Valéria D' Ogum Xoroquê 
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Otim
Otim

OTIM O ORIXÁ
Otim esconde que nasceu com 4 seios" Oquê, rei da cidade de Otã, tinha uma filha. Ela nascera com 4 seios e era chamada de Otim.O rei Oquê adorava sua filha e não permitia que ninguém soubesse de sua deformação. Este era o segredo de Oquê, este era o segredo de Otim. Quando Otim cresceu, o rei aconselho-a a nunca se casar, pois um marido, por mais que a amasse, um dia se aborreceria com ela e revelaria ao mundo seu vergonhoso segredo. Otim ficou muito triste, mas acatou o conselho do pai. Por muitos anos, Otim viveu em Igbajô, uma cidade vizinha, onde trabalhava no mercado.

Um dia, um caçador chegou ao mercado, e ficou tão impressionado com a beleza de Otim, que insistiu em casar-se com ela. Otim recusou seu pedido por diversas vezes, mas, diante da insistência do caçador, concordou, impondo uma condição: o caçador nunca deveria mencionar seus quatro seios a ninguém . O caçador concordou, e impos também sua condição: Otim jamais deveria por mel de abalhas na comida dele, porque isso era seu tabu, seu euó.... Por muitos anos, Otim viveu feliz com o marido. Mas como era a esposa favorita, as outras esposas sentiram-se muito enciumadas. Um dia, reuniram-se e tramaram contra Otim. Era o dia de Otim cozinhar para o marido; ela preparava um prato de milho amarelo cozido, enfeitado com fatias de coco, o predileto do caçador.

Quando Otim deixou a cozinha por alguns instantes, as outras sorrateiramente puseram mel na comida. Quando o caçador chegou em casa e sentou-se para comer, percebeu imediatamente o sabor do ingrediente proibido. Furioso, bateu em Otim e lhe disse as coisas mais cruéis, revelando seu segredo: "Tu, com teus quatro seios, sua filha de uma vaca, como ousaste a quebrar meu tabu?"A novidade espalhou-se pela cidade como fogo.

Otim, a mulher de quatro seios, era ridicularizada por todos. Otim, fugiu de casa e deixou a cidade do marido Voltou para sua cidade, Otã, e refugiou-se no palácio do pai. O velho rei a confortou, mas ele sabia que a noticia chegaria também a sua cidade.Em desespero, Otim fugiu para a floresta. Ao correr, tropeçou e caiu. Nesse momento, Otim transformu-se num rio, e o rio correu para o mar. Seu pai, que a seguia, viu que havia perdido a filha.

Lá ia o rio fugindo para o mar. Querendo impedir o Rio de continuar sua fuga, desesperado, atirou-se ao chão, e, ali onde caiu, transformou-se em uma montanha, impedindo o caminho do rio Otim para o mar.Mas Otim contornou a montanha e seguiu seu curso.Oquê, a montanha, e Otim, o rio, são cultuados até hoje em Otã. Odé, o caçador, nunca se esqueceu de sua mulher.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ORIXÁ OTIM.

 
OTIM ORIXÁ

OTIM, usa capanga e lança. Sempre representada com o jarro de água na cabeça, pois alem de ser guerreira também cuida das plantações.
Orixá da caça, companheira de ODÉ.
ORIXÁ feminino que se alimenta de todo tipo de caça, porém seu alimento preferido é a carne de porco.
As filhas e filhos de OTIM são aqueles cujo metabolismo básico e características de personalidade herdadas geneticamente mais se identificam com uma matriz, a própria OTIM, que se manifesta em ambientes como florestas cerradas, parques onde animais são preservados, do contato do homem.
Dois Orixás iorubas que não apreciam contato com muita gente é: o mago OSSAIM, o solitário senhor das folhas, e OTIM a caçadora. Possui em comum o gosto pelo individualismo e o ambiente que habitam; a floresta virgem, as terras verdes não cultivadas.
A floresta é a terra do perigo, o mundo desconhecido além do limite estabelecido pela civilização iorubana, é o que está além do fim da aldeia. Os caminhos não são traçados pelas cabanas, mas sim pelas árvores, o mato invade as trilhas não utilizadas, os animais estão soltos e podem atacar livremente. É o território do medo.
OTIM é o ORIXÁ feminino responsável pela fundamental atividade da caça. É tradicionalmente associado à lua e, por conseguinte, à noite, as Iyá mi Ajés e os pássaros da noite, pois a noite é o melhor momento para a caça.
ODÉ , OTIN e OSSAIM têm na floresta o próprio fim, nela se escondem. O primeiro para capturar os animais, o segundo para poder estudar sozinho e recolher as folhas sagradas.
OTIM mora nas águas com IEMANJÁ, ERINLE e OXUM e na floresta com os irmãos OSSAIM, OGUM e ODÉ, no cultivo com ORIXÁ OKO.
OTIM e OSSAIM representam as formas mais arcaicas de sobrevivência, a apologia da caça em detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo em detrimento da ciência.
No Candomblé, a cor verde é consagrada a OSSAIM por sua proximidade com as folhas, ficando o azul para OTIM, um azul pouco mais vivo e claro.
Outro dado que identifica e aproxima OTIM de OGUM, é o fato de ambos representarem atividades e possuírem temperamentos próprios de uma mesma faixa etária, a juventude (mas não a adolescência, pois são mitos adultos, viris), onde a energia se expressa fisicamente.
OTIM é um ORIXÁ que vive ao ar livre e está sempre longe de um lar organizado e estável. Seu combate cotidiano, entretanto, está nas matas, caçando os animais que vão garantir a alimentação da tribo, sendo por isso consagrado como protetor dos caçadores e eterno provedor da subsistência.
Protege tanto o que mata o animal como o próprio animal, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimento para outro. Protege o caçador e a caça, pois são seres do mesmo espaço, a floresta.
Por isso OTIM nunca aprova a matança pura e simples, para ela a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos ou os rituais para os deuses, sendo símbolo de resistência à caça predatória.
O conceito de liberdade e independência para OTIM é muito claro. Sua responsabilidade principal com relação ao mundo é garantir a vida dos animais para que possam ser caçados.
Em alguns cultos, também se atribui à ela o poder sobre as colheitas, já que agricultura foi introduzida historicamente depois da caça como meio de subsistência.
ORIXÁ tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos, embora muitos dados a ODÉ.
Seus símbolos são ligados à caça: no Candomblé, possui um ou dois chifres de búfalo dependurados na cintura. Na mão, usa o eruquerê (eiru), que são pelos de rabo de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios, um ofá arco e flecha, uma lança.
O mito da caçadora identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados, num sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de OTIN o identifiquem não com uma negra, como manda a tradição, mas com uma Índia. Seu objeto básico é o arco e a flecha, o ofá. e o odématá.


CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OTÍN

Os filhos de OTIM são quase inexistentes, pois na Mitologia, OTIM não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para ODÉ.
O filho de OTIM apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa a marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.
OTIM desconhece a agricultura, não muda o solo para ele plantar, apenas recolhe o que pode ser imediatamente consumido, a caça.
No tipo psicológico a ela identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, a fim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade da caçadora. Assim os filhos de OTIM trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver as observações tão importantes para seu ORIXÁ.
Geralmente é associado às pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem, portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista.
Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservada, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreta quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de OTIM, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade.
São pessoas tipicamente extrovertidas, gostando de viverem sozinhos, preferindo receber grupos limitados de amigos. É, portanto, os tipos coerentes com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham poucos, têm os pés ligados a terra.

LENDA DE OTIM

QUATRO SEIOS

OKE, rei da cidade de Otã, tinha uma filha. Ela nascera com 4 seios e era chamada de OTIM. O rei OKE adorava sua filha e não permitia que ninguém soubesse de sua deformação. Este era o segredo de OKE, este era o segredo de OTIM. Quando OTIM cresceu, o rei aconselha-a a nunca se casar, pois um marido, por mais que há amasse um dia se aborreceria com ela e revelaria ao mundo seu vergonhoso segredo. OTIM ficou muito triste, mas acatou o conselho do pai. Por muitos anos, OTIM viveu em Igbajô, uma cidade vizinha, onde trabalhava no mercado. Um dia, um caçador chegou ao mercado, e ficou tão impressionado com a beleza de OTIM, que insistiu em casar-se com ela. OTIM recusou seu pedido por diversas vezes, mas, diante da insistência do caçador, concordou, impondo uma condição: o caçador nunca deveria mencionar seus quatro seios a ninguém. O caçador concordou, e impôs também sua condição: OTIM jamais deveria por mel de abelhas na comida dele, porque isso era seu tabu, seu ewó.
Por muitos anos, OTIM viveu feliz com o marido. Mas como era a esposa favorita, as outras esposas sentiram-se muito enciumadas. Um dia, reuniram-se e tramaram contra OTIM.
Era o dia de OTIM cozinhar para o marido; ela preparava um prato de milho amarelo cozido, enfeitado com fatias de coco, o predileto do caçador. Quando OTIM deixou a cozinha por alguns instantes, as outras sorrateiramente puseram mel na comida. Quando o caçador chegou a casa e sentou-se para comer, percebeu imediatamente o sabor do ingrediente proibido.
Furioso, bateu em OTIM e lhe disse as coisas mais cruéis, revelando seu segredo: "Tu, com teus quatro seios, sua filha de uma vaca, como ousaste a quebrar meu tabu?" A novidade espalhou-se pela cidade como fogo. OTIM, a mulher de quatro seios, era ridicularizada por todos.
OTIM, fugiu de casa e deixou a cidade do marido
Voltou para sua cidade, Otã, e refugiou-se no palácio do pai. O velho rei a confortou, mas ele sabia que a noticia chegaria também a sua cidade. Em desespero, OTIM fugiu para a floresta. Ao correr, tropeçou e caiu. Nesse momento, OTIM transformou-se num rio, e o rio correu para o mar. Seu pai, que a seguia, viu que havia perdido a filha. Lá ia o rio fugindo para o mar. Querendo impedir o Rio de continuar sua fuga, desesperado, atirou-se ao chão, e, ali onde caiu, transformou-se em uma montanha, impedindo o caminho do rio OTIM para o mar. Mas OTIM contornou a montanha e seguiu seu curso. OKE, a montanha, e OTIM, o rio, são cultuados até hoje em Otã. ODÉ, o caçador, nunca se esqueceu de sua mulher.


QUALIDADES:

OTIN MALÉ = esposa de Odé (lilás com azul claro)
OTIN BOLÁ = outra esposa de Odé (lilás com azul claro)
FERRAMENTAS: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios.
AVE: aves malhadas varias cores
QUATRO PÉ: leitoa.


OTÌN BÒ RÒ ODE (OTIN VEM AJUDAR ODÉ)

BEBIDA > água de coco, aluá, garapa, vinho doce, mate, água de coco, água com mel, vinho moscatel
COR > verde com amarelo, Azul e branco para ODÉ e Azul e rosa para OTIM
COME > coco, abóbora moranga, angolista, frutas, pombos.
DIA DA SEMANA > Quinta-feira
Dia da Lua: quinto dia da Lua Nova
DOENÇAS> doenças mentais, úlcera gástrica
ELEMENTO> terra +
EMBLEMA> ofé, irukerê
ERVAS> arruda, alecrim, guiné, acácia, alfavaca do campo (quiôiô), eucalipto, guiné pipi, guiné caboclo, jaborandi, jurema, mangueira, peperegum verde, samambaia, goiabeira.
ESSÊNCIAS > sândalo.
FLORES > todas de pendão, palmas brancas, palmas vermelhas, girassol
FRUTAS > coco, milho verde, abacate
HABITAT > mata fechada alta.
METAL > zinco, mercúrio.
METAL>latão
NATUREZA > floresta, selva, árvores.
NÚMERO > 07 e seus múltiplos
OFERENDA > Odé - Costela de Porco e feijão miúdo, Otim - Chuleta de Porco e feijão miúdo.
PEDRAS > esmeralda, quartzo verde, crisoprásio, aventurina, peridoto, jade
SIMBOLO > arco e flecha, bodoque, espingarda.
SAUDAÇÃO > Oké!!!Saudação: Okebambo
SAÚDE > aparelho respiratório

 

Odé e Otim

  No Batuque, estes dois Orixás são cultuados juntos. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens. Os filhos de Otim são quase inexistentes, pois na Mitologia, Otim não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para Odé. Com o passar dos tempos já se nota a existência de filhos de Otim, caso raro e absurdo para muitos Pais-de-Santo. Não se sacrifica para um sem dar para o outro, os animais são os mesmos, mudando apenas o sexo.

 

Saudação: Oquebambo

Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para outros Segunda-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otim

Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé

01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim

Oferenda: Odé - Costela de Porco e feijão miúdo, Otim - Chuleta de Porco e feijão miúdo

Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim com Odé

Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios

Ave:    

Quatro pé: Casal de porco

Sincretismo:

            Para alguns "lados" Odé seria São Sebastião e Otim seria Santa Bernadete ou Santa Efigênia, porém em outros lados estes Orixás são representados como um casal de índios esculpidos na madeira.

 

Gostaria de salientar que as características, animais e ferramentas podem obter uma pequena diferença conforme cada Nação, assim como os adjuntós e sincretismo, estas diferenças podem ser manifestadas, no jogo de búzios, como peculiaridades de cada Orixá.

ODÉ E OTIM

Dia da semana: sexta-feira
Cor: Odé azulão com branco
Otim azulão com rosa
Número de axés: 04, 07, 14, 28, 210.
Comida: farofa doce com costela de porco assada com mel
Guias: azulão com branco para Odé, azulão com rosa para Otim.
Parte do corpo que Odé rege: pulmão e garganta
Ferramentas: flecha com arco, lança e estilingue, bolinhas de gude.
Ave: galo pintado e para Otim galinha pintada, casal de galinha d'angola.
Pombo: escuro ou branco
Quatro - pé: porco para Odé; porca para Otim.
Peixe: pintado.
Lugar de oferendas: mata e praia
Frutas: uva preta, maçã, butiá e araçá.
Função: amarração e demanda
Sobrenome de Orixás:
Odé: Linde, Jubim, Emí, Avagan, Lobomí, Ridê, Tola, Olobomí, Fabiorô Otim: Anidon, Dígala,Obérémi, Emí, Aridã, Tola, Olobomí,Renique,Talabí,Iborô
Flor: lírio roxo
Características: dono da mata e caçador
Apelido: caçador, Odé e Otim: gorda.
Ervas: folha de araçá e butiá, Orô
Doce: bolo inglês, cocadinha e merengue
Agrados: mamadeira com agua de canjica e leite de coco
Saudação: oque bambo Odé, oque bambo Otim ou oké arô
Santos que o representa: Odé São Sebastião; Otim Santa Maria Goretti
Dia do Ano: 20 de Janeiro

Odé é no Batuque o orixá que corresponde a Oxossi no Candomblé. Orixás caçadores vivem nas matas a fim de caçar e garantir a subsistência dos homens. Odé e Otim formam um casal inseparável, onde está Odé está Otim. Odé é representado por um menino portando arco e flecha, suas ferramentas para a caça e Otim porta um cântaro que carrega na cabeça.Orixás da fartura e dos excessos, Odé tem fama de generoso e bom: ele caça, mas fica com pena e remorso e dá a caça a Otim que come tudo rapidamente, sendo apelidada de gorda. São poucos os filhos de cabeça do Orixá Otim, talvez isto explique o seu quase esquecimento no culto, sendo Odé o mais conhecido, este sim com vários filhos. A beleza de Odé estende-se a seus filhos assim como suas características. Odé jamais pode ser esquecido, pois se sente excluído e abandonado e não perdoa facilmente uma falta como esta.

Características Positivas:Filhos de Odé são pessoas espertas e com iniciativa, nasceram para a liberdade, inteligentes, meigos, exigentes, cultos e sensí-veis de temperamento infantil, brincalhão, participante e alegre. Amantes irresponsáveis amam sobre tudo a natureza e a liberdade.Tem grande sensibilidade artística, são extremamente organizados, podem ser grandes amigos e estão sempre prontos para tudo.

Características Negativas: ciumentos, possessivos e inseguros. Narcisistas, egoístas, vaidosos a ponto de acharem que são os melhores em tudo. Temperamen-tais, quando estão com raiva podem até ficar perigosos. Aborrecem-se fácil e por qualquer motivo.

Lendas

Conta-se no Brasil que Odé era irmão de Ogum e de Bará, todos os três filhos de Iemanjá.Bará era indisciplinado e insolente com sua mãe e por isso ela o mandou embora. Os outros dois filhos se conduziam melhor. Ogum trabalhava no campo e Odé caçava na floresta das vizinhanças, de modo que a casa estava sempre abastecida de produtos agrícolas e de caça. Iemanjá, no entanto, andava inquieta e resolveu consultar um babalaô. Este lhe aconselhou proibir que Odé saísse à caça, pois se arriscava a encontrar Ossanha, aquele que detém o poder das plantas e que vivia nas profundezas da floresta. Odé ficaria exposto a um feitiço de Ossanha para obrigá-lo a permanecer em sua companhia. Iemanjá exigiu então, que Odé renunciasse a suas atividades de caçador. Este, porém, de personalidade independente, continuou sua incursões à floresta. Ele partia com outros caçadores, e como sempre faziam, uma vez chegados junto a uma grande árvore (ìrokò), separavam-se, prosseguindo isoladamente, e voltavam a encontrar-se no fim do dia e no mesmo lugar. 
Certa tarde, Odé não voltou para o reencontro, nem respondeu aos apelos dos caçadores. Ele havia encontrado Ossain e este lhe dera para beber uma poção onde foram maceradas certas folhas, como amúnimúyè, cujo nome significa "apossa-se de uma pessoa e de sua inteligência", o que provocou em Odé uma amnésia. Ele não sabia mais quem era nem onde morava. Ficou, então, vivendo na mata com Ossain, como predissera o babalaô.Ogum, inquieto com a ausência do irmão, partiu à sua procura, encontrando-o nas profundezas da floresta. Ele o trouxe, mas Iemanjá não quis receber o filho desobediente. 
Ogum revoltado pela intransigência materna recusou-se a continuar em casa (é por isso que o lugar consagrado a Ogum está sempre instalado ao ar livre).Odé voltou para a companhia de Ossanha, e Iemanjá desesperada por ter perdido seus filhos, transformou-se num rio, chamado Ògùn (não confundir com Ògún , o orixá).
Narrador desta lenda chamou a atenção para o fato de que "esses quatro deuses iorubás -Bará, Ogum, Odé e Ossanha - são igualmente simbolizados por objetos de ferro e vivem todos ao ar livre.".

Uma lenda explica como surgiu o nome de ÒSÓÒSÌ , derivado de ÒSÓWUSÌ ( o guarda-noturno é popular):"Olófin Odùduà, rei de Ifé, celebrava a festa dos novos inhames, um ritual indispensável ao início da colheita, antes do quê, ninguém podia comer destes inhames. Chegado o dia, uma grande multidão reuniu-se no pátio do palácio real. Olófin estava sentado em grande estilo, magnificamente vestido, cercado de suas mulheres e de seus ministros enquanto os escravos o abanavam e espantavam as moscas, os tambores batiam e louvores eram entoados para saudá-lo. As pessoas reunidas conversavam e festejavam alegremente, comendo dos novos inhames e bebendo vinho de palma. Subitamente um pássaro gigantesco voou sobre a festa, vindo pousar sobre o teto do prédio central do palácio. Esse pássaro malvado fora enviado pelas feiticeiras, as Ìyámi Òsòrònga, chamadas também as Eléye, isto é, as proprietárias dos pássaros, pois elas utilizam-nos para realizar seus nefastos trabalhos. 
A confusão e o desespero tomaram conta da multidão. Decidiram, então, trazer, sucessivamente, Oxotogum , o caçador das vinte flechadas, de Idô; Oxotogí, o caçador de quarenta flechas, de Moré; Oxotobá, o caçador das cinqüenta flechas, de Ilarê , e finalmente Oxotokanxoxô, o caçador de uma só flecha, de Iremã. Os três primeiros, muito seguros de si e uns tanto fanfarrões, fracassaram em suas tentativas de atingir o pássaro, apesar do tamanho deste e da habilidade dos atiradores. Chegada a vez de Oxotokanxoxô, filho único, sua mãe foi rapidamente consultar um babalaô, que lhe declarou: ' Seu filho está a um passo da morte ou da riqueza. Faça uma oferenda e a morte tornar-se-á riqueza.' Ela foi então colocar na estrada uma galinha, que havia sacrificado, abrindo-lhe o peito, como devem ser feitas as oferendas às feiticeiras, e dizendo-lhes três vezes: ' Que o peito do pássaro receba esta oferenda'. Foi no momento preciso que seu filho lançava sua única flecha. 
O pássaro relaxou o encanto que o protegia, para que a oferenda chegasse ao seu peito, mas foi a flecha de Oxotokanxoxô que o atingiu profundamente. O pássaro caiu pesadamente, se debateu e morreu. Todo mundo começou a dançar e cantar: 'Oxó é popular! Oxó é popular! Oxowussi! Oxowussi!! Oxowussi!

O filho de Odé apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.Os filhos de Odé são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir.
Fisicamente, os filhos de Odé, tendem a ser relativamente magros, um pouco nervosos, mas controlados. São reservados, tem forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores.
No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Odé trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos. Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de Odé, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo , é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.
Os filhos de Odé tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Odé como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. 
Os filhos de Odé, compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá. Gostam de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos.É portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades.Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.
O tipo psicológico, do filho de Odé é refinado e de notável beleza. É o Orixá dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, multo susceptíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbrava-dor, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.

Divindades da caça que eles vivem nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado OFÁ, e um rabo de boi chamado ERUEXIM. Em algumas lendas aparece como irmão de Ògún e de Bará. 
Vivem nas matas, caçando, por isso, protege os caçadores em suas expedições. É casado com Otim formando um casal inseparável, onde está um está o outro. Odé caça, mas fica com pena dos bichos e dá para sua mulher Otim que devora tudo e por isso é gorda.
 

 

 

Saudação: Oquebambo 
Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para outros Segunda-feira 
Número: 07 e seus múltiplos 
Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otim 
Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim 
Oferenda: Miami doce, chuleta de porco frita no azeite comum e refogada com azeite de dendê com uma pitada de mel, feijão miúdo,doces (balas e pirulitos)
Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim
 com Odé 
Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios 
Ave: Galo prateado claro ou pintado para Odé e galinha preta para Otim
Quatro pé: Casal de porco
 

 

Odé: São Sebastião 
 Otim: Santa Bernadete ou Santa Efigênia

   

Seus filhos são pessoas espertas e com iniciativa, gostam de descobertas e novidades.
São místicos e muito intuitivos. O lado emocional é sua característica mais marcante, pois é carismático e carinhoso.
Costumam ser indecisos e inseguros, mas adoram se apresentar em público e ser o centro das atenções.

 

Òrísà da Caça e da Fartura!
Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, (èlèye), pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando fardas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras
 Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro 
encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe Iemanjá, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores
falharam em suas tentativas. Iemanjá foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para Iemanjá preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas) , èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). Iemanjá fez então assim, pediram
 ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: "Que o peito da ave receba esta oferenda". Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada por Iemanjá, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: "Oxósse! Oxósse!" (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as 
terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje.
 

 

 

 

ODÉ O SAMPA ELEPÊ OMAM ORUMA EREPÊ
O SAMPA ELEPÊ OMAM ORUMA ELEPÊ

MINERÓ MINERÓ ODÉ MINERÓ MINERÓ ODÉ
O SAMPA MINERÓ MINERÓ ODÉ

ODÉ O MATA
TIMBORO ODÉ

TIMBO TIMBO TIMBORO Ô
ODÉ O MATA TIMBORO ODÉ

ODÉ O MATA
TIMBORÔ ODÉ

ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ELEMONI MONI AGARIREU ADIACUNA PAMIO
ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ELEMONI MONI AGARIREU ADIACUNA PAMIO

O QUEBAMBO ELAIO
O QUEBAMBO ELAIO

O QUEBAMBO ELAIO CAMAFODÉ
O QUEBAMBO ELAIO CAMAFODÉ

BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ ACARÁ ORUOCO FERERÊ BELEBELISSE ODÉ Ô
BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ ACARÁ ORUOCO FERERÊ BELEBELISSE ODÉ Ô

ORUOCO A ODÉ
AMAXOXO A ODÉ

IGALELE IGALELE
ADEUAXO IGALELE

ALAÍLA LAELEPÊ ALAÍLA LAILEPÊ ALA
E E Ê 
ALAÍLA LAILEPÊ ALA

ESSUM LÓ ESSUM LO OROCUNLÁ EAÔ
ESSUM LÓ ESSUM LO OROCUNLÁ EAÔ

ONIBOBO UELESSI UELESSI OCULTÁ 
ONIBOBO UELESSI UELESSI OCULTÁ 

BAMURÁ BAMU ODÉ BAMU MARACAJÁ ODÉ
BAMURÁ BAMU ODÉ BAMU MARACAJÁ ODÉ

OLOFI ODÉ
OQUE OLOFI ODÉ OQUE

ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ
BAMBAM ORORO CUNDÊ ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ

CONI CONIXABIM
OTIM

E AÊ
E AÊ

AMORO
AMORO
APECO
AMORO

AMACHINCHA CHIMBEÔ
AMACHINCHA CHIMBEÔ

ELUMBEÔ
ELUMBEÔ

LOQUE LOQUE LOQUE LOQUE ABOELO
LOQUE LOQUE LOQUE LOQUE ABOELO
LOQUE
ABOELO

ABEREQUETE ABEREQUETE EUARA
BOBO ABEREQUETE ABEREQUETE EUARA BOBO

ODÉ ARANI
AI ODÉ ARAÔ

Uma de suas oferendas:

Chuleta de porco frita no azeite comum, miamiã doce, feijão miúdo torrado e pipocas.
Opcional: doces, balas, bombons, pirulitos, refrigerantes, brinquedos, mamadeiras.
O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha
Odé: Num coqueiro de mato ou num coqueiro de praia.
Otim: Num coqueiro de mato ou num coqueiro de praia.
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