Valéria D' Ogum Xoroquê 
Criar um Site Grátis Fantástico
Yemanjá
Yemanjá

IEMANJÁ

por Ogum Exu Bará Xoroquê, quarta, 27 de julho de 2011 às 02:09
 

ORAÇÃO DE YEMANJÁ

 

Odoiá, Odoiá, Iemanjá

Rainha das Ondas, sereia do mar.

Como é belo seu canto, senhora!

Quem escuta chora, mãe das águas,

do oceano, soberana das águas.

Dê-me sucesso, progresso e vitória.

Abra meus caminhos no amor e cuide de mim.

Que as águas sagradas do oceano lavem minha alma e meu ser.

Abençõe, mãe, minha família e meus amigos.

Permita que o amor seja  nossa maior fonte de energia.

Sou suas águas, suas ondas, e a senhora cuida dos meus caminhos.

Iemanjá, em seu poder eu confio. 

 

Oração

 

Odoiá, Odoiá, Iemanjá

 

Rainha das Ondas, sereia do mar.

Como é belo seu canto, senhora!

Quem escuta chora, mãe das águas,

do oceano, soberana das águas.

Dê-me sucesso, progresso e vitória.

Abra meus caminhos no amor e cuide

de mim. Que as águas sgradas do

oceano lavem minha alma e meu ser.

Abençõe, mãe, minha família e meus

amigos. Permita que o amor seja

nossa maior fonte de energia.

Sou suas águas, suas ondas, e a

senhora cuida dos meus caminhos.

Iemanjá, em seu poder eu confio. Axé!

 

Oração de Iemanjá

 

“Iemanjá, Mãe das águas,

 

Abre as suas asas sobre nós!

Ilumina os nossos corações sedentos de amor e paz.

Abençoa esse serviço espiritual que abraçamos em nome da luz.

 

Vem, Mãe querida!

 

Interpenetre os nossos pensamentos e os nossos sentimentos, para dançarmos juntos na luz.

Que as suas águas curativas lavem as nossas mazelas.

E que as criaturinhas extrafísicas da natureza, sob o seu comando, brinquem em nossos chacras acesos de amor.

 

Mãe das águas,

 

Abençoa essa estrela bonita, que flutua acima de nossas cabeças.

Essa estrela do Dharma que nos protege com as luzes do Oriente.

Renova os nossos votos de crescimento e nossas energias.

Faz a dança do universalismo quebrar os nossos preconceitos e limitações.

 

Mãe amada,

 

Que todos nós (encarnado e desencarnados), possamos ser melhorados com as suas águas curativas.

Que haja a festa da luz em todos nós (em espírito e corpo).

Iemanjá, rainha espiritual,

 

Abre as suas asas sobre nós!

E abençoa esse nosso serviço espiritual.

Que todos nós sejamos lavados nas águas da bem-aventurança!

De coração aberto, com humildade e respeito, nós agradecemos a sua proteção espiritual.”

Iemanjá Odoiyá!

 

 

Cor: azul claro e verde, nos tons do mar.

Símbolo: Abebê (espelho, símbolo das águas em geral)

Dia da Semana: Sábado

Numero: 10

Comida: arroz com mel

Saudação: Odô Iyá!

 

Descrição

YEMANJÁ = Ye + omo + eja = mãe dos filhos peixes, ou, Yèyé omo ejá (Mãe cujos filhos são peixes).O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade (filhos contidos em si mesma). Representa a gestação e a procriação. Em alguns mitos considera-se mulher de Òrányàn (descendente de Oduá e fundador de Oyó) de quem ela concebeu Sàngó (Ancestre dicino da dinastia dos Àlàfin de Òyó).

            A mãe dos orixás, esposa de Òrìnsànlá. No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e orixá dos Egbá, onde existe o rio Yemoja. Também a deusa do encontro das águas do rio e do mar. A mais antiga é Iyá Sagba , que quer dizer, A Mãe que passeia sobre as ondas.

            Suas cores são o azul claro, branco e azul e o cristal, sua saudação, Odoyiá = Mãe do rio. Sábado é o seu dia consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Seu dia consagrado é 2 de fevereiro

            Segundo algumas fontes; Orixá dos rios e correntes, especialmente do Rio Ogun, na África seria folha de Obatalá e Oduduwá, casada com Oranyian, fundador mítico de Oyó, teria sido esposa de Aganjú, e com ele teve um filho Orùngan, que a violou e dela são descendentes outros quinze orixás: Dadá, Sangó, Ògún, Olokun, Olosá, Oyá, Òsun , Obá, Oko, Oke, Saponan; Òrun (sol) e Osupá (lua); Ososo e Aje Saluga (orixá da riqueza). Seus diversos nomes são relativos aos diferentes lugares profundos (ibù) do rio.

 

 

Qualidades

Yemanjá Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)

Yemanjá Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)

Yemanjá Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun)

Yemanjá Tuman/Aynu/Iewa

Yemanjá Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)

Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)

Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá)

EWÁ

 

Arquétipos

São pessoas imprevisíveis como as ondas, ciumentas, esposas e mãe zelosas, perdoam mas não esquecem, são muito desconfiadas, fazem as coisas e tiram o corpo fora, aparentemente calmas, dão para os negócios, se forem magras fogem do conceito, e se tornam perigosas, exigentes, não respeitam a posição assumida.

São voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm sentido de hierarquia, fazem-se respeitar, são justos e formais. Porém à prova as amizades que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se perdoam, não esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Se possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Têm tendência a vida suntuosa, mesmo se as possibilidades não lhes permitam tal falso.

 

Ervas

Teté = Bredo sem espinhos

Orim-rim = Alfavaquinha

Odum-dum = Folha da costa

Efim = Malva branca

Omin-ojú = Golfo branco

Jacomijé = Jarrinha

Ibin = Folha de bicho

Já = Capeba

Obaya = Beti-cheiroso

Ìróko = Folha de loko

Tinin = Folha de neve branca, cana-do-brejo

Ereximominpala = Golfo de baronesa

Teterégún = Canela de macaco

Monam = Parietária

Jamim = Cajá

Obô = Rama de leite

 

Lendas

 

 Olodumare fez o mundo e repartiu entre os orisás vários poderes, dando a cada um reino para cuidar.

 A Exú deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas. A Ogum o poder de forjar os utensílios para agricultura e o domínio de todos os caminhos. A Osóssi o poder sobre a caça e a fartura. A Obaluaê o poder de controlar as doenças de pele. Osunarê seria o arco-íris, embelezaria a terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos agricultores. Sango recebeu o poder da justiça e sobre os trovões. Oyá reinaria sobre os mortos e teria poder sobre os raios. Euá controlaria a subida dos mortos para o orum, bem como reinaria sobre os cemitérios. Osun seria a divindade da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da terra, bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de amor e ódio. Nanã recebeu a dádiva, por sua idade avançada, de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais; nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos. Além disso do seu reino sairia a lama da qual Osalá modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo. Todo o processo de criação terminou com o poder de Osogyian que inventou a cultura material.

 Para Yemanjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de Osalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.

 Yemanjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.

 Durante muito tempo Yemanjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Osalá, que este enlouqueceu. O ori (cabeça) de Osalá não suportou os reclamos de Yemanjá.

 Osalá ficou enfermo, Yemanjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias, utilizando-se de ori (banha vegetal), de omi-tutu (água fresca), de obi (fruta conhecida como nóz-de-cola), eyelé-funfun (pombos brancos) e esò (frutas) deliciosas e doces, curou Osalá.

 Osalá agradecido foi a Olodumare pedir para que deixasse a Iemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então Iemanjá recebe oferendas e é homenageada quando se faz o bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça.

 

Sem Título 2

Yemanjá seria a filha de Olokum, deus (em Benin e em Lagos) ou deusa (em Ifé) do mar. Foi casada pela primeira vez com Orunmyila, senhor das adivinhações, depois com Olofin-Oduduá, Rei de Ifé, com quem teve dez filhos, que se tornaram Orisás.

De tanto amamentar seus filhos, seus seios ficaram enormes. Esta foi a origem dos desentendimentos com o marido. Embora ela já o houvesse prevenido, dizendo-lhe que jamais toleraria que ele ridicularizasse os seus seios, uma noite o marido, que havia se embriagado com vinho de palma, não mais podendo controlar suas palavras, fez comentários sobre seus seios volumosos.

Tomada de cólera, Yemanjá fugiu em direção ao oeste, o "escurecer da terra". Olokun lhe havia dado outrora, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não-se-sabe-jamais-o-que-pode-acontecer-amanhã". E assim Yemanjá foi instalar-se à oeste de Abeokutá, alusão à migração dos Egbás.

Olofin-Oduduá lançou seu exército à procura de Yemanjá. Esta, cercada, em vez de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o mar, lugar de residência de Olokun.

 

Iemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.

 

Yemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.

O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo está assentada a Orixá Natural Iemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está assentado o Orixá Omulú.

Iemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica e o nosso amado pai Omulú é a terra que amolda os viventes. Como dedicamos um comentário extenso ao Orixá Omulú, vamos nos concentrar em Yemanjá.

Iemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Iemanjás intermediarias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos.

Estas sete Iemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais.

Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas hierarquias de Orixás Iemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos religados às hierarquias naturais.

 

Divindades: Yemanjá

 

Linha: Aquática

Pedra: Diamante, água marinha, madre pérola

Irradiação: Geração

Vela/Cor: Azul claro, prata

Sincretismo: N. Sra. das Candeias e dos Navegantes

Saudação: Adoce aba!

Ponto de Força: Praia, mar

 

 

IEMANJÁ

Rainha do Mar.

Iemanjá, Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja ou Yemoja, é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá "Yèyé omo ejá" (Mãe cujos filhos são peixes), identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejibe e ossá, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.

Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões.

Ela é representada nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva.

Iemanjá seria filha de Olóòkun, deus (em Benin) ou deusa (em Ifé) do mar. Numa história de Ifá, ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé. Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao Oeste. Outrora, Olóòkun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não se sabe jamais o que pode acontecer amanhã", com a recomendação de quabrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim, Iemanjá foi instalar-se no "Entardecer-da-Terra", o Oeste. Olofin-Odùduà, rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Iemanjá, em vez de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o oceano, lugar de residência de Olóòkun (Olokum).

Deusa do mar da cultura africana e caribenha, que dá a luz catorze orixás ou espíritos. Originalmente conhecida como Ymoja, a mãe do rio, na cultura ioruba da África ocidental, ela é cultuada também no Brasil. Na celebração do solstício de verão, seus devotos vão às praias vestidos de branco e entregam ao mar pequenos barcos carregados de flores, velas e presentes. Às vezes ela aceita as oferendas e orações; outras vezes manda-as de volta. Diz-se que aquelas que vão à Mãe Iemanjá e se entregam a ela tem seus problemas diluídos nas águas de seu abraço.

Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.

Em Salvador (Bahia), ocorre anualmente, no dia 2 de Fevereiro, uma das maiores festas do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados. No dia 8 de dezembro, outra festa é realizada à beira do mar baiano: a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia.

Outra festa também importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "Banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orixá.

Existe um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes e a orixá da Mitologia Africana Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem. No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial, isto acontece na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.

Em Cuba, Iemajá também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.

 

 

 Cansada de sua permanência em Ifé e da convivência com o marido, Iemanjá fugiu do palácio em direção ao entardecer, a oeste, para as terras de Abeokutá. Sua mãe Olokun lhe havia presenteado, certa vez, com uma garrafa mágica, e disse que em caso de perigo era só quebra – la e o mar viria para socorrer Iemanjá.

         Inconformado por perder sua esposa, Olofin ordenou ao exército de Ifé que fosse atrás dela. Os soldados a alcançaram, mas ela se recusou a voltar para Ifé e, ao ver – se sem saída, jogou a garrafa contra o chão, quebrando - a. Formou – se um fio que, correndo em direção ao oceano levou Iemanjá para morada de sua mãe Olokun.

         Iemanjá também foi 

Odô Iyá Yemanjá!!!

 

         Entre as Iabás, Iemanjá é certamente a mais popular, festejada em todo Brasil como a rainha do mar, homenageada nas praias da Bahia no dia 02 de fevereiro, em São Paulo no dia 08 de dezembro e no Rio de Janeiro e em Natal na passagem do ano. Flores, perfume, jóias, bijuterias são algumas das oferendas que recebe nessas ocasiões. Muitos, porém, não vêem Iemanjá como uma divindade de origem africana, sendo comumente representada pela imagem de uma mulher branca, vestido de azul, com longos cabelos negros, muito distante da Mãe Africana de Seios Chorosos que realmente é.

         Iemanjá é considerada a mãe da humanidade, grande provedora que proporciona o sustento a todos os seus filhos. Na África, dizem que Iemanjá é filha de Olokun, a riquíssima deusa do oceano, dona de todas as riquezas do mar. Iemanjá foi esposa de Orunmilá. Senhor dos oráculos, e de Olofin, o poderoso rei de Ifé, com quem teve dez filhos.

 casada com Oxalá, a união claramente representada pela fusão do céu e do mar no horizonte. É considerada a mãe de todos os Orixás, é a manifestação da procriação, da restauração da emoções e símbolo da fecundidade. Seu nome deriva da expressão YEYÉ-OMO-EJÁ, significa A mãe dos Filhos Peixes.

CONHECENDO MAIS DE YEMANJA

"Yemanjácujo o nome deriva de Yeye oman ejá, "Mãe cujos filhos são peixes", é o Orixá dos Egbás, uma nação yorubá estabelecida outrora na região de Ibadan, onde existe ainda o rio Yemanjá. As guerras entre nações yorubáslevaram os Egbás a emigrar, em direção oeste, paraAbeokutá, no inicio do século XIX. Evidentemente, não lhes foi possível carregar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo objetos os sagrados, suportes do Axé da divindade, e o rio Ogun, que atravessa a região, tornou-se a partir de então, a nova morada deYemanjá.

Este rio Ogun, entretanto, não deve ser confundido com Ogun, o deus do ferro e dos ferreiros, contrariamente à opinião de numerosos autores que escrevem sobre o assunto no século passado. Estes mesmo autores publicaram, a partir de 1884, copiando-se uns aos outros, uma série de lendas escabrosas e extravagantes que fizeram a delícia dos 

meios eruditos", mas que eram completamente desconhecidos nos meios tradicionais.

O templo principal de Yemanjá fica em Ibará, bairro da cidade deAbeokutá. Os fiéis desta divindade vão procurar, todos os anos, a água sagrada para levar os Axés, suportes de seu poder, não no rio Ogun, mas na fonte de um de seus afluentes, chamado Lakaxá. Esta água, recolhida em jarras, é trazida em procissão para seu templo.

 

Yemanjá seria a filha de Olokun, deus ( em Bénin e em Lagos) ou deusa ( em Ifé) do mar. Em certa lenda, ela aparece casada pela primeira vez com Orunmila, senhor das adivinhações, depois comOlofin-Ododúa, Rei de Ifé, com o qual teve dez filhos cujas atividades bastante diversificadas e cujos nome enigmáticos parecem corresponder a outros tantos Orixás. Dois dentre eles são facilmente identificados: "O arco-iris-que-desloca-com-a-chuva-e-guarda-o-fogo-nos-seus-punhos" e "O trovão-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos". Estas denominações representam, respectivamente,Oxumarê

 e Xangô.

Yemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em ~direção ao oeste. Olokun que havia dado, autrora, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não-se-sabe-jamais-o-que-pode-acontecer-amanhã"; recomendara-lhe que a quebrasse no chão em caso de perigo. E assim, Yemanjá foi se instalar na "Noite-da-Terra", à este, em Abeokutá, "ilusão à migração dosEgbás". Olofin-Ododúa, rei de Ifé, lançou seu exercito em procura deYemanjá. Esta, cercada, em vez de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o mar, lugar de residência de Olokun.

 

As imagens que representam Yemanjá dão-lhe o aspecto de uma matrona, com seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios um pouco mais que majestosos - e somente um deles, segundo outra lenda - foi a origem de desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse, honestamente, prevenido antes do casamento, dizendo-lhe que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal viva feliz. Uma noite, porém, quando o marido havia se embriagado com vinho de palma, não mais podendo controlar as suas palavras, fez comentário sobre seu seio volumoso. Tomada de cólera, Yemanjá bateu com o pé no chão e transformou-se num rio a fim de voltar para Olokun, como na lenda precedente.

 

As saudações a Yemanjá 

 são bastante interessantes:

"Rainha das águas que vem da casa de Olokun 

.

Ela usa, no mercado, um vestido de contas.

Ela espera, orgulhosamente sentada, diante do rei.

Rainha que vive nas profundezas das águas.

Nossa Mãe de seios chorosos".

 

Yemanjá recebe sacrifícios de carneiro e oferendas de comidas à base de milho branco, azeite 

, sal e cebolas.

Ela se apresenta sob diversos nomes, ligados, como no caso de Oxun, aos diversos lugares profundos, Ibús, do rio Ogun.

No Brasil, como em Cuba, -se sete nomes a Yemanjá e se conta:

 

que de Olokun

, o mar, nasceram;

Yemowô 

, que na África é mulher de Oxalá;

Yamassê 

, mãe de Xangô;

Yewá ( Euá), rio que na África corre paralelo ao rio Ogun 

 e que freqüentemente é confundido com ele;

Olossá, a lagoa na qual deságua o rio Ogun 

;

Yemanjá Yogunté, casada com Ogun Alagbedé. "É - diz Lydia Cabrera, falando de Yemanjá em Cuba - uma amazônia terrível, que traz pendurada na cintura o facão e os outros instrumentos de ferro deOgun 

. Ela é severa, rancorosa e violenta. Detesta pato e adora carneiro";

Yemanjá Assaba, ela manca e está sempre fiando algodão. LydiaCabrera acrescenta: "Ela tem um olhar insustentável, É muito orgulhosa, e somente escuta dando as costas ou ficando ligeiramente de perfil. É perigosa e voluntariosa. Usa uma corrente de prata amarrada no tornozelo. Foi mulher de Orumilá 

 e este aceitou seus conselhos com respeito"; 

Yemanjá Assessú, muito voluntariosa e respeitável. Lydia Cabrera especifica que "ela vive em água agitada. É muito séria. Gosta de comer pato. Muito lenta a escutar os pedidos de deus fiéis. Esquece o que lhe pedem e se põe a contar minuciosamente as penas do prato que lhe deram como oferenda. Se acontece se enganar nos seus cálculos, ela recomeça e esta operação se prolonga indefinidamente".

 

Na Bahia, os adeptos de Yemanjá usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro. seu Axé é constituído por pedras marinhas e conchas, guardadas numa sopeira de porcelana azul. Seus Iaôs durante o Xirê dos orixás, trazem um leque de metal branco nas mãos levadas alternadamente sobre a testa a nuca, cujo simbolismo não me foi possível perceber. Gisèle Cossardpensa que Yemanjá 

, por este gesto, procura chamar a atenção para a beleza de seu penteado de rainha.

Saúda-se Yemanjá gritando-se Odoyá. Sábado é o dia da semana que lhe é consagrado, juntamente com outras divindades femininas, asAyabas, as rainhas.

 

Na Bahia, Yemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Imaculada Conceição, festejada no dia 8 de dezembro. Ela é mais ligada às águas salgadas do mar que às águas doces dos rios, que é domínio de Oxun. Curiosamente, porém, as pessoas fazem abstração, na Bahia, do sincretismo que liga o Oxun a Nossa Senhora das Candeias, festejada no dia 2 de fevereiro, pois é nessa data que se organiza um solene presente para Yemanjá 

, o que mostra que o sincretismo entre os deuses africanos e os santos da igreja católica não é de uma rigidez absoluta.

Esta festa do dia 2 de fevereiro é uma das mais populares do ano, atraindo à praia do Rio Vermelho uma multidão imensa de fiéis e de admiradores da Mãe das Águas, freqüentemente rpresentada

 sob a forma latinizada de uma sereia, com longos cabelos soltos ao vento. Chamam-na, também, Dona Janaína, a Princesa ou a Rainha do Mar.

Neste dia (2 de fevereiro), bem cedo pela manhã, longas filas de pessoas se formam diante da pequena casa construída rapidamente, na véspera, a fim d obrigar as grandes cestas destinadas a receber os donativos e as oferendas par Yemanjá

.

Durante todo este dia, forma-se um lento desfile de pessoas de todas as origens e de todos os meios sociais, trazendo ramos de flores frescas ou artificiais, pratos de comida feitos com carinho, frascos de perfumes, sabonetes embrulhados em papel transparente, bonecas, cortes de tecidos e outros presentes agradáveis a uma mulher bonita e vaidosa. Cartas e súplicas não faltam, nem presentes em dinheiro, assim como colares e pulseiras. Em algumas horas as cestas já estão cheias e substituídas por outras. Ao final da tarde, os ramos de flores são colocados em cima das cestas, transformando-as, assim, numas 30 braçadas de flores, imensas. O entusiasmo da multidão chega ao seu máximo.

 

Não se escutam senão gritos alegres, saudações a Yemanjá, votos de prosperidade futura. Uma parte da assistência embarca a bordo de veleiros, barcos e lanchas a motor. A flotilha se dirige para o alto mar, onde as cestas são depositadas sobre as ondas. Segundo a tradição, para que as oferendas sejam aceitas, elas devem mergulhar até o fundo, sinal de aprovação de Yemanjá. se elas forem rejeitadas e, conseqüentemente, devolvidas à praia, é sinal de recusa para grande tristeza e decepção dos Admiradores de Yemanjá.

 

Tomo emprestada a descrição do arquétipo de Yemanjá de LydiaCabrera, ela mesma filha de Yemanjá, certamente a mais competente de todas aquelas que me foi dado o prazer de conhecer: "As filhas deYemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; põem à prova as amizades que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxun, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto"

 

 

Qualidades do Orixá Yemanjá

São 7 as qualidades, e por possuírem características tão próprias, há quem chegue a considerar que se trata de orixás individuais (independentes) das outras qualidades. Aqui, no entanto, e por não haver consenso quanto a esta questão, e muito estudo e pesquisa ser ainda necessário, vamos encarar como qualidades de um único orixá, tal como fazemos com todos os outros. Yemanjá rege a inteligência humana por isso tem o título de Iyá Orí.

QUALIDADES

Yemanjá Asagba ou Sobá: Ligada a Airá, lufã e Orunmilá, fia algodão, usa corrente de prata no tornozelo, carrega abebé e sua energia é a espuma branca do mar, veste branco com prata.

Yemanjá Akurá: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro, ligada a Nanã, veste branco aperolado

Yemanjá Ataramogba: Vive na espuma da ressaca da maré, guerreira e ligada a Xangô, veste branco e nuances de cores claras.

Yemanjá Iyaoyó ou Awoyò; : É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, Oxumarê e Xangô,  Veste branco e cristal, responsavel pelas marés.

Yemanjá Maleleo ou Maylewo: Esta Yemanjá vive nos grandes lagos, tímida, não se pode tocar no rosto do Iyawò, veste verde claro.

Yemanjá Iyágunté: Mãe do rio ógun, esta Yemanjá guerreira usa espada e tem ligação com Ogun e Oxaguian, carrega abebé, veste azul claro.

Yemanjá Sessu,  Iyasessu:  Voluntariosa e respeitável, ligada a Babá  Olokun,  vive nas águas agitadas da costa e come inhame, suas contas são verdes translúcido, veste verde e branco.

Teremos ainda outras Yemanjás com nomes, títulos e cultos extintos:

Yemanjá Olossá ou Oloxá: Ligada a com Oxum e Nanã. Veste verde-clara e suas contas são branco cristal. É a Yemanjá mais velha da terra de Egbado, não há iniciados no Brasil.

Yemanjá Iya Massê: que é a mãe de xangô

Yemanjá Iyakú, Iya Odo, Iya Ewá, Iyá Tapá, Iya Tonà,etc.

 

OFERENDA PARA IEMANJÁ

 

Faça uma oferenda para Iemanjá 

Material:

 

- Barco azul

- Brincos 

- Perfumes

- Correntes

- Leques

- Flores brancas e azuis

- Faça seus pedidos e coloque dentro do barco.

 

Se quizer colocar mais oferendas você pode.

 

Coloque tudo dentro do barco da forma que lhe agrade, depois você deve despachar. 

 

Oferendas/Rituais

Mãe Yemanjá: Velas branca, azul claro e prata, champanhe branca, calda de ameixa, manjar, arroz doce, pêssego em calda, melão, uva itália, pêra, rosas brancas, palmas brancas. Pode oferendá-la à beira mar.

 

Oferenda

Manjar para Yemanjá

Ingredientes:

250g. de creme de arroz

1 pescada inteira

azeite de oliva

Modo de preparo:

Faça um mingau com o creme de arroz e água e uma pitada de sal. Limpe a pescada e asse-a na oliva. Coloque o mingau numa travessa de louça deixe esfriar e coloque a pescada assada sobre o manjar, regue com oliva.

Translate this Page

Rating: 2.8/5 (2069 votos)




ONLINE
2





Partilhe esta Página




Total de visitas: 985956