Valéria D' Ogum Xoroquê 
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Salve minha Mãe Yansã!!
Salve minha Mãe Yansã!!

Salve minha Mãe Yansã!!

31 AGO 2011 POR VALÉRIA D' OGUMEXUBARÁXOROQUÊ, NÃO HÁ COMENTÁRIOS »
 

Salve minha Mãe Yansã do Balé

Eparrei Oyá Eparrei

Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.

 LENDAS DE IANSÃ

 O Casamento de Iansã e Ogun 

 Ogum foi um dia caçar na floresta.

 Ele ficou na espreita e viu um búfalo vindo em sua direção.

Ogum avaliou logo à distância que os separava e preparou-se para matar o animal com a sua espada.

Mas viu o búfalo parar e, de repente, baixar a cabeça e despir-se de sua pele. Desta pele saiu uma linda mulher.

Era Iansã, vestida com elegância, coberta com panos, um turbante luxuoso amarrado à cabeça e ornada de colares e braceletes.

Iansã enrolou sua pele e seus chifres, fez uma trouxa e escondeu num formigueiro.

Partiu, em seguida, num passo leve, em direção ao mercado da cidade, sem desconfiar que Ogum tinha visto tudo.

 

Assim que Iansã partiu, Ogum apoderou-se da trouxa, foi para casa, guardou-a no celeiro de milho e seguiu, também, para o mercado.

Lá, ele encontrou a bela mulher e cortejou-ª

Iansã era bela, muito bela, era a mais bela mulher do mundo.

Sua beleza era tal que se um homem a visse, logo a desejaria.

Ogum foi subjugado e pediu-a em casamento.

Iansã apenas sorriu e recusou sem apelo.

Ogum insistiu e disse-lhe que a esperaria.

Ele não duvidava de que ela aceitasse sua proposta.

Iansã voltou à floresta e não encontrou seu chifre nem sua pele.

Ah! Que contrariedade! Que teria se passado? Que fazer?

Iansã voltou ao mercado, já vazio, e viu Ogum que a esperava.

Ela perguntou-lhe o que ele havia feito daquilo que ela deixara no formigueiro.

Ogum fingiu inocência e declarou que nada tinha a ver, nem com o formigueiro nem com o que estava nele.

Iansã não se deixou enganar e disse-lhe:

Eu sei que escondeu minha pele e meu chifre.

Eu sei que você se negará a me revelar o esconderijo.

Ogum, vou me casar com você e viver em sua casa.

Mas, existem certas regras de conduta para comigo.

Estas regras devem ser respeitadas, também, pelas pessoas da sua casa.

Ninguém poderá me dizer: Você é um animal!

Ninguém poderá utilizar cascas de dendê para fazer fogo.

Ninguém poderá rolar um pilão pelo chão da casa

Ogum respondeu que havia compreendido e levou Iansã.

Chegando em casa, Ogum reuniu suas outras mulheres e explicou-lhes como deveriam comportar-se.

Ficara claro para todos que ninguém deveria discutir com Iansã, nem insultá-la.

A vida organizou-se.

Ogum saía para caçar ou cultivar o campo.

Iansã, em vão, procurava sua pele e seus chifres.

Ela deu à luz uma criança, depois uma segunda e uma terceira

Ela deu à luz a nove crianças.

Mas as mulheres viviam enciumadas da beleza de Iansã.

Cada vez mais enciumadas e hostis, elas decidiram desvendar o mistério da origem de Iansã.

Uma delas conseguiu embriagar Ogum com vinho de palma.

Ogum não pôde mais controlar suas palavras e revelou o segredo.

Contou que Iansã era, na realidade, um animal;

Que sua pele e seus chifres estavam escondidos no celeiro de milho.

Ogum recomendou-lhes ainda:

Sobretudo não procurem vê-los, pois isto a amedrontará.

Não lhes digam jamais que é um animal! Depois disso, logo que Ogum saía para o campo, as mulheres insultavam Iansã:

Você é um animal! Você é um animal!!

Elas cantavam enquanto faziam os trabalhos da casa:

Coma e beba, pode exibir-se, mas sua pele está no celeiro de milho!

Um dia, todas as mulheres saíram para o mercado.

Iansã aproveitou-se e correu para o celeiro.

Abriu a porta e, bem no fundo, sob grandes espigas de milho, encontrou sua pele e seus chifres.

Ela os vestiu novamente e se sacudiu com energia.

Cada parte do seu corpo retomou exatamente seu lugar dentro da pele.

Logo que as mulheres chegaram do mercado, ela saiu bufando.

Foi um tremendo massacre, pelo qual passaram todas.

Com grandes chifradas Iansã rasgou-lhes a barriga, pisou sobre os corpos e rodou-os no ar.

Iansã poupou seus filhos que a seguiam chorando e dizendo:

Nossa mãe, nossa mãe! É você mesma?

Nossa mãe, nossa mãe! Que você vai fazer?

Nossa mãe, nossa mãe! Que será de nós?

O búfalo os consolou, roçando seu corpo carinhosamente no deles e dizendo-lhes:

Eu vou voltar para a floresta; lá não é bom lugar para vocês.

Mas, vou lhes deixar uma lembrança.

Retirou seus chifres, entregou-lhes e continuou:

Quando qualquer perigo lhes ameaçar, quando vocês precisarem dos meus conselhos, esfreguem estes chifres um no outro. Em qualquer lugar que vocês estiverem, em qualquer lugar que eu estiver, escutarei suas queixas e virei socorre-los. Eis por que dois chifres de búfalo estão sempre no altar de Iansã.

As oferendas

para Iansã são deixadas no mesmo cenário que as de Xangô, local onde também se cumprem as “obrigações”: uma pedreira, junto de uma cachoeira ou curso d’água encachoeirado.

Comida para Iansã

Acarajé

Material Necessário:Feijão Fradinho, Camarão Seco Socado, Cebola, Azeite-de-Dendê

Maneira de Fazer:

Coloca-se o feijão fradinho de molho em água, para descansá-lo cru. Depois, moesse o feijão e mistura-se com a cebola ralada, camarão seco socado e deixa-se a massa descansar, coberta por um pano ou uma pedra de carvão no meio. Depois, bate-se bem a massa para dar ponto, e fritam-se bolos tirados com a colher, no Azeite-de-Dendê bem quente.

Frutas:

Manga rosa, uvas, pêra, maçã morango, melão laranja, banana, figo, ameixas, romã, pêssego, pitanga, framboesa e cajá.

Plantas:

Palmas – folhas de uma palmeirinha – são levadas pelos católicos às igrejas e benzidas pelo sacerdote, em cerimônia que evoca o domingo em que Jesus entrou em Jerusalém e o povo agitava ramos, saudando festivamente. O povo liga a palma do Domingo de Ramos a Iansã-Santa Bárbara: queimada, durante as tempestades, protege dos raios.

Iansã

Êpa Heyi!

Ogum foi um dia caçar na floresta.

Ele ficou na espreita e viu um búfalo vindo em sua direção.

Ogum avaliou logo a distância que os separava

e preparou-se para matar o animal com a sua espada.

Mas viu o búfalo parar e, de repente,

baixar a cabeça e despir-se de sua pele.

Desta pele saiu uma linda mulher.

Era Iansã, vestida com elegância, coberta de belos panos,

um turbante luxuoso amarrado à cabeça

e ornada de colares e braceletes.

Iansã enrolou sua pele e seus chifres,

fez uma trouxa e escondeu num formigueiro.

Partiu, em seguida, num passo leve, em direção ao mercado da cidade,

sem desconfiar que Ogum tinha visto tudo.

Assim que Iansã partiu, Ogum apoderou-se da trouxa,

foi para casa, guardou-a no celeiro de milho

e seguiu, também, para o mercado.

Lá, ele encontrou a bela mulher e cortejou-a.

Iansã era bela, muito bela, era a mais bela mulher do mundo.

Sua beleza era tal que se um homem a visse, logo a desejaria.

Ogum foi subjugado e pediu-a em casamento.

Iansã apenas sorriu e recusou sem apelo.

Ogum insistiu e disse-lhe que a esperaria.

Ele não duvidava de que ela aceitasse sua proposta.

Iansã voltou à floresta e não encontrou seu chifre nem sua pele.

“Ah! Que contrariedade! Que teria se passado? Que fazer?”

Iansã voltou ao mercado, já vazio, e viu Ogum que a esperava.

Ela perguntou-lhe o que ele havia feito daquilo que ela deixara no formigueiro.

Ogum fingiu inocência e declarou que nada tinha a ver,

nem com o formigueiro, nem com o que estava nele.

Iansã não se deixou enganar e disse-lhe:

“Eu sei que você escondeu minha pele e meu chifre.

Eu sei que você se negará a me revelar o esconderijo

Ogum, vou me casar com você e viver em sua casa.

Mas, existem certas regras de conduta para comigo.

Estas regras devem ser respeitadas, também, pelas pessoas da sua casa.

Ninguém poderá me dizer: Você é um animal!

Ninguém poderá utlizar cascas de dendê para fazer fogo.

Ninguém poderá rolar um pilão pelo chão da casa”.

Ogum respondeu que havia compreendido e levou Iansã.

Chegando em casa, Ogum reuniu suas outras mulheres e

explicou-lhes como deveriam comportar-se.

Ficara claro para todos que ninguém deveria discutir com Iansã,

nem insultá-la.

A vida organizou-se.

Ogum saía para caçar ou cultivar o campo.

Iansã, em vão, procurava sua pele e seus chifres.

Ela deu à luz a uma criança, depois um a segunda e uma terceira…

Ela deu à luz a nove crianças.

Mas as mulheres viviam enciumadas da beleza de Iansã.

Cada vez mais enciumadas e hostis,

elas decidiram desvendar o mistério da origem de Iansã.

Uma delas conseguiu embriagar Ogum com vinho de palma.

Ogum não pôde mais controlar suas palavras e revelou o segredo.

Contou que Iansã era, na realidade, um animal;

que sua pele e seus chifres estavam escondidos no celeiro de milho.

Ogum recomendou-lhes ainda:

“Sobretudo não procurem vê-los, pois isto a amedrontará.

Não lhes digam jamais que é um animal!”

Depois disso, logo que Ogum saía para o campo,

as mulheres insultavam Iansã:

“Você é um animal! Você é um animal!!”

Elas cantavam enquanto faziam os trabalhos da casa:

“Coma e beba, pode exibir-se, mas sua pele está no celeiro de milho!”

Um dia, todas as mulheres saíram para o mercado.

Iansã aproveitou-se e correu para o celeiro.

Abriu a porta e, bem no fundo, sob grandes espigas de milho,

encontrou sua pele e seus chifres.

Ela os vestiu novamente e se sacudiu com energia.

Cada parte do seu corpo retomou exatamente seu lugar dentro da pele.

Logo que as mulheres chegaram do mercado, ela saiu bufando.

Foi um tremendo massacre, pelo qual passaram todas.

Com grandes chifradas Iansã rasgou-lhes a barriga,

pisou sobre os corpos e redou-os no ar.

Iansã poupou seus filhos que a seguiam chorando e dizendo:

“Nossa mãe, nossa mãe! É você mesma?

Nossa mãe, nossa mãe!! Que você vai fazer?

Nossa mãe, nossa mãe!!! Que será de nós?”

O búfalo os consolou, roçando seu corpo carinhosamente no deles e dizendo-lhes:

“Eu vou voltar para a floresta; lá não é um bom lugar para vocês.

Mas, vou lhes deixar uma lembrança.”

Retirou seus chifres, entregou-lhes e continuou:

“Quando qualquer perigo lhes ameaçar,

quando vocês precisarem dos meus conselhos,

esfreguem estes chifres um no outro.

Em qualquer lugar que vocês estiverem,

em qualquer lugar que eu estiver,

escutarei suas queixas e virei socorrê-los.”

Eis porque dois chifres de búfalo estão sempre no altar de Iansã.

Santa Bárbara (ano 235) nascida na Nicomédia (Bitínia, Ásia Menor) filha de pais nobres e idólatras. Muito bela, foi presa numa torre, por ordem do pai, para que ninguém na ausência dele, a pretendesse por esposa.

Tendo se tornada cristã, Bárbara mandou abrir uma terceira janela na torre, para que pudesse ter sempre diante de si um símbolo da Santíssima Trindade, foi denunciada pelo pai como cristã, sendo condenada à morte.

O próprio pai se dispôs a decepar-lhe a cabeça. Depois de martirizar a filha, um raio o matou. Segundo a tradição católica romana Santa Bárbara é a padroeira dos fiéis contra tormentas.

A Capela Santa Bárbara, é um pequeno templo situado em Ponta Grossa que foi tombada como patrimônio cultural do Paraná em 10 de outubro de 2000, destaca-se pelo valor histórico, por ser a primeira capela erguida pela missão cientifica dos jesuítas no período de 1707 à 1729.

Junto à capela foi construído um cemitério, onde ilustres cidadãos foram sepultados. Através destas características é que ocorre o sincretismo entre Santa Bárbara e YANSÃ.

Orixá guerreira, que junto com Ogum é aplicadora da Lei. Senhora do Tempo, o tempo climático; os raios, as chuvas, as ventanias, os ciclones e os tufões são as forças naturais de Yansã, aquela que direciona e movimenta.

Senhora dos Cemitérios, Mãe dos Eguns, que direciona e encaminha à Obaluayê os eguns, espíritos que estão perdidos no tempo, no passado, espíritos negativos que por vingança, até de vidas passadas, atormentam o Ser.

Ela não tem medo da morte, ela é ar, é respiração, sem respiração não há vida. O próprio nome Yansã deriva de seu relacionamento com a morte: iya-mesan-orun, que significa Mãe dos nove orum (Orum – o céu, o mundo, a terra, o tempo de vida).

Yansã é representada como uma mulher batalhadora, corajosa, teimosa, ciente de sua autoridade, guerreira, poderosa e fiel. Ser filha de Yansã é saber dominar os ventos. É saber encaminhar os eguns, que naturalmente são atraídos às suas filhas por pertencerem ao mistério do direcionamento e do cemitério.

É ser paixão, que é o sentimento mais forte que a razão, aquela que cria o desejo de possuir.

É o Orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados.

Yansã é o vendaval que derruba e a ventania que faz tudo balançar, Yansã é Lei atuando no sentido de direcionar os seres que se desequilibram.

É a novidade que renova a Lei na mente e no coração humano: é a busca de melhores condições de vida para os seres.

Yansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Ọya. Ọya recebeu de Şàngó o título de YÀSÁN (ìyá =senhora + ọsan = tarde), que quer dizer, a senhora das tardes, pois chegava sempre as tardes, linda e esvoasante com sua roupa de fogo.É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara. Yansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Şàngó ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Yansã é uma das mais apaixonadas amantes de Şàngó, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.

Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Yansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida com que exterioriza sua cólera.

Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Ọya, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.

A figura de Yansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura – enfim, está sempre longe do lar; Yansã não gosta dos afazeres domésticos.

É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Yansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.

Foi esposa de Ògún e, posteriormente, a mais importante esposa de Şàngó. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê.

Yansã é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim – seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal.

É ela que servirá de guia, ao lado de Ọbalúwaìye, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos Boiadeiros.

Duas lendas se formaram, a primeira é que Yansã não cortou completamente relação com o ex-esposo e tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que Yansã e Ògún, tornaram-se inimigos irreconciliáveis depois da separação.

Yansã é a primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.

Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase estou apaixonado, tem a presença e a regência de Yansã, que é o orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado no campo amoroso. Yansã rege o amor forte, violento.

Características

AnimaisCabra amarela, Coruja rajada BebidaChampanhe ChacraFrontal e cardíaco Comidas

  • Acarajé
  • Broto de bambu
  • Bobó de Inhame
  • Ipetê

CorCoral (amarelo) Data Comemorativa4 de dezembro Dia da SemanaQuarta-feira ElementoAr e Fogo Ervas

  • Espirradeira
  • Ameixeira   Yor:  (ìyeyè)
  • Cajazeira   Yor:  (ẹ́kikà)
  • Cambuí amarelo
  • Embaúba   Yor:  (àgbaó)
  • Macieira   Yor:  (òro òyìnbó)
  • Nim   Yor:  (afóforo òyínbó)
  • Figueira comum   Yor:  (ọ̀pọ̀tọ́)
  • Abóbora   Yor:  (élégédé)
  • Alface   Yor:  (irú ẹ̀fọ́ kan) Ang:  (Zalata)
  • Altéia
  • Angico da folha miúda
  • Bambu   Yor:  (dankó) Ang:  (Dianga)
  • Caruru   Yor:  (ewé tẹ̀tẹ̀)
  • Casuarina   Yor:  (ewé Ọya)
  • Cinco Chagas   Yor:  (kolẹ̀orọ́gba)
  • Cravo da Índia
  • Dormideira   Yor:  (apẹ̀jẹ̀) Ang:  (Kisaba Musandala)
  • Erva Prata   Yor:  (ewé dìgì)
  • Erva Tostão   Yor:  (étìpọ́nlá)
  • Espada de Yansã   Yor:  (ewé ida Ọya)
  • Eucalipto-limão
  • Flamboyant   Yor:  (sekeseke)
  • Flamboyanzinho   Yor:  (esa pupa)
  • Flor de Lótus   Yor:  (òṣibàtà)
  • Folha de Fogo   Yor:  (ewé inọ́n)
  • Gengibre   Yor:  (ata ile)
  • Hortelã da Horta
  • Inhame   Yor:  (isu)
  • Jaborandi   Yor:  (ìyèyé)
  • Louro   Yor:  (ewé asá)
  • Manjericão Roxo   Yor:  (efínrín pupa)
  • Maravilha   Yor:  (ẹ̀kelẹ̀yi)
  • Mato Pasto   Yor:  (àgbọ́là)
  • Para Ráio   Yor:  (ewé mẹsán)
  • Parietária   Yor:  (ewé monan)
  • Pata de Vaca Rosa   Yor:  (abàfè)
  • Pinhão Branco   Yor:  (bòtújẹ̀ funfun)
  • Pinhão Roxo   Yor:  (bòtujẹ̀ pupa) Ang:  (Kitote)
  • Salsa da Praia   Yor:  (gbọ̀rọ̀ ayaba)
  • Taquaril   Yor:  (ewé firírí)
  • Trombeta Roxa   Yor:  (eṣo felejẹ́)
  • Jenipapo   Yor:  (bujè)

EssênciasPatchouli Fio de ContasCoral (marrom, bordô, vermelho, amarelo) FloresAmarelas ou corais Frutas

  • Ameixa    Yor: (èso kan bí ìyeyè)
  • Cajá   Yor:  (ìyeyè)
  • Caqui
  • Figo   Yor:  (èso ọ̀pọ̀tọ́)
  • Framboesa   Yor:  (ẹ́yà àgbáyun kan)
  • Grandiúva   Yor:  (àfẹ́rẹ̀)
  • Laranja   Yor:  (ọsán)
  • Maçã   Yor:  (èso òro òyìnbó)
  • Mamão   Yor:  (ìbẹ́pẹ́)
  • Manga   Yor:  (mángòrò)
  • Manga Rosa
  • Maracujá   Yor:  (kankinse)
  • Melão   Yor:  (ẹ̀gúsí)
  • Morango   Yor:  (irú èso dídùn kan)
  • Nespereira
  • Pêssego
  • Romã   Yor:  (àgbá)
  • Uva   Yor:  (èso àjara)

IncompatibilidadesRato, Abóbora. MetalCobre Numero9 PedrasCoral, Cornalina, Rubi, Granada PlanetaLua e Júpiter Pontos da NaturezaBambuzal SaudaçãoEparrei Oyá Odò Ọya Saúde  SímboloRaio, Eruexim,Alfanje SincretismoSanta Bárbara, Joana d’arc.

Qualidades

    •  - Tem fundamento com Ọ̀ṣun OparáỌya Biniká
    • Ọya Seno - Tem fundamento com Òşùmàrè.
    • Ọya Abomi - Tem fundamento com Şàngó e Ọ̀ṣun
    • Ọya Gunán - Tem fundamento com Şàngó
    • Ọya Bagán - Não tem cabeça. Come com Èşù, Ògún e Ọ̀ṣọ́ọ̀si. Tem caminhos com Egun
    • Ọya Onìrá (Nação Cabinda)

É uma Yansã com algumas características diferentes do padrão de Yansã, como por exemplo o fato de ela se dar muito bem com Ọ̀ṣun, e até mesmo as cores Próprias – como são suas mais clarinhas e suaves, com tons de azul e rosa, coral e amarelo muitas vezes, diferente das cores fortes de Yansã como o vermelho. Nem porisso ela deixa de ser uma guerreira, e de ser agressiva e violenta.

Na verdade Ònírá orixá é um “independente”. Acho que foi no Brasil que se ligou uma Yansã Ònírá, exatamente por ela ser guerreira também, e por ela ter os Eguns ligação com. Mas é uma mãe da água doce, como Ọ̀ṣun, daí a sua identificação com ela. Segundo a lenda, foi quem ensinou Ọ̀ṣun Ònírá um lutar.

Em Cuba, chega-se a associar um Ònírá Ogum

Yansã Ònírá – é uma qualidade de Yansã (Ọya), guerreira, mas que é uma ninfa das águas doces, com ligação direta com o culto dos Eguns (almas). É a dona do “atori”, uma pequena vara usada no culto de Òşàlà para chamar os mortos na intenção de fazê-los participar da cerimônia. A função do “atori” é a de, assim que ao ser tocada batida no chão, que se faça o poder de fazer reinar a paz no local ou na vida de alguém e trazer-lhe abundância. O “atori” também tem a força de mandar chover regularmente para trazer a prosperidade.”Yansã Ònírá” deu a Oşoguian o “atori” e seu poder de exercê-lo, além de ter lhe ensinado o fundamento e como usá-lo.

Em anos regidos por Oşoguian, é preciso agradar muito a essa qualidade de Yansã para que ela permita que, através dela, Oşoguian traga a paz e a abundância.”Yansã Ònírá” é a mãe de criação de “Logun-Edé Apanan”. Por isso, toda oferenda para essa orixá, deverá também ser oferecido um agrado a essa qualidade do orixá Logun-Edé.”Yansã Ònírá” reina no mundo dos mortos e tem ligação direta com Ọbalúwaìye e Ògún, sendo que sua ligação maior é com “Ọ̀ṣun Opará”, que recebeu dessa qualidade de Yansã os ensinamentos para lutar e ser guerreira. Foi “Yansã Ònírá” que ensinou “Ọ̀ṣun Opará” a lutar.”Ọ̀ṣun Opará” ser tornou então, companheira inseparável de “Yansã Ònírá”, comendo juntas no bambuzal ou nos rios e tendo aprendido os fundamentos dos Eguns. Sendo assim, essa qualidade de Ọ̀ṣun, também tem relação direta com os Eguns (almas). Quando “Yansã Ònírá” e “Ọ̀ṣun Opará” se juntam, se tornam muito perigosas pois têm em dobro a força e a sabedoria dos guerreiros Oşoguian, Ògún e Obaluwaye. Veste o coral e amarelo, contas iguais.

  •  - eró com OşoguianỌya Kodun
  • Ọya Maganbelle - esse caminho mostra a dificuldade quanto à geração de filhos. Tem fundamento com Iroko e Şàngó. Seu assentamento deve ser feito aos pés de Iroko.
  • Ọya Yapopo
  • Ọya Onisoni - Tem fundamento com Omulu
  • Ọya Bagbure - Não tem fundamento com nenhum Orixá. Parece pertencer ao culto de Egunguns
  • Ọya Tope - Tem ligação com Şàngó e veste-se de branco. Tem fundamento com Ògún e Èşù.
  • Ọya Filiaba - Tem fundamento com Ọmọlú
  • Ọya Semi - Tem fundamento com Ọbalúwaìye
  • Ọya Sinsirá - Tem fundamento com Ọbalúwaìye
  • Ọya Sire - Tem fundamentos com Ọ̀sónyìn e Ayrá.
  • Ọya Mẹsán ou Yansã - mais velha das Ọya, conhecida mesmo como Yansã. (Nação Batuque)
  • Ọya Timboá - Ligada aos desapegado, sem rumo, ligada aos que moram na rua, fundamento com Bara Lóde. (Batuque, Cabinda)
  • Ọya Dirã - ligada aos eguns, muito semelhante a Ọya Gbálẹ̀ ou Ìgbálẹ̀. (Nação Batuque, Cabinda)
  • Ọya Fúnka - senhora das tempestades, que espalha ao redor (Nação Cabinda)
  • Ọya Lariwo - como trovão (Cabinda)
  • Ọya Lóde - Adjuntó com Bara Lóde (Batuque)

Ọya Gbálẹ̀ ou Ìgbálẹ̀

Mitos

Em épocas muito remotas, havia na cidade do Oyo um fazendeiro chamado Alapini, que tinha três filhos chamados Ojéwuni, Ojésamni e Ojérinlo. Um dia Alapini foi viajar e deixou recomendações aos filhos para que colhessem os inhames e os armazenassem, mas que não comessem um tipo especial de inhame chamado ihobia, pois ele deixava as pessoas com uma terrível sede. Seus filhos ignoraram o aviso e o comeram em demasia. Depois, beberam muita água e, um a um, acabaram todos morrendo.

Quando Alapini retornou, encontrou a desgraça em sua casa. Desesperado, correu ao Babalawo, que consultou o oráculo de Ifá. O sacerdote indicou que, após o l7º dia fosse ao ribeirão do bosque e executasse o ritual que foi prescrito no jogo. Ele deveria escolher um galho da árvore sagrada atori e fazer um “bastão de invocação” do qual deveria ser denominado de isan. Na margem do ribeirão, deveria bater com o bastão na terra e chamar pelos nomes dos seus filhos, que na terceira vez eles apareceriam. Mas ele também não poderia esquecer de antes fazer certos sacrifícios e oferendas.

Assim ele o fez; seus filhos apareceram. Mas eles tinham rostos e corpos estranhos; era então preciso cobri-los para que as pessoas pudessem vê-los sem se assustarem. Pediu que seus filhos ficassem na floresta e voltou à cidade. Contou o fato ao povo, e as pessoas fizeram roupas para ele vestir seus filhos.

Deste dia em diante ele poderia ver e mostrar seus filhos as outras pessoas; as belas roupas que eles ganharam escondiam perfeitamente suas condições de mortos. Alapini e seus filhos fizeram um pacto: em um buraco feito na terra pelo seu pai, deveria ser “acomodado” os fundamentos do culto e denominado de ojúbo – Altar, no mesmo local do primeiro encontro, ou seja no Igbó Ìgbálẹ̀, ali seriam feitas as oferendas e os sacrifícios e onde as roupas deveriam permanecer guardadas, para que eles as vestissem quando o pai os chamasse através do ritual do bastão.

Seguindo o pacto e as instruções do Babalawo, de que sempre que os filhos morressem fosse realizado o ritual após o l7º dia, pais e filhos para sempre se encontraram. E, para os filhos que ainda não tiverem roupas, é só pedir às pessoas que elas as farão com imenso prazer…”

Assim sendo, poderia interpretarmos Ọya Ìgbálẹ̀ como “A Senhora da Floresta Sagrada dos Ancestrais”.

Se um dos atributos de Ọya em sua pura essência é o “Espírito do Vento”, neste caminho ela é denominada de “O Vento da Morte, A Regente do Vento Invisível dos Egúngun” Ọya Ìgbálẹ̀ é a divindade que Olódúmarè outorgou o direito de controlar os espíritos dos seres humanos quando desencarnados. Ela tem que assegurar que nosso espírito, de alguma forma ou outra, não seja prejudicado nesta “transição” tão delicada. Esta transição esta sub-dividida em 9 etapas: leito de morte, velório, caminho do cemitério, porta do cemitério, caminho da sepultura, sepultura, ritos fúnebres, despacho do carrego e o caminho para o além; e caso este espírito tenha que regressar ao mundo dos vivos, para solucionarmos alguma pendência, novamente deverá ser acompanhado por Ọya Ìgbálẹ̀. Há tradicionalista modernos quem diga que o conhecido Déjà Vu a esta divindade pertence.

Oduleke foi o primeiro caçador a receber os ritos do Asese, celebrado por Ọya Ìgbálẹ̀. Até então este rito era somente destinados aos caçadores, para somente depois ser designado a todos os iniciados e consagrados ao Culto do Òrìsà e Egún.

Ọya Ìgbálẹ̀ reina principalmente o Ile Ibojì – O Cemitério, sua porta e seus arredores estão impregnados com sua poderosa energia. Considerada como uma das entidades mais bem estruturadas, como um organismo vivo, e com funções evolutivas específicas e importantes para o culto.

Uma de suas principais características, esta em sua lealdade para com seus seguidores. Quando Ọya Ìgbálẹ̀ acompanha seus seguidores em uma batalha, invoca seu poderoso exército de Egúngun liderado por um dos mais temíveis Ancestrais – Baba Ajimuda. Os mitos relatam que nesta batalha Ọya Ìgbálẹ̀ cobre o rosto com uma mascara para ocultar a face da destruição. Na diáspora, esta mascara foi substituída pela pintura de efun do qual cobre por completo o rosto de Ọya Ìgbálẹ̀ e que ninguém deve dirigir o olhar diretamente a ela, mesmo que esta cerimônia seja realizada no escuro.

Quando alguém esta com alguma enfermidade grave, muitas vezes podemos recorrer a este caminho de Ọya quando há necessidade de alguma transformação, porém aquele que iniciado e consagrado a esta divindade jamais poderá visitar um doente, mas se o fizer não poderá jamais sentar na cama do enfermo.

Ọya em sua essência pura é representada por 9 cores com exceção do preto. No Novo Mundo Ọya Ìgbálẹ̀ passa a morar no Ile Awo – A casa do Segredo, mas especificamente no Ile Sanyin ou popularmente conhecido com Lesanyin quando cultuada no Culto de Lese Egún e no Ile Ibo Aku quando cultuada em Lese Òrìsà. Suas representação materiais e seus atributos diferem de um lugar para outro, porém seu maior segredo se mantem em igualdade em ambos os cultos. Entre tantos outros o que mais diferencia seus assentamentos, são a presença de uma ossada retirada do corpo de um animal, do qual deverá ser prepara e consagrada para determinadas funções. Sabemos que o osso representa a morte, a representação de um ser que em outrora vivera.

Qualidades

  • Ọya Gbálẹ̀ Funán – Afefe Yku Funan: A Senhora do Fogo e dos ventos da Morte. Caminha com Ògún e Ọbalúwaìye. Tem caminhos também com Egun e Ikú. Veste branco e pode usar azul-claro, embora receba oferenda de animais inteiramente pretos.
  • Ọya Gbálẹ̀ Fure – Usa uma foice na mão esquerda e um eruexim na direita. Veste branco e por cima das vestes a palha da costa. Dança como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes são penduradas pequenas cabaças, no tornozelo direito uma pulseira de aço. Tem ligação direta com o culto aos Eguns. Preside a vida e a morte.
  • Ọya Gbálẹ̀ Guere – uma de suas formas. Tem forte fundamento com Ògún e Ọmọlú
  • Ọya Gbálẹ̀ Toningbe
  • Ọya Gbálẹ̀ Fakarebo – Não é feita em seus eleitos. É a verdadeira dona do ebó, é a ela que é entregue todos os ebós. Seus caminhos levam diretamente a Èşù e Egun. Seus rituais são todos feitos no murim, cabaças e porrões.
  • Ọya Gbálẹ̀ De
  • Ọya Gbálẹ̀ Min
  • Ọya Gbálẹ̀ Lario
  • Ọya Gbálẹ̀ Adagangbará – Tem fundamento com Èşù

Sincretismos

9 Filhos de Ọya

Ọya teve nove filhos, uns dizem que foi com Ógùn, outros que foi com Şàngó , oito nasceram mudos e o último nasceu um ÉGÚN e graças aos sacrifícios recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que imita a voz do macaco africano chamado IJIMARÈ, macaco que é consagrado aos ÉRÉS.

  •  - Nasceu no primeiro dia do EBOYKÙ, arrancado do ventre de Ọya pelas ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos;IMALEGÃ
  • IORUGà- Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com avaidade de Ọya e é o preferido;
  • AKUGà- Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal;
  • URUGà- Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos;
  • OMORUGà- Alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres humanos;
  • DEMÓ - Ọya cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar ÒSÓÒSÌ;
  • REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas;
  • HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI do ser humano. Propicia desastres e desordens;
  • EGUN EGUN - Filho de Şàngó. Ọya preparou-o para combater. Êle se apossa do ser humano, fazendo-o cometer desatinos.

Carrega um par de chifres que deu a seus filhos, dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no outro que ela viria de onde estivesse para acudi-los, também um instrumento de madeira com o rabo do búfalo que serve para afastar os ÉGÚNS , é o ORUKERÉ.

Atribuições

Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.

Características dos Filhos de Yansã

Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.

Yansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Yansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.

Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ògún, os filhos de Yansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas.

São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Yansã num dado momento de sua vida.

Da mesma forma que o filho de Yansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração – tão ou mais radical ainda que a anterior.

São de Yansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo – e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.

Os Filhos de Yansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Yansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.

Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição – que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.

Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Yansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Yansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.

Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.

Lenda de Yansã

Yansã passa a dominar o fogo

Şàngó enviou-a em missão na terra dos baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Ọya, desobedecendo às instruções do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Şàngó, que desejava guardar só para si esse terrível poder.

Como os chifres de búfalo vieram a ser utilizados no ritual do culto de Oià-Yansã

Ògún foi caçar na floresta. Colocando-se à espreita, percebeu um búfalo que vinha em sua direção. Preparava-se para matá-lo quando o animal, parando subitamente, retirou a sua pele. Uma linda mulher apareceu diante de seus olhos, era Yansã. Ela escondeu a pele num formigueiro e dirigiu-se ao mercado da cidade vizinha. Ògún apossou-se do despojo, escondendo-o no fundo de um depósito de milho, ao lado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado fazer a corte à mulher-búfalo. Ele chegou a pedi-la em casamento, mas Ọya recusou inicialmente. Entretanto, ela acabou aceitando, quando de volta a floresta, não mais achou a sua pele. Ọya recomendou ao caçador a não contar a ninguém que, na realidade, ela era um animal. Viveram bem durante alguns anos. Ela teve nove crianças, o que provocou o ciúme das outras esposas de Ògún. Estas, porém, conseguiram descobrir o segredo da aparição da nova a mulher. Logo que o marido se ausentou, elas começaram a cantar: ‘Máa je, máa mu, àwo re nbe nínú àká’, ‘Você pode beber e comer (e exibir sua beleza), mas a sua pele está no depósito (você é um animal)’.

Ọya compreendeu a alusão; encontrando a sua pele, vestiu-a e, voltando à forma de búfalo, matou as mulheres ciumentas. Em seguida, deixou os seus chifres com os filhos, dizendo: ‘Em caso de necessidade, batam um contra o outro, e eu virei imediatamente em vosso socorro.’ É por essa razão que chifres de búfalo são sempre colocados nos locais consagrados a Yansã.

As Conquistas de Yansã

Yansã percorreu vários reinos, foi paixão de Ògún, Oşoguian, Èşù, Ọ̀ṣọ́ọ̀si e Logun-Edé. Em Ifé, terra de Ògún, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do manuseio da espada. Em Oxogbô, terra de Oşoguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo. Deparou-se com Èşù nas estradas, com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Ọ̀ṣọ́ọ̀si, seduziu o deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal (com a ajuda da magia aprendida com Èşù). Seduziu o jovem Logun-Edé e com ele aprendeu a pescar. Yansã partiu, então, para o reino de Ọbalúwaìye, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto, mas nada conseguiu pela sedução. Porém, Ọbalúwaìye resolveu ensinar-lhe a tratar dos mortos. De início, Yansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e aprendeu a conviver com os Eguns e controlá-los. Partiu, então, para Oyó, reino de Şàngó, e lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis, e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Yansã aprendeu muito mais, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Şàngó dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.

Yansã Ganha de Ọbalúwaìye o Poder Sobre os Mortos

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Ọbalúwaìye viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Ọbalúwaìye não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ògún, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Ọbalúwaìye entrou, mas ninguém se aproximava dele, nenhuma mulher quis dançar com ele.

Yansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Ọbalúwaìye e dele se compadecia. Yansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas ekedes. Yansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Ọbalúwaìye pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Ọbalúwaìye, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador.

O povo o aclamou por sua beleza. Ọbalúwaìye ficou mais do que contente com a festa, ficou grato. E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino. Yansã então dançou e dançou de alegria. Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando ela dançava agora, agitava no ar o eruexim (o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo). Yansã tornou-se Yansã de Balé, a rainha dos espíritos dos mortos, a condutora dos eguns, rainha que foi sempre a grande paixão de Ọbalúwaìye.

Yansã – Orixá dos Ventos e da Tempestade !!!

Oxaguiam estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ògún fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiam pediu a seu amigo Ògún urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Ọya, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ògún a apressar a fabricação. Ọya se pôs a soprar o fogo da forja de Ògún e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ògún pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio então agradecer Ògún. E na casa de Ògún enamorou-se de Ọya. Um dia fugiram Oxaguiam e Ọya, deixando Ògún enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Ọya teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Ọya soprava em direção à forja de Ògún. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ògún. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Ọya cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Ọya a forja de Ògún. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Ọya e o povo chamava a isso tempestade.

Ọya Mẹsán Òrun

(aquela que retorna a terra): É a Deusa dos mortos. É Ligada diretamente ao culto de Egun, por isso é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sobre os mortos, trazendo consigo uma falange de Egun que ela controla, pois todos temem seu poder. O culto a Egun nasceu nas mãos de igbalé quando ela fora buscar uma substancia que permitia a Şàngó soltar fogo pelas narinas. Ọya ficou sabendo que o povo Tapa iria invadir a cidade de Baribas, então forrou na beira de um rio um pedaço de pano vermelho, colocou algumas cabaças, evocou os mortos e aquele pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correrem apavorados. Devido a sua ligação com Egun é proibido vesti-la de vermelho, sua vestimenta é branca.

Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos. Senhora dos Raios e das Tempestades. Ọya, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Şàngó), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas. Foi mulher de seu primo Şàngó e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo. Ọya é a menina dos olhos de Òşàlà, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos). Na Bahia é sincretizada com Santa Bárbara. Divindade ctoniana, Iyansã tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as dezessete individuações da multifária Iyansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios (porem com alegação de Jegba, Ilha Fluvial onde moravam as IyGbálés e lá onde fazia-se a cremação dos mortos)

Além do contato com os mortos, Iyansã também favorece a fecundidade, atributo inerente aos deuses ctonianos. Deusa das tempestades, contribui para a fertilidade do solo. Divindade eólica, sopram os ventos que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Şàngó. E é o raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas as mitologias. Nossa amada mãe Iyansã possui vinte e uma Iyansãs intermediárias, que são assim distribuídas: Sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da Orixá planetária Iyansã. Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iyansã. Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas. Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe Iyansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria Ọya, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade. Iyansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados. Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito bem! Já IyGbálé é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Ọmọlú atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Ọmọlú todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina. Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá Ọmọlú, que rege sobre o lado de “baixo” do campo santo.

Iyansã é uma Deusa ligada à manifestação do feminino na fase crescente, trazendo em si a qualidade do movimento. Une passado com o futuro, o lado sombrio da Lua com o lado iluminado, que anuncia um novo começo. Iyansã está ligada com o número 9, que é o movimento puro.

As filhas de Iyansã são mulheres audaciosas, poderosas, autoritárias e dinâmicas. Estão sempre procurando algo para se ocupar, são cheias de iniciativa e determinação. São mulheres que nunca passam despercebidas, pois são combativas, teimosas e temperamentais, mas também podem ser doces e meigas, quando possuem interesse em seduzir algum homem. É também uma mulher que está ligada ao passado, ao coletivo, pela origem comum da necessidade fertilizadora do feminino e está ligada ao futuro pela necessidade de diferenciação, que a tirará do coletivo e a jogará sempre para frente, para o novo. É inconformada e inquieta, está voltada para o impulso de empreender coisas, de realizar seu poder criativo. A atualização dessa força criadora dependerá da forma como ela direcionar esta energia, que muitas vezes pode ser desviada para outros fins, ou ser esvaziada.

O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Ọya, já que ya, em Yoruba, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iyansã (Yánsàn). Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná. A tempestade é o poder manifesto de Iyansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover. Iyansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as atividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iyansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. Algumas passagens da história de Iyansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iyansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça. Ọya é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.

Nove tipos de Òrun

  •  - Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.Ọ̀run Rere
  • Ọ̀run Alàáfià - Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.
  • Ọ̀run Funfun - Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções.
  • Ọ̀run Bàbá Eni - Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.
  • Ọ̀run Afẹ̀fẹ̀ - Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.
  • Ọ̀run Ìsòlú ou Àsàlú - Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.
  • Ọ̀run Àpáàdì - Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparados.
  • Ọ̀run Burúkú - Espaço ruim, ibonan “quente como pimenta”, reservado para as pessoas más.
  • Ọ̀run Mare - Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, ọlọ́run e todos os orixás e divinizados.

Qualidades

  • Ọya Onìrá

Mitologia

  • Mitologia Grega – Hera
  • Mitologia Hindu – Kali
  • Características dos filhos de Iansã

O filho de Iansã chama a atenção por ser do tipo inquieto e extrovertido. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Prefere sempre impor sua vontade. Mostra-se quase sempre alegre e decidido, mas quando . questionado de forma inadequada pode tornar-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro.

Odeia todo tipo de preconceito e passa por cima de qualquer um para defender a bandeira que estiver sendo ofendida. Muito verdadeiro e transparente não consegue disfarçar seus sentimentos, sejam eles de alegria ou tristeza. Enfrenta qualquer situação de maneira despojada e decidida. É leal e objetivo. A garra talvez seja sua maior qualidade, mas seu grande defeito é a franqueza dita sem qualquer cuidado, o que quase sempre o torna inconveniente no convívio social.

É muito competitivo, agressivo e sujeito a enormes ataques de cólera. Não teme tomar atitudes que possam mudar sua vida radicalmente por um sonho, aventura ou ideal.

As vezes torna-se maquiavélico e trama grandes vinganças, no entanto não consegue agir por muito tempo nos bastidores, logo sua tendência à guerra o faz mostrar-se por inteiro ao inimigo, já que prefere a luta cara a cara.

A vida sentimental de um filho de Oiá é marcada por súbitas e enormes paixões que assim como começam de forma intempestiva, terminam de forma abrupta sem deixar resquícios de mágoa ou tristeza.

Gosta do sexo, mas não faz dele sua razão de vida. Procura o relacionamento duradouro, mas não se intimida se tiver que abandonar tudo que construiu ao lado de alguém que ousou trair sua confiança e partir para novas descobertas.

É incapaz de perdoar uma traição e o ciúme é a pedra fundamental de seus relacionamentos. Pode ser facilmente reconhecido pelo temperamento forte e arrasador como os ventos de sua mãe.

Eparrei Oyá!

Nota: Disponibilizo aqui alguns Ebós úteis, mas lembrem-se que cada pessoa só consegue o desejado se ela tiver o devido merecimento dado por Deus. E devem ser feitos por pessoas com certo entendimento sobre ebós. CUIDADO E ATENÇÃO.

OFERENDA 1

MATERIAL

1 alguidar número 2

7 folhas de alface

500g feijão fradinho, cozido (firme) e escorrido

2 cenouras, cozidas(firme) cortada em rodelas grossas

azeite de dendê para regar

1 vela branca

1 maçã vermelha, inteira.

PREPARO

Lave o alguidar, forre com as 7 folhas de alface, coloque o feijão por cima.

Enfeite com as rodelas de cenoura e coloque a maçã (inteira) no meio.

Regue tudo com azeite de dendê.

Essa oferenda é boa para afastar eguns

Peça a proteção de Iansã para você e sua casa.

Local de entrega: jardim de sua casa, recolher no terceiro dia e jogar no lixo.

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OFERENDA 2

MATERIAL

1 alguidar número 2

9 acarajés

9 uvas itália

9 folhas de louro

1 garrafa de champagne

9 velas laranja

PREPARO

Faça os acarajés e coloque-os nos alguidar.

Enfeite com as nove uvas e as nove folhas de louro.

Regue com azeite de dendê

Abra a garrafa de champagne, sirva uma taça e deixe o resto na garrafa.

Acenda as nove velas e peça proteção, saúde e abertura de caminhos.

Local de entrega: canavial, bambuzal, num campo, até no jardim de sua casa, numa mata…

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OFERENDA 3

MATERIAL

1 alguidar número 3

1 manga

1 pêssego

1 maçã

1 cacho uva (dôce)

1 banana

1 pêra

1 laranja (dôce)

1 garrafa de champagne (branca)

7 velas laranja

PREPARO

Lave o alguidar e arrume as frutas num arranjo bonito. Tire as cascas 

somente da laranja e banana. Corte a laranha ao meio. Se quiser, pode 

abrir pela metade as demais frutas.

Regue tudo com um pouco da champagne.

Acenda as velas e peça a força de Iansã.

AS FRUTAS PODEM SER SUBSTITUÍDAS, DESDE QUE FIQUEM 7 QUALIDADES.

NÃO OFEREÇA ABACAXI, KIWI, LIMÃO E TANGERINA .

AS LARANJAS DEVEM SER DOCES.

 

TODAS AS OFERENDAS PARA IANSÃ, PODEM FICAR EM CASA, NUM MÓVEL

FORRADO COM UMA TOALHA (SÓ PARA ESSE FIM). SE OPTAR POR DEIXAR

SUA OFERENDA EM CASA, USE APENAS 1 VELA E CERTIFIQUE-SE DE QUE

ESTEJA BEM SEGURA. NÃO SAIA DE CASA ENQUANTO A VELA NÃO QUEIMAR!

Despachar  APÓS 3 DIAS.

 
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