversas vezes.

 

Mais que isso:

Na época de Jesus, os exorcistas costumavam fazer uso de complexos processos e rituais místicos

para proceder á expulsão de um demónio;

Jesus, ao contrario, entrava em contacto directo com os demónios e falava com eles directamente, (Mc 1,25)

ordenando-lhe aquilo que bem quisesse.

E em consequência desse diálogo directo, os demónios obedeciam-lhe.

Ora, segundo as crenças e saberes teosóficas hebraicas,

este acto de contacto directo e dialogo com demónios é uma pratica de «magia negra».

 

Por isso mesmo, depois de Jesus fazer um exorcismo,

as escrituras revelam que as pessoas pedem a Jesus que ele abandone a sua aldeia.(Mt 8,28-34)

 Fazem-no, porque Jesus praticava uma forma de trabalho espiritual que era considerado perigoso e impuro,

tão perigoso e impuro como o conceito que hoje temos da «magia negra».

 

Jesus não expulsava demónios através de fórmulas e processos mais ou menos inatingíveis e incompreensíveis;

Jesus expulsava demónios comunicando directamente com eles e falando-lhes.

 

Ora, o próprio acto de comunicar com demónios e falar-lhes, (seja para que efeito for),

é um acto de magia negra.

E isso preocupava profundamente quem assistia á sua obra, e tanto assim foi que acusaram Jesus de expulsar demónios

por estar possuído e em pacto com o próprio demónio (Mt 12, 27-29).

A  própria mãe de Jesus,( bem como seus irmãos),

também disseram que Jesus estava «fora de si», ( Mc 3,21) e tentaram apanha-lo de forma a faze-lo parar com as suas

actividades exorcistas.

 

Em Actos de Pilatos, ( também conhecido por Evagelho de Nicodemo), afirmam sobre Jesus:

«É um mago», ( I,1), «um feiticeiro»( I,12) .

Não o faziam por maldade, mas sim porque entendiam que as suas praticas espirituais eram controversas,

pois Jesus usava de processos, impuros, ( «magia negra», ou o contacto directo com demónios para os fazer obedecer),

para fazer o bem.

E fazer o bem usando as entidades do mal,

Era, ( e é),  considerado como «feitiçaria».

Disso mesmo atestam diversas fontes rabínicas,

revelando que Jesus no seu tempo foi visto como alguém que realizava

prodígios que eram tidos como «fruto de magia» (b. Sanh 43ª; b. Sanh 107b; sanh. 107b)

 

Tudo isso porque os hebreus entendiam, ( com razão), uma coisa simples:

 

Jesus estava entrando em contacto directo com os demónios e falando com eles,

( para os expulsar das pessoas espiritualmente enfermas, para os fazer obedecer á sua vontade, etc),

ou seja, Jesus estava invocando e comunicando com demónios para atingir um certo fim , como por exemplo:

exorcismos ou curas.

E isso, (usar demónios para conseguir um certo fim), constituía, ( como ainda constitui),

 um perigoso acto místico, algo considerado impuro e que hoje em dia é descrito como:

 «magia negra».

 

Foi por ela, ( a magia negra,

ou a capacidade de entrar em contacto com demónios para os obrigar a realizar certos fins),

que, com autoridade, Jesus contactou com espíritos malignos,

Jesus fez os demónios obedecerem-lhe e assim,  curou muitas pessoas,

realizando alguns dos mais históricos milagres e prodígios da humanidade.

 

Salomão não só foi o maior dos reis Hebreus, como também foi um Mago.

Salomão foi um mago de enorme sabedoria, que tinha poder sobre as forças demoníacas,

e as usava ora para edificar a sua obra neste mundo, ora para curar e fazer o bem.

Também Jesus usou as forças demoníacas para realizar o bem, assim como Salomão. E assim disse Jesus:

 

«E aqui está, quem é maior que Salomão»

Lc 11,31

 

È  o próprio Jesus que alude a Salomão,

comparando-se e afirmando-se superior a este,

pois também Jesus, ( tal como Salomão),  exerceu poder sobre os espíritos da trevas, para assim obter resultados neste mundo.

E ao processo espiritual que consta em usar  as forças das trevas, (obrigando-as a obedecer),

para realizar actos neste mundo, chama-se:

«Magia Negra».

 

 

Destino dos profetas:

 

Jesus curou 10 leprosos,( Lc 17, 11-14), e  apenas 1 voltou para lhe agradecer.

 

Este facto bíblico revela que lamentavelmente, muitas  pessoas tendem a procurar avidamente o profeta

quando estão padecendo de um tormento, para logo depois de curadas desdenharem dele,

ou ate mesmo mancharem o seu nome com calunias e difamações;

 

Jesus curou inúmeras pessoas, expulsou demónios e fez milagres de ressurreição.

No entanto, muitas das pessoas que viveram nesse dias, disseram:

 

« È um homem que engana um povo» (Jo 7,12).

 

O profeta, por mais milagres que faça, está sempre sujeito à calúnia e à difamação.

 

Mais ainda pode esperar o profeta:

 

apenas 1 dos leprosos curados por Jesus voltou a Jesus para lhe agradecer,

enquanto que os outros 9 nada fizeram para o defender

quando ele foi acusado se ser uma fraude, um impostor, um homem que «engana o povo» (Jo 7,12).

 

Por isso, a missão do profeta é sempre ingrata.

 

Quem abraça essa missão, não pode apenas ter um dom espiritual,

como Apolónio, Hanina ou Honi) ou um profundo conhecimento das ciências ocultas,

como Nostradamus possuía da Astrologia e da Cabalah),

pois apenas o dom ou a sabedoria não chegam. È preciso um profundo sentimento de missão

e desejo de cumprir a sua tarefa, pois a historia já ensinou que o profeta raramente é pago com gratidão.

 

 

….

O QUE SÃO PROFECIAS ?

O que são Profecias e Oraculos?

Uma profecia, é uma previsão resultante de inspiração divina, ou seja,

revelada a um profeta por espíritos, por um deus ou por uma divindade.

Um Oráculo é a resposta dada por uma divindade a quem a consulta.

No caso da cultura judaica, os Hebreus acreditam que o espírito do deus Javé fala através da boca dos seus profetas,

tal como se acreditava noutras culturas,( nas sociedades helénicas, nas religiões da antiguidade Egípcia,

Fenícia, Cananita, Suméria, Babilónica, etc), que os espíritos dos deuses falavam através

dos seus videntes, sacerdotes e profetas.

Um profeta, é por isso aquele que faz revelações através da inspiração de uma divindade, ou seja, que produz Oráculos.

Na Bíblia, tanto no livro de Números, como no II livro de Crónicas, como na epistola dos Actos dos Apóstolos,

é visível , ( desde o antigo testamento ao novo), que as escrituras revelam que um acto de profetização ocorre

quando um espírito entra no corpo de um pessoa e fala através dessa pessoa.

Senão vejamos o que esta escrito:

“Dois homens tinham ficado no acampamento: um deles chamava-se Eldad e o outro Medad.
Embora estivessem na lista, não tinham ido á tenda.
Mas o espírito pousou sobre eles e começaram a profetizar”
Num. 11,26

“Então o espírito de Deus apoderou-se de Zacarias
(…) ele dirigiu-se ao povo e disse:
«Assim diz Deus (….)»
2 Cron. 24, 19-20

“Havia uma jovem escrava que estava possuída por um espírito de adivinhação,
fazia oráculos e dava muito lucro aos seus patrões”
Act Ap. 16,16-17

Nestas passagens podemos observar como a profecia é realizada quando um espírito, (nalguns casos o espírito de Deus,

noutros casos outro tipo de espírito), «pousa» sobre uma pessoa escolhida e fala através dela, fazendo revelações a

quem as procura, ou seja, profetizando e realizado oráculos.

Para os hebreus, um verdadeiro profeta era aquele que recebia mensagens do espírito de Deus, assim como para os povos

pré-hebraicos e pré-cristaos, profeta era aquele que recebia mensagens dos espíritos dos deuses.

 

 

 

 

Quais os métodos de contacto com espíritos e de profetização?

 

Eis que assim o entendendo, nos debruçamos sobre 5 métodos

de realização de profecias e de contacto com os espíritos:

 

I

Visões

Para os hebreus, o espírito de Deus habitava no Templo de Jerusalém, assim como para os Greco-Romanos o espírito de Zeus habitava nos templos que lhe eram erguidos. Como podemos observar através do Livro de Daniel, o espírito de Deus muitas das vezes faz revelações,(Dn 7,1; 13), através de visões nocturnas, ( chamadas «sonhos», contudo inspirados

por um espírito ou divindade), assim como na cultura helénica

também os espíritos dos deuses transmitiam mensagens oníricas a quem pernoitava

no templo de um deus ou deusa. Como podemos observar através das escrituras, Moisés falou com o espírito de Deus que se manifestou na forma de um fogo,

ao mesmo tempo que quem procurava oráculos nos templos de Zeus, também podia encontrar respostas divinamente inspiradas pelo deus através das labaredas do fogo, que causavam visões ou revelações em quem as observava.

II

Contacto com os espíritos – necromancia

No livro de Oseias é revelado que os profetas usam varas para receber mensagens do espírito de Deus, ( 4, 11-12), ao passo que essas mesmas varas foram também usadas por Moisés para fins sobrenaturais ( Ex 4,1-5); sabemos igualmente, que essas mesmas varas e pêndulos eram também usadas por sacerdotes de templos egípcios para obter revelações dos espíritos,

assim como ainda o são em templos orientais nos dias de hoje. As Tábuas de Ouijá, são também um dos actuais meios de contacto com os espíritos, que seguem a tradição das mais ancestrais técnicas de necromancia.

III

Tarot – o lançamento de sortes

Em vários livros do Antigo Testamento é declarado que os videntes usavam o

«lançamento de sortes» (Pv 16,33; Jn 1,7; Is 34,17; Jz 20, 9-21)  para obter respostas

do espírito de Deus, e também essa era uma pratica espiritual comum na antiguidade como ainda hoje é através do uso de instrumentos como o lançamento das cartas do «Tarot».

IV

Numerologia – kabalah

A tradição mística hebraica acredita que os textos bíblicos contem mensagens divinas ocultamente inscritas nas escrituras e que, essas mensagens revelam a verdade sobre as leis de Deus que regulam tanto o mundo físico como o mundo espiritual. Trata-se nesse caso da Ciência de Deus, a Kabalah, uma forma de aceder a verdades transcendentais (Ec 42,18-19; 39, 1-3; 50,27-28)

Para decifrar e perceber essas mensagens, os místicos hebraicos possuem um instrumento denominado «gematria», um processo análogo á numerologia. A numerologia deriva precisamente dessa técnica mistic hebraica, e é um processo atraves do qual se usam os números como forma de aceder ao mundo espiritiual. Da mesma forma como as ciências da natureza usam os números para entender as regras e fenómenos do mundo físico, a numerologia usa os números para simbolizar forças, entidades e mecanismos do mundo sobrenatural, e assim perceber os leis e fenómenos do mundo espiritual e a forma como essa realidade transcendental afecta as nossas vidas. Assim, por via desse instrumento, acredita-se ser possível aceder a verdades celestiais,

assim como a revelações proféticas.

V

Astrologia

 

 

Também outras religiões da antiguidade acreditavam que os deuses se manifestavam não num livro,

( como era a crença dos hebreus), mas antes através da natureza. Certas culturas da antiguidade, ( Persa, Babilónica, Fenícia, Egípcia, etc), acreditavam que o criador, ( ou criadores), falava com as suas criaturas através da sua criação, ou seja: a natureza. Assim as culturas da antiguidadacreditavam que através da criação dos deuses, ( a natureza), esses mesmos enviavammensagens ás suas criaturas, ( os humanos), usando o universo como meio para o fazer.

Os deuses são seres espirituais transcendentais e poderosos, que podem fazer espelhar as suas mensagens, avisos, pedidos e exortações através dos corpos celestes. E assim, entendiam essasculturas, que o estudo e contemplação dos corpos celestes podia revelar verdades proféticas sobre a vontade divina, e dessa crença nasceu a astrologia.

 

 

 

Em resumo:

 

Estes são 5 meios clássicos de contacto com os espíritos e realização de profecias:

Astrologia, Numerologia, Necromancia, Visões, Tarot.

 

 

 

Quais e quantos são os dons espirituais?

Seja porque meios for, (possessão, lançamento de sortes, visões, numerologia, astrologia, etc), tanto as escrituras,

como as tradições espirituais da antiguidade, são unânimes em atestar aquilo que é uma profecia ou um Oráculo:

trata-se de uma forma por via da qual os espíritos, ( seja o de Deus, ou o de Deuses), falam connosco através de pessoas

que conseguem ser a «ponte» entre o mundo dos espíritos e o nosso mundo terreno.

 

Prova disso possuímos tanto nas sagradas escrituras, como nas tradições religiosas da antiguidade.

A profecia e o Oráculo, são como sempre foram, a forma através da qual os espíritos falam connosco, e actuam nas nossas vidas.

O espírito traz mensagens sobre o que vai acontecer, pois muitas das vezes o espírito fará tais eventos suceder.

Um oráculo é uma resposta que um espírito ou uma divindade faculta aos humanos que procuram o auxílio ou a orientação dessa

mesma entidade espiritual.

 

O oráculo, ou a resposta desse espírito, é facultada através de um mensageiro humano que mantêm um

diálogo com o espírito consultado e serve de meio de comunicação entre a divindade e os humanos.

 

Na teologia hebraica, os oráculos

eram realizados através de profetas, sendo esses pessoas com a capacidade de comunicar com os espíritos.

Assim, quando lemos  os textos bíblicos acima inscritos, facilmente entendemos que o acto de profetizar sucede quando

um espírito «desce» sobre uma pessoa,

e essa pessoa acaba sendo possuída pelo mesmo. Assim, a pessoa que contactou ou foi contactada por espíritos,

acaba falando ou  operando em nome desses espíritos. No fundo, a pessoa que é capaz de estabelecer esse contacto e

esse dialogo com os espíritos, acaba convertendo-se numa «ponte» entre o nosso mundo terreno e o «outro lado»,

ou o mundo espiritual. Esta realidade não é sequer um conceito original dos povos hebraicos. Esta realidade existia muito antes,

e os sacerdotes e sacerdotisas dos templos dos Deuses da antiguidade pré-hebraica, eram precisamente isso:

uma «ponte» entre o nosso mundo e os espíritos ou a divindade que

representavam ou com a qual comunicavam. Os oráculos praticados nos templos das divindades Egípcias,

Gregas, Babilónicas, Fenícias, Cananitas, Amonitas, etc… eram realizados segundo essa premissa:

o sacerdote que profetizava o oráculo era alguém que possuía a

capacidade de contactar e dialogar com a entidade espiritual ou com o Deus que representava.

 

Nas sagradas escrituras, podemos observar que existem 9 tipos de dons espirituais.

Assim está escrito:

 

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para utilidade de todos.

A um, o espírito dá a (….) sabedoria;

a outro a (…) ciência segundo o mesmo espírito(…);

a outro (…) a fé;

a outro (….) o poder das curas (…);

a outro, o poder de fazer milagres ;

(…) a outro, a profecia (…);

 a outro, o discernimento dos espíritos (…);

 o outro o dom de falar línguas (…) ;

a outro ainda o dom de as interpretar (…)

 

1 Co 12, 7-10

 

 Estes são por isso os 9 dons espirituais:

 

I

A sabedoria

( conforme Jb 29,12-13; Sl 119, 89-99; Es 7,9-10)

 

II

O conhecimento sobre as ciências espirituais

 

III

A fé ( conforme Hb 11,1 ; 8-9)

 

IV

O poder das curas

 

V

O poder dos milagres

 

VI

O dom da profecia

 

VII

O poder de sentir, ver e dialogar com os espíritos e o mundo espiritual

 

VIII

dom de falar línguas espirituais ( conforme 1 Co 2,13; 14,2)

 

IX

O dom de interpretar as linguagens do espírito( conforme 1 Co 2,13; 2 Co 12,4)

 

 

 

 

A profecia, é na verdade o mais precioso dom do espírito.

Sobre a profecia, dizem as escrituras:

 

Aspirai aos dons do espírito, principalmente o da profecia

 

1 Co 14,1

 

 

 

A profecia é por isso o mais elevado dos dons espirituais, e dele se diz:

 

 

 

Aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola.

 

1 Co 14,3

 

 

Os 9 dons espirituais

 

 

Videntes, profetas, magos, bruxas, bruxos:

todos eles pessoas com a capacidade de dialogar com o mundo espiritual

e conseguir assim prodígios neste mundo.

 

O assunto é vasto e contudo, que dizem as sagradas escrituras sobre os dons espirituais que permitem

a algumas pessoas operar a nível espiritual de forma tão diversa e intrigante?

 

Eis que assim se revelam os dons espirituais descritos de acordo com a Bíblia.

 

Nas sagradas escrituras, podemos observar que existem 9 tipos de dons espirituais.

Assim está escrito:

 

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para utilidade de todos.

A um, o espírito dá a (….) sabedoria;

a outro a (…) ciência segundo o mesmo espírito(…);

a outro (…) a ;

a outro (….) o poder das curas (…);

a outro, o poder de fazer milagres ;

(…) a outro, a profecia (…);

 a outro, o discernimento dos espíritos (…);

 o outro o dom de falar línguas (…) ;

a outro ainda o dom de as interpretar (…)

 

1 Co 12, 7-10

 

 

 

 Estes são por isso os 9 dons espirituais:

 

I

A sabedoria ( conforme Jb 29,12-13; Sl 119, 89-99; Es 7,9-10),

ou seja, o espírito da sabedoria, (Sb 7,7), aquele que concede o saber dos sábios

que permite conhecer as leis e verdades sobre o mundo espiritual, (Sb 7,7-8)

e que concede as maiores prosperidades(Sb 7,10-12).

II

O conhecimento sobre as ciências espirituais,( conforme Nm 24,4; Bc 3,27;32;4,1)

ou seja, o conhecimento sobre as ciências ocultas e espirituais,

aquelas que permitem actuar sobre esta realidade a partir da realidade celestial e que se econtram reveladas nas escrituras

III

A fé ( conforme Hb 11,1 ; 8-9), que é o meio por via do qual se consegue ver aquilo que não se vê,

se consegue aceder ao mundo espiritual, se conseguem operar prodígios

IV

O poder das curas, que é o dom por via do qual os espíritos actuando sobre a matéria por via de uma pessoa,

conseguem operar sobre a enfermidade, eliminando-a ou aliviando-a

V

O poder dos milagres, ou o dom por via dos qual os espíritos operando neste mundo por via de uma pessoa,

conseguem realizar prodígios aparentemente inexplicáveis e logo,  sobrenaturais 

VI

O dom da profecia, ou o dom por via do qual os espíritos, actuando por meio de uma pessoa,

revelam aos mortais as formas como irão actuar neste mundo e por conseguinte,

aquilo que irá suceder futuramente em virtude da acção de pedidos que lhes foram direccionados,

ou de situações que se desencadearam e que são importantes ao mundo celeste

VII

O poder de discernimento dos espíritos,

ou seja, o dom de sentir, ou ver e dialogar com os espíritos e o mundo espiritual

VIII

dom de falar línguas espirituais ( conforme 1 Co 2,13; 14,2), ou seja,

o dom de comunicar com os seres espirituais através da sua língua espiritual

IX

O dom de interpretar as linguagens do espírito ( conforme 1 Co 2,13; 2 Co 12,4), ou seja,

o dom de ouvir e entender as linguagens espirituais que os seres celestes falam

 

 

A profecia, é na verdade, segundo as escrituras, o mais precioso dom do espírito.

Sobre a profecia, dizem as escrituras:

 

Aspirai aos dons do espírito, principalmente o da profecia

 

1 Co 14,1

 

 

 

A profecia é por isso o mais elevado dos dons espirituais, e dele se diz:

 

 

 

Aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola.

 

1 Co 14,3

 

Significa isto:

 

Aquele que faz profecia, fala aos homens as mensagens do espírito, e ao faze-lo:

 

    I

Edifica:  ou constrói caminhos que conduzem ao alivio do sofrimento de quem esta atormentado;

II

Exorta:  ou  instrui os que padecem de forma a que entrem pelos caminhos que ele construiu e que levam á cura do mal;

III

Consola:  ou acolhe com compaixão aqueles que sofrem

 

E ao tudo isso fazer, o profeta cura sofrimentos e devolve á vida de quem sofre o caminho perdido, a felicidade.

 

 

 

Teosofia. Teomancia Kabalah.Gematria.

 

Teosofia  é um estudo esotérico que se debruça sobre os mistérios divinos.

 

Teosofia dedica-se ao estudo das leis de Deus, ou das leis do mundo espiritual e das esferas celestes.

Os que conhecem a Teosofia,  conseguem comunicar com espíritos de mortos anjosespíritos de luz e espiritos terrenais, fazendo-os actuar no sentido de obter certos resultados na vida das pessoas, sendo essa a esfera dos seus trabalhos místicos.

Teosofia diverge da teologia, porquanto a teologia limita-se a estudar filosoficamente as doutrinas espirituais sobre as quais se debruçam as suas reflexões.

A Teosofia,  enquanto um sistema de conhecimentos espirituais e celestes, é também um conhecimento de teor teológico;  Contudo  a Teosofia possui depois uma «praxis», ou uma vertente de aplicações ao mundo físico, ou seja, possui um leque de conhecimentos com implicações muito praticas e muito objectivas na vida das pessoas. A Teosofia, ao contrário da Teologia, não só se limita a ser um estudo apenas teórico ou «passivo» dos assuntos espirituais, mas é uma ciência esotérica que permite fazer uso dos conhecimentos espirituais para realizar tarefas místicas e trabalhos esotéricos com consequências muito objectivas.

 

Teosofia possui uma vertente teórica e uma vertente pratica.

Uma das vertentes da «theoria» na Teosofia, é a Kabalah, ou seja, a ciência de Deus, ou seja, o estudo das Leis de Deus ou das Leis que regulam o mundo espiritual.O estudo desta ciência é fundamentalmente baseado nos textos sagrados e em todas as verdades místicas e sabedorias magicas que estão subtil ou secretamente inscritas naqueles textos bíblicos e outros directamente relacionados, mas que são secretos e por isso não são aqui revelados.

Uma das vertentes da «praxis» na Teosofia,  é a Gematria, hoje em dia vulgarmente denominada como «Numerologia», sendo que esta é uma técnica muito pratica para dois fins: por um lado, é um instrumento de descodificação dos segredos ocultamente inscritos nos textos sagrados, ao passo que por outro lado, é um instrumento muito pratico de produção profética, pois permite conhecer e mesmo dominar de forma objectiva as leis e realidades espirituais que afectam a nossa existência terrena e física.

No seu todo, a, Kabalah e Gematria constituem um saber hebraico milenar denominado Teomancia,  que é uma complexa ciência esotérica, a chamada ciência das leis de Deus, ou ciencia das leis e mecanismos do mundo espiritual.

A origem da numerologia cabalística remonta os tempos dos sábios da Babilónia e do Egipto dos faraós, fazendo parte do ensino dos Grandes Mistérios.

Na Grécia antiga os filósofos iniciados, ( alguns dele que tiveram mesmo contactos culturais com o Egipto), também trabalharam através da numerologia com a finalidade de conhecer as Leis espirituais que regulam e governam o mundo espiritual, bem como a vida terrena.

Moisés, que tinha tido acesso aos conhecimentos esotéricos e mágicos da corte Egípcia que frequentou e onde estudou, ( sendo um conhecedor profundo dos mistérios da teologia e do misticismo, conhecimentos entre os quais se encontrava a Numerologia Mística), foi ele mesmo o escolhido para receber as Leis e as palavras de Deus, tanto aquelas que o povo deveria conhecer, como aquelas que são secretas e contem verdades divinas ocultas.

Presentemente coexistem vários sistemas numerológicos, mas a verdade é que toda a numerologia descende da cabala, ou kabbalah, que é uma ciência esotérica com mais de 3.000 anos dedicada ao estudo das sagradas escrituras e das realidades espirituais

 

NUMEROLOGIA CABALISTICA vem sendo usada há milhares de anos, e hoje não é raro vermos artistas alterando o nome segundo os padrões da NUMEROLOGIA.

Também empresários buscam na Numerologia orientação frente ao competitivo mercado, fazendo da Numerologia uma estratégia de vendas.

Enfim, a NUMEROLOGIA não é uma crendice vulgar, mas uma ciência esotérica aceite pelas classes cultas de todo o mundo.

Muitas vezes encontramos explicações sobre a numerologia onde se diz que os números possuem um poder sobre as pessoas.

Isso é uma mentira bondosa, dita ao não-iniciados, para lhes tentar dar uma explicação lógica sobre esta ciência esotérica, sem contudo revelar os verdadeiros segredos dessa mesma ciência.

Na realidade, e não podendo entrar em mais detalhes, apenas posso dizer que os números não possuem em-si e por-si qualquer poder, mas antes eles são representações desses poderes, leis e essências espirituais que governam a vida espiritual e a vida física.

E entender o que os números representam dentro dum determinado contexto,( num texto Bíblico, num nome de uma pessoa, numa data de uma evento, etc), permite ter acesso ao conhecimento dessas leis e essências divinas que nos governam, podendo assim saber o passado, o presente e o futuro e até mesmo usar os mecanismos espirituais de Deus a nosso favor, desde que por boas causas.

Pelos números, (enquadrados num certo contexto), podemos assim aceder a um conhecimento de realidades espirituais, podemos receber mensagens do mundo espiritual, podemos entender a leis divinas que orientam as nossas vidas, podemos saber sobre coisas, acontecimentos, eventos, etc.

Da mesma maneira que um físico,( como Einstein), usou os números de forma cientifica ,( a matemática avançada), enquanto um instrumento de representação abstracta de realidades fisicas que ele estudava, (realidades atomicas e subatomicas, cosmicas, temporais, etc), para assim as entender e depois manipular…. Também os números tem a mesma aplicação no plano espiritual. Por eles conseguimos entender a mecânica das realidades divinas, o entendimento de Deus, a criação espiritual de Deus, as Leis espirituais que governam este mundo e outro, o que já sucedeu e o que vai suceder, etc….

Podemos mesmo usar esse conhecimento sobre as Leis divinas a nossa favor, da mesma forma que um electricista usa as leis do electromagnetismo para trazer luz a uma casa, ou que um engenheiro aeronáutico usa a lei da gravidade e da física para construir uma avião que voa bem e que nos transporte para onde desejamos.

Numerologia Bíblica ou Cabala, é secretamente chamada de «Gamatria» ou «Gematria», e é o estudo das palavras quando “traduzidas” em números e vice-versa. Ou seja, o estudo do sentido oculto de letras, palavras e frases através da numerologia.

As palavras e/ou frases possuem distintos valores numéricos e estes valores numéricos configuram valores que sinalizam acontecimentos, sinais, mensagens, etc… ou representam essências divinas e Leis espirituais de Deus.

Trata-se de um conhecimento secreto transmitido de forma codificada ao homem através das sagradas escrituras, um conhecimento dado directamente por Deus.

Em Êxodo podemos ler que Deus escreveu a Sua Lei pela Sua própria mão e a entregou a Moisés.

Nessas palavras divinas escritas pela própria mão de Deus, encontram-se mensagens e conhecimentos acessíveis todos aqueles que lêem os textos sagrados, mas depois e para alem disso, encontram-se igualmente , a um nível mais avançado e mais profundo, um conjunto de conhecimentos codificados e ocultos por detrás da letra do texto bíblico, apenas acessíveis a quem tem a «chave» que permite descodificar e conhecer esses saberes ocultos. Em bom rigor , a Gematria é um método numerologico, magico e esotérico, utilizado no estudo das escrituras, de forma a retirar destas os secretos ensinamentos de Alta Magia que neles se encontram ocultamente inscritos.

Imensas referencias á Numerologia Cabalística, mais ou menos discretas, podem ser encontradas estão na Bíblia Sagrada. 

Provavelmente você já ouviu falar de Abraão. Abraão foi o rico e poderoso patriarca das mais seguidas e poderosas religiões do mundo: Catolicismo, Judaismo, Protestantismo e Islamismo.

Porém, Abraão não tinha esse nome.

Deus muda o nome do sacerdote caldeu Abrão para Abraão, ao instituir o pacto entre eles.

E não só isso, muda também o nome de sua esposa, Sarai, para Sara. 

Esse pacto pode ser visto em Gênesis 15, e as mudanças de nome, nos versículos 5 e 15.

Seria essa mudança, por ordem de Deus, omnipotente, omnisciente, omnipresente e todo poderoso criador…. Um mero capricho repetido ao longo dos tempos e em vão? Não. As intenções de Deus ao mudar os nomes das pessoas conforme o seu papel e o seu destino tem claramente uma intenção divina muito bem dirigida e reiterada ao longo de diversas situações. E isto demonstra o poder e o papel dos nomes, das letras e dos números no saber divino e espiritual de Deus.

Em Apocalipse podemos também ler que futuramente os eleitos de Deus que serao salvos, receberao tambem um novo nome, um nome ainda secreto e desconhecido.

Ainda em Gênesis, pode se ver a mudança do nome deJacó, para Israel (Gen 32:28).

No Novo Testamento, também pode se ver que Jesus Cristo, muda o nome de alguns apóstolos, por exemplo, Simão, que se torna Pedro, eLebeu, que se tornaTadeu.No mesmos livros, podemos ver como o nome de São João Batista é alterado logo á nascença para estar em conformidade com os planos de Deus, e é também possível encontrarmos em Isaías o nome que Jesus deveria de receber, caso não houvesse sidomudado para Jesus, de forma a que ele assumisse as profecias e fosse verdadeiramente filho de Deus.

Em todos estes exemplos podemos ver como o nome é de extrema influencia no papel que uma pessoa vai desempenhar na sua vida.

O próprio nome de Deus contem uma essência divina extremamente poderosa.

Em Génesis podemos ler que Henoc foi o primeiro a conhecer e a invocar o nome, ( secreto), de Deus e por isso Deus esteve com ele. Aliás, em todo o texto Bíblico o conhecimento e inovação do nome secreto de Deus é uma chave de poder espiritual, e a Sua Palavra é fonte de vida eterna, ou seja, na sua palavra está a ciência de Deus e a fonte da sabedoria espiritual.

Por aqui podemos reconhecer o poder dos nomes e das palavras, enquanto instrumento que representa saberes e essências divinas.

Esses são alguns exemplos remotos da existência da Numerologia Cabalística. 

Na verdade a numerologia é uma derivação da Gematria, um ramo da Cabala, que utiliza o alfabeto hebraico como base.

numerologia actual seria então uma adaptação dos princípios da Gematria para o alfabeto romano.

A raiz da Cabala e das «Sephirot»

 

A raiz de toda a pratica cabalístico – numerológica é a Ain Soph , que em hebraico significa «sem limites».

Na cabala, esta noção corresponde á própria noção de «Deus», ou seja: um ser sem limites, infinito e eterno; um ser que sempre existiu e que não foi gerado por nenhuma causa,  mas que por outro lado é a causa geradora de todas as causas e logo de todos os efeitos; um ser sem substancia física mensurável nem quantificável; um ser que precedeu a própria existência, que gerou a existência,  e que por isso transcende a própria existência.

A noção é de tal forma abstracta, que é difícil apreende-la sem algum esforço intelectual, e de resto, os cabalistas desde logo avisam que Deus é totalmente incompreensível á mente humana, tal é a vastidão e complexidade da sua essência.

È por isso impossível á mente humana conceber racionalmente esta noção de «Deus», e tudo o que podemos fazer é tentar entender as manifestações de Deus na sua Criação.

È aí que se fala então das «Sephirot».

As «Sephirot» são emanações de Ain Soph, ou de Deus, que se conjugam entre si para formar a «Arvora da Vida».

A «arvore da vida» estudada pelos cabalistas, é um conjunto esquemático que representa as citadas emanações de Deus, ( as «sephirot»), actuando como que uma formula que permite equacionar e assim conhecer as leis e forças espirituais que tanto regulam o mundo celestial , como influenciam a nossa existência no mundo físico.

Uma das razoes pelas quais os cabalistas avisam que a mente humana não consegue alcançar o conceito de Deus,

é porque para estes Deus corresponde á noção de «não ser»,

o que nitidamente constitui um conceito incompreensível e para alem dos limites cognoscíveis da mente humana.

 

Eis que se tenta abordar essa noção terrivelmente abstracta de «não ser», através dos seguintes postulados:

 

Antes do universo existir, nada existia.

E contudo, de acordo com as mais avançadas teses quânticas e cosmológicas,

foi a partir desse «nada» que se gerou a energia primordial que atingindo um ponto crítico, «explodiu»,

dando origem ao «big bang» que gerou todo o universo.

 

Ora, eis que se eleva a primeira pergunta:

 

Se nada existia antes dessa dita energia,( que atingindo um ponto critico, deu origem ao universo),

então de onde veio essa energia?

Como pode o «nada» gerar «algo»? Como pode o «não ser», dar origem ao «ser»?

 

Eis que é nesse «não ser», que os cabalistas encontram: «Deus».

 

Para certos cabalistas, «Deus» é essa causa e ser primordial,

um ser que por nada foi gerado, um ser que se auto – gerou,  e um ser que assim gerou toda a existência.

 

Deus está por isso para alem dos limites da própria existência, pois ele já existia antes da existência e gerou tudo o que existe.

 

E se Deus existe para alem do ser, então ele é o «não ser» que deu origem ao «ser».

 

Outro conceito cabalístico que reforça a noção do «não ser», é fundamentado com o seguinte argumento e consequente principio:

 

Se se diz que «Deus é espírito», na verdade é que do ponto de vista do nosso universo físico,

«Deus», ( ou aquilo a que chamamos espírito),  não é, de facto “nada”, ou seja:

Ele não se pode medir, nem pesar,  nem quantificar; Ele não é feito nem de matéria,  nem de energia, ou seja:

ele não é por isso nem mensurável, nem definível , á luz dos padrões do mundo físico.

 

Logo, «Deus»  é por isso «nada»,

ou pelo menos um «nada» de acordo com aquilo que existe dentro dos limites do nosso universo material.

 

Um dos exemplos que ajuda a entender melhor esta principio da «não manifestação», ou «não ser»,

reside na própria astronomia e física quântica.

 

Senão veja-se:

 

De acordo com os mais avançados estudos astronómicos, sabe-se que o universo esta em constante expansão;  no entanto,  nada existe fora do universo, pois o universo é tudo o que existe.

 

Mas se assim é,  pergunta-se:

 

Se nada existe fora do universo, para onde se esta ele a expandir?, uma vez que fora dele não há “nada”?

 

È precisamente nessa noção de «nada»,  que encontramos a noção cabalística de Deus:

esse «nada» é algo que nós simplesmente não conseguimos entender,

porque os limites da nossa estrutura cognoscível não conseguem alcançar algo que é feito de «nada»,

( que não pode ser medido nem quantificado, que não é feito nem de matéria nem de energia),

algo absolutamente infinito e totalmente eterno.

 

Ain Soph representa esta noção filosófica e teológica de Deus criador,

ao passo que as «sephirot» da cabala representam as forças e energias que emanam de Ain Soph e que,

por um lado regulam e regem o mundo espiritual, ao passo que também influenciam a nossa existência.

 

Para as religiões politeístas, as «sephirot» são vistas na forma de Deuses,

ao passo que para a astrologia as «sephirot» são entendidas como as varias e diferentes forças emanadas dos corpos celestes

e que influenciam as nossas existências.

 

Cada cultura, assim como cada religião, tende a observar as «sephirot» da forma que lhe é mais agradável:

alguns tendem a representar estas forças e energias na forma de Deuses com características mais ou menos humanas,

outros tendem a ver as energias das «sephirot» como emanações dos astros.

 

Seja como for, estas forças espirituais existem, e podem ser equacionadas e estudadas.

 

Segundo os cabalistas, elas podem mesmo ser usadas a favor de quem conhece estas leis e energias,

da mesma forma que as leis e energias do mundo físico podem ser usadas pelos cientistas a favor do homem.

 

Segundo os cabalistas, os números podem também ser usados e aplicados a fórmulas esotéricas, (numerologia),

para entender e manipular estas forças espirituais a nosso favor,

da mesma forma que os números também podem ser usados nos cálculos matemáticos para entender e manipular

as forças, leis e energias do mundo físico a nosso favor.

 

Matemática e numerologia são para os cabalistas duas faces da mesma moeda, ou seja:

 

os números aplicados ao estudo e manipulação do mundo físico,

é o processo ao qual chamamos:

«matemática» ;

 

os números aplicados ao estudo e manipulação do mundo transcendental ou supra-fisico

é o processo ao qual chamamos:

«numerologia».

 

Os vários ramos da Cabalah

 

Existem 4 ramos da Cabalah:

 

Cabala pratica

debruça-se sobre a esfera das operações magicas e rituais esotéricos

Cabala dogmática

debruça-se sobre o estudo do próprio sistema cabalístico

 

Cabala literal

ramo da cabala que estuda os valores numerológicos das palavras

 

Cabala oral

ramo da cabala que se ocupa do estudo da arvora da vida e as suas «esferas»

 

 

 

 

De todos estes ramos da cabala, emanam poderosas técnicas místicas.

 

Porque é imprescindivel conhecer o poder da palavra e os segredos da Kabalah?

Pela palavra Deus realizou a sua obra, criando tudo o que existe.

O poder da palavra esoterica é tão grande, que em Génesis podemos ler que Deus confundiu essa palavra aos homens, assim mantendo secreto esse magnifico saber, de forma a que o homem nao pudesse realizar obras tão maravilhosas como as do próprio Deus

Pela palavra, (hebraica), Deus falou com o homem, através de Abraão e Moisés.

Pela palavra o homem fala com o homem, e assim se desenvolveu a sua sapiência

Por isso, também pela palavra, o homem pode falar com os mais poderosos espíritos da luz ou das trevas, encomendando-lhes fins e propósitos.

Contudo, o homem apenas o pode realizar pela palavra das línguas misticas que os velhos e ancestrais espíritos reconhecem com poder de lei e que respeitam.

Pois esse conhecimento, o saber das velhas e ancestrais línguas magicas, é mantido secreto pelos verdadeiros magos e magas, feiticeiros e feiticeiras. È uma chave poderosíssima, revelada apenas aos herdeiros destes saberes, saberes ancestrais herdeiros da sabedoria do rei Salomão.

 

Num feitiço verdadeiro, ao elemento místico que foi preparado para realizar as devidas conjurações dos espíritos, ( desde pós e essencias misticas raras, ao sangue e a outros elementos esoterico-liturgicos), junta-se em sede de um ritual, a palavra mística, secreta, poderosa, ponte entre mundo fisico e mundo espiritual, toda ela uma força invocatória que molda a conjuração e nomeia as entidades convocadas, ao passo que formuladora de obrigações e estipuladora de fins.

Assim os espíritos cumprem com os fins invocados.

Nestes 2 elementos, reside a força de um feitiço, e o poder de uma profecia para abençoar ou amaldiçoar.

 

 

A  Kabalah, a magia negra e a magia branca.

 

 

As «Sephirot» da «arvore da vida» Kabalista, representam as varias forças e energias espirituais que existem,

e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico),

como tambem sobre as nossas vidas.

 

São forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto,

a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos

das ciências místicas hebraicas.

No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdo da arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), e Binah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach (Vénus), Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte de luz.

Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos de magia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direito da arvore da vida.

pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut (Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) e Kether ( Neptuno),  tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de  comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito.

 

 

Bíblia, magia, profetas e profecias

A magia branca, a magia negra, os espíritos, a vidência e os profetas, os anjos de deus e os anjos das trevas e todas as coisas que constituem o mundo espiritual, são uma realidade.

 

Uma realidade mística e hermética, que se encontra amplamente descrita na Bíblia.

 

Pelas sagradas escrituras podemos testemunhar sobre a existência de todos os aspectos da magia, e por isso, eis que se revela o presente estudo bíblico, que traça um estudo comparativo entre os mais diversos assuntos relacionados com a magia, e as suas confirmações bíblicas segundo os testamentos.

 

A quem deseja saber sobre algumas das verdades do mundo espiritual e as suas Leis, eis a palavra:

 

 

A Bíblia e a magia:

 

Os profetas contactam com os espíritos, e tal é um dom de Deus

 

 

Moisés assim respondeu: «(…) Oxalá todo o povo (….) fosse profeta e recebesse o espírito»

 

Números  11, 11-30

 

qualquer dom precioso (…) vem do alto, (…)do pai das luzes

 

Tiago 1,16-18

 

Aspirai aos dons do espírito, principalmente ao da profecia

 

1 Coríntios  14,1

 

Os 9 dons espirituais

 

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para utilidade de todos.

A um, o espírito dá a (….) sabedoria;

a outro a (…) ciência segundo o mesmo espírito(…);

a outro (…) a fé;

a outro (….) o poder das curas (…);

a outro, o poder de fazer milagres ;

(…) a outro, a profecia (…);

a outro, o discernimento dos espíritos (…);

o outro o dom de falar línguas (…) ;

a outro ainda o dom de as interpretar(…)

 

1 Coríntios  12, 7-10

 

 

As profecias sucedem quando um espírito fala através de uma pessoa com o dom da profecia

 

 

O espírito pousou sobre eles e começaram a profetizar

 

Numeros 11,11-30

 

O espírito de Deus apoderou-se de Zacarias (…)

Ele dirigiu-se ao povo e assim disse:« Assim diz Deus(….)»

 

2 Cronicas  24, 19-20

 

o espírito entrou em mim[ Ezequiel] (….) pôs-me de pé e continuou a conversar comigo

 

Ezequiel  3,24

 

Se quem consulta um profeta, o faz com más intenções ou mentiras relativamente ao espírito que vai consultar, o espírito não responderá com verdade e deixará o profeta enganar-se, assim também enganando quem consulta o vidente

 

 

Qualquer israelita ou emigrante (…) que se distancie de mim (…)

e que em seguida vá consultar o profeta(…)

se o profeta se deixar enganar (…) deixa-lo-ei no seu engano (…)

 

Ezequiel  14, 7-10

 

Sobre trabalhos espirituais ou de magia realizados á distancia

Então Eliseu mandou-lhe um mensageiro com esta ordem:

« vai e lava-te 7 vezes no rio Jordão. O teu corpo ficará limpo e ficarás curado»

2 Reis 5;10

O rei [Josias] (….) deu esta ordem ao sacerdote Helcias:

«Ide consultar Deus [um vidente] por mim(….)»

O sacerdote Helcias, Aicam, Acobor, Safa e Asaias foram ter com a profetiza Hulda.

Ela (….) respondeu (….):«(….)Dizei a quem vos enviou(….)»

2 Reis 22;11-20

Entregou-lhe um escrito do profeta Elias, que dizia o seguinte:

«Assim diz Javé, o Deus do teu pai David(….)»

2 Cronicas 21;12

Sobre os pactos espirituais assumidos por escrito

 

Por tudo isso, assumimos por escrito um compromisso sério.

O documento foi assinado [o documento continha um compromisso escrito com Deus]

Neemias 10;1

 

 

Videntes,  são aqueles que tem visões enviadas pelos espíritos

 

 

Pois esse povo é rebelde(…)Eles dizem aos videntes:

«Não tenhais visões»

 

Isaías  30,9-10

 

Os profetas são videntes

Samuel foi amado pelo senhor, do qual era profeta(….)

foi reconhecido como verdadeiro vidente

Eclesiástico  46;13-15

 

Os profetas ou videntes revelam sinais que demonstram o que vai suceder

«Qual é o sinal de que subirei ao templo de Deus?»[perguntou Ezequias]

Isaías respondeu:«O sinal (….)é este(….)»

 

Isaías 38;22

 

Sobre os prazos de cumprimento das profecias e das vidências, e dos trabalhos espirituais 

Então Deus respondeu-me:

«Escreve esta visão, guarda-a com clareza em tabuinhas(….)

È uma visão sobre um tempo determinado,

fala de um prazo,

e não vai decepcionar.

Se demorar, espera-a, pois certamente ele virá e não tardará.

Habacuc 2; 2-4

 

Ate David, o escolhido de Deus, tinha um vidente ao seu serviço

Então, Deus disse a Gad,

o vidente de David(….)

 

1 Cronicas 21;9

A vinda de Jesus ao mundo foi confirmada por magos, e anunciada por Deus através de uma estrela – astrologia -

 

Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram radiantes de alegria(…)

Ajoelharam-se diante d’Ele, e prestaram-Lhe homenagem

 

Mateus 3, 10-11

 

A vinda de Jesus ao mundo foi confirmada por uma profetiza

 

Havia também uma profetiza chamada Ana, de idade muito avançada. (….)

Nunca abandonava o templo, servindo a Deus com jejuns e orações.

Ela chegou nesse instante,  louvava a Deus e falava do Menino a todos os que esperavam

a libertação de Jerusalém

 

Lucas 2, 36-38

 

 

Quando os sinais e revelações do profeta enganam, é porque o profeta foi possuído por um espírito de mentira, um espírito impuro

Então o espírito colocou-se diante de Deus e disse:«Eu posso engana-lo!»[ ao profeta]

Deus perguntou:«Como?»

Ele  respondeu:«eu vou lá e transformo-me num espírito de mentira na boca de todos os profetas do rei».

E Deus disse:«Vai e faz isso».

Foi assim que Deus colocou um espírito de mentira na boca desses profetas

2 Crónicas 18, 20-22

 

 

O profeta escreve as mensagens que lhe são reveladas pelo espírito, revelando-as assim a quem o procura

 

Daniel teve um sonho, escreveu imediatamente as imagens que lhe povoaram a mente enquanto ele dormia

Daniel 7,1

 

As revelações dos espíritos feitas através da profecia, por vezes assumem a forma de poemas

 

Então o espírito de Deus [ um anjo] desceu sobre ele [ Balaão, um adivinho e bruxo], e ele pronunciou o seu poema:

Oráculo de Balaão, filho de Beor,

Oráculo do homem de olhos penetrantes

Oráculo de quem ouve as palavras de Deus

E conhece a ciência do Altíssimo [ as ciências ocultas]

Numeros 24, 2-5

O profeta frequentemente recebe visões nocturnas, que não são meros sonhos, mas antes mensagens do espírito

 

Em imagens nocturnas tive [ Daniel] esta visão

Daniel 7,13

O Senhor chamou-o numa visão. «Ananias!» E Ananias respondeu:«Aqui estou. Senhor»

Actos Apóstolos 9, 10-12

Deus visitou Labao, o Arameu, numa visão nocturna, e disse-lhe:«Cuidado com o que vais fazer a Jacob»

Génesis  31,24

Em imagens nocturnas, tive esta visão: entre as nuvens do céu, vinha alguém como um filho de um Homem

Daniel 7,13

Deus dirigiu a palavras a Abraão, através de uma visão

Gen 15,1

E o espírito ergueu-me e levou-me (…)numa visão inspirada pelo espírito

Ezequiel  11,24

 

Por vezes, o profeta e o mago também interpretam os sinais que os espíritos fazem suceder na vida das pessoas, e assim ajudam-nas

 

Baltassar [Daniel] chefe dos Magos, (….)

escuta esta visão que tive num sonho,

e depois dá-me a tua interpretação

Daniel 4;6

 

O profeta, a quem o procura, oferece sinais reveladores e faz prodígios

 

Em Israel, nunca mais surgiu outro profeta como Moisés (…) Ninguém o igualou em todos os sinais e prodígios

Deuteronómio  34, 10-11

Estou contigo, e este é o sinal que te envio

Êxodo  3,12

 

O pagamento dos profetas

 

Recebeste de graça, dai também de graça! Não leveis no cintos moedas de ouro(…) porque o  operário tem direito ao seu salário

Mateus 10, 8-10

Será que não temos o direito de comer e beber? (….)

de facto, aquele que trabalha deve de trabalhar com esperança de receber a sua parte.

Semeamos bens espirituais em vós, será muito colher bens materiais de vós?

1 Coríntios  9, 4-11

 

Verdadeiros Magos ou bruxos, são na verdade pessoas possuídas por um espírito, ou de feitiçaria ou de adivinhação

havia uma jovem escrava, que estava possuída por um espírito de adivinhação;

fazia oráculos e dava muito lucro aos seus patrões

Actos Apóstolos . 16;16-17

 

 

O profeta revela aos olhos das pessoas a mensagens dos espíritos através de sinais que as pessoas podem ver. Exemplos bíblicos de sinais que os espíritos , ( neste caso o de YHYV),fazem através do sol, tal como sucedeu em Fátima, a pedido dos 3 videntes

 

O sol ficou parado no meio do céu, e um dia inteiro ficou sem ocaso

 

Josué  10, 13-14

 

Ezequias fez o que o Senhor aprova (…) conforme lhe ordenara Isaías (…) no seu tempo, o sol recuou e Ele prolongou a vida do rei

 

eclesiástico  48, 22-23

 

O profeta Isaías invocou Deus e este fez a sombra recuar 10 degraus que o sol já havia descido

 

2 Reis 20,11

 

 

Sobra a Regra Bíblica a respeitar para consultar os espíritos

Quando vos disserem:

«consultai os espíritos(….);porventura não deve um povo consultar os seus deuses

e consultar os espíritos dos mortos em favor dos vivos?»

Comparai a instrução, [o que é dito pelos espíritos]

com o testemunho [com as escrituras]

Isaías 8;19-20

Sobre a Regra Biblica para saber de um espírito é de Deus ou demoníaco

Para saber se alguém é inspirado por Deus,

[ se fala por causa da presença de um espírito de Deus]

segui esta norma:

«fala da parte de Deus todo aquele que reconhece que Jesus Cristo encarnou»

1 Joao 4;2-3

 

 

Sobre a possibilidade de realidade do contacto com espíritos de pessoas já desencarnadas

6 dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e o seu irmão João,

e levou-os sozinhos a um lugar á parte (….)

E [ Jesus] transfigurou-se diante deles (….)

apareceram-lhes Elias e Moises, que estavam a conversar com Jesus

Marcos 9;2-4

O seu rosto mudou de aparência [ Jesus] (….)

Nisto, dois homens conversavam com Jesus.

Eram Moisés e Elias. Apareceram (….) e conversavam

Lucas 9; 29-31

 

 

As maldições duram por 3 gerações

Quando me odeiam, castigo, castigo a culpa dos pais nos filhos , netos e bisnetos

Êxodo  20;25

Sobre as maldições, que são a base dos trabalho de magia negra

 

Vede ! Hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição

Deuteronómio  11; 26

Todas essas maldições cairão sobre ti (….)

essas maldições serão para sempre m sinal e um prodígio contra a tua descendência

Deuteronómio 28; 45-46

Pagaram a Balaão (….) para que os amaldiçoasse

Deuteronómio 23;5-6

 

Bruxos podem fazer o bem ou o mal, desde que nunca por contra própria, mas apenas com a autorização de Deus

Balaão respondeu:«Eu já havia dito aos teus mensageiros (….)

mesmo que Balac me dê um palácio cheio de ouro e prata, eu não poderei ir contra a ordem de Deus,

fazendo o bem ou o mal por conta própria»

Números 24;10-13

Bruxos e adivinhos, podem trabalhar segundo a vontade de Deus

 

 

O anjo de Deus disse a Balaão: Vai com esses homens, mas diz somente aquilo que eu te disser»

 

Números 22, 35

 

 

Sobre os trabalhos de magia e adivinhação serem generosamente pagos

 

Eles chegaram onde estava Balaão e disseram-lhe:

«Assim diz Balac (….): não recuses vir ao meu encontro, pois tornar-te-ei muito rico (….)

por favor, vem e amaldiçoa este povo

 

Números  22, 16-17

 

 

Sobre a bruxaria ser realizada através de bênçãos ou maldiçõesprofeticamente geradas

 

Ele[Balac]enviou mensageiros a Balaão(….)

mandou chama-lo dizendo:

«saiu do Egipto um povo que esta cobrindo a superfície da terra(….)por favor, vem a amaldiçoa esse povo(….)

eu sei que fica abençoado quem abençoas, e aquele que amaldiçoas fica amaldiçoado(….)

Os anciãos partiram levando o pagamento ao adivinho [ e bruxo]

números 22;5-7

 

Pagaram a Balaão (….) para que os amaldiçoassem
Deuteronómio  23;5-6

 

 

 

 

Sobre a existência de Espíritos

Deus é luz

Joao 1;5

Deus é espírito

João 4;24

Não são os anjos, espiritos encarregados para(….) servir aqueles que deverão herdar a salvação?

Hebreus 1,14

A qual dos anjos deus disse: « Senta-te á minha direita(….)Não são todos eles espíritos(….)»

Hebreus 1;13-14

Vi Deus sentado no seu trono (….) Então aproximou-se dele um espírito

1 reis 22;19-21

Ao ve-lo, os irmão profetas (….) comentaram: «O espírito de Elisas repoursa sobre Eliseu»

2 reis 2;15

Moisés e Araão caíram com o rosto por terra e suplicaram:«Deus dos espíritos (….)»

Números 16;22

Moises disse a Deus: «então Jave, o Deus dos espíritos (….) indique-me (….)»

Números 27;15

Heliodoro já estava junto do tesouro, quando o senhor dos espíritos (….) se manifestou (….)

2 Macabeus 3;24

Quem dá inteligência é um espírito no homem, é sopro do todo-poderoso

Job 32;8

Não sabeis que sois o templo (….) e que o espírito (….) habita em vós?

1 Coríntios  3;16

Quem nasce da carne é carne, quem nasce do espírito é espírito (….) o vento sopra (….) ouves o barulho mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Acontece a mesma coisa com o espírito.

João 3; 6-8

O mesmo acontece com a ressurreição dos mortos; o corpo é semeado corruptível, mas é ressuscitado incorruptível (….) é semeado corpo animal, mas ressuscita corpo espiritual

1 Coríntios  15;44

Desse dia em diante, o espírito de Deus permaneceu sobre David

1 Samuel 16;13

diz o Senhor: «Espírito, vem dos 4 ventos e sopra sobre estes cadáveres, para que eles revivam» (….) O espírito penetrou neles e reviveram

Ezequiel 37; 9-10

Há corpos celestes e há corpos terrestres.

1 Coríntios  15;40

diante do trono(….)estavam os 7 espiritos de Deus (….) vi então os 7 anjos que estão diante de Deus Apoc 4;5-8;2

O espírito [de Deus] desceu sobre Jaziel

2 Crónicas  20;14

o espírito [de Deus] apoderou-se de Zacarias

2 Crónicas  24;20

 

 

O Mago ou o bruxo é por vezes contratado para amaldiçoar. No entanto, ao faze-lo ele pode recorrer a Deus, ( magia branca), ao invés de demónios, ( magia negra)

 

Balac disse a Balaão:«Vem comigo a outro lugar, de onde poderás ver o povo;(….)Amaldiçoa-o de lá»

Construiu 7 altares e ofereceu [ a Deus] em holocausto um bezerro e um carneiro sobre cada altar

Números  23, 13-14

 

Balac insistiu com Balaão:«Vem comigo.Vou levar-te a outro lugar.

Ai talvez Deus permita que amaldiçoes o povo.»(….)

Balaão pediu a Balac:«Constrói-me aqui 7 altares [ a Deus] (…)»

 

Números  23, 27-29

 

 

 

 

Deus tem espíritos maus e demoníacos ao seu serviço, e usa-os para atingir os seus fins, o que corresponde á noção de «Magia Negra», ou seja: o uso de demónios para causar certos fins neste mundo

 

Ele[ Samuel] começou a ficar agitado por um espírito mau enviado por Deus (…)

Todas as vezes que o espírito de Deus, [ o espírito mau ao serviço de Deus] atacava Saul,

David pegava na harpa e tocava [ e assim Deus conseguiu que David conseguisse aproximar-se do rei ]

1 Samuel 16, 14-23

 

Certo dia os anjos apresentaram-se a Deus e , entre eles, foi também Satã.

Então Deus perguntou a Satã:«De onde vens?» Satã respondeu:«Fui dar uma volta pela terra»

Job 1,6-7

 

 

 

 

 

Sobre os trabalhos de amarração e de magia negra, sobre a verdade e o poder desses trabalhos

Ai de vós que cosem nos punhos fitas magicas e preparam véus de todas as medidas (….)

para seduzir os outros. Pretendeis caçar pessoas do meu povo(….)?

Vos profanais-me por um punhado de cevada ou um pedaço de pão,

destinando á morte quem não devia morrer

e destinando á vida que não deveria viver (….)

caçais gente como pássaros (….)

As pessoas que vós aprisionaste como se fossem pássaros

Ezequiel 13; 17-23

 

 

As trevas foram criadas [ por Deus] para (….)

os que gostam do mal

Eclesiástico  11; 14-15

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que é a fé

A fé é um meio de conhecer realidades que não se vêem

Hebreus  11,1

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre anjos e demónios poderem assumir forma de homem

Deus desceu a Abrãao (….) levantando os olhos, Abraão viu na sua frente 3 homens de pé

Génesis  18;1-2

Sobre demónios e Satanás 

Certo dia, os anjos apresentaram-se a Deus, e entre eles foi Satã

Job 1, 6-7

Por causa dessa revelações (….) foi-me dado um (….) anjo de Satanás

2 Coríntios  12, 8-9

os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram como esposas todas aquelas que lhes agradaram (…) Nesse tempo – isto é, quando os filhos de Deus se uniram com as filhas dos homens e geraram filhos – os gigantes habitavam a terra. Estes foram os heróis famosos dos tempos antigos

 

Génesis 6, 2-4

 

Deus não perdoou aos gigantes de autrora, que se revoltaram, orgulhando-se das suas forças

 

Eclesiástico 16, 7

(….) ali Jesus foi tentado por Satanás

marcos 1, 12-13

Jesus andava por toda a galileia (….) expulsando os demónios

Marcos 1, 39

Alguns doutores da Lei, diziam:« Ele esta possuido por Belzebu»; e também:«È pelo príncipe dos demónios que ele expulsa demónios»

Marcos 3;22

De muitas pessoas saíram demónios

Lucas 4,41

Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído 7 demónios

 

Lucas 8,2

Agora, o príncipe deste mundo vai ser expulso

João 12,31

 

Satanás entrou em Judas

 

Lucas 22,3

Que não fique cheio de soberba e seja condenado como foi o Diabo

1 Timóteo  3;6

Quisemos (…) Satanás, porem impediu-nos (….) o tentador

1 Tessalonicenses  2;18 – 3;5

Satã insurgiu-se contra Israel e induziu David a fazer o recenseamento

1 Crónicas  21,1

conheço o lugar onde moras, que é onde está o trono de Satanás

Apocalipse  2;24

Esse grande dragão é a antiga serpente, é o chamado Diabo ou Satanás.

È aquele que seduz (….)o dragão foi expulso e os anjos do dragão foram expulsos com ele.

Apocalipse  12;9

O diabo que os tinha seduzido a todos, foi lançado no lago de fogo e enxofre

Apocalipse  20;10

Julgas ser igual aos Deuses(….)

eras modelo de perfeição e beleza perfeita. Moravas no paraíso , no jardim de Deus (….)

todas as coisas te eram preparadas nodia em que foste criado.Fiz de ti querubim protector de asas abertas.

Estavas na montanha de Deus (….) desde que foste criado que eras perfeito em todos os teus passos,

ate que se encontrou maldade em ti (….) por isso te expulsei da montanha de Deus e te feiz perecer,

ó querubim protector (….)

o teu coração encheu-se de orgulho com a tua beleza e a tua sabedoria,

corrompeu-se por causa do teu esplendor.

Por isso atirei-te ao chão

Ezequiel  28; 1-19

 

Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva!

Como foste cortado por terra, (…)

E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono,

e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.

Subirei sobre as alturas das nuvens,

e serei semelhante ao Altíssimo.

 

Isaías 14:12-15

 

 

Sobre os vários tipos de espíritos que existem

Josué (….) estava repleto de espírito de sabedoria

Deuteronómio  34;9

No dia seguinte, um espírito mauvindo de Deus tomou conta de Saul

1 Samuel 18;10

espírito de Deus apoderou-se de Zacarias

2 Crónicas 24;20

foi assim que Deus colocou um espírito de mentira na boca dos profetas

2 crónicas 18;20-22

que um espírito bom me conduza

salmos 143;10

que um espírito generoso me sustente

salmos 51;14

eu vou colocar nele um espírito de medo

Isaías 37;7

Nesse momento estava na sinagoga um homem possuído por um espírito mau

Marcos 1; 23-26

Vendo Jesus, os espíritos maus caiam aos seus pés

Marcos 3;11

Havia um espírito possuído peloespírito de um demónio mau

Lucas 4;33

Foi então que ele proclamou vitória, inclusive para os espíritos aprisionados, falo das pessoas que foram rebeldes outrora

1 Pedro 3;19

 

 

 

 

 

 

Sobre o poder destruidor dos anjos de Deus

Nessa mesma noite, o anjo de Deus saiu e feriu 185.000 homens no acampamento assírio.

De manha, ao despertar, so havia cadáveres.

2 Reis 19; 35

 

 

O rei Ezequias começou a rezar (….)

então Deus enviou uma anjo que exterminou todos os soldados.

2 Cronicas 32; 20-21

 

 

ao anoitecer, os 2 anjos chegaram a Sodoma

Génesis  32; 25-32

 

 

O anjo já estava com a mão estendida sobre Jerusalém para a destruir,

quando Deus se arrependeu desse mal

e disse ao anjo que exterminava o povo[ já 70.000 homens tinham morrido] :«Chega!(….)»

 

2 Samuel  24, 16

 

 

 

 

 

 

 

 

Todos serão julgados, inclusive os anjos

Naquele dia, ele julgará no céu o exercito do céu [os anjos];

e na terra, os reis da terra[ os demónios]

Isaías 24;21

Deus sentado no seu trono, e todo o exército do céu

estava de pé à direita e à esquerda de Deus

1 reis 22; 19-21

Deus não confia nem mesmo nos seus anjos

Job 15; 14-15

Sobre as encruzilhadas como locais de praticas de magia negra

Mas para cúmulo de todas as tuas maldades, (….)

construíste um lugar de pecado nas encruzilhadas

Ezequiel  16; 1-25

 

Sobre o mar como forma de destruição de um mal

Ele (….) lançará para o fundo do mar todos os nossos pecados

Miqueias  7;19

 

Os animais podem ver espíritos

A jumenta viu o anjo de Deus, parado na estrada

Números  22;23

 

 

Espíritos podem assumir forma de animais

O céu abriu-se e o espírito desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba

Lucas 3; 21-22

 

Sobre a vida antes da vida

Recebi a palavra de Deus que me dizia:

«Pequei contra ti(….) eis que nasci na culpa, e a minha mãe já me concebeu pecador»

Salmos 51;6-7

Antes de te formar no ventre da tua mãe, eu te conheci.

Antes que fosses dado á luz, eu te consagrei

Jeremias 1; 4-5

Quando eu era formado em segredo (….)

os teus olhos viam as minhas acções e eram todas escritas no teu livro

Salmo 139; 15-16

Deus chamou-me quando eu ainda estava nas entranhas da minha mãe,

e Ele pronunciou ou meu nome

Isaías 49,1

Antes de te formar no ventre da tua mãe, Eu te conheci;

antes que fosses dado á luz, eu te consagrei

Jeremias 1;4

 

 

Sobre a prova da existência da reencarnação

tu tens o poder sobre a vida e a morte,

fazes descer ás portas do reino dos mortos e de lá subir

sabedoria 16;13

Deus faz viver e faz viver, faz descer ai abismo e dele subir

1 Samuel 2;6

Que os injustos voltem ao tumulo

Salmos 9;18

De facto, Levi ainda se encontrava no corpo do seu antepassado,

quando aconteceu o encontro com Melquisede

Hebreus 7;10

Retiras-lhes a respiração e expiam, voltando a ser pó.

Envias o teu sopro de vida e são criados e assim renovas a face da terra

Salmos 104; 29-30

Ele mesmo se tornará nosso Deus, como jurou e prometeu aos nossos antepassados Abraão, Issac e Jacob(….)

Estou [Moises] a concluir esta aliança com aqueles que estão aqui connosco hoje, (….),

e também com todos aqueles que hoje não estão aqui connosco»

Deut 29;140

E que os mortos resuscitam já Moisés o indica na passagem da sarça, quando chama ao Senhor:

«o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob».

Deus não é Deus de mortos mas de vivos, pois para eles todos vivem.

Lucas 20; 35-38

Mas eu digo-vos:

«Elias já veio e eles não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram»

 

Mateus 17; 12

Alguns disseram [sobre Jesus]:«È João Batista que ressuscitou dos mortos»(….)

outros diziam: «È Elias»(….)

Herodes disse:«Ele é João Batista.Eu mandei-o decapitar mas ele resuscitou»

Marcos 6; 14-16

Quem nasce da carne é carne, quem nasce do espírito é espírito (….)

o vento sopra (….) ouves o barulho mas não sabes de onde vem nem para onde vai.

Acontece a mesma coisa com o espírito.

João 3; 6-8

fala da parte de Deus todo aquele que reconhece que Jesus Cristo encarnou

1 Joao 4;2-3

o homem(….)pode matar, mas não é capaz de fazer voltar o espírito depois de ter saído,

nem libertar a alma que entrou no reino dos mortos

[o homem não pode pois é carne e é mortal, mas Deus pode, ou os espíritos podem]

sabedoria  16;14

 

 

Sobre os espíritos maus, mesmo encarnados em corpos humanos, procurarem cemitérios para ali permanecer

Logo que Jesus saiu da barca, um homem possuído por um espírito mau saiu de um cemitério e foi ao seu encontro

Marcos 6; 14-16

 

 

Sobre os solos sagrados

Estando perto de Jericó , Josué levantou os olhos e viu diante de si um homem com a espada desembainhada.

(….) Ele [o anjo na forma de homem] respondeu: «Eu sou o chefe dos exércitos de Deus (….)»

O chefe dos exércitos de Deus, respondeu:

« Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é sagrado»

Josué 5;13-15

 

 

 

 

Sobre a vida após a morte

exalam o espírito e voltam ao pó

Salmos 146;4

Então o po voltou para a terra de onde veio,

e o sopro vital retorna para Deus que o concebeu

Eclesiastes  12; 7

O meu sopro de vida não permanecerá para sempre no homem,

pois ele é carne e não viverá mais que 120 anos

Génesis  6;3

 

Tu morrerás e reunir-te-ás com os teus antepassados,

como o teu irmão Aarão, que se reuniu ao seu povo no monte hor

Deuteronómio  32;50

Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos.

Andais muito enganados.[diz Jesus, pois para Deus ninguém morre, todos estão vivos mesmo depois da morte]

Marcos 12;27

Eu faço morrer e eu faço viver (….) Eu vivo eternamente

Deuteronómio 32; 39-40

Aquele que em breve irá julgar os vivos e os mortos

1 Pedro 11;6

quando tiveres gerado filhos e netos e envelhecerdes na terra, se vos corromperes (….)

eu [Moises] tomo o céu e a terra como testemunhas contra vós

[dito como recado, perto da hora da morte]

Deuteronómio 4; 21-26

 

 

 

Sobre a evolução espiritual 

Embora o nosso corpo físico se vá desfazendo,

o nosso homem interior vai-se renovando a cada dia (….)

não procuramos as coisas visíveis, mas as invisíveis

2 Coríntios  4;16-18

feliz do homem que encontrou a sabedoria e alcançou o entendimento

Provérbios 3,13

O justo atingiu a plenitude de uma vida

Sabedoria 4; 13-14

Embora filho de Deus (….) depois de atingir a perfeição,

tornou-se fonte de salvação eterna [Jesus]

Hebreus 5; 8-9

A perfeição [espiritual] não chegou com os filhos de Levi (….)

a lei não levou nada á perfeição [espiritual]

Hebreus 7; 18-19

 

 

 

 

 

Um espírito mau, ou um demónio, não tem forma nem corpo, por isso procura incansavelmente um corpo onde entrar.

Quando um espírito mau sai de um homem,

ele fica a vaguear em lugares desertos.

Procurando repouso, não o encontra.

Então diz:«Vou voltar para a casa de onde parti (….)

Então vai e toma consigo 7 outros espíritos piores que ele.

Mateus 12; 43-45

 

 

Sobre a existência de Deuses

Celebrai Jave, deus dos deuses

Salmos 136; 1-2

no conselho divino, no meio dos Deuses, Ele julga:

«(….) embora sejais deuses e filhos do Altíssimo (…)

salmos 81;1-6

Então Deus disse:

«façamos o homem á nossa imagem e semelhança»

Genesis 1,26

Então a serpente disse á mulher:

«(….) no dia em que comerdes daquele fruto, tornar-vos-eis como Deuses»

Genesis 3;5

Depois Deus disse:

«o homem tornou-se como um de nós (….)

que ele agora não (….) coma da arvores da vida, e viva para sempre [como nós]

Genesis 3;22

Deus disse:

«vamos descer (….)»

Génesis  11;-6-7

Porque Deus é um grande Deus

e soberano de todos os Deuses

Salmos 95;3

Tu és , ó Deus, (….)

mais elevado que todos os deuses

Salmos 97;9

Entre os Deuses, não há outro igual a ti

Salmos 86;8

Celebrai javé,

o Deus dos deuses

Salmos 136;1-2

Na assembleia dos anjos(….)

dentre os seres divinos,

quem é como Deus?

Deus é terrível no conselho dos anjos,

grande e terrível com toda a sua corte

Salmos 89;4-8

 

 

 

Sobre a existência de relações sexuais entre mulheres e anjos,(ou demónios), e os filhos ,(demoníacos ou não), que nascem desses relacionamentos

Nesse tempo, (….) quando os filhos de Deus se uniram com as filhas dos homens

e geraram filhos – os gigantes que habitavam a terra

.Estes foram os heróis famosos dos tempos antigos

Génesis  6,4

 

 

 

Sobre  os primogénitos de Deus 

Vos aproximaste-vos de milhares de anjos reunidos em festa,

e da assembleia dos primogénitos, que tem o nome inscrito nos céus.

Hebreus 12; 22-23

 

 

 

 

Sobre as viagens astrais ou espirituais

Conheço um homem de Cristo que há 14 anos foi arrebatado ao 3º céu.

Se estava no seu corpo não sei;se fora co seu corpo, não sei; (….)

sei apenas que esse homem, se no corpo ou fora do corpo, (….)

foi arrebatdo ao paraíso

2 Coríntios  12,2-4

através de um êxtase, Deus levou-me para a terra de Israel

Ezequiel  40,2

Então o espírito arrebatou-me e levou-me

Ezequiel  43,1-5

E o anjo levou-me em espírito até ao deserto

Apocalipse  17,3

 

 

Sobre o sangue

 

Ouço o sangue do teu irmão [Abel] clamando da terra por mim

Gen 4;10

Não comais carne com sangue, que é a vida dela.

Vou pedir contas ao sangue, que é a vossa vida

Gen 8; 4-5

O sangue é a vida da carne (….)

o sangue é a vida de todo o ser vivo

Levitico 17; 11-14

O espírito é que dá a vida, a carne não serve para nada

João 6; 63

Então Deus (….) soprou-lhe nas narinas um sopro de vida,

e o homem tornou-se um ser vivente

Quem dá inteligência é um espírito dentro do homem, um sopro de vida

Génesis  2;7

O meu sopro de vida não permanecerá para sempre no homem,

pois ele é carne, e não viverá mais que 120 anos

Génesis  6;3

Envias o teu sopro e são criados, e assim renovas a face da terra

Salmos 104 ; 20-30

 

 

Sobre o Karma

«Mestre, quem foi que pecou para que ele nascesse cego? Foi ele ou os pais?»

Jesus respondeu:

« não foi ele que pecou, nem os seus pais, mas é cego para que nele se manifestem as obras de Deus

[a obra de Jesus ao operar aquele milagre]

João 9;2-4

 

 

 

 

 

Sobre Almas gémeas

Então o anjo [ Rafael] disse a Tobias:

«Não tenhas medo. Ela foi-te destinada desde a eternidade»

Tobias 6;18

 

 

 

 

 

 

Sobre as Auras ou espectros emanados da alma

Há corpos celestes e há corpos terrestres.

O brilho dos celestes é porem diferente dos terrestres

1 Coríntios  15;40

 

 

Sobre a verdadeira natureza do destino, sobre o homem ser livre de optar, sobre o homem colher o fruto das suas acções, sobre o homem poder semear para depois colher e não estar condenado a um fruto pré-destinado.

Quem fica a olhar para o vento, nunca semeará;

quem fica a olhar para as nuvens, jamais colherá

Eclesiastes 11;4

È fácil aos Senhor, na hora da morte,

pagar ao homem conforme a obra de cada um

Ecl 11;26

 

Na desgraça o homem pode encontrar salvação,

enquanto que na fortuna pode provocar a ruína

Eclesiástico  20;9

Não andes por caminhos acidentados, e não tropeçarás nas pedras

Eclesiástico  32;20

Eu, Deus, penetro no coração (….)

para pagar a cada um conforme o seu comportamento e segundo o fruto das suas acções

Jeremias  17;10

Não digas:

«Foi por culpa do senhor (….)»

Desde o principio, Deus criou o homem e entregou-o ao poder das suas próprias decisões(….)

Ele pos-te diante do fogo e da água, e poderás estender a tua mão para aquilo que quiseres

Eclesiástico  15;11-16

Sobre a importância dos altares para os espíritos, inclusive para o espírito de Deus

Far-me-ás um altar (….)

nos lugares onde eu quiser lembrar o meu nome, [nos altares] irei ter contigo

Êxodo 21;22-26

Eis o que deverás oferecer sobre o altar:

dois cordeiros machos, diariamente e para sempre(….)

È nesse lugar que me encontrarei com os filhos de Israel

Êxodo 29;38-43

 

 

 

 

 

 

A importância dos períodos lunares na comunicação com espíritos

 

em cada lua nova, (…) todo o mortal virá prostrar-se na minha presença, diz HYHV

 

Isaías  66,23

 

 

 

 

 

Sobre os praticantes de magia negra,  nas cerimonias negras

 

Não haverá prostituta sagrada, nem prostituto sagrado entre os israelitas

 

Deuteronómio  23,18

 

 

 

 

Sobre os não-vivos, seres amaldiçoados e tragados vivos pelo submundo 

Logo que Moisés acabou de falar, o chão rachou debaixo dos pés deles

[os que duvidaram de Deus e de Moisés]

a terra abriu a boca e engoliu-os(….)

Desceram vivos á mansão dos mortos. 

Números  16; 31-33

 

 

 

 

Sobre a existência dos Filhos das trevas

Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia.

Não somos filhos da noite, nem das trevas

1 Tessalonicenses 5;5

ele vai-te juntar aos teus antepassados,

que nunca mais verão a luz [condenados ás trevas]

Salmos 49;20

 

 

Sobre os malditos de Deus

 

Se um homem condenado á morte for executado e suspenso de uma arvore,

o seu cadáver não poderá permanecer na arvora durante a noite.

Deverás sepulta-lo,

pois quem é suspenso torna-se um maldito de Deus

 

Deuteronómio  21, 22-23

 

Prova Bíblica da existência da Magia, de livros de magia, dos magos, da feitiçaria e bruxaria. Menção bíblica á realização de rituais análogos aos das Missas Negras. Prova Bíblica do real poder devastador da magia negra.


Muitos fieis corriam para confessar (….)

as suas praticas magicas

e um bom numero dos que praticam a magia amontoaram os seus livros

Apocalipse  19; 18-19

E também eles,

os magos do Egipto

fizeram os mesmo com as suas ciências ocultas

Êxodo 7;11

Manasses (….) prostrou-se diante de todo o exercito dos céus, [espíritos]e adorou-o

(….)Praticou adivinhações e magia, estabelecendo necromantes e adivinhos

2 Reis 21;1-6

rejeitaste o teu povo, casa de Jacob,

pois eles estão cheios de adivinhos orientais, de feiticeiros

Isaías 2;6

Aproximai vos, filhos da feitiçaria (….)

não sois vós que procurais a ardência do sexo?(….)

tiravas partido dos teus amantes, com os quais gostavas de ter relações; e(….)

multiplicavas as tuas prostituições

Isaías 57; 3-5

Quem recorrer aos necromantes e adivinhos para se prostituir com eles (….)

Levítico  20;6

Continuam as prostituições de tua mãe Jezebel,

e as suas inúmeras magias 2 Reis 9;22

praticaram adivinhação e a magia e venderam-se para praticar o mal

 

2 Reis 17;17

 

celebram ritos, onde(….)realizam mistérios ocultos,

ou fazem banquetes orgiásticos com rituais estranhos

Sabedoria  14,23

Não haja no meio de ti alguém que (….) pratique astrologia, adivinhação ou magia,

que pratique encantamentos, consulte espíritos

ou (….)invoque os mortos

Deuteronómio  18;10-12

Fica pois com os teus encantamentos, com a multidão dos teus feitiços

Isaías 47;12

construíram lugares altos, ergueram estelas e postes sagrados nas colinas elevadas

e debaixo de toda a arvore frondosa.

Houve ate prostituição sagrada. Imitaram todos os ritos abomináveis(…)

 

1 Reis 14,23-24

 

 

 

Sobre a origem do Bem e do Mal, dos anjos e dos demónios, sobre a origem das trevas. 

Bem e mal, vida e morte, pobreza e riqueza, tudo provem do Senhor(….)

As trevas foram criadas para (….) os que gostam do mal

eclesiástico  11; 14-15

Diante do bem esta o mal, diante da morte esta a vida, e diante do fiel esta o pecador.

Considera portanto, todas as obras do Altíssimo que,

duas a duas,

estão todas uma em frente da outra

Eclesiástico  33;14

 

 

 

União de caminhos no amor por magia branca, celebrada no altar da Santa Maria Madalena.

 

O que é?

 

união de caminhos no amor, é um processo espiritual celebrado através de magia branca, a quem muitos chamam igualmente de um CASAMENTO DOS ESPIRITOS, ou umCASAMENTO ESPIRITUAL, (operado segundo o Mandamento de são Mateus 22,30 conforme mais abaixo é explicado), ou seja, constitui a celebração de um processo espiritual por via do qual selando-se uma união em espírito de dois espíritos, pois então que esses dois espíritos se tornem apenas um espírito.

 

Trata-se este de um processo espiritual, de um ritual místico e de um cerimonial religioso celebrado na «doutrina dos santos», ou no «caminho dos santos», através do qual não se pretende unir duas carnes para que sejam apenas uma, (como no «casamento terrestre»), mas sim unir dois espíritos para que eles sejam apenas um,( por isso se chama «casamento espiritual»), pois que a carne é coisa efémera que pouco dura e que pode ser separada pelos caprichos e maldades do homem, porem os espíritos que forem em espírito unidos jamais poderão ser separados.

 

Assim sendo, para sempre esses dois espíritos permanecerão unidos, destinados um ao outro e em espírito sendo inseparáveis, para que assim sendo também as carnes se venham a unir, pois que está escrito:

 

«O espírito é que dá vida, a carne não serve para nada»

Joao 6,63

 

Pois então:

Apenas aquilo que em espírito for unido será verdadeiramente unido, e apenas aquilo que em espírito for ligado será verdadeiramente ligado, e apenas aquilo que em espírito for casado será verdadeiramente casado, pois que o espírito é que dá vida e o espírito é que importa, e olhai que neste mundo vencerá apenas aquilo que em espírito for por Deus destinado.

 

Podereis perguntar:

 

Como podereis celebrar um casamento espiritual entre pessoas desavindas ou desencontradas? Como é isso possível? Acaso é possível unir quem está ausente?

 

Pois respondesse-vos:

 

Olhai, que o prodígio de Deus é o amor, e no amor tudo é possível a santa Maria Madalena e a Deus.

 

Acaso santa Maria Madalena já não operou milagres no Brasil, em Portugal, em Espanha, na Argentina, na Venezuela, em Itália, no México, e um pouco por todos os lados do mundo?

 

E que importam ao Espírito as distancias do corpo?

 

Acaso há impossíveis para Deus?

 

Acaso importa a Deus onde estão os corpos, para que em espírito Deus neles opera as suas maravilhas?

 

Não é Deus Senhor de todas as coisas, mesmo quando o vosso corpo está aqui, ou a ali, ou a mil quilómetros seja do que for?

 

Pois então, observai e olhai que assim está escrito:

 

Deus é amor

1 João 4,7

 

Olhai igualmente que também assim está escrito:

 

O amor vem de Deus

1 João 4,7

 

Pois assim:

Deus é o Deus do amor, e o grande prodígio de Deus é o amor, e todo o amor é coisa que provem d’Ele, e por isso em todas as coisas do amor se no amor estais caídos em padecimentos, se no amor encontreis as portas trancadas, se no amor encontrais apenas estagnações, labirintos de impasse, solidão e sofrimento, e se em todas essas coisas procurais resposta, solução e união, então procurais em vão se não vierdes procurar Aquele que é a fonte de todo o amor, e Aquele que sobre todo o amor tem poder.

 

Está escrito que «Deus é amor», e a verdade é essa:

 

Deus é amor, todo o amor provem de Deus, e Deus é o Deus do amor.

 

E santa Maria Madalena foi aquela que mais amou esse Deus na forma do seu Filho Jesus Cristo, e santa Maria Madalena foi o exemplo vivo do coração amando fielmente ate ao último minuto, sem jamais desistir.

 

Santa Maria madalena, acusada de muitas coisas e porem amada por Jesus que a acolheu nos seus braços e que a escolheu como primeira das primeiras testemunhas da sua ressurreição, é o exemplo vivo do amor e padroeira de amores verdadeiros, que são aqueles que são amores não meramente na carne, mas sim e essencialmente no coração e em espírito.

 

Olhai porem: as bênçãos de santa Maria Madalena não constituem uma «amarração» no sentido negativo do termo. Enquanto que a amarração produz os efeitos descritos neste site, ( ver «amarrações»), operando através de maldições destinadas a fragilizar pessoas a fim de tornar fracas e assim leva-las a aceitar algo que elas não querem, já a união de caminhos no amor é um processo espiritual diferente porque concretizado com recurso á magia branca.

 

As uniões no amor realizadas, são celebradas em altar e terreiro dedicado a NOSSA SENHORA MARIA MADALENA, o grande amor de Cristo.

 

De nossa senhora Maria Madalena, professamos que advêm enorme protecção e favorecimento a todos aqueles que amam fiel e verdadeiramente, pois que ela foi a mulher que pecadora amou Jesus, que por amor se converteu a Cristo, e com amor no coração viveu toda a sua vida. Por isso, professamos devoção a santa Maria Madalena, a santa de maior luz para poder advogar pelas causas de amor junto de Deus, pois foi e é a Sua maior amada.

 

O amor, é o maior dos mandamentos de Cristo.

Assim, aquele casal que o possui nos seus corações de forma mútua e recíproca será amparado e unido, sendo que no seu caminho não existirá nem pedra, nem espinho, que os possa separar sob a protecção de uma união de caminhos de magia branca.

 

A união de caminhos é celebrada numa missa branca, e através dela são invocados os dons de luz no amor que Nossa Senhora Maria Madalena pode conceder a quem a ela recorre com fé.

 

Á santa são feitas adorações, oferendas e venerações conforme antigos saberes espirituais, e á santa é pedido que duas pessoas se unam em espírito, para que unidas em espírito então se lhes unam os caminhos de vida, da mesma forma como se podem unir o rumo de dois navios que antes estavam perdidos um do outro, no meio do mar,  por entre tempestades.

 

Assim se passa também com as pessoas:

por vezes elas perdem-se uma da outra no meio de conflitos, de interferências de terceiros, de invejas, de mal – entendidos, de desavenças, de malefícios, de ciúmes, de confusões ou de indecisões, de medos ou de angustias, de

complicações do quotidiano ou simplesmente de uma maré de má sorte que confundiu as mentes e o coração de alguém.

 

Qualquer uma dessas coisas pode desviar o rumo de vida de uma pessoa relativamente a outra.

 

E nesse caso, em nome do amor e pelos caminhos do amor, os espíritos celestes podem actuar, dissipando a confusão

 e criando harmonia, paz, certezas e forças no coração daquele que se afastou.

 

E ao faze-lo, os espíritos estão apenas reequilibrado a vida dessa pessoa, devolvendo-lhe a harmonia, gerando felicidade nos corações onde o amor é semeado pelo amor e com amor.

 

Ao faze-lo, está-se concedendo uma segunda oportunidade aos que no seio de um casal, pecaram contra o outro e dele se afastaram, retribuindo amor com falsidade. Aquele que assim agiu crê-se que será, tocado pela luz de Nossa Senhora Maria Madalena, e assim terá uma hipótese de reconsiderar os seus caminhos, e de regressar aos trilhos do amor, retribuindo amor a quem lhe dá amor. Se assim suceder, todas as suas faltas serão perdoadas, e o reatamento virá tornando-se a relação ainda mais forte que nunca.

 

Madalena amou Jesus, e por Jesus muito amada foi pois que aela Cristo apareceu antes de a todos os demais discípulos após a sua ressurreição. E Jesus veio trazer ao mundo uma mensagem e essa mensagem era: o amor.

 

Assim:

 

As bênçãos de santa Maria Madalena no amor tudo podem fazer, e porem olhai:

 

 Elas não actuarão em prodígios efémeros, pois que apenas os insensatos ambicionam tudo ganhar hoje em 1 minuto, para logo depois amanhã tudo perder em 1 minuto.

 

Ao contrario, as bênçãos de santa Maria Madalena tudo podem fazer num coração, e porem usai-as apenas se desejais que a pessoa por vos amada vos venha por amor e de coração aberto, jamais forçadamente e sem sentimentos no coração dela, como se de um prisioneiro se tratasse, tal qual um triste recluso que apenas vos acompanha «á força», porem vazio de amor no coração. Por isso: reflecti bem antes de vir ásbênçãos de santa Maria Madalena, pois que elas não operem em coisas fúteis, elas não produzem fruto efémero e elas não se edificam nos caprichos apressados do coração inquieto e impaciente. Apenas no amor verdadeiro as bênçãos de santa Maria Madalena darão o seu fruto, e olhai que é um fruto eterno, perpetuo, sólido, construído «pedra a pedra», «passo a passo», e «degrau a degrau», mas que não levará ao tropeço mas sim á felicidade genuína e para sempre solidamente firmada nos corações.

 

Por isso:

 

Procurai as bênçãos de santa Maria madalena, apenas se amais verdadeiramente, e se amando procurais por amor e por Deus abrir os caminhos de um coração, para que esse coração vos venha repleto e transbordando de amor, e assim venha de livre vontade e amando-vos.

 

Pois se tendes fé no coração e assim quiserdes entregar essa missão de amor a santa Maria Madalena, pois então olhai que o prodígio ocorrerá e chama do amor brilhará novamente, pois que assim está revelado:

 

Seja bendito Deus, que abriu o coração do rei

Esdras 7,27

 

Pois assim:

 

A luz de Deus pode abrir o coração de um rei, como pode abrir o coração de qualquer homem e qualquer mulher, e se é isso que procurais então procurai por santa Maria Madalena e depositai nela a vossa mais profunda devoção, e eis que os corações se abrirão e o milagre do amor que vem de Deus ali se fará.

 

Olhai porem: as bênçãos de santa Maria Madalena não violentarão ninguém, não forçarão ninguém, pois que elas são luz e amor e por isso elas trabalham num coração não pela «força bruta», nem pelos fervores obsessivos das delirantes ansiedades, pois que esses caprichos e devaneios acabam sempre por gerar resultados efémeros e passageiros, pois que são incapazes de fazer florescer amor, pois que a única coisa que é capaz de fazer florescer amor…. é o amor.

 

Assim, as bênçãos de santa Maria Madalena descem a um coração para ali entrar, para ali sondar e para ali operar com sabedoria, com paciência e com perseverança ate que todos os mistérios desse coração estejam revelados e ate que esse coração se entregue plena e aberta e irremediavelmente….ao amor.

 

Por isso se crê:

 

Onde existir amor, há caminho aberto para suceder o milagre de santa Maria Madalena.

 

Ao contrário da amarração, que é uma MALDIÇAO, uma UNIAO DE CAMINHOS no amor é uma BÊNÇÃO de Santa Maria Madalena.

 

Uma vez sobre a bênção de Santa Maria Madalena, jamais um amor unido e salvo pela sua bênção será destruído, pois que aos olhos da Santa ele será eternamente abençoado e por isso defendido.

 

A união de caminhos é realizada com respeito pela pessoas,

não recorrendo a métodos punitivos, por isso jamais impondo tormentos que influenciem alguém a ficar com alguém, apenas por força de tribulações e tentações. Não é por isso um método intrusivo, que infesta a vida de uma pessoa com espíritos de trevas, nem irá forçar ninguém a coisa alguma.

 

Se tendes amor verdadeiro e procurais o amor através dos caminhos do amor, então tudo vos será possível através de santa Maria Madalena, pois que pela fé, em espírito o caminho será aberto.

Destrancai por isso o caminho do coração que tanto amais e que não se vos abre, ou reabri os rumos ao amor que se vos perdeu e que vos parece irremediavelmente desencontrado e desviado.

A Santa Maria Madalena e a Deus, no amor nada é impossível.

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A união no amor por magia branca, apela espiritualmente á maior força do universo…. O amor.

 

A união do caminho no amor, é feita em terreiro dedicado a Nossa Senhora Maria Madalena, o grande amor de Jesus e aquela que amou Jesus com verdade e fidelidade.

 

Assim, nesse local santo são entregues á santa, através de rituais místicos ancestrais, os pedidos de união amorosa daqueles que sofrem.

 

Deus é o Deus do amor, pois que assim está escrito:

 

O meu mandamento é este: «Amai-vos»

João 15,12

 

Pois no amor, quem mais poderá ajudar com amor e pelo amor….senão o Deus que é amor e que exorta ao amor?

Pois assim está escrito:

 

Tu és cheio de amor para todos os que Te invocam

Salmo 86,5

 

Pois assim é garantido:

 

Para aquele que num assunto de amor invoca um santo de Deus, (como santa Maria Madalena), e a Deus, e o faz com fé, e o faz conforme os mais ancestrais saberes de Deus….pois esse verá na sua vida ocorrer uma resposta de amor.

 

Por amor Jesus ressuscitou, e por isso assim se afirma:

 

Por amor pode o amor ser renascido, restabelecido, reedificado e ressuscitado numa vida, pois tal como Jesus ressuscitou por amor, pois assim é o poder do Deus que é amor.

 

O que é necessário para que isso ocorra? Apenas isto:

 

1-Que amais verdadeiramente, e que tendes fé no vosso coração, e que o vosso clamor seja feito com intenção verdadeira e honesta, e que assim sendo estejais dispostos a deixar santa Maria Madalena operar no coração de quem amais, e que assim seja feito conforme a Lei de Deus, e sempre por amor.

 

Se assim o fizerdes, entao assim se vos afirma:

 

Se nem 1 grão de amor verdadeiro existiu nesse coração que agora está fechado, pois então nesse coração assim ocorrerá conforme assim fez aqu’Ele que santa Maria Madalena mais amou, e que foi Jesus, e que assim fez:

 

Destruirei este templo, e em 3 dias o levantarei

Joao2,19

 

Pois por amor Jesus renasceu, e pelo amor de Deus o amor pode renascer, e por isso assim está escrito:

 

Ele te restabelecerá

Job 22,23

 

Esta garantia é vossa se apenas tiverdes fé, se abandonardes as descrenças, e se vierdes a santa Maria Madalena, pois que esta é a promessa de Deus e que é: ao de fé, tudo o que se perder, que se arruína, que se desmembra e que se destrói, tudo será restabelecido na sua vida.

 

E mesmo assim você pode dizer:

 

Mas o que se perdeu tem mesmo forma de voltar?, e aquilo que anda perdido tem mesmo forma de ser conquistado?

 

Pois assim se responde:

 

Eu fui mandado apenas para as ovelhas perdidas

Mateus 15,24

 

Pois é precisamente para o que foi perdido que Deus actua para restabelecer, e é para o que se esta perdendo que Deus vos assegura que será reencontrado.

 

Por isso se diz:

 

Apenas uma coisa vos separa desta esperança e desta promessa, e isso é a descrença. Pois assim, aquele e aquela que abandonar a descrença e vier ao trilho da crença, eis que isto ocorrerá.

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A sabedoria de Deus apela ao amor, e se procurais destrancar e abrir os caminhos do amor por amor, então olhai: vinde á Santa Senhora dos amores, que vos acudirá no amor desavindo, que vos amparará no amor perdido, que vos auxiliará no amor impossível, pois que santa Maria Madalena tudo fez por amor, e muito amou, e amou até ao fim mesmo no momento mais difícil.

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Os saberes místicos das escrituras são usados na união de caminhos por magia branca, celebrados em terreiro dedicado a Nossa Senhora Maria Madalena, como forma de entregar á santa a solução de um distúrbio amoroso.

 

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A união de caminhos no amor, é um processo espiritual celebrado através de magia branca, a quem muitos chamam igualmente de um CASAMENTO DOS ESPIRITOS, ou um CASAMENTO ESPIRITUAL, (operado segundo o Mandamento de são Mateus 22,30 conforme mais abaixo é explicado), ou seja, constitui a celebração de um processo espiritual por via do qual selando-se uma união em espírito de dois espíritos, pois então que esses dois espíritos se tornem apenas um espírito.

 

Trata-se este de um processo espiritual e religioso celebrado na doutrina dos santos, ou no caminho dos santos, através do qual não se pretende unir duas carnes para que sejam apenas uma, ( como no «casamento terrestre»), mas sim unir dois espíritos para que eles sejam apenas um,( por isso se chama «casamento espiritual»), pois que a carne é coisa efémera que pouco dura e que pode ser separada pelos caprichos e maldades do homem, porem os espíritos que forem em espírito unidos jamais poderão ser separados.

 

Assim sendo, para sempre esses dois espíritos permanecerão unidos, destinados um ao outro e em espírito sendo inseparáveis, para que assim sendo também as carnes se venham a unir, pois que está escrito:

 

«O espírito é que dá vida, a carne não serve para nada»

Joao 6,63

 

Pois então:

Apenas aquilo que em espírito for unido será verdadeiramente unido, e apenas aquilo que em espírito for ligado será verdadeiramente ligado, e apenas aquilo que em espírito for casado será verdadeiramente casado, pois que o espírito é que dá vida e o espírito é que importa, e olhai que neste mundo vencerá apenas aquilo que em espírito for por Deus destinado.

 

 

 

 

 

 

 

 

Santa Maria Madalena

 

UNIÃO NO AMOR

CASAMENTO DOS ESPIRITOS EM ESPIRITO FIRMADO

 

A união no amor pela bênção de santa Maria Madalena, opera conforme o seguinte cânone:

 

«Se unidos forem os espíritos e os corações pelo amor que neles brilha, então por consequência também os corpos se unirão, pois que a união do espírito e do amor, é 70 vezes 7 mais poderosa que a da carne.»

 

Como entender isto?

 

Observemos primeiro o que dizem as escrituras sobre o casamento entre um homem e uma mulher:

 

Os evangelhos revelam que o casamento é a união da CARNE de um homem com uma mulher, união essa que nenhum homem deve separar, mas que contudo pode o homem separar. Tratam-se por isso os votos do casamento de uma união da CARNE entre duas pessoas , ( entre os seus corpos), pois que assim dizem as escrituras:

 

Por isso o homem (…) se unirá á sua mulher e os dois serão uma só carne. Portanto, já não são dois mas uma só carne. Portanto, o homem não deve [não é dito que «não pode», é dito «não deve»] separar aquilo que Deus uniu

Mateus 19,6

 

Por isso sabemos que um casamento é a união da CARNE aos olhos de Deus.

 

Que mais dizem as escrituras sobre o casamento?

 

Os evangelhos revelam igualmente que para alem da união da carne aos olhos de Deus, ( o casamento), existe um outro tipo de união, e essa é uma união espiritual, uma união não da CARNE mas sim do ESPIRITO, pois que assim esta revelado:

 

Na ressurreição os homens e as mulheres não se casarão, pois que serão como anjos do céu

Mateus 22,30

 

Assim ficamos sabendo que enquanto o casamento é a união da CARNE, contudo existe também uma união do ESPIRITO, uma união igual á que celebram os ANJOS, uma união que não precisa da carne para nada, pois que «a carne não serve para nada», e isso sabemos pois assim esta escrito:

 

«O espírito é que dá vida, a carne não serve para nada»

Joao 6,63

 

Essa sim…é uma união espiritual, essa é uma união de amor, que é a união como a que os anjos praticam, uma união em espírito e em amor, não uma união em corpo ou em carne. Sabemos que existe um corpo físico, e um corpo espiritual, ( o espírito), pois que assim esta revelado:

 

Há corpos terrestres e corpos celestes

1 Coríntios 15,40

Assim, sabemos que se o corpo terrestre, ( a carne), pode ser unida aos olhos de Deus pelos votos do casamento, contudo existe um outro tipo de união, uma união não da carne, mas sim do espírito, e que essa opera espiritualmente, independentemente da carne.

 

È neste pressuposto que se fundamenta a acção da bênção de santa Maria Madalena, pois que a bênção de santa Maria Madalena não opera na carne, ( no corpo), mas sim no espírito, ( na alma e no coração).

 

A bênção de santa Maria Madalena não visa inflamar os corpos, mas sim fazer brilhar o amor que exista nos corações.

Assim e havendo amor, uma vez unidos dois espíritos pela bênção de santa Maria Madalena, os espíritos das pessoas abençoadas permanecerão perpetuamente unidos.

 

E se unidos estão os espíritos, também a seu tempo os corpos tenderão por sua vez a unirem-se, gerando-se assim a aproximação e reconciliação entre duas pessoas afastadas.

 

Este sim, é na verdade não um casamento da carne, mas um CASAMENTO DO ESPIRITO.

 

 

 

Nas ancestrais tradições, Holocaustos, libações e oblações eram usados na celebração de rituais apelando ás forças e anjos de Deus, sendo que tais processos constituem actos de poderosa magia branca. Esses mesmos processos são usados nas uniões de magia branca, entregues em altar-terreiro dedicado a Nossa Senhora Maria Madalena. Os processos de união no amor, tendem a começar a produzir os seus efeitos após 6 a 12 dias depois do processoespiritual  estar lançado sobre a pessoa que se procura «tocar» com a luz de Santa Maria Madalena, e eles assim ali actuarão de forma de insistir no coração da pessoa visada, a fim que ela possa reconsiderar sobre os seus maus rumos e regressar a quem ama com verdade. Se amor ali houver naquele coração, ou se amor já tiver existido nesse coração….então as graças de Santa Maria Madalena poderão ajudar.

 

 

Num casal, aquele que pecou contra o outro com falsidade terá, através da união de caminhos por magia branca, apelando ao poder da Nossa Senhora Maria Madalena, uma hipótese de reconsiderar os seus caminhos

 

Para uma união de caminhos no amor por magia branca, escreva para: altar.cipriano@gmail.com

 

Prefere uma amarração por magia negra? Então visite:Amarrações por magia negra

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Como funciona a União de Amor por magia branca, recorrendo á luz da Santa Maria Madalena?

 

 

Assim está revelado:

 

Deus, que dá a semente ao semeador (…) multiplicar-vos-á a semente, e ainda fará crescer o fruto

2 Coríntios 9,10-11

 

Pois assim actuam as bençaos de Deus:

 

Onde elas entram, elas são semente que se planta num coração, e elas farão a semente plantada multiplicar-se não sete mas setenta vezes sete vezes, e eis que elas farão o milagre da multiplicação, e assim eis que elas farão multiplicar a semente plantada num coração e elas farão crescer abundantemente todos os seus frutos.

 

E assim:

 

Olhai que Deus alcança esse coração com a sua bênção, para ali semear luz, reconciliação e paz, e para que assim sendo então o amor que ali existe se multiplique e floresça e dê o seu fruto, e é assim que pacientemente Deus opera num coração, pois que Deus é como semeador da boa semente que é a semente do amor.

 

E então olhai:

 

O coração do homem é como a terra:

 

Uns corações são férteis e dão fruto facilmente e em abundância;  outros são áridos e dão fruto a muito custo e com mais esforço;, uns são generosos,e deixam-se semear facilmente;  outros são fechados e difíceis de plantar;  unssão voluntariosos e ricos e geram colheitas fartas e ricas  ; e outros são teimosos e não dão fruto senão com muito trabalho e persistência.

 

Porque o coração do homem é assim, então em cada tipo de terra diferente uma lavoura diferente deve ser feita, umas dando fruto mais rápido, outras ceifando-se mais tarde, outras exigindo maiores cuidados e tratos prolongados, outras frutificando na primeira colheita.

 

Porem uma coisa é verdade e é garantida:

 

Em todos os corações Deus vence, haja que obstáculo for, tal como em todo o terreno o bom semeador consegue gerar fruto, faça o que for necessário fazer.

 

E assim:

 

Entregai a santa Maria Madalena a missão de semear o amor que tendes, pois que Deus é o bom semeador da semente do amor, e em santa Maria Madalena encontrareis a mais poderosa e protectora luz para vos guiar e abrir todos esses caminhos do coração.

 

E assim fazendo, depositai nela todo o vosso amor e todo o vosso tormento, pois que ela será mensageira celestial desse amor, e cheia de luz e repleta da glória de Deus ela assim trabalhará no coração perdido pelo tempo que tiver de trabalhar, ela assim operará no coração fechado pelo tempo que tiver de operar, e assim ela fará peregrinação dentro desse coração custe o que custar ate que ele se abra e se entregue ao amor.

 

Assim foi revelado nos evangelhos:

 

Jesus apareceu primeiro a Maria madalena, (…) ela foi anuncia-lo

 

Marcos 16,9-10

 

Pois que por isso cremos que Jesus apareceu a Maria Madalena antes de a todos os outros discípulos, e á santa foi antes de a todos os demais encarregue a missão de anunciar Jesus e a sua maior mensagem…. a mensagem do amor.

 

Cremos por isso que é santa Maria Madalena a maior das mensageiras do amor, e que através dela se amor existir, no amor e em amor tudo é possível pois que ela amou e muito amada foi por Jesus, e por Cristo foi encarregue de anunciar Cristo e o amor.

 

Nossa Senhora Maria Madalena, foi o maior exemplo de quem ama com pureza, fidelidade e desprezo por si mesma, entregando-se de corpo e alma a um amor, por esse amor abandonando uma vida de pecados e por esse amor tudo fazendo na vida.

 

Cremos por isso que Nossa Senhora Maria Madalena é a mais digna defensora dos amores verdadeiros junto de Deus e de todos os espíritos de luz.

 

Pergunta-se:

 

Mas ao realizar uma união de caminhos, não se esta interferindo no livre arbítrio de alguém?

 

Reposta:

 

Não, pois que pela união de caminhos na magia branca não se força ninguém a nada, nem nada se impõem seja a quem for.

 

Na união de caminhos por magia branca, o tormento de quem ama é colocado nas mãos de Nossa Senhora Maria Madalena, e consequentemente de Deus e do seu poder.

 

E então assim dizemos: procurar o amor, procurar a bênçãos de Deus, não é pecado nem interferência em livre árbitro, mas é apenas isto conforme assim está revelado:

 

Procurai o amor.

1 Coríntios 14,1

 

Pois assim:

 

Procurar por amor clamando a Deus pelo amor, é Mandamento que se estará cumprindo, e não falta que se esteja cometendo.

 

Cremos por isso, que apelando a Nossa Senhora Maria Madalena, aqueles que amam verdadeiramente poderão ser tocados pela luz da santa, e ver-se em espírito unidos ao seu amor.

 

 

A união do amor através de magia branca,

é um processo espiritual que funciona destrancando as portas ao amor daqueles que amam verdadeiramente e que contudo por este ou aquele motivo perderam o amor e caíram por caminhos de angustia, dor e sofrimento. Nesses casos, a luz de santa Maria Madalena pode operar para que os corações se unam na paz e livre vontade, e para que o milagre do amor se fecunde na alma daqueles que amam.

 

Olhai que assim está escrito:

 

Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor

1 João 4,8

 

Pois assim:

Quem não ama não pode conhecer a Deus, mas a quem ama santa Maria Madalena conhece e ela acudirá com a gloria e o poder do amor.

 

Assim funciona a união de caminhos, realizada com recurso a magia branca, apelando pela luz, á maior força que existe no universo:

 

O amor!!

 

 

 

 

 

 

Mas você pergunta:

 

 

 

E mesmo que havendo amor no coração dessa pessoa, contudo se esse coração estiver demasiadamentereceoso?, ou magoado?, ou simplesmente for teimoso demais?…. para se abrir á bênção de santa Maria Madalena?

 

 

 

Então… o que acontece?

 

 

 

Não funciona?

 

 

 

Responde-se:

 

 

 

Jamais poderia um santo de Deus como santa Maria Madalena, ou Deus, serem impedidos de «funcionar» e operar a sua missão junto dos homens, pois se nem Jesus «falhou», ( pois que mesmo perante a morte que os homens lhe impuseram, Ele venceu e ressuscitou), quanto mais poderia uma bênção de Deus ficar impotente?

 

 

 

Pois então?…. Não é assim  que está escrito?, conforme assim diz a escritura:

 

 

 

«[Eu Deus] vou endurecer o coração do faraó

 

 

 

Êxodo 4,21

 

 

 

Pois assim você sabe:

 

 

 

Se Deus quer, Deus pode sondar um coração, Deus pode entrar num coração, e Deus pode endurecer um coração como endureceu o coração do faraó.

 

 

 

E se Deus pode endurecer um coração….. então  Deus também pode ABRIR e AMOLECER um coração!

 

 

 

E eis que assim se sabe que a bênção de um santo de Deus como santa Maria Madalena pode abrir um coração, mesmo que esse já esteja por demais afastado, por demais receoso, por demais fechado, por demais frio, ou ate por demais magoado e por isso esquivo e relutante.

 

 

 

E então você pergunta:

 

Mas como isso é possível?

 

 

 

 

 

Então, assim está escrito:

 

 

 

Se endireitardes os vossos caminhos, e a vossa maneira de agir (…) eu continuarei a morar convosco

 

Jeremias 7,5-7

 

 

 

Pois assim sabemos que esta é a forma como actuam as bênçãos de Deus e dos santos de Deus, ou seja:

 

 

 

1-Procurando e insistindo com perseverança junto de um coração desviado, para que esse coração vá e regresse ao bom caminho.

 

 

 

2-Procurando e insistindo com perseverança, para que se esse coração desviado, magoado ou teimoso, possa ouvir e abrir-se á bênção de santa Maria Madalena, e ouvindo e abrindo-se então nele possa habitar a luz de Deus,  e que assim acontecendo, então esse seja um coração que mansamente regressa aos trilhos do bom amor.

 

 

 

Contudo, se esse coração teimar em permanecer endurecido e fechado, então dele se afastará a luz de Deus, e a luz de Deus já não irá mais ali continuará a morar.

 

 

 

Assim, habitará esse coração longe da felicidade e das boas graças de Deus, pois que Deus é amor, e Ele apenas habita no coração manso e rendido ao amor, pois que o maior dos mandamentos de Deus é:

 

 

 

O meu mandamento é este: «Amai-vos»

 

João 15,12

 

Assim, um coração tocado pelas graças de Deus, ou de um santo de Deus, ( como santa Maria Madalena), se quiser alguma vez mais na vida ter a paz do Senhor na sua vida….apenas o poderá alcançar abrindo-se e aceitando a bênção, e aceitando o amor.

 

 

 

Contudo pergunta-se: e desistirá a bênção de santa Maria Madalena de operar o seu milagre?

 

 

 

Responde-se:

 

 

 

Assim foi revelado:

 

 

 

E se nem mesmo assim Me obecederes, dar-vos-ei uma lição sete vezes maior por causa dos vossos pecados

 

Levítico 26,18

 

 

 

Assim se sabe que uma bênção rogada através de um santo de Deus, ela assim actuará:

 

 

 

Ela persistirá e insistirá com o coração daquele que foi abençoado, para que ele abra o seu coração e deixe que a luz de Deus ali opere o seu milagre. Pois se a pessoa abençoada continuar persistindo em fechar o seu coração a Deus, então eis que a luz de deus insistirá nessa pessoa com a força de «uma lição sete vezes maior», sete vezes fortificando-se cada vez mais, e assim sucederá até ao dia da sua morte, para que ela ceda á luz de Deus e Lhe abra o seu coração.

 

 

 

Por tudo isso:

 

 

 

Por tudo isso, este é um voto maior que o voto do casamento, pois que se o casamento une apenas 2 carnes em 1 carne aos olhos de Deus, este é o voto que une 2 espíritos em 1 espírito aos olhos de Deus, tal como os anjos se unem e como Jesus anunciou ( Mateus 22,30)

 

 

 

Deste voto, não há saída senão abrindo o coração ao amor, pois que a isso ninguém é forçado, contudo por isso lutarão sempre as forças de Deus para que num coração possa Deus morar, pois que Deus é amor.

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DEMONOGRAFIA:

A palavra Demónio é de origem grega; Os demónios para os Gregos, tal como os Génios para os Romanos, representavam forças da alma ou forças da Natureza. Estas forças não eram necessáriamente más. Podiam mesmo ser benéficas. Na maior parte das religiões primitivas, é assim que estes seres são entendidos: por vezes bons, por vezes caprichosos, mas não forçosamente inimigos. Os espíritos protectores das pessoas e lugares pertencem a esta categoria.

Nas religiões de monoteísmo evoluído, os demónios são vistos em geral como forças do mal voluntariamente opostas a Deus e inimigas dos homens. É esta a concepção existente na tradição cristã.

Os demónios, segundo as versões teológicas Hebraico-Cristas, são anjos, ou seja, são espíritos ancestrais existentes desde o início dos tempos. Os anjos são seres que derivam de Deus mas não são Deus, no entanto são possuidores de tanto poder e conhecimento que em certas culturas terão sido confundidos com Deuses. Os anjos não possuem corpo físico, por isso a sua descrição como seres fisicamente belos e com grandes asas, são meras descrições artístico-iconograficas humanas, ou seja, interpretações culturais da sua existência numa tentativa de descreve-los, da mesma forma que Deus não possui forma humana, no entanto foi abundantemente retratado como um velho musculado de barbas brancas decalcado da figura de Zeus, tal como visto na iconografia mitológica greco-romana. Os anjos são seres celestiais, feitos de energia e inteligência celestial, pertencentes a uma dimensão espiritual ou «imaterial».Os anjos, conforme a própria Bíblia os descreve, são espíritos.(Hebreus 1;14)

Segundo as tradições teológicas Hebraico – Cristas, os demónios são anjos caídos que foram expulsos do terceiro céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um querubim da guarda ungido ( Ez 28) que, ao desejar ser igual a Deus, foi lançado fora do céu. Quando porém ele foi lançado fora do céu sobre a terra, a Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, satanás, serpente, dragão, principe da potestade do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:3). A Bíblia não cita a quantidade de anjos caídos, mas tem um passagem que diz que o número de anjos que adoram ao Senhor são milhares de milhares e milhões de milhares (Ap. 5:11).Os anjos caídos tornaram-se assim demónios ou anjos negros, habitando na realidade terrestres, para onde foram exilados.Os anjos caídos ou demónios, foram assim condenados a um exílio das realidades celestes, não podendo para elas regressar. Perdendo a sua categoria celeste, privados do contacto com a realidade espiritual, eles ficaram presos á realidade terrestre, sendo por isso espíritos desencarnados com extremo poder e incalculável sabedoria, pois eles existem desde o inicio dos tempos e são eternos. Neste seu exílio, privados que estão do contacto com as esferas celestes, eles passaram assim a viver junto dos humanos, alimentando-se das suas energias, motivo pelo qual eles fomentam certo tipo de actos. Eles fomentam-nos pois alimentam-se deles.Eles encontram na espiritualidade da alma humana, uma fonte de poder inesgotável. Por isso, segundo as teses que defendem esta visão, dizer que o demónio é um ser do mal não é totalmente correcto. Correcto seria dizer que o demónio é um ser que se alimenta dos sentimentos e energias espirituais da alma de um ser humano. Segundo as versões mitológicas grego-romanas dos demónios, se as energias de uma alma humana forem boas, o demónio alimentar-se-á delas e fomentará a sua existência. Se forem más, ele alimentar-se-á delas e fomentará a suaexistência.Nessa versão mitológica, a relação com um demónio é por isso aquilo que o humano for: se for fundamentada no bem resultará em fins positivos, se fundamentada no mal, resultará em fins negativos.

Segundo a tradição judaico-cristã, o Anjo é uma criatura celestial – que, na generalidade, a maioria dos crentes das religiões fundadas na revelação bíblica acredita ser superior aos homens – que serve como ajudante ou mensageiro de Deus. Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas brancas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza delicada e de um forte brilho, por serem constituídos de energia, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude. Possuem influência sobre todo o plano orgânico, ( plano dos organismos e seres vivos), e elemental, (plano dos elementos e forças da natureza ), sendo assim eles têm como uma de suas missões, ajudar a humanidade em seu processo de evolução.

 

A palavra anjo deriva do latim, angelu, e do grego, ángelos , com o significado de mensageiro.

De acordo com diversas fontes, existem nove grandes coros (ou cargos), grupos de anjos que ficam ao redor de Deus. Estes nove são divididos em grupos de três, as tríades. Os anjos da primeira tríade se comunicam directamente com Deus, depois passam seu conhecimento para a segunda tríade, que trata de passar para a terceira, chegando assim ao ser humano.

Segundo a Tradição Católica, são citados apenas três Arcanjos dos quais se saberia o nome: São Miguel (Quem como Deus), São Rafael (Deus Cura), e São Gabriel. Os nomes dos demais anjos, ou seriam invenção do povo, bem ou mal intencionado, ( segundo a Igreja Crista), ou acredita-se que sejam extraídos por metodologias kabalisticas, pois a própria Bíblia diz que cada anjo tem consigo parte do nome de Deus, sendo que foi a partir do nome de Deus que se revelaram os nomes dos anjos e consequentemente dos demonios.

È também afirmado que os Anjos não possuem maneiras de conhecer o futuro, possuindo sim uma inteligência muito mais desenvolvida que a nossa, podendo “prever” eventos que poderão acontecer, visto que conhecem com precisão todas as regras da fisica, das várias realidades dimensionais ,dos metabolismos temporais, etc…. e podem-se mesmo deslocar nestas realidades com facilidade. Tal tese aplica-se também aos demónios, que não passam de anjos caídos neste mundo e realidade terrena.

Ainda segundo a Igreja, ao actuarem junto a uma pessoa ou objecto, por não possuírem um corpo físico (a imagem de um anjo como uma pessoa com asas é mera representação artística) , o Anjo se torna um com ele.

No Judaísmo, segundo Talmud e Midrash, há 3 classes de demónios: espíritos impuros, diabos e os «lilin». Os primeiros são espíritos malignos desencarnados que vagueiam pelo nosso mundo terreno, e que não possuem forma ou corpo; Os segundos são espíritos diabólicos que podem assumir forma humana; os terceiros são podem assumir forma humana, mas possuindo asas. Estes últimos são espíritos da noite, terríveis espíritos, poderosos, que se alimentam de almas humanas actuando tal como vampiros. Eram os mais temidos demónios pelos Hebreus. Esta tese teológica defende também que todas essas 3 classes de seres tem origem em Adão, que depois de ter cometido um grave pecado, separou-se de Eva por 130 anos, período de tempo em que andou errante pela terra. Foi pois nesse período de tormenta e expiação que Adão através de desejos impuros encheu a terra de espíritos, maus, demónios e lilin. Nesta visão defende-se que os demónios são meio-humanos.

Nalguma demonologia hebraica, os demónios não são considerados maus ou satânicos, leia-se satânico como aquele que é opositor a Deus. Até mesmo Asmodai, o líder de todos os demónios segundo certas versões aramaicas, matou 7 noivos de Sara antes da consumação matrimonial, masfe-lo não enquanto um demónio Satânico – leia-se satânico aquele que é um espírito de rebeldia contra Deus- mas antes enquanto um ser que é a personificação das forças da luxúria e morte. E um ser desta natureza é levado a locais onde essas energias existem, para as gerar e consumar.

Há também entre algumas teses cabalísticas que definem os demonios , tal como certas versoes populares hebraicas, enquanto espíritos dos mortos vagueando eternamente por este mundo, tanto na forma de espectros como de vampiros.

Nas versões teológicas de natureza cabalística, a demoniologia existe por oposição á anjologia, sendo que não é possível conceber a criação de Deus sem calor por oposição ao frio, sem trevas por oposição á luz, sem demónios por oposição a anjos, pois toda a criação de Deus foi feita a pares e é regida pela dialéctica dos opostos.

Há uma velha expressão teológica hebraica que diz:

  • «Não permaneceis no caminho do touro quando ele regressa da pastagem, pois satã dança no meio dos seus chifres».

 

Pois ficar nos chifres do touro é dificil, e apenas quem tem a força e o saber para o fazer, assim o pode fazer e extrair daí os proventosdesejados.Segundo as versoes Hebraicas, Salomão recebeu conhecimentos magicos e esotericos que lhe permitiram estar «nos chifres do touro» e «domar a fera», de forma a obter do poder da fera aquilo que mais desejava.

Muitas das vezes os demónios são chamados de Satã, que na verdade, alguns dizem ser um titulo e não propriamente um nome, enquanto que outros dizem que esse é o nome do rei dos demónios, pelo que acaba sendo aplicado aos demónios em geral.

Quando falamos de demónios, temos também de falar dos Génios, pois estes foram atentamente estudados na cultura Romana, assim como na mitologia Árabe pré-islamica e mesmo no Islão.Nessas culturas e mitologias, um jinn (também “djinn” ou “djin”) é um membro dos jinni (or ”djinni”), uma raça de criaturas espirituais.

Para os Romanos, os genius, (latim), eram uma espécie de espírito guardião ou tutelar do qual se pensava serem designados para cada pessoa aquando do seu nascimento. Os génios também possuíam poderosa influencia nos elemental, ou seja, nos elementos constituintes desta realidadeterrestre.

Para a mitologia Àrabe , os jinni foram criados dois mil anos antes da feitura de Adão e eram possuidores de elevada posição no paraíso, quase equiparados aos anjos, embora formalemente, escala da hierarquia celeste, estivessem um degrau baixo dos anjos. È dito que os jinni não seriam seres meramente espirituais, pois seriam fisicamente são feitos de ar e fogo. Depois do acto de criação de Adão, crê-se que os jinni , sob a liderança do seu orgulhoso líder Iblis, recusaram curvar-se perante a nova criatura, uma criatura aos olhos deles inferior em todos os aspectos. Pelo seu acto de desobediência a Deus , os jinni foram expulsos do paraíso, tornando-se entidades perversas e malignas. Iblis, que foi atirado com eles na Terra, tornou-se o equivalente ao Satanás Hebraico-Cristão. Sendo feitos de fogo ou ar , diz que os jinni podem residir invisivelmente no ar, no fogo, sob a terra e em praticamente qualquer objecto inanimado concebível: pedras, lamparinas, garrafas vazias, árvores, ruínas etc. Na hierarquia sobrenatural, considera-se que os jinni, estão um degrau abaixo dos demónios. Ao contrário dessses, os jinni possuem todas as necessidades físicas dos humanos, podendo até mesmo serem mortos, o que so por si os limita face aos demónios que são imortais. No entanto, os jinni sao livres de quaisquer restrições físicas tal como os demais seres espirituais, demónios incluído.

Nem todos os jinni são malignos. De alguns diz-se que possuem uma disposição favorável em relação à humanidade, ajudando-a quando precisa de ajuda, ou mais provavelmente, quando isto é conveniente para os interesses do jinn. Diz-se contudo nas ancestrais tradições magicas Árabes, que aquele que possuir os necessários conhecimentos para lidar com os jinni, pode utilizá-los em proveito próprio, embora tal de tivesse sempe revelado bastante difícil e perigoso.

Os Muçulmanos acreditavam que os Jinni eram criaturas com livre arbítrio. Como já foi sublinhado, no Islão, acreditava-se que Satan era um Jinni e não um anjo. Aliás, os jinni eram uma realidade religiosa tão aceite, que no Al-Quran esta mencionado que Mohamet foi enviado como profeta para ambos humanidade e jinni. Para a crença muçulmana, os jinni , tem vidas muito parecidas com a dos humanos: eles comem, eles casam, eles morrem, etc. Eles são seres invisíveis aos humanos, mas podem ver os humanos ou entrar em contacto com eles. A aparente ideia de imortalidade destes seres, ( aos olhos dos comuns mortais), vem do facto de eles viverem muito mais tempo que os humanos, o que lhes dá uma aparência de imortalidade.

Os Jinni são seres muito parecidos aos humanos, possuindo a habilidade de serem bons ou maus. Eles contudo, geralmente, tem um ponto em comum: são maliciosos, devido ao sentimento generalizado que reina entre os Jinni, de que o seu lugar na Criação foi-lhes foram usurpado peloshumanos.

A noção de Satã no Islão diverge por isso da versão Crista. No Islão existe Shaytan, uma entidade análoga ao Satã cristão. Contudo, a visão islâmica sobre Shaytan é mais proxima das noçoes teologicas judaicas que com as noções cristas.

No Islão, Allah criou tudo em pares. O calor com o frio, as trevas com a escuridão, a morte com a vida, o positivo com o negativo. «ad infinitum». O par correspondente á raça humana, é o seu oposto, os Jinni. Ambos os seres foram criados com inteligência e livre – arbítrio, sendo contudo que os humanos foram criados a partir da terra/barro, e os Jinni a partir do ar/fogo. O Qu’ran diz-nos que os Jinni foram criados muito, muito antes que os humanos. Iblis era um Jinni que era supostamente muito bom, muito virtuoso, e um devoto servo de Allah. Ele alcançou um elevado status nas esferas celestiais, e foi elevado a um condição próxima dos anjos. Mas Allah conhecia bem Iblis e as suas intenções. Segundo a teologia Islâmica, os anjos não tem «livre – vontade», pelo que apenas podem obedecer á palavra de Deus e não cometem pecado, pois não sabem como cometer pecado. Eles estão ao total serviço da vontade de Deus e é-lhes impossivel desobedecer a Allah , pelo que esta fora das suas possibilidades sequer pensar em cometer o pecado, quanto mais comete-lo. Allah criou então os humanos, e ordenou aos anjos que se prostrassem a Adão e aos seus. Os anjos fizeram-no, contudo Iblis recusou obedecer a uma ordem directa de Deus. Iblis era orgulhoso e considerava-se superior a Adão, uma vez que ele era feito de barro e ele era feito de fogo. Pelo acto de desobediência, Allah amaldiçoou-o ao lago de fogo por toda a eternidade. Contudo, Satã obteve autorização de Deus para desviar almas humanas.

Neste aspecto, a visão Islâmica e Judaica coincidem perfeitamente, pois ambas defendem que Satã é basicamente o adversário de Deus, e que, apenas possui, o poder da influencia, o poder do murmúrio, o poder da sugestão. No fundo, é o mal dentro de cada um de nós que acaba ouvindo e anuindo á sugestão de Satã, o bem dentro de cada um de nos que nos faz resistir á tentação. O mal vem do ser humano, e não de Satã.

Segundo esta versao, foi Iblis que tentou Adão a comer da arvore proibida. Allah expulsou assim Adão e Eva do paraíso, e também Iblis. Todos vieram para a terra, com grande inimizade entre si. Humanos e Jinni doravante partilharam esta desconfortável inimizade.

Para que os humanos se protegessem dos jinni, os Muçulmanos diziam a frase: « Bismillahi! Allahumma inna ’audhu bika minal khubthi wal khabaa’ith»

Algumas versões dizem que o bisneto de Iblis, converteu-se ao Islamismo durante o tempo de Muhammad, portanto ele seria um ser com centenas de anos.

De acordo com alguns teólogos Islâmicos, o Qur’na declara expressamente que Satan não era um anjo, ( ao contrário do que defende o Cristianismo), mas antes um jinni a quem foi dado uma grande honra e posto igual ou superior aos próprios anjos.

OS ESPIRITOS DAS TREVAS

 

 

Os demónios e os espíritos das trevas existem e o assunto foi trazidos novamente á luz do dia pela promulgação do novo rito de exorcismo da Igreja Católica Apostólica Romana.

 

«De Exorcismus et supplicationibus quibusdam» é o renovado código de exorcismo e foi publicado pelo Vaticano em 26 de Janeiro 1999.

 

Antes disso, o rito foi analisado e trabalhado pelo Papa João Paulo II , que o aprovou em 1 Outubro 1998.

 

O documento possuía originalmente 84 paginas totalmente redigidas em latim, que já foram entretanto disponibilizadas a todas as todas as conferencias episcopais por todo o mundo para que possam traduzi-lo para versões nas línguas vernaculares.

 

Este documento, ( aprovado aliás por um Papa que confessou ter realizado 3 exorcismos ao longo da sua carreira eclesiástica) , reconhece claramente tanto a existência do demónio, como a realidade da pessessao demoníaca.

 

Pode-se ler na breve introdução que  o documento chama atenção para a existência de «criaturas angélicas» e outras, chamadas «demónios, que se opõem a Deus», sublinhando que a infleuncias destas entidades espirituais de pode fazer manifestar em pessoas, lugares ou coisas.

 

Este novo ritual de exorcismo católico foi trabalhado ao longo de 30 anos vem substituir o anterior do Ritual Romano que tinha sido promulgado em 1614.

Mas a realidade sobre espíritos das trevas e exorcismos não é uma crença meramente Crista. Os exorcismos são também constatados na religião Judaica, e exemplos disso podem ser vistos no Talmud : Schabbath, xiv, 3; Aboda Zara, xii, 2; Sanhedrin, x, 1…

No entanto, nas crenças Judaicas a possessão por espíritos é vista num contexto diferente daquele que é encarado no Cristianismo.  Para o Judaísmo, uma pessoa pode ser possuída por um espírito chamado dybbuk, que se acredita ser uma alma de uma pessoa falecida que regressou doGehenna , o conceito judeu de purgatório ou de local entre mundos, ( entre o mundo físico e o mundo celeste, entre a terra e o céu),  para onde as almas vão antes de entrar no céu.

De acordo com estas crenças, por vezes ,( nao muito frequentes), a uma alma que em vida nao teve oportunidade de cumprir com todas as suas missoes, é-lhe concedida a oportunidade de realizar esses fins , regressando a este mundo na forma de um dybbuk. E por vezes também, uma alma demasiadamente atormentada não encontra descanso no purgatório e pode escapar-se dessa «zona entre mundos»,  regressando  a esta mundo

A alma regressa assim a este mundo e procura «ligar-se» a uma pessoa viva que esteja experimentando uma situação similar á que essa alma viveu quando estava encarnado neste mundo.

Acredita-se por isso que há bons dybbuks e maus dybbuks.

Os bons, acabam desempenhado o papel de «guia espiritual» da pessoa a que se ligaram, procurando-a fazer ultrapassar os obstáculos e tribulações que esta vivendo, como forma de salvar essa pessoa e assim se salvar a si mesmo. Estas são consideradas possessões boas.

No caso dos dybbuk maus, esse são almas atormentadas que regressaram a este mundo ou que não partiram deste mundo, e que se ligam a uma pessoa e  fazem-na passar pelos mesmos erros, tormentos e caos que essa alma experimentou durante a sua vida.

 

AS PROVAS CIENTIFICAS QUE ATESTAM DA EXISTENCIA DE ESPIRITOS

A realidade é que os espíritos existem, quer se creiam neles ou não, tal como o ar existe e não se vê, e porem o ar continuará a existir quer se acredite nele, ou não.

Todas estas realidades espirituais são isso mesmo: REALIDADE, quer os cépticos e agnósticos queiram ou não.

Ao contrário do que se pensa, e ao contrário do que a ciência argumenta,  um ritual de exorcismo nao é um pratica obscura, celebrada por homens ignorantes contra a vontade de um pobre desgraçado que na verdade apenas sofre de um mal psiquiátrico ou psicológico.

Também ao contrário do que muitos pensam, e ao contrário do que ciência alega, a possessão, também não é um aproveitamente de doenças que afinal tem explicações racionais, por parte de uns tantos ignorantes aproveitadores que irresponsavelmente optam por defender que se trata de um fenómeno espiritual.

Prova de que os espíritos são uma realidade verdadeira, e que os exorcismos não são meras fantasias lunáticas de um punhado de ignorantes, são a premissas que presidem á própria execução de um ritual desta natureza.

Eis algumas das regras processuais a serem respeitadas antes que se possa autorizar um exorcismo:

1-O exorcismo apenas pode ser realizado por um sacerdote especialmente preparado para o efeito.

2-O exorcismo tem de ser executado com aprovação e supervisão do Bispo local

3-O exorcismo apenas pode ser realizado com o consentimento da pessoa vítima do fenómeno espiritual

4-Um exorcismo só pode ser realizado após a sua confirmação científica e espiritual, o que implica:

a) a verificação de certos sinais espirituais, ou seja, se esses sinais não se verificarem, não se pode confirmar que há uma possessão.

b) a rigorosa investigação cientifica do caso, que visa atestar que na realidade não se trata de uma caso de doença física ou mental, mas sim de uma verdadeira possessão.

Isto significa que:

O exorcista, antes que lhe seja permitido realizar qualquer exorcismo,  tem de procurar provar de forma cientificamente fundamentada que o caso em analise é na verdade, e sem sombra de duvida, um assunto de natureza espiritual.

O sacerdote deve por isso demonstrar máxima prudência e circunspecção ao longo de todo o processo de averiguação do caso em questão antes mesmo de propor um exorcismo ao Bispado, procurando inicialmente realizar uma abordagem objectiva á pessoa alegadamente possuída, abordagem essa que é uma verificação sobre o verdadeiro estado da pessoa, ou seja, verificando se a pessoa não será alguém que simplesmente sofre de doença física ou psicológica.

O sacerdote apenas decide se uma pessoa esta verdadeiramente possuída depois de uma diligente investigação, na qual se procura consultar peritos em áreas medicas, psicológicas, psiquiátricas e mesmo espirituais.

Apenas após todo este rigoroso processo de peritagens científicas, se chega á conclusão de se estar perante um caso de possessão por parte de entidades espirituais das trevas.

E quando assim sucede, para desgosto de alguns agnósticos, a própria ciência torna-se num instrumento de validação e prova científica da existência de espíritos e de demónios.

Segundo as normais de observação e analise deste tipo de fenómeno espiritual, os sinais de possessão demónica numa pessoa são:

1-    A capacidade da pessoa possuída de falar línguas que desconhece e que não tem possibilidade nem forma de conhecer, por vezes línguas mortas como Latim, Aramaico, etc.

2-    O conhecimento sobre coisas que lhe estão distantes e são desconhecidas

3-    Manifestação de força física anormal

4-    Manifestação de fenómenos físicos anormais

È necessário, apos cuidados exames médicos, psicológicos, espirituais, psiquiátricos, etc…. provar que estes sinais não estão relacionados com causas normais, relacionadas com leis da física, da química ou de uma condição clínica da pessoa alegadamente possuída, para que se possa declarar que essa mesma pessoa esta sendo vitima desse tipo de fenómeno espiritual.

De acordo com a pratica seguida pelo Vaticano, tudo é feito para evitar a percepção de que um exorcismo esta relacionado com  superstições ignorantes ou infundamentadas, mas antes é um processo atestado por meios científicos e com veracidade inegável.

ORAÇÃO DE EXORCISMO EM LATIM:

Exorcizo te, omnis spiritus immunde, in nomine Dei (X)

Patris omnipotentis, et in noimine Jesu (X) Christi Filii ejus, Domini et Judicis nostri, et in virtute Spiritus (X)

Sancti, ut descedas ab hoc plasmate Dei (name),

quod Dominus noster ad templum sanctum suum vocare dignatus est, ut fiat templum

Dei vivi, et Spiritus Sanctus habitet in eo.

Per eumdem Christum Dominum nostrum, qui venturus est judicare vivos et mortuos, et saeculum per ignem.

(X) = Sinal da Cruz

 

EM RESUMO:

 

Todas estas condições de analise de um fenómeno espiritual como a possessão, visam validar a existência dos espíritos das trevas através de um rigoroso processo de análise e investigação com rigor cientifico.

Assim se prova que quando se falam de espíritos dass trevas, não se está diante de uma fraude nem de uma fantasia, mas sim de uma realidade tão sólida como o ar que respiramos.

Assim se atesta o espírito das trevas existe e está dentro de uma pessoa, de um local ou de uma coisa, assim se confirma que se esta lidando com factos e não com fantasias.

A para quem gosta de factos, os exorcismos que foram feitos respeitando todos os critérios científicos de aprovação do ritual, os factos revelam uma verdade que alguns cientistas e alguns ateus  não gostam de ver.

 

Espiritos dos Mortos

Espíritos ou divindades do mundo dos Mortos

Eis alguns espiritos ancestrais ou deuses relacionados com a morte, ou seja, com a passagem entre este mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ou o mundo dos espiritos.

 

Estes espiritos ancestrais, em muitas culturas vistos como Deuses, assumem particular importancia na Magia Negra, pois sao espiritos guardioes da passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos espiritos.

E sendo a Magia Negra, ( e branca), fundamentada na pratica da invocação de espiritos, ( espiritos dos mortos ou outros tipos de espiritos), estas entidades ou deidades assumem um papel fundamental nos procedimentos magicos da feitiçaria e bruxaria.

Divindades do reino dos mortos, ou do mundo dos espiritos

Anubis - deus egipcio do submundo, dos mortos, dos embalsamentos e dos cemiterios. Ele guarda as sepulturas e conduz as almas ao julgamento.

Ament - deusa da morte egipcia, que recebe os mortos nos portoes do submundo. Oferece aos mortos pao e vinho, antes que eles entrem pelos portoes que conduzem ao outro mundo.

Andjey - deus egipcio da morte, responsavel pelo renascimento das almas no mundo pós-vida

Azrael - de acordo com o Corão, é o anjo da morte que recolhe as almas no momento do falecimento. Ele é um dos 4 mais elevados anjos de Alá.

Barão Cimitiere - o Loa Vodu dos cemiterios, um espirito ancestral ou deus relacionado com as sepultura e os cemitérios

Barão Samedi - o Lua Vodu da morte. È este Deus que controla a passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Cizin- Deus Maia da morte.

 

Representação de Deusa Hecate, senhora do reinos dos mortos,  das almas idas, das almas vagueantes, dos espíritos dos mortos e das aparições. Igualmente na antiguidade era vista como a deusa das bruxas

Ereshkigal - Deusa Sumeria e Acadiana dos mortos.

 

Dis Pater - deus Romano que governa o submundo ou o mundo dos mortos. A sua correspondencia Grega era Hades.

Hades - deus grego que governa o submundo ou o mundo dos mortos. È tambem o Deus das riquezes.

Itonde - Deus Africano da morte, que tambem protege os caçadores

Kala - Deus Hindu da morte e da destruição

Mania - deusa romana dos mortos, que é mae dos fantasmas

Morta- deusa romana dos mortosm que cortava o fio da vida aos mortais, levando-os a partir para o submundo

Mors - deus romano da morte, visto , ( segundo os textos de Ovídio), como uma figura de um cadaver vestido num sudário e segurando uma ampulheta nua mao, e uma foice na outra.

Naemia - deusa romana que atende e cuida dos funerais

Nideninna - deusa Babilonica que tem o poder sobre o livro dos mortos

Persefone - deusa Grega da morte, que se tornou consorte de Hades e rainha dos infernos

Proserpina - deusa Romana da morte, equivalente a Persefone na mitologia Grega. Tambem como Persefone foi raptada por Plutao, ( o correspondente a Hades na Grecia), e assim coroada pelo casamento enquanto «rainha dos infernos».

Tuchulcha - deusa etrsuca demoniaca que aguarda o submundo.

Plutao - deus dos infernos ou do submundo, equivalente da Hades na Grecia.

Yama - deus Hindu da morte, que julga os mortos.

 

 

Anubis, deus egípcio dos mortos


 

GRIMOIRE do PAPA HONÓRIO

Do Grimoire do Papa Honório:

-Principais espíritos infernais:

Satanás - Imperador;

Beelzebub - Príncipe;

Astarot - Grão Duque.

-Espíritos superiores:

Lucifage Rofocale - Primeiro ministro;

Satanchia - Grande general;

Agaliarept - General;

Feurety - Tenente comandande;

Sargantanas - Major;

Nebiros - Marechal de campo.

-Espíritos subordinados:

Bael;

Bathim;

Agares;

Pursan;

Marbas;

Abigar;

Pruslas;

Loray;

Aamon;

Valefar;

Barbatos;

Forau;

Buer;

Ayperos;

Gusoyn;

Nuberus;

Botis;

Glasyabolis.

+ A Magia segundo são Agostinho +

Segundo o Codigo Teodosiano, existem 9 tipo de actividades na magia, e elas são:

  • 1- a adivinhação
  • 2- a astrologia
  • 3- a execução de trabalhos em Templos Pagãos e a Deuses Pagãos
  • 4- a posse de livros mágicos secretos
  • 5- a produção e uso de amuletos
  • 6- a Necromancia
  • 7- a arte dos encantamentos
  • 8- o uso magico de palavras e símbolos ocultos
  • 9- a criação de poções de amor

 

Pois em todos os casos, a magia segundo Sao Agostinho, é uma pratica espiritual intimamente ligada aos espíritos dos mortos , a espiritos das trevas, ou a espíritos de divindades

Poder-se-ia assim concluir que segundo o pensamento deste Teólogo e Filosofo, que a magia, seja executada na forma de feitiçaria, ou realizada na forma de bruxaria, são na verdade exercícios espirituais e sobrenaturais intimamente ligados á demonologia e á necromancia.

Dizia-se na antiguidade, que os magos precisavam de um período até 10 anos para conseguirem realizar um percurso espiritual evolutivo, que lhes permitisse alcançar sabedoria suficiente para conseguirem dominar as artes da magia.

Defendia a teologia mediaval, que tanto o bruxo, como o feiticeiro, obtinham o seu poder atraves de uma aliança com um espírito, ou seja,atraves de um processo necromatico ou espírito, ou seja: o bruxo aliava-se um espírito, com o qual passaria a possuir uma aliança, sendo que era dessa relação que nascia o poder do mago.

era também relativamente reconhecido que as artes magicas constituíam uma uma tarefa altamente perigosa e que, executada sem os devidos conhecimentos misticos, pode levar rapidamente á morte de quem a tenta praticar sem preparação.

Por isso mesmo, e pelos espantosos resultados que os magos conseguem produzir, eles eram bem pagos tanto na Antiguidade Clássica como na Idade Media.

Outra distinção apontada entre os sacerdotes da Igreja e os Magos ou Bruxos, residia na esfera dos caminhos espirituais que, conforme são Agostinho, separavam o mago do padre, ou seja:

- enquanto que o padre procurava levar uma vida regrada e ascética,(ausente das coisas deste mundo, e da carnalidade mundana, procurando afastar-se de tudo o que fosse, seja carnal, seja pratica oculta),  já o mago usava de toda  extensão seja da própria carnalidade , seja dos limites do conhecimento oculto, para produzir a sua obra mística, sendo que nesses assuntos o mago não encontraria motivos para restrições, e assim eis que ele pratica a sabedoria do oculto em todas as suas mais profundas dimensões, o que na idade media era tido como um pecado.

Diz-se por isso dos bruxos, nos textos eclesiásticos da idade media, ( e assim o sublinha Sao Agostinho), que eles trabalham com coisas profanas, pois eles trabalham com tudo o que é o universo do oculto, desde  almas dos mortos , a espíritos ancestrais, ás mais variadas espécies deseres celestiais, não se inibindo de abordar o mundo do espírito e do místico sem qualquer restrição, procurando sempre mais no conhecimento do mundo espiritual e da sua obra.

Quanto ás ciências da demonologia, Santo Agostinho defendia que o demonios eram espiritos que foram expulsos da esfera celeste e que por isso, habitavam no nosso mundo, vagueando pela nossa realidade terrena.

E porque sao espiritos que foram expulsos da esfera celeste e habitam no nosso mundo, sao espiritos que passaram a gostar das coisas terrenas são espiritos que foram corrompidos pelas coisas carnais.

Gostam por isso das coisas terrenas, amam por isso as coisas carnais, e renegam por isso as coisas de Deus.

Sao espiritos libidinosos, que veneram os prazeres da carne e de tudo o que é carnal.

E é nesse mundo, ( o nosso), em que eles habitam em constante festim.

Eles sao espíritos que podem influenciar o ser humano, ( vivo ou morto, encarnado ou desencarnado), e que o fazem sem pudor, de forma a obter as suas próprias satisfações deste mundo carnal, feito que é de prazeres carnais.

Sao Agostinho defende a tese que Apuleio também defendia em «De Deo Socratis», afirmando que os demonios sao capazes de realizar praticamente todo o tipo de actividades sobrenaturais.

Ele vai mesmo mais longe, afirmando que toda a actividade de magia é na verdade uma actividade sustentada e ligada ou a espíritos ou ademonios.

No entanto, sobre os demonios Sao Agostinho afirma que esses, embora sendo espiritos poderosos, estao tao sujeitos, ( tal como o homem), ás paixoes do mundo terreno, sendo que delas nao se conseguem livrar e que por isso mesmo, nunca mais poderão ascender novamente ao mundo espiritual.

Os demonios, conclui-se, sao por isso espíritos totalmente ligados ás paixões do mundo terreno, e apesar de serem anjos, ( caidos, no entanto anjos), apenas neste mundo conseguem encontrar satisfação.

Segundo Santo Agostinho, os demonios parecem possuir uma preferência especial por bruxos e bruxas.

Pois nas versões teológicas da idade media, dizia-se que os demonios se aliam aos bruxos e bruxas pela lei do pazer e com eles se relacionam no feito de artes magicas.

Assim sucede, (e assim estava escrito nos Codex da Santa Inquisição), e o demonio infiltra-se nas bruxas pela união carnal, e do prazer.
O demonio assim faculta poderes místicos ás bruxas e magos, que por sua vez o usam seja para operar na obra magica, seja para alimentarem os espíritos na sua sede de prazeres e interesses mundanos, numa aliança agradavel a ambos.

Segundo o mesmo Santo Agostinho, a feitiçaria e a magia são as actividades preferidas dos demonios, que assim encontram grande prazer ao conseguir manifestar-se e concretiza-las atraves dos bruxos e bruxas.

Obviamente que estas são as visões restritivas da teologia de são Agostinho, sendo que outras expressas na obra de são Cipriano manifestam uma visão bem mais liberal da espiritualidade, pois conforme assim está escrito na obra de são Cipriano:

«Não vos digo que não façais pactos, [ ou seja: que não pratiqueis o oculto e o místico] porem logo que tenhais conseguido os vossos intentos, então armai-vos de água benta e lançai-vos aos pés da cruz de Cristo, para entrardes no reino da glória e de Deus»

Obra de são Cipriano – Enguerimanços de são Cipriano, capitulo XIV

Por isso: ao contrário de são Agostinho, a obra de são Cipriano sendo igualmente uma obra de completa, fiel e dedicada veneração a Deus, ela porem professa uma visão bem mais humana e liberal da espiritualidade e da prática do oculto.

Enfim: eis que todo aquele que estuda as artes do oculto e que porem professa. o cristianismo e crê na doutrina de são Cipriano, esse assim sabe e sublinha sempre que as praticas espirituais do misticismos devem sempre e em todo o momento ser usadas em função de Deus, com fé em Deus, por fé em Deus, com temor a Deus, e sempre com respeito a Deus, pois que assim diz a obra do santo são Cipriano:

 

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, (…) isso, porque (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

 

 

Esta esconjuração deve ser feita pelo religioso com todo o respeito e fé.

Atenção: Quando vir que o enfermo está aflito e o demônio ou mau espírito não quer sair, deve-lhe tornar a ler o preceito, depois da ladainha e antes da oração de São Cipriano.

Assim é a esconjuração:

 

“Eu, Cipriano, digo em (citar o nome do doente), da parte de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, absolvo o corpo de (citar o nome do doente), de todos os maus feitiços, encantos, encanhos, empates que fazem e requerem homens e mulheres em nome de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus de Abraão, Deus muito grande poderoso! Glorificado seja, para sempre sejam em seu Santíssimo Nome destruídos, desfeitos, desligados, reduzidos ao nada,todos os males de que padece este vosso servo (citar o nome do doente); venha a Deus com seus bons auxílios por amor de misericórdia que tais homens ou mulheres, que são causadores destes males que sejam já tocados no coração para que não continuem com esta maldita vida! Sejam comigo os anjos do Céu, principalmente São Miguel, São Gabriel, São Rafael e todos os santos, santas e anjos do Senhor, e os apóstolos do Senhor, São João Batista, São Pedro, Santo André, São Tiago, São Matias, São Lucas, São Filipe, São Marcos, São Simão, Santo Agostinho, Santo Anastácio e por todas as ordens dos santos Evangelistas, João, Lucas, Marcos, Mateus, e por obra e graça do divino Espírito. Pelas setenta e duas línguas que estão repartidas pelo mundo e por esta absolvição e pela voz que deu quando chamou Lázaro do sepulcro, por todas estas virtudes seja tornado tudo ao seu próprio ser que dantes tinha à sua própria saúde que gozava antes de ser arrebatado pelos demônios, pois eu, em nome do Todo-Poderoso, mando que tudo cesse do seu desconcerto sobrenatural. Ainda mais pela virtude daquelas santíssimas palavras porque Jesus Cristo chamou: Adão, Adão, onde estás? Por estas santíssimas palavras absolvamos, por esta virtude de quando Jesus Cristo disse a um enfermo: ‘Levanta-te e vai para tua casa e não queiras mais pecar’, de cuja enfermidade havia de estar três anos, pois absolvo-te Deus (sinal da cruz) que criou o Céu e a Terra e Ele tenha compaixão de ti, criatura, (citar o nome do doente), pelo profeta Daniel, pela santidade de Israel, e por todos os santos e santas de Deus, absolvei este vosso servo ou serva (citar o nome do doente) e abençoai toda a sua casa (sinal da cruz) e todas as mais coisas sejam livres do poder dos demônios por Emanuel, por Deus seja com todos nós. Amém.

Pelo santíssimo nome de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo e todas as coisas aqui mencionadas sejam desligadas, desenfeitiçadas, desalfinetadas de todos os empates que sejam formados por parte do demônio ou seus companheiros, seja tudo destruído: que o mando eu em parte do Onipotente, para que já, sem apelação, sejam desligados e se desliguem todos os maus feitiços e ligamentos e toda má ventura por Cristo Senhor Nosso. Amém.”

 

 

 

 

Deve-se repetir muitas vezes, principalmente às mulheres grávidas, para que não aconteça algum vômito com as fortes dores que os demônios afligem nessa ocasião.

 

“Eu como criatura de Deus, feita à sua semelhança e remida com o seu santíssimo sangue, vos ponho preceito, demônio ou demônios, para que cessem os vossos delírios, para que esta criatura, não seja jamais por vós atormentada, com as vossas fúrias infernais.

Pois o nome do Senhor é forte e poderoso, por quem eu vos cito e notifico, que vos ausenteis deste lugar, que, Deus Nosso Senhor vos destinar; porque com o nome de Jesus, vos piso e rebato e vos aborreço, mesmo do meu pensamento para fora. O senhor esteja comigo e com todos nós, ausentes e presentes, para que tu, demônio, não possas jamais atormentar as criaturas do Senhor. Fugi, fugi, partes contrárias que venceu o leão de Judá e a raça de David.

Amarro-vos com as cadeias de São Paulo e com a toalha que limpou o santo rosto de Jesus Cristo para que jamais possais atormentar os viventes.”

 

Oração que se lê ao enfermo para se saber se a doença que o
aflige é natural ou sobrenatural

 

Esta oração diz-se em latim, para que o enfermo não possa usar de impostura, pois assim, sem entender o que é dito na oração não enganará o religioso, ficando quieto ou se movendo. Uma oração em português, seguida a esta, serve para o mesmo fim.

 

 

Para o meio-dia

 

Ó Virgem dos céus sagrados

Mãe do nosso Redentor

Que entre as mulheres tens a palma,

Trazei alegria à minha alma

Que geme cheia de dor;

E vem depor nos meus lábios

Palavras de puro amor.

Em nome de Deus dos mundos

E, também do Filho amado

Onde existe o sumo bem,

Seja para sempre louvado

nesta hora bendita.

Amém.

 

 

Para as Trindades

 

A Santíssima Trindade

Me acompanhe toda a vida,

sempre ela me dê guarida,

De mim tenha piedade;

O Pai eterno me ajude,

O filho a bênção me lance,

O Espírito Santo me alcance

Proteção, honra e virtude;

Nunca a soberba me inveje,

Em vez do mal faça o bem,

A Santíssima Trindade,

Me acompanhe sempre.

Amém.

 

 

Para a Meia-Noite

 

Ó anjo da minha guarda,

Nesta hora de terror,

Me livre das más visões

Do diabo aterrador;

Deus me ponha a alma em guarda

Dos perigos da tentação,

De mim aparte os meus sonhos

E opressões do coração:

Ó anjo da minha guarda,

Por mim pede à Virgem-Mãe

Que me preserve dos perigos

Enquanto foi vivo.

Amém.

 

 

Havendo sinais de que a causa da doença é demônio ou alma penada, o religioso deverá dizer a ladainha em latim. No fim da ladainha, ponha-lhe o “Preceito ao demônio para que não mortifiquem o enfermo enquanto esconjura“.

 

“Praecipitur in Nomine Jesus, ul desinat nocere aegroto, staim cesse delirium et illuo ordinate discurrat. Si cadat, ut mortuus, et sine mora surget ad praeceptu Exorcistae factu in Nomine Jesus. Si aliqua parte corporis si dolor, vel tumor, at ad signo Crucis, vel imposito praecepto in Nomine Jesus. Quando Sacramenta. Reliquias, et res sase praecitite dure. Quando imaginationi, se presentate res inhonestae contra Imagines Christi, et Sanctorum, et si eodem tempre sentiant in capite, ut plumbum ut aquam frigidam vel ferrum ignitem, et hoc fugit ad signum Crucis vel invocato Nomine Jesus. Quando Sacramenta, Reliquias, et res sacros odit; quando, nulla praecendente tribulatione desderat se dilacerat. Quando subito patenti lumen aufertur et subito restitur; quando diurno tempore nihil vidit, et nocturno bene vidit et sine luce lugit epistolam; si subito siat surdus, te postea bene vidit et sine luce lugit epistolam; si subito siat surdus, te postea bene audiat, non solum materialia sed spiritualis. Si per septem, vel novem dies nishil, vel parum comedens tortis est pinguis sicuto antea. Si loquitur de Mysteris ultra capacitatem quando non custat de illus sanctitate. Quando ventus vehemens discurrit per totum corpus ad mudum formicarum; quando elevatur corpus contra volutatem patienves, e non apparet a quolevetur. Clamores, scissio tiumtes, arrotationes dentium, quando patiens non est stultus; vel quando homo natura debilis non potest teneri a multis. Quando habet linguam tumidam et nigram, quando guttur instatur, quando audiuntur rugitus ovium, latratus, canum, porcorum grumitus, et similium. Si varie pareter naturam vident, et audiunt, si homines maximo odio perseuntur; si praecipitis se exponunt si oculus horribles habent, remanent sensibus destitui. Quando corpus tali pondere assicitur, ut a multis hominibus elevaret non benedictit, quando ab Eclesias fugit, et aquam benedictam non consetit; quando iratos se ostendunt contra ministros superdonentes Reliquias capit et occulte. Quando imagines Christi, et Virginis Mariae nonlut inspecere sede conspaunt, quando verba sacra nolunt proferre, vel si proferant, ila corrumpunt et balba, cientes sudent proferre. Cum superposita capiti manu sacra ad lectionem Evangeliorum conturbatur agrotus, cum plusquam solitum palpiverit sensus occupantur, gattae sudoris destuumt, anvietates sentit; stridores usque ad Caelum mittit, ser posternit, vel similia facit. Amém.”

 

 

 

“Sai, alma cristã, deste mundo, em nome de Deus Padre Todo Poderoso, que te criou, em nome de Jesus, do Espírito Santo, que copiosamente se te comunicou. Aparte-te deste corpo, ou lugar em que estás, porque Deus te recebe no seu reino; Jesus, ouve a minha oração e sê meu amparo, como és amparo dos santos, anjos e arcanjos; dos tronos e dominações; dos querubins e serafins; dos profetas, dos Santos Apóstolos e dos Evangelistas; dos Santos Mártires, Confessores, Monges, Religiosos e Eremitas; das santas Virgens de Deus, o qual se digne dar-te lugar de descanso, e gozes da paz eterna, na cidade santa, celestial Sião, onde o louves, por todos os séculos. Amém.”

 

Obs.: Deve rezar-se esta oração em qualquer lugar que seja preciso, ou onde ande algum espírito ou fantasma. No fim desta oração, reza-se o Credo ou o ato de Contrição.

 

 

 

 

Sinal da Cruz

“Deus, atendei ao meu pedido, vinde em meu socorro. Vinde ajudar-me. Confundidos, sejam envergonhados os que buscam a minha alma (fazer o sinal da Cruz).

Voltem atrás e sejam envergonhados os que me desejam o mal. Voltem logo cheios de confusão os que me dizem: Bem, bem (fazer o sinal da Cruz). Regozijem-se e alegrem-se em Vós os que vos buscam, e os que amam vossa salvação, digam sempre: Engrandecido seja o Senhor (fazer o sinal da Cruz).

Vós sois o meu favorecedor e o meu libertador, Senhor Deus não Vos demoreis.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Divino Espírito Santo”.

Assim seja!

 

 

Sinal da Cruz

“Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, ouve minha oração. O Puríssimo Espírito de Jesus foi, é e será, o vencedor de todos os seus inimigos e de todos os adversários dos que amam e crêem em Jesus Cristo. Jesus Cristo reina. Jesus Cristo Impera. Jesus Cristo Governa por todos os séculos dos séculos”.

Assim seja! 

 

 

 

Sinal da Cruz

“Imortal, eterno, inefável e santo Pai de todas as coisas, que carro rodante caminha sem cessar por esses mundos que giram sempre na imensidão do espaço; dominador dos vastos e imensos campos do éter, onde ergueste o teu poderoso trono, que despende luz e luz, e de cima da qual os teus tremendos olhos descobrem tudo, e os teus largos ouvidos tudo ouvem! Protege os filhos que amaste, desde o nascimento dos séculos, porque longa e eterna é a duração. Tua majestade resplandece acima do mundo e do céu de estrelas. Tu te elevas acima delas, ó fogo cintilante, e te alumias e conservas a ti mesmo pelo teu próprio resplendor, saindo de tua essência, correntes inesgotáveis de luz, que alimentam teu Espírito Infinito! Este Espírito Infinito produz as coisas, e constitui esse tesouro imorredouro, de matéria, que não pode faltar à geração de cada coisa e com a qual é revestida e cheia desde o começo ela rodeia pelas mil formas de que se acha acordada. Deste espírito tiram também sua origem esses santíssimos reis que se acham de pé ao redor do teu trono, e que compõem a tua corte, ó Pai dos bem-aventurados mortais e imortais! Tu tens em particular poderes que são maravilhosamente iguais ao teu ai teu eterno pensamento e à tua adorável essência, tu os estabelecestes superiores aos anjos, que anunciam ao mundo tuas vontades. Finalmente, tu criaste mais uma terceira ordem de soberanos, nos elementos.

A nossa prática de todos os dias é louvar-te e adorar as tuas vontades. Ardemos em desejos de possuir-te. Ó Pai! Ó Mãe. Ó forma de todas as formas! Alma, espírito, harmonia, nomes e números de todas as coisas, conserva-nos, e sê-nos propício. Amém!”

 

 

 

Sinal da Cruz

“Do abismo profundo em que me achava clamei a Vós, Senhor. Senhor, ouvi minha voz. Sejam Vossos ouvidos atentos às minhas súplicas. Senhor, se derdes atenção às nossas iniqüidades, quem poderá permanecer em Vossa presença?

Mas Vós sois misericordiosos, esperarei em Vós, Senhor, confiando em Vossa lei.

A minha alma esperou no Senhor, a minha alma teve confiança em Sua palavra.

Assim todo Israel tenha esperança no Senhor, desde a aurora até a noite.

Pois o Senhor é misericordioso e Nele encontraremos redenção eterna.

Ele há de perdoar Israel de toda sua iniqüidade”.

Assim seja! 

 

 

Sinal da Cruz

“Senhor meu Deus, Pai Eterno e Onipotente, graças vos sejam dadas. Contrito dos meus pecados, rogo o vosso auxílio e peço-vos que me livres dos ataques dos maus espíritos, das perseguições dos meus inimigos, sejam eles visíveis ou invisíveis.

Assim como o rei Davi, eu clamo: Julgai-me, Senhor e separai minha causa daquela da gente infiel. Sois meu Pai e meu defensor, concedei-me a graça de receber vossa luz e de merecer vossa proteção.

Pelo sagrado sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Assim seja! 

 

 

Antes de iniciar a oração, quem for rezá-la deverá fazer em tom baixo, em primeiro lugar, um Credo. Depois, segure em sua mão direita uma chave, se for em caso de doença, faça uma cruz na testa da pessoa (ou em sua própria testa, se estiver clamando por você) para quem você vai rezar, outra cruz na boca, e por último, uma cruz no peito, as cruzes deverão ser feitas (traçadas) com a chave.

 

“Senhor Deus, Pai Misericordiosos, Onipotente e Justo, que enviastes ao mundo o Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação nossa, atendei a nossa oração, dignando-vos ordenar ao espírito mau ou aos espíritos, que atormentam este vosso servo (dizer nome da pessoa), que se afastem daqui, saiam do seu corpo.

Entregastes a São Pedro as chaves dos céus e da terra dizendo-lhe: O que ligardes na terra será ligado nos céus, o que desligardes na terra será desligado nos céus. (O oficiante com a chave na mão direita faz um sinal no peito da pessoa – ou em seu próprio – como se estivesse fechando uma porta).

Em vosso nome, Príncipe dos Apóstolos, Bem-Aventurado São Pedro, o corpo de (dizer o nome da pessoa). São Pedro fecha a porta desta alma para que nele não penetrem os demônios. São Pedro fecha a porta desta alma, para que nela não entrem os espíritos das trevas.

Os poderes infernais não prevalecerão sobre a lei de Deus, São Pedro fechou, está fechando. De agora em diante, o demônio não poderá mais penetrar neste corpo, templo do Espírito Santo. Amém”.

(Fazer o sinal da cruz)

“Vá de retro satanás.”

(Rezar um Credo, um Pai-nosso, e um Salve-Rainha)

 

Estas orações deverão ser feitas com uma vela acessa. Depois da oração escrever em um papel os seguintes nomes dos demônios: Satanás, Belzebu, Baal, Belfegor, Astarot e Set demônio do Egito, em seguida, queime o papel na vela, queimando assim as forças malignas que estavam instaladas em sua vida.

Esta oração deve ser feita para vários tipos de casos, e nos casos específicos de distúrbios ou perturbações mentais, doenças dos nervos, em casos de bebida, jogo e para as pessoas que estiverem sendo importunadas.

 

 

 

Como fazer a cruz:

Pegue três pedaços de pau de cedro, um mais comprido, dois mais curtos, para formarem os braços com alecrim, arruda e aipo. Coloque em cada braço, em cima e embaixo da parte mais comprida, uma massa pequena de cipreste, coloque em água benta por três dias seguidos e retire da água ao dar meia-noite, dizendo as seguintes palavras em forma de oração:

“Cruz de São Bartolomeu, a virtude da água em que estiveste, e das plantas e madeiras de que és formada, que me livre das tentações do espírito do Mal, e traga sobre mim as graças de que gozam os bem-aventurados. Em nome do Padre e do Filho e dos Espírito Santo. Amém”

 

Repetir as palavras, murmuradas, quatro vezes:

“Cruz de São Bartolomeu, a virtude da água em que estiveste, e das plantas e madeiras de que és formada, que me livre das tentações do espírito do Mal, e traga sobre mim as graças de que gozam os bem-aventurados. Em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo. Amém”

 

Como usar a cruz:

A cruz deve ser levada dentro de um saquinho de seda preta benzida, ou junto ao corpo suspensa ao pescoço por um cordão preto. Não se deve deixar que outras pessoas a vejam, fazendo o possível para ocultá-la. Quando desconfiar que alguém lhe lançou mau-olhado, deverá, ao deitar-se, beijar a cruz três vezes e fazer a oração à cruz de São Bartolomeu. Ao levantar-se, deverá também beijar a cruz três vezes e rezar um Padre-Nosso e uma Ave-Maria.

 

 

 

 

Material usado:

  • Cinco ou seis paninhos brancos de algodão (de preferência virgem, ou muito limpo);
  • vinho branco;
  • azeite de oliva (chamado pelos antigos de óleo bom).

 

Procedimento:

Os pedaços de pano deverão ter o mesmo tamanho da ferida (chagas). Em uma vasilha de louça ou ágata, coloque o vinho e um pouco de água, assim não arderá muito a ferida inflamada. Depois unte todo o local da ferida com o azeite, mas como é um ritual, você deverá benzer o local com o sinal da cruz. Em seguida, coloque os paninhos já devidamente cortados e molhados no vinho branco em forma de cruz.

São colocados vários paninhos, devido se encharcarem com o vinho mais rapidamente. Sendo assim a ferida permanece mais tempo fresca, e não criará matéria algum, que poderia infeccionar o local.

 

 

 

Material usado:

  • 30 gramas de enxofre;
  • 30 gramas de limalha de ferro;
  • fotografia da pessoa da qual questiona-se a fidelidade;
  • couro preto;
  • água.

 

Procedimento:

Faz-se na terra de seu quintal. Ou em uma mata, uma cova de profundidade de dois pés. Com o enxofre, o pó de ferro e a água, faz-se uma massa. Coloque-a na cova, por cima da massa, deite a fotografia, envolvida em couro preto. Senão possuir a foto da pessoa, escreva o seu nome em um pedaço de papel sem linha; escreva com lápis, jamais com caneta.

Coloque em cima da massa que deverá também estar coberta pelo couro. Com a mesma terra que abriu a cova, usa-se para cobrir e vá dizendo:

“Santo São Cipriano faz com que eu saiba se (dizer nome da pessoa) me é infiel”.

Deixe passar 15 horas (este é o tempo para a magia concluir-se), a terra entrará em ebulição, como se fosse um pequeno vulcão, que produzirá pequenas labaredas cinzentas. Se a foto (ou papel com o nome) for expelida pelo fogo é porque a pessoa é fiel. Se for atacada, é porque esta pessoa está queimada pelo amor. Se a foto ficar dentro da cova, é porque a pessoa está presa em fortes laços sentimentais. Se for atirada a curta distância, é porque a pessoa tenta desligar-se de sua prisão. Se for atirada longe, a pessoa foi liberta e pronta para voltar para a pessoa amada, ou seja, a pessoa que a chama.

 

 

 

 

Nas culturas egípcia, babilônica, assíria e judaica, atribuíam-se certas doenças e calamidades naturais à ação dos demônios. Para afastá-los, recorria-se a algum esconjuro ou exorcismo. A cultura ocidental recebeu essas idéias através da Bíblia e do cristianismo primitivo.

No cristianismo, exorcismo (do grego exorkismós, “ato de fazer jurar”, pelo latim exorcismu) é a cerimônia que visa esconjurar os espíritos maus, forçando-os a deixar os corpos possessos ou dominar sua influência sobre pessoas, objetos, situações ou lugares. Quando objetiva a expulsão de demônios, chama-se Exorcismo Solene e deve fazer-se de acordo com fórmulas consagradas, que incluem aspersão de água benta, imposição das mãos, conjurações, sinais da cruz, recitação de orações, salmos, cânticos, etc. Além disso, o ritual católico do exorcismo pode ser executado por sacerdotes somente quando são expressamente autorizados por bispos.

 

 

Possessões

 

Possessão é o estado ou condição em que o corpo e (ou) a mente de um indivíduo são supostamente possuídos ou dominados por uma entidade (um ser, força, ou divindade) que lhes é externa, ou que não se manifesta habitualmente nas atividades da vida diária.

A possessão, considerada como experiência de natureza psicológica e social, pode ser verificada individual ou coletivamente, e ter caráter inesperado, ou estar submetida a algum tipo de controle ritual; em diversas sociedades e culturas, figura como episódio ou experiência central da vida religiosa. Podemos dividir, genericamente, as formas de possessão em quatro categorias.

 

Encosto

O espírito fica próximo à pessoa, mas a influência é pequena. Neste caso, banhos de água e sal ou orações como o Pai-Nosso ou o Credo, afastam este espírito inferior. Geralmente estes espíritos são de pessoas que desencarnaram e pertencem à família do possuído.

 

Espírito opressivo

O espírito tem a capacidade de “vampirizar” a energia do indivíduo. Os efeitos são sentidos como um cansaço ou vontade de chorar que podem cessar de um momento para outro. Indica-se neste caso, que se utilize um saquinho de cor vermelha, sempre junto ao corpo para neutralizar a presença deste espírito. Também os banho de água com sal, são benéficos neste caso. A leitura do salmo 23 é o mais indicado contra o espírito opressivo.

 

Obsessão

O espírito consegue ficar de maneira tão dominante no corpo astral do indivíduo que pode até mesmo mudar o modo de falar e fazer coisas que normalmente não faria no dia-a-dia. Chega até mesmo a não reconhecer parentes e pessoas próximas de seu convívio. É bom frisar que aqui no Brasil de acordo com o espiritismo ou nas religiões afro-brasileiras como a umbanda e candomblé, existem os fenômenos de possessão de espíritos doutrinadores e iluminados, trazendo ao médium apenas benefícios.

 

Possessão demoníaca

Neste caso, o espírito toma o corpo da pessoa, fazendo com que ocorram até fenômenos de “poltergeist” (conjunto de fenômenos produzidos espontaneamente, que consiste em ruídos e deslocamento de objetos, podendo ter duração indeterminada).

 

 

Exorcismos na Bíblia

 

O Antigo Testamento, embora reconheça a atuação do demônio a partir da tentação e da queda de Adão no paraíso, praticamente não alude a uma ação maléfica direta do diabo sobre os homens.

Foi no judaísmo antigo que se atribuíram ao demônio intervenções muito concretas na vida cotidiana. O Livro de Tobias (século II a.C.), de influência assíria, narra um exorcismo praticado mediante a oração e utilização das vísceras de um peixe.

No Novo Testamento, que não apresenta modificações essenciais no que se refere ao exorcismo, o Evangelho de Marcos é o que insiste de maneira mais realista nos exorcismos praticados por Jesus e por seus discípulos. Em certos casos, trata-se de expulsar o demônio do corpo de possessos ou lunáticos. Em outros, da cura de enfermidades atribuídas à ação do demônio. Os evangelistas se servem dessas vigorosas ilustrações para demonstrar a vitória de Jesus sobre Satanás e também para mostrar como seu povo se libertou do pecado. “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (João – 12:31). Esses milagres seriam um sinal da instauração do reino de Deus. “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mt – 12:28).

 

 

Exorcismos na história da Igreja

 

As curas e os exorcismos foram comuns na igreja primitiva. Com o reconhecimento oficial da Igreja sob o imperador Constantino, os exorcismos carismáticos, realizados informalmente por qualquer cristão, deram lugar à institucionalização da função do exorcista. O Rituale Romanumreuniu mais tarde, diversos ritos de exorcismos para situações variadas. Também as igrejas reformadas estabeleceram tais ritos.

O racionalismo do século XVIII conseguiu explicar muitos mistérios supostamente sobre-humanos, o que também sucedeu, de modo ainda mais intenso, com a descoberta do hipnotismo e da psicologia profunda no século XIX. A Igreja Católica, como também algumas denominações protestantes, admite os exorcismos ordinários, contidos no rito do batismo, como símbolo da libertação do pecado e do poder do demônio. Pratica-se o exorcismo ordinário na bênção da água batismal e na sagração dos santos óleos. Os exorcismos solenes, que têm por objetivo expulsar o demônio do corpo de um possuído, são práticas raríssimas e só confiadas, mediante permissão episcopal, à sacerdotes muito experientes.

O exorcismo católico inicia-se com a expressão latina “Adjure te, spiritus nequissime, per Deum omnipotentem” (eu te ordeno, espírito maligno, pelo Deus Todo-Poderoso). O processo pode ser longo e extenuante, chegando a se estender por vários dias. A possessão está associada ao mal. O processo de libertação é feito de forma dramática e violenta. Os exorcistas recorrem as preces, água-benta, defumadores, essências de rosas e arruda. O sal que é associado à pureza espiritual também é utilizado.

Porém, o cristianismo deste século tem uma atitude dividida em relação ao exorcismo. Por um lado, mantém distância de sua prática, atuando mais próximos a psiquiatras e médicos e autorizando estudos para esclarecer este fenômeno. Mesmo assim, a Igreja oculta os casos confirmados de possessão a prática dos rituais de expulsão. Ainda, o Papa João Paulo II declarou ter aplicado o exorcismo sob uma jovem, em 1982.

Um relatório sobre exorcismo foi compilado pela Igreja da Inglaterra, em 1972, por uma comissão que incluía represen- tantes católicos e um consultor psiquiatra. Apesar de pretender desbancar as possessões, acabou fortalecendo esta idéia quando relacionada à possessão de lugares: “a interferência demoníaca… é comum em lugares não consagrados… assim como em conexão com sessões espíritas”.

Porém, este relatório considera exorcismos de pessoas extremamente duvidosos. À luz da Igreja moderna, aqueles que se julgarem possuídos, devem, prioritariamente, procurar a ajuda de um médico ou psicólogo. Recorrer a um sacerdote cristão é considerado último recurso.

O padre Gabrielle Amorth, diz ter realizado aproximadamente 50.000 exorcismos mas considera que somente 84 foram possessões autênticas. O sacerdote diz que os sintomas incluem força física sobre-humana, xenoglossia (a fala espontânea em língua que não foi previamente aprendida) e revelações de segredos sobre as pessoas.

O cânone dominicano Walker, de Brighton, que coordena o Grupo de Estudos do Exorcismo Cristão, lembra de somente sete casos genuínos durante sua vida religiosa: “Normalmente, tudo que é preciso são conselhos e rezas”.

 

 

O demônio e o exorcismo nas religiões

 

Católicos

Satanás, líder da rebelião dos anjos contra Deus, é a encarnação do mal que existirá até o fim dos tempos e contra o qual os cristãos devem estar sempre vigilantes. Há sinais que distinguem os endemoninhados, mas a Igreja recomenda que se recorra à avaliação de psiquiatras para evitar confusões com casos de histeria e esquizofrenia.

 

Anglicanos

O demônio pode ser combatido em orações, hinos e leituras da Bíblia, mas não existe uma cerimônia específica. Os casos de exorcismo são muito raros. Quando ocorrem, o possuído é “tratado” num grupo de orações, que lhe recomenda jejum, abstinência sexual e adoração a Deus.

 

Judeus

A literatura rabínica clássica não prevê a existência do demônio, por isso a religião não reconhece rituais de exorcismo. Nos séculos XVI e XVII, surgiu a figura do dibuk, espírito perverso que podia ser expulso em ritos de oração. Para a maioria dos judeus, é considerado apenas folclore.

 

Evangélicos neopentecostais

Todos os males são causados pelo demônio. Há tipos de possessão que estragam a vida amorosa, provocam miséria, perturbam a família. Nos cultos, os endemoninhados são conduzidos ao altar. O pastor grita com Satanás e exige que abandone o corpo em nome de Jesus.

(Fonte: Revista Época)

 

O Rituale Romanum (Ritual Romano em latim) é um livro litúrgico que contém todos os rituais normalmente administrados por um padre, incluindo o único ritual formal para exorcismo sancionado pela Igreja Católica Romana. Além do exorcismo de demônios e espíritos, esse manual de serviço para padres também contém instruções para o exorcismo de casas e outros lugares que se acredita estarem infestados por entidades malignas.

Escrito no ano de 1614 durante o papado do Papa Paulo V, o Rituale Romanum alertava os padres contra realizar os ritos de exorcismo em indivíduos que não estejam realmente possuídos. Mas com o avanço da ciência médica que podia diagnosticar com maior precisão doenças tanto físicas quanto mentais, os casos de possessão real – demoníaca (extremamente rara) e espiritual (comum) – tornaram-se muito mais difíceis de determinar. Muito do que se acreditava ser possessão demoníaca agora é diagnosticado como sendo esquizofrenia, paranóia, distúrbio de múltipla personalidade, disfunções sexuais, histeria, e outras neuroses resultantes de obsessões e terrores da infância. Desde sua publicação inicial no século XVII, o manual permaneceu inalterado até 1952, quando duas pequenas alterações no texto do ritual do exorcismo foram feitas.

Essas revisões mudaram, por exemplo, o texto em uma linha que dizia “sintomas de possessão são sinais da presença do demônio” para “sintomas de possessão podem ser sinal de demônio”. Em outra sentença original, referia à pessoas sofrendo de condições além da possessão demoníaca ou espiritual como “aqueles que sofrem de melancolia ou outras enfermidades”, e foi modificada para “aqueles que sofrem de enfermidades, particularmente enfermidades mentais”. Essas modificações refletem claramente algumas das mudanças dramáticas pelas quais passou a Igreja Católica Romana, assim como passou o pensamento de muitos cristãos contemporâneos, que acreditam que possessões demoníacas e exorcismo são poucos mais que besteiras supersticiosas da Idade das Trevas. Elas também nos fazem pensar, então, quantas centenas ou talvez quantos milhares de homens, mulheres e crianças que sofriam de doenças mentais foram submetidos desnecessariamente a rituais de exorcismo no passado.

Ainda há alguns padres, em números cada vez menores, que continuam a acreditar na existência de possessão demoníaca e enumeram sinais que indicam sua presença. De acordo com esses membros do clero, se um indivíduo demonstra habilidades paranormais, manifesta força física sobre-humana e, principalmente, fala em línguas, então ele pode ser um candidato para o ritual de exorcismo. A Igreja pode considerar esse indivíduo possuído quando os sintomas citados anteriormente são acompanhados de repulsa extrema por objetos sagrados. Um padre treinado na expulsão de demônios e espíritos malignos é então convocado e, somente após receber permissão de um bispo, pode realizar o centenário ritual do exorcismo.

Exorcistas raramente ou nunca trabalham sozinhos. Normalmente são auxiliadas por, no mínimo, três outras pessoas. Uma delas é geralmente um padre mais jovem e menos experiente que está ou esteve sob treinamento para realização de exorcismos. Seu papel central é continuar o exorcismo e assumir o ritual, caso o exorcista fique muito fraco para continuar ou se ele morrer. A segunda pessoa que serve de assistente para o exorcista é, na maioria dos casos, um médico cuja responsabilidade é administrar qualquer medicação ou tratamento que a vítima da possessão precise, pois sob nenhuma circunstância o exorcista pode fazer isso. A terceira pessoa é tradicionalmente um homem parente da pessoa possuída – normalmente o pai, irmão ou marido. Em alguns casos pode ser um amigo de confiança da família. Mas, em qualquer caso, é imperativo que esteja em boas condições de saúde e seja forte – tanto física como mentalmente. Se a pessoa possuída é uma mulher, muitos exorcistas providenciam que outra mulher esteja presente durante o ritual para evitar escândalos.

Antes de realizar o ritual do exorcismo, é costumeiro que o padre faça uma boa confissão e seja absolvido de todos os seus pecados para o caso de o espírito ou demônio que ele enfrentará tente usá-los contra ele durante o ritual. Ele então veste os trajes necessários para os padres exorcistas (um sobrepeliz e um sudário púrpura) e inicia o ritual. Durante o exorcismo, certas orações prescritas, tais como o Pater Noster (o Pai-Nosso), as Litanias dos Santos e o Salmo 54, são recitadas sobre o individuo possuído, freqüentemente em latim, uma vez que se acredita que as orações são mais eficientes quando recitadas nessa antiga linguagem. Ao longo dessas recitações, o exorcista tradicionalmente faz o sinal-da-cruz, lê as escrituras e, às vezes, coloca suas mãos sobre a vítima. Ele também exige que o espírito maligno ou demônio que possuiu a pessoa revele seu nome e natureza, sucumba ao Filho de Deus e deixe sua vítima humana em paz. Quando o espírito maligno ou demônio finalmente parte, o exorcista reza a Jesus Cristo e pede que ele conceda sua divina ajuda e proteção à pessoa, que normalmente não retém memórias claras de sua possessão demoníaca ou do exorcismo. Se, todavia, o ritual de exorcismo não é bem-sucedido em expulsar o espírito maligno ou demônio de sua vítima, ele é então realizado repetidamente até que a entidade deixe o local. Isso pode levar horas, dias ou até mais tempo.

 

Retirado do livro:

“Guia das Bruxas sobre fantasmas e o Sobrenatural” – Gerina Dunwich

 

A capacidade humana de questionar-se é uma de suas maiores virtudes ao longo da história. O simples ato de buscar o auto-conhecimento, compreender a própria origem e um significado supremo da existência na Terra, conduziu o destino de civilizações, desenvolveu conceitos que se estenderam por vários séculos e gerou um infinito e crescente ciclo ideológico.

A espiritualidade é o combustível desta incessante busca. É quem santifica o homem e consagra a terra. É quem desenvolve o conhecimento e o direciona ao próprio benefício. É neste momento que nasce o conceito de um deus responsável pela criação do universo, de forças e seres superiores que conduzem a existência humana. A fé, oriunda no espírito humano, e o dogma, são as principais colunas que sustentam as religiões e doutrinas espalhadas ao longo do globo terrestre.

Se toda religião é formada basicamente de fé e misticismo, podemos compreender que religião e ocultismo estão interconectados. Dessa forma, concluímos que ocultismo é o conhecimento secreto das religiões, que pode ser acessível apenas aos membros mais elevados na hierarquia de determinadas ordens.

Na sociedade contemporânea, ocultismo também designa temas sobrenaturais, e até certo ponto, supersticiosos, que não tenham um caráter religioso formal, mas que estejam relacionados às filosofias e doutrinas. A religião e o ocultismo também são responsáveis por criar grupos sociais que podem estar associados a manifestações culturais e políticas, por exemplo.

Não existem bases confiáveis para se estabelecer um ponto de partida comum das crenças. Mas pode ser na cultura dos babilônios e egípcios do período pré-cristão, que está a raiz do ocultismo ocidental. Os deuses e religiões desta época se desenvolveram ao longo das eras, sofreram transformações agregando em si diversos elementos de outras culturas, emergindo novos conceitos e ressurgindo velhas crenças.

Ao longo dos tempos, a humanidade divinizou alguns de seus filhos, que se tornaram profetas e imortais no coração e na crença de tantos outros. O homem sagrou terras, erigiu templos e monumentos, louvou a vida e entoou cânticos em nome de suas divindades e da própria fé. Mas a fé combinada com a vaidade e a ganância promoveu guerras, escravizou, segregou e retardou a evolução do espírito.

Na Cultura Obscura não há apologia à nenhuma crença ou religião. Porém, há, após tantas divagações e suposições, a certeza de que a consciência coletiva caminha em busca do conhecimento e da elevação espiritual, utilizando-se da capacidade de crer e ao mesmo tempo questionar, intrínsecas à alma humana.

 

“Não permitirás que viva uma feiticeira”.
(Êxodo – Cap. XXII – Versículo XVIII)

 

 

 

 

No século IV, quando o Cristianismo se propagava, a Igreja Católica havia tomado santuários e templos sagrados de povos pagãos, para implantar sua religiosidade e erigir suas igrejas. Nos primórdios do Catolicismo, acreditavam que os pagãos continuariam a freqüentar estes lugares sagrados para reverenciarem seus Deuses. Mas com o passar do tempo, assimilariam o cristia- nismo substituindo o paganismo, através da anulação.

Mesmo assim, por toda a parte, havia uma constante veneração às divindades pagãs. Ao longo dos séculos, a estratégia da Igreja Católica não funcionou, e através da Inquisição, de uma forma ensandecida e sádica, as autoridades eclesiásticas tentaram apagar de uma vez por todas a figura da Grande Deusa Mãe, como principal divindade cultuada sobre todos os extremos da Terra. O Catolicismo medieval transfor- mou o culto à Grande Deusa Mãe, num culto satânico, promo- vendo uma campanha de que a adoração dos deuses pagãos era equivalente à servidão a satã.

Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da Santa Inquisição, significa“questionar judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem aos preceitos da Igreja Católica”. Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade “oficial” de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Na prática, os pagãos representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a Inquisição era um recurso para impor à força a supremacia católica, exterminando todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de obter vantagens políticas.

 

 

A caça às bruxas

 

A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma “ameaça hostil” ao cristianismo.

Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.

Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.

Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.

 

 

Malleus Maleficarum

 

Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) escrito por dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger. O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados. Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos “caçadores de bruxas” como uma forma de legitimar suas práticas.

Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição:

 

  • Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o acusado um Bruxo.
  • Se um Bruxo desse testemunho de que o acusado também era Bruxo.
  • Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo.
  • Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito.

 

 

 

Hecatombe

 

Gradativamente, contando com o apoio e o interesse das monarquias européias, a carnificina se espalhou por todo o continente. Para que se tenha uma idéia, em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com pedras; além de quatrocentas pessoas que foram queimadas vivas. No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Os julgamentos em Toulouse, na França, em 1335, levaram diversas pessoas à fogueira; setecentos feiticeiros foram queimados em Treves, quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos EUA, os acusados eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas eram queimadas vivas. Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados. Ainda, a noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como “A noite de São Bartolomeu”, é considerada “a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos”. Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminados cerca de setenta mil pessoas em apenas alguns dias.

Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual E.U.A.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas.

No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.

 

 

Durante a atuação da Santa Inquisição em toda a Idade Média, a tortura era um recurso utilizado para extrair confissões dos acusados de pequenos delitos, até crimes mais graves. Diversos métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo dos anos. Os métodos de tortura mais agressivos eram reservados àqueles que provavelmente seriam condenados à morte.

Além de aparelhos mais sofisticados e de alto custo, utilizava-se também instrumentos simples como tesouras, alicates, garras metálicas que destroçavam seios e mutilavam órgãos genitais, chicotes, instrumentos de carpintaria adaptados, ou apenas barras de ferro aque- cidas. Há ainda, instrumentos usados para simples imobilização da vítima. No caso específico da Santa Inquisição, os acusados eram, geralmente, torturados até que admitissem ligações com Satã e práticas obscenas. Se um acusado denunciasse outras pessoas, poderia ter uma execução menos cruel.

Os inquisidores utilizavam-se de diver- sos recursos para extrair confissões ou “comprovar” que o acusado era feiticeiro. Segundo registros, as vítimas mulheres eram totalmente depiladas pelos tortura- dores que procuravam um suposto sinal de Satã, que podia ser uma verruga, uma mancha na pele, mamilos excessivamente enrugados (neste caso, os mamilos re- presentariam a prova de que a bruxa “amamentava” os demônios) etc. Mas este sinal poderia ser invisível aos olhos dos torturadores. Neste caso, o “sinal” seria uma parte insensível do corpo, ou uma parte que se ferida, não verteria sangue. Assim, os torturadores espetavam todo o corpo da vítima usando pregos e lâminas, à procura do suposto sinal.

No Liber Sententiarum Inquisitionis (Livro das Sentenças da Inquisição) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro. Dentre os descritos na obra e utilizados comumente, encontra-se tortura física através de aparelhos, como aVirgem de Ferro e a Roda do Despedaçamento; através de humilhação pública, como asMáscaras do Escárnio, além de torturas psicológicas como obrigar a vítima a ingerir urina e excrementos.

De uma forma geral, as execuções eram realizadas em praças públicas e tornava-se um evento onde nobres e plebeus deliciavam-se com a súplica das torturas e, conseqüentemente, a execução das vítimas. Atualmente, há dispostos em diversos museus do mundo, ferramentas e aparelhos utilizados para a tortura.

 

 

Métodos de torturas

 

Roda de despedaçamento   

Uma roda onde o acusado é amarrado na parte externa. Abaixo da roda há uma bandeja metálica na qual ficavam depositadas a brasas. À medida que a roda se movimentava em torno do próprio eixo, o acusado era queimado pelo calor produzido pelas brasas. Por vezes, as brasas eram substituídas por agulhas metálicas.

Este método foi utilizado entre 1100 e 1700 em países como Inglaterra, Holanda e Alemanha.

 

 

Dama de Ferro   

A dama de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo um método de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.

A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.

 

 

Berço de Judas   

Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes, é colocada “sentada” sobre a ponta da pirâmide. O afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus, a vagina, cóccix ou o saco escrotal.

O Berço de Judas também é conhecido como Culla di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão),Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).

 

 

Garfo   

Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.

 

 

Garras de gato   

Uma espécie de rastelo usado para açoitar a carne dos prisioneiros.

 

 

Pêra   

Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usada para punir, principalmente, os condenados por adultério, homossexualismo, incesto ou “relação sexual com Satã”.

 

 

Máscaras   

A máscara de metal era usada para punir delitos menores. As vítimas eram obrigadas a se exporem publicamente usando as máscaras. Neste caso, o incômodo físico era menor do que a humilhação pública.

 

 

Cadeira   

Uma cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.

 

 

Cadeira das bruxas   

Uma espécie de cadeira na qual a pessoa era presa de costas no acento e as pernas voltadas para cima, no encosto. Este recurso era usado para imobilizar a vítima e intimidá-la com outros métodos de tortura.

 

 

Cavalete 

A vítima era posicionada de modo que suas costas ficassem apoiadas sobre o fio cortante do bloco. Os braços eram presos aos furos da parte superior e os pés presos às correntes da outra extremidade. O peso do corpo pressionava as costas do condenado sobre o fio cortante.

Dessa forma, o executor, através de um funil ou chifre oco introduzido na boca da vítima, obrigava-a ingerir água. O executor tapava o nariz da vítima impedindo o fluxo de ar e provocando o sufocamento. Ainda, há registros de que o executor golpeava o abdômen da vítima danificando os órgãos internos da vítima.

 

 

Esmaga cabeça   

Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma base na qual encaixa-se o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.

 

 

Quebrador de joelhos   

Aparelho simples composto por placas paralelas de madeira unidas por duas roscas. À medida que as roscas eram apertadas pelo executor, as placas, que podiam conter pequenos cones metálicos pontiagudos, pressionavam os joelhos progressivamente, até esmagar a carne, músculos e ossos.

Esse tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após algumas horas, a vítima, já com os joelhos bastante debilitados, era submetida a novas sessões.

 

 

Mesa de evisceração   

O condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos e pés ficassem imobilizados. O carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdômen da vítima. Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo.

 

 

Pêndulo   

Um dos mecanismos mais simples e comuns na Idade Média. A vítima, com os braços para traz, tinha seus pulsos amarrados (como algemas) por uma corda que se estendia até uma roldana e um eixo. A corda puxada violentamente pelo torturador, através deste eixo, deslocava os ombros e provocava diversos ferimentos nas costas e braços do condenado.

Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura e soltasse repentina- mente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos. Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarrava-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros inferiores. O pêndulo era usado como uma “pré-tortura”, antes do julgamento.

 

 

Potro   

Uma espécie de mesa com orifícios laterais. A vítima era deitada sobre a mesa e seus membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como panturrilha e antebraço), presos por cordas através dos orifícios. As cordas eram giradas como uma manivela, produzindo um efeito como um torniquete, pressionando progressivamente os membros do condenado.

Na legislação espanhola, por exemplo, havia uma lei que regulamentava um número máximo de cinco voltas na manivela; para que caso a vítima fosse considerada inocente, não sofresse seqüelas irreversíveis. Mesmo assim, era comum que os carrascos, incitados pelos interro- gadores, excedessem muito esse limite e a vítima tivesse a carne e os ossos esmagados.

 

 

Métodos de Execução

 

Guilhotina   

Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções. A lâmina, presa por uma corda e apoiada entre dois troncos verticais, descia violentamente decapitando o condenado.

 

 

O Serrote   

Usada principalmente para punir homossexuais, o serrote era uma das formas mais cruéis de execução. Dois executores, cada um e uma extremidade do serrote, literalmente, partiam ao meio o condenado, que preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça para baixo, não tinha a menor possibilidade de reação. Devido à posição invertida que garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento, era comum que a vítima perdesse a consciência apenas quando a lâmina atingia a altura do umbigo.

 

 

Espada, machado e cepo  

As decapitações eram a forma mais comum de execução medieval. A decapitação pela espada, por exigir uma técnica apurada do executor e ser mais suave que outros métodos, era, geralmente, reservada aos nobres. O executor, que apurava sua técnica em animais e espantalhos, ceifava a cabeça da vítima num único golpe horizontal atingindo o pescoço do condenado.

O machado era usado apenas em conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada com a coluna curvada para frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único golpe de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a.

 

 

Garrote   

Um tronco de madeira com uma tira de couro e um acento. A vítima era posicionada sentada na tábua horizontal de modo que sua coluna fique ereta em contato com o tronco. A tira de couro ficava na altura do pescoço e, à medida que era torcida pelo carrasco, asfixiava a vítima. Há ainda uma variação na qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, encontrava-se uma punção de ferro. Esta punção perfurava as vértebras da vítima à medida que a faixa de couro era apertada. O condenado podia falecer tanto pela perfuração produzida pela punção quanto pela asfixia.

 

 

Gaiolas suspensas   

Eram gaiolas pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela condição e morria de inanição, ou frio em tempos de inverno. O cadáver ficava exposto até que se desintegrasse.

 

 

Submersão

A submersão podia ser usada como uma técnica de interrogatório, tortura ou execução. Neste método, a vítima é amarrada pelos braços e suspensa por uma roldana sobre um caldeirão que continha água ou óleo fervente. O executor soltava a corda gradativamente e a vítima ia submergindo no líquido fervente.

 

 

Empalação   

Este método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a golpes de marreta. Neste método, a vítima podia ser posta “sentada” sobre a estaca ou com a cabeça para baixo, de modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da resistência física do condenado e do comprimento da estaca, a agonia se estendia por horas.

 

 

Cremação   

Este é um dos métodos de execução mais conhecidos e utilizados durante a inquisição. Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados em um tronco e queimados vivos. Para garantir que morresse queimada e não asfixiada pela fumaça, a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.

 

 

Estiramento   

A vítima era posicionada na mesa horizontal e seus membros presos às correntes que se fixavam num eixo. À medida que o eixo era girado, a corrente esticava os membros e os ossos e músculos do condenado desprendiam-se. Muitas vezes, a vítima agonizava por várias horas antes de morrer.

 

Extraído de:

Ad Tenebras

Mistérios Antigos

Occult Portal Medieval and Mythological Area

 

 

A demonomancia é a artes de saber o passado, o presente e futuro com recurso á invocação de demónios.

A demonografia é um tratado sobre a natureza e a influencia dos demónios na realidade terrena ou na vida humana.


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