Valéria D' Ogum Xoroquê 
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Oxoce
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30 AGO 2011 POR VALÉRIA D' OGUMEXUBARÁXOROQUÊ, NÃO HÁ COMENTÁRIOS »
 

Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.

Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum.

Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.

Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.

 

Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é “corrido” na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.

Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda.

Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.

Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.

No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.

Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.

O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.

Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.

Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.

CARACTERÍSTICAS:

Cor

Verde (No Candomblé: Azul Celeste Claro)

Fio de Contas

Verde Leitosas (Azul Turquesa, Azul Claro)

 

Ervas

Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum (verde), Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó. (Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto)

Símbolo

Ofá (arco e flecha).

Pontos da Natureza

Matas

Flores

Flores do campo

Essências

Alecrim

Pedras

Esmeralda, Amazonita. (Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde)

Metal

Bronze (Latão)

Saúde

Aparelho Respiratório

Planeta

Vênus

Dia da Semana

Quinta-feira

Elemento

Terra

Chakra

Esplênico

Saudação

Okê Arô (Odé Kokê Maior)

Bebida

Vinho tinto (água de coco, caldo de cana, aluá)

Animais

Tatu, Veado, Javali. (qualquer tipo de caça)

 

Comidas

Axoxô – milho com fatias de coco, Frutas.(Carne de caça, Taioba, Ewa – feijão fradinho torrado na panela de barro, papa de coco e frutas.)

Numero

6

Data Comemorativa

20 janeiro

Sincretismo:

S. Sebastião.

Incompatibilidades:

Mel, Cabeça de bicho (nas imolações e alimentos), Ovo

 

Qualidades:

Êboalama, Orè, Inlé ou Erinlè, Fayemi, Ondun, Asunara, Apala, Agbandada, Owala, Kusi, Ibuanun, Olumeye, Akanbi, Alapade, Mutalambo

ATRIBUIÇÕES:

Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXÓSSI

O filho de Oxossi apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.

Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir.

Fisicamente, os filhos de Oxossi, tendem a ser relativamente magros, um pou co nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores.

No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Oxossi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos.

Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.

Os filhos de Oxossi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo , é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.

Os filhos de Oxossi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Oxossi como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. Os filhos de Oxossi, compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá.

Gostam de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos. É portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.

São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.

O tipo psicológico, do filho de Oxossi é refinado e de notável beleza. É o Orixá dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, multo susceptíveis e tidos como “complicados”. É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.

COZINHA RITUALÍSTICA:

AXOXÔ

É a comida mais comum de Oxossi. Cozinha-se milho vermelho somente em água, depois deixa-se esfriar, coloca-se numa Gamela e enfeita-se por cima com fatias de coco. (pode-se cozinharjunto com o milho, um pouco de amendoim).

QUIBEBE

Descasca-se e corta-se 1kg de abóbora em pedaços. Numa panela, faz-se um refogado com 2 colheres de manteiga e 1 cebola média picadinha, até que esta fique transparente ou levemente corada. Acrescenta-se 2 ou 3 tomates cortados em pedaços miúdos, 1 pimenta malagueta socada, e a abóbora picada. Põe-se um pouco de água, sal e açúcar. Tampa-se a panela e cozinha-se em fogo lento até que a abóbora esteja bem macia. Ao arrumar na travessa que vai à mesa, amassa-se um pouco.

PAMONHA

Rala-se 24 espigas de milho verde não muito fino. Escorre-se o caldo e mistura-se o bagaço com 1 coco ralado(sem tirar o leite do coco), tempera-se com sal e açúcar.

Enrola-se pequenas porções em palha de milho e amarra-se bem. Cozinha-se numa panela grande, em água a ferver com sal, até que desprenda um bom cheiro de milho verde.

LENDAS DE OXÓSSI:

Como Oxossi Virou Orixá

Odé era um grande caçador. Certo dia, ele saiu para caçar sem antes consultar o oráculo Ifá nem cumprir os ritos necessários. Depois de algum tempo andando na floresta, encontrou uma serpente: era Oxumaré em sua forma terrestre. A cobra falou que Odé não devia matá-la; mas ele não se importou, matou-a,

cortou-a em pedaços e levou para casa, onde a cozinhou e comeu; depois foi dormir. No outro dia, sua esposa Oxum encontrou-o morto, com um rastro de cobra saindo de seu corpo e indo para a mata. Oxum tanto se lamentou e chorou, que Ifá o fez renascer como Orixá, com o nome de Oxossi.

Orixá da Caça e da Fartura !!!

Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando farpas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas.

Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas. Ela foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para ela preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). A mãe de Òsotokànsosó fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: “Que o peito da ave receba esta oferenda”. Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada pela mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: “Oxossi! Oxossi!” (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. Oxossi.

 

 

Meu pai Oxossi!

Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!

Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária pra suportarmos as dificuldades a serem superadas!

Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.

Dai-nos paciências para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!

Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!

Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!

Dai-nos, enfim, a fossa proteção e a certeza de que quando um caboclo, num gesto de humildade, baixar até nós, ali estará a vossa vibração!

Filho de Yemonja e Oxalá é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.

Na África era a principal divindade de Ilobu, onde era conhecido pelo nome de Yrinlé ou Inlé, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de Ilobu a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.

Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.

Oxóssi é o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns pós-sagrados, avermelhados, chamados Arolé, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Eguns.

Sendo ele um rei, carrega o Eyruquere (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.

QUALIDADES

ÍBUÀLÁMÒ – É velho e caçador. Nasce nas águas mais profundas do rio Irinlé. Sua vestimenta é branco com bandas, saiote  e capacete de palha da costa.  Tem ligação com Omolú e Oxun. Seu assentamente se difere de todos.

ÍNLÈ – É novo  e caçador, tem seu culto as margens do rio Irinlé, conhecido com caçador de Elefantes, o marfin é a sua conta, tem ligação com Oxun, Oxaguiã e Yemanjá.

DANA DANA – Tem fundamento com Exu e  Ossain.  É ele o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer Egun e a própria morte. Veste azul claro, muito imetuoso e foge à toa.

AKUERAN – Tem fundamento com Ogun e Ossain. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são verde claro.

OTIN – Guerreiro e muito agressivo, vive intocado na mata, ligado a Ogun. Usa azul claro, leva capangas, roupas de couro de leopardo.

KÒIFÉ - Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com Ossain e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se Koifé e faz-se Ybo, Ynlé ou Oxum Karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.

KÀRÉ – ou Orèlúeré, é ligado as águas e a Oxum e Logun Edé  e com eles exercem as mesmas forças e funções.. Usa azul e um Banté dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.

ÍNSÈÈWÉ ou Oni Sewè – É o senhor da floresta, ligado as folhas e a Ossain, com quem vive nas matas. Veste azul claro, e banda de palha da costa,  usa capacete quase tapando o seu rosto.

ÍNKÚLÈ ou Oni Kulé- Odé das montanhas, de culto no platô das serras, muito ligado a Oxaguiã e Jagun, veste verde claro, turquesa.

ÌNFAMÍ ou Infaín Odé funfun, ligado a Oxaguiã e Oxalufã, só usa branco e come abadô

AJÉNÌPAPÒ- Odé ligado as Iyamis Osorongá, aquele que pode se aproximar e também a Oyá, o dono do Irukere.

OTOKÁN SÓSÓ – Embora muitas vezes seja citado como uma qualidade, não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo.

Título que Oxóssi recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Oxóssi era aquele que só tinha uma flecha.

Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Oxóssi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.

Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Oxum, mas, também às Ìyámi Eléye.

Então, é èèwò (proibição) para Oxóssi. Por essa razão também, é que se dá para Oxóssi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.

 

Mutalambô

Mutalambô ou Lambaranguange é um Nkisi caçador, que vive em florestas e montanhas, é o Nkisi da fartura e comida abundante, assim como Kabila. Equivalente ao Orixá Oxossi do Candomblé Ketu.

Na Mitologia Bantu - Tat’etu Mutakalambô ou Mutakulamburungunzo (o mais velho) – O Caçador divino. Todos os povos antigos tinham o seu caçador e defensor divino que era responsável pela fartura e pela defesa da aldeia.

O Caçador divino não é ninguém. Cada povo lhe entendeu de um jeito e lhe representou na sua cultura e na sua língua, mas faz parte do inconsciente coletivo de tempos imemoráveis.

Também andam neste caminho Nkongobila/Telekompenso. Estes caçadores bantu para se identificarem com qualquer outro caçador mitológico não foi difícil. Ai entra o Oxossi os Odé dos Yorubá e até os caçadores ancestrais brasileiros , como caboclos.

 

Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado OFÁ, e um rabo de boi chamado ERUEXIM. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.

É também conhecido como o rei de Ketu, o maior e mais popular segmento do candomblé. Veste azul claro, quinta-feira é o dia dedicado a ele e sua saudação é OKÊ ARÔ!LENDA DE OXÓSSEOrixá da Caça e da Fartura !!!

Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura.

De repente, um grande pássaro, (èlèye), pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando fardas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas.

Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe Iemanjá, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas.

Iemanjá foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para Iemanjá preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas) , èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). Iemanjá fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: “Que o peito da ave receba esta oferenda”. Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada por Iemanjá, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó.

Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: “Oxósse! Oxósse!” (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. Oxósse.

Nota: Disponibilizo aqui alguns Ebós úteis, mas lembrem-se que cada pessoa só consegue o desejado se ela tiver o devido merecimento dado por Deus. E devem ser feitos por pessoas com certo entendimento sobre ebós. CUIDADO E ATENÇÃO.

) Ébó para Oxósi

- LOCAL: na mata

- DIA: numa quinta-feira. Caso não possa, faça a oferenda em qualquer dia da semana.

- DIA: quinta-feira é o dia propício. Porém, pode-se fazer este ébó em qualquer dia da semana, conforme a necessidade

- HORÁRIO: nas horas diurnas

- MATERIAL NECESSÁRIO: 1 kg de milho comum, 1 côco, folhas de saião, 1 espiga de milho verde com palha, 500 gr de amendoim, 1 charuto, 1 caixa de fósforos, 2 velas brancas grandes, uma vela verde grande, 1 m de pano verde (ou uma folha de papel de seda verde), 1 alguidar nº 3, 1 garrafa de vinho moscatel ou branco doce, 1 copo de vidro liso e virgem.

- MODO DE FAZER

- preparo do milho: Escolha bem o milho, tirando todas as impurezas e os caroços estragados. Cozinhe bem o milho, até ficar bem macio. Coloque as folhas de saião na borda do alguidar (como se fosse uma coroa). Encha o alguidar com o milho cozido;

- preparo do côco: abra o côco, retire pedaços e corte-os em fatias compridas. Espalhe essas fatias por sobre o milho cozido;

- preparo do amendoim: escolha o amendoim, retirando os estragados. Cozinhe o amendoim. Reserve;

- antes de sair de casa para fazer o trabalho, acenda uma das velas (em local alto), faça uma prece e ofereça ao seu guardião espiritual, pedindo-lhe proteção no trabalho que irá realizar;

- ao sair, coloque uma vasilha com água (uma lata, uma leiteira etc) junto a porta de saída, do lado de fora;

- escolhido o local para arriar a oferenda, o qual deve sempre ser calmo e reservado, limpe o chão, removendo folhas secas e gravetos a fim de evitar incêndio no local;

- alguns passos distante do local escolhido, acenda uma das velas, saudando o dono do local (a entidade que o controla) e pedindo sua permissão para fazer a oferenda nos seus domínios;

- diga mais ou menos assim: “Salve o dono deste local! Eu lhe ofereço esta vela e peço sua permissão para usar seus domínios para fazer esta oferenda ao Orixá Oxóssi. Que assim seja, em nome de Olórun !”;

- em seguida dirija-se ao local, toque o chão com a mão direita e salve Oxóssi: “Salve Oxóssi ! Salve o Orixá das Matas!”;

- estenda a “toalha” no chão;

- acenda a vela verde e “firme-a” sobre a “toalha” (use pires ou tampinha de lata, para não queimar a “toalha”), na parte superior central, saudando Oxóssi;

- acenda o charuto, solte três baforadas saudando Oxóssi e coloque-o sobre a caixa de fósforos, no lado inferior direito da “toalha”;

- abra a garrafa de vinho, encha o copo e coloque tudo no lado inferior esquerdo da “toalha”;

- coloque o alguidar no centro da “toalha”, dentro do triângulo formado pela vela, pelo charuto e pelo vinho;

- abra e desfie a palha da espiga, deixando-a à mostra, retirando o cabelo, mas deixando a palha presa. Enfie a espiga no centro da moranga, formando como que uma flor;

- regue toda a moraga com o mel, oferecendo o ébó a Oxóssi, pedindo tudo que desejar. Diga mais ou menos assim: “Salve Oxóssi! Meu Senhor Oxóssi, eu lhe ofereço esta pequena oferenda, pedindo sua proteção contra todos os perigos, sejam eles materiais ou espirituais. Confio na sua proteção. Que Olórun aumente sua luz e sua força!”;

- terminado o trabalho, de três passos para trás, começando com o seu pé direito, vire-se e vá embora;

- ao chegar em casa, pegue a vasilha com água, vire-se de frente para a rua, derrame um pouco de água na mão direita, um pouco de água na mão esquerda e, virando-se de costas para a rua, jogue a água restante por sobre o seu ombro esquerdo dizendo: seja descarregado agora qualquer resquício de energia negativa. Que assim seja em nome de Deus;

- durante os sete (7) primeiros dias, reserve alguns momentos para fazer uma invocação e prece a Oxóssi, para reforçar o trabalho.

2) Outro ébó para Oxósi

- LOCAL: na mata

- DIA: numa quinta-feira. Caso não possa, faça a oferenda em qualquer dia da semana.

- MATERIAL NECESSÁRIO: 1 garrafa de vinho moscatel ou branco doce, 1 copo de vidro liso e virgem, 1 charuto, 1 caixa de fósforos, 2 velas brancas grandes, 1 vela verde grande, 7 flores (qualquer cor), 1 m de fita verde.

- MODO DE FAZER

- antes de sair de casa para fazer o trabalho, acenda uma das velas brancas (em local alto), faça uma prece e ofereça ao seu guardião espiritual, pedindo-lhe proteção no trabalho que irá realizar

- ao sair, coloque uma vasilha com água (uma lata, uma leiteira etc) junto a porta de saída, do lado de fora

- escolhido o local para arriar a oferenda, o qual deve sempre ser calmo e reservado, limpe o chão, removendo folhas secas e gravetos a fim de evitar incêndio no local.

- alguns passos distante do local escolhido, acenda a outra vela branca saudando o dono do local (a entidade que o controla) e pedindo sua permissão para fazer a oferenda nos seus domínios;

- diga mais ou menos assim: “Salve o dono deste local! Eu lhe ofereço esta vela e peço sua permissão utilizar os seus domínios para fazer esta oferenda ao Orixá Oxóssi. Que assim seja, em nome de Olórun !”

- em seguida dirija-se ao local, toque o chão e salve Oxóssi: “Salve Oxóssi! Salve o Senhor das Matas!”;

- junte folhas do local (que não sejam de espinhos) e forre o chão onde vai arriar a oferenda. Esta será a “toalha”;

- acenda a vela verde e firme-a no chão, saudando Oxóssi novamente;

- junte as flores e amarre-os com a fita, formando um buquê. Coloque o buquê no chão, logo abaixo da vela;

- acenda o charuto tirando três baforadas, salvando Oxóssi. Coloque o charuto em cima da caixa de fósforos, ao lado direito do buquê, com a brasa para a frente;

- abra a garrafa de vinho, encha o copo e coloque tudo do lado esquerdo do buquê;

- Ofereça o ébó a Oxóssi dizendo: “Senhor Oxóssi, eu lhe ofereço este pequeno presente pedindo que sejam abertos os meus caminhos para…(dizer o que deseja realizar). Que eu tenha paz, tranquilidade, felicidade, amor, harmonia, saúde, riqueza e prosperidade. Que assim seja, pela sua força, com a permissão de Olórun!”;

- terminado o trabalho, de três passos para trás, começando com o seu pé direito, vire-se e vá embora

- ao chegar em casa, pegue a vasilha com água, vire-se de frente para a rua, derrame um pouco de água na mão direita, um pouco de água na mão esquerda e, virando-se de costas para a rua, jogue a água restante por sobre o seu ombro esquerdo dizendo: seja descarregado agora qualquer resquício de energia negativa. Que assim seja em nome de Deus.

- durante os sete (7) primeiros dias, reserve alguns momentos para fazer uma invocação e prece a Ogun, para reforçar o trabalho.

3) Ébó para pedido de aláfiá

- LOCAL: numa mata, cachoeira ou praia (junto de vegetação)

- DIA: numa quinta-feira. Caso não possa, faça a oferenda em qualquer dia da semana.

- HORA: durante o dia, numa hora cheia. Para quem já tem condições de fazer oferendas numa mata à noite, este período também pode ser usado;

- MATERIAL NECESSÁRIO: 1 garrafa de vinho moscatel ou branco doce, 1 caixa de fósforos, 2 velas brancas grandes, 3 velas verdes grandes, 7 flores de qualquer tipo, brancas;

- MODO DE FAZER

- antes de sair de casa para fazer o trabalho, acenda uma das velas (em local alto), faca uma prece e ofereça ao seu guardião espiritual, pedindo-lhe proteção no trabalho que irá realizar

- ao sair, coloque uma vasilha com água (uma lata, uma leiteira etc) junto a porta de saída, do lado de fora

- escolhido o local para arriar a oferenda, o qual deve sempre ser calmo e reservado, limpe o chão, removendo folhas secas e gravetos a fim de evitar incêndio no local.

- alguns passos distante do local escolhido, acenda a outra vela branca saudando o dono do local (a entidade que o controla) e pedindo sua permissão para fazer a oferenda nos seus domínios;

- diga mais ou menos assim: “Salve o dono deste local! Eu lhe ofereço esta vela e peço sua permissão utilizar os seus domínios para fazer esta oferenda ao Orixá Oxóssi. Que assim seja, em nome de Olórun !”

- em seguida dirija-se ao local, toque o chão e salve Oxóssi: “Salve Oxóssi! Salve o Senhor das Matas!”;

- junte folhas do local (que não sejam de espinhos) e forre o chão onde vai arriar a oferenda. Esta será a “toalha”;

- acenda as três velas verdes em forma de triângulo, começando pela ponta superior (em cima), depois a ponta direita e, por fim, a ponta esquerda. Cada vez que acender uma vela, salve Oxóssi;

- arrume as flores sobre a “toalha” da seguinte forma: 2 de cada lado do triângulo de velas, e uma no centro, com o botão para cima;

- abra a garrafa de vinho e derrame-o em torno do ébó formando um semi círculo, dizendo: Senhor Oxóssi, assim como está aberto este círculo, sejam abertos os meus caminhos para…(dizer o que deseja). Coloque a garrafa do lado esquerdo do triângulo de velas, por dentro;

- ofereça o ébó a Oxóssi: “Senhor Oxóssi eu te ofereço este presente e te peço …(dizer o pedido). Confio na tua força e aguardo a realização do meu pedido. Que assim seja, em nome de Oxalá, com a permissão de Olórun”!

- terminado o trabalho, de três passos para trás, começando com o seu pé direito, vire-se e vá embora

- ao chegar em casa, pegue a vasilha com água, vire-se de frente para a rua, derrame um pouco de água na mão direita, um pouco de água na mão esquerda e, virando-se de costas para a rua, jogue a água restante por sobre o seu ombro esquerdo dizendo: seja descarregado agora qualquer resquício de energia negativa. Que assim seja em nome de Deus.

- durante os sete (7) primeiros dias, reserve alguns momentos para fazer uma invocação e prece a Oxóssi, para reforçar o trabalho.

 
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